quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Eight Numbers - Capítulo 7 - More shopping, emotions and the teste

 Era estranho, em poucos dias sentia como se ele fosse meu amigo a anos, um amigo gostoso, diga-se de passagem, e tarado! Incrível como sempre que eu achava que ia virar só amizade ele me aprontava uma.


-...é esse aqui Tom? –disse apontando para um cinto verde escuro.
-não, é esse preto com detalhes branco. –ele disse aproximando sua boca de meu ouvido e apontando pro cinto.
“isso é tortura, tortura” pensei me encolhendo.
-Thomas. –falei  o repreendendo.
-Thomas? –ele riu. –é Tom! –exclamou.
-sério? Tom? só Tom? –perguntei surpresa.
-é. –respondeu.
-nossa...que legal, bem simples. –falei com cara de pensativa. -mais e quando sua mãe está brava, como ela fala? –perguntei curiosa.
-Tooom Kaulitz. –ele disse tentando afinar a voz, franzindo a testa e com as mãos na cintura, me fazendo rir e em seguida voltando a se aproximar de mim, com aquela cara de 2° 3° 4°...intenções.
 -mais então....Tom Kaulitz, se afaste de mim seu tarado.  –falei tentando o afastar.
-ok...mais antes... –ele disse passando o cinto que estava em suas mãos, em volta do meu pescoço, me puxando pra mais perto, iniciando um beijo, e QUE BEIJO! Fiquei totalmente desnorteada, se me perguntassem o nome da minha mãe, provavelmente não saberia responder.
-não, Tom, sai. –falei desgrudando meus lábios dos seus e o empurrando. –eu to trabalhando, esqueceu? –falei me recompondo. –se eu perco meu emprego, não tem numero, sem numero, sem telefone, sem telefone, sem nada. Sacou?! –completei me desenroscando do cinto.
-você é má! –ele disse fazendo um bico muito fofo.

 --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 Todo dia ele vinha e‘comprava’ um numero, já estava no 6° número, ele parece que não tem mais o que fazer eu hein.

-na minha próxima encarnação quero fazer parte de uma banda de rock. –falei segurando mais uma gigantesca blusa que ele havia escolhido.
-ah é, porque? –ele falou com um sorriso de canto, me olhando e voltando o olhar a arara de blusas.
-você não faz nada, todo dia ta aqui me perturbando o juízo. –falei rindo.
-poxa sua mau agradecida, todo dia eu arrumo um tempinho pra te v...pra vir pegar um numero. –falou com cara de indignado. –alias maldita hora que inventaram números de celular tão grande diga-se de passagem.  –falou pra si mesmo fazendo bico. –eu trabalho sim viu e muito mocinha...
-ah é, muuuito. –falei debochadamente. -toca guitarra e é assediado por um mar de mulheres com fogo na xoxota.
-com o que? –ele perguntou com uma cara confusa.
-esquece. –falei prendendo o riso.
 -aiai.. –falou me olhando como se eu fosse louca. -...mais é sério, só de raiva você vai ser mesmo uma rockstar na próxima encarnação, pra ver como é ‘moleza’ , vai sentir na pele, perseguição, cansaço, estresse, saudade de casa, PRESSÃO.
-isso é uma praga? –perguntei arqueando as sobrancelhas.
-éé...mais calma, também tem a satisfação de fazer o que você mais ama, o reconhecimento dos fãs, os prêmios, as mulh...
-essa parte eu pulo. –o interrompi fazendo carinha de nojo, o fazendo rir.
-é...nessa parte eu me empolguei falando, mas então....só de raiva, amanha VOCÊ VAI no show da banda, pra ver como eu trabalho. –disse em um tom autoritário.
-ta bom. –falei rindo debochadamente e sem botar a menor fé.
-vai rindo. –falou dando um sorrisinho de lado e em seguida me apressando, do nada, pra sei lá o que.
-vamos, vamos. –falou me empurrando.
-vamos aonde seu doido? –perguntei confusa.
-pro provador. –falou com cara de “é óbvio”
-Tom Kaulitz, ta louco, que brincadeira é essa? –falei irritada.
-eu preciso provar minhas roupas. –falou com cara de “dahr”. –quero que veja meu desfile e de sua opinião.
-ok...mais sem gracinha, vou ficar quietinha bem longe, pra garantir. –falei indo sentar em um redondo sofá que havia na frente da entrada pro corredor que dava aceso as cabines de provador.
-ok. –falou me jogando uma montanha de roupas, e levando com sigo pra 1° cabine, 2 blusas e uma calça 3 vezes o seu tamanho.

