domingo, 30 de outubro de 2011

Confidências - Capítulo 15

Eram sete horas da noite, já estava escuro lá fora, decidi ir ao parque dar uma volta como da vez passada, será que John estaria lá? Coloquei uma calça jeans, e uma camiseta com um decote pequeno, avisei a minha tia que eu ia dar uma volta por ai, a idéia de passar na frente da casa de Tom passou pela a minha cabeça, mais sem chance, eu não iria por