-Jesus...que demora, parece um noivo no dia do casamento. –falei  pra mim mesma 12 minutos depois, enquanto olhava pras minhas unhas.
-E ai?! –disse Tom parado no corredor com os braços meio abertos, em seguida dando uma volta pra que eu pudesse, bab...vê-lo, por completo.
Fui subindo meu olhar lentamente, enquanto a baba escorria de minha boca, ele estava P-E-R-F-E-I-T-O, com uma blusa verde escura por baixo e uma preta com estampa simples sobrepondo a verde, uma calça jeans azul meio acinzentada, e uma bandana preta dobrada ao meio, amarrada na cabeça, finalizando o look.
“puuuta que pariu, como pode ser tão lindo assim?!” –pensei. –é , ficou legal. –respondi me fingindo desinteiriçada.
-é, ficou legal. –ele repetiu com uma voz fininha, tentando me imitar que nem uma criança birrenta. –EU TÔ UM TESÃO, pode falar. –disse passando a mão em seu abdômen e fazendo biquinho.
-e não éé?! –bati uma palminha. –olha que eu te estupro, hein Tom. –falei brincando o deixando com os olhos arregalados e rindo em seguida.
-nossa que violência...não precisa, eu me entrego de bom grado.  -falou se aproximando.
-ta, ta...vai provar outra logo, não tenho o dia inteiro. –falei jogando nele outras peças.
-ok....chata. –falou tirando uma blusa que caiu em seu rosto e voltando ao provador.



-o noivo, parte 2. –falei revirando os olhos e me afundando no sofá, entediada com a demora dele.
-Luííísaaaa. –ele gritou lá de dentro do provador.
-fala. –respondi.
-vem aqui. –gritou de lá.
-nem pensar. –respondi cruzando os braços.
-Luííííísaaaaa, me ajuda aqui, é rapidinho. –continuou gritando.
-ta, tô indo. –falei revirando os olhos e me levantando pra ir até lá.
-a pulseira do meu relógio prendeu nesse bregueço que tem na lateral do bolso da calça. –ele falou fazendo bico e todo enrrolado, usando apenas meias e a calça "que pecado” -pensei.
-ai Tom, só você mesmo. –resmunguei indo ajudá-lo.
Estava bem enrroscado mesmo, não sei como ele conseguiu tal feito, enquanto eu tentava tirar ele ficou com a mão esticadinha, super fofo, tive vontade de rir mais me controlei, estava quase desprendendo, enquanto isso, as costas da minha mão conseqüentemente roçavam na lateral da coxa dele.
-Luísa, você ta me bulinando. –ele falou com um tom de voz, abrindo um bocão enorme se fingindo indignado, tive que me segurar pra não rir da cara de pau desse ser.
Em um ato imbecilmente e impensado resolvi brincar, sem me dar conta da possível conseqüência.
-que foi Tom, ta com medo? –sussurrei em seu ouvido o fazendo se encolher.
-Luísa, Luísa, não me provoca. –ele falou, sentindo que seu braço já estava livre [sim eu consegui desprender, finalmente] ele se virou me colocando contra a parede, se aproximando cada vez mais, com um sorriso de canto e um olhar extremamente malicioso. Implorei a Deus por misericórdia, que porra eu fiz? Ele tava tão quietinho e agora ta aqui todo sexy, me querendo e eu querendo El....eu querendo ele? Não, quer dizer ...to , mais é que não tem como não querer, olha pra ele, esse abdômen sarado, esse rosto lindo, essa boca carnuda com esse piercing agora roçando no meu pescoço, Puta que o pariu! Pensei enquanto meu pelinhos se arrepiaram, eu to em horário de expediente, a loja ta movimentada,  ain que crueldade, eu e minha boca grande, seja forte Luísa, “ele é galinha, ele e galinha” mentalizei.
 -Tom. –falei respirando fundo.
-hm? –falou passando seu nariz no meu.
-você tem amor pelo Tomzinho? –perguntei olhando pra...baixo.
-Tomzinho não, tomzão!–ele disse fazendo bico e franzindo a testa.
-que seja...a questão é que, se você não se afastar de mim AGORA...ele vai virar omelete. –falei , puxando com os dentes seu lábio inferior, em seguida o empurrando pra longe.
-cê ta brincando com fogo. –diz passando o dedo em seu lábio inferior e depois o mordendo.
Não consegui responder nada, nem daria, pois logo em seguida ouvimos July, perguntando em voz alta, de quem eram aquelas roupas jogadas no sofá. Peguei rapidamente uma blusa que estava no chão e sai falando.
-ok, vou ver se acho um numero maior. –falei saindo do provador e indo em direção a July. –essas roupas são pro Tom provar, leva essa aqui pra ele por favor?! enquanto eu troco essa outra. –falei a entregando a blusa e saindo antes que July fizesse mais perguntas.

Postado Por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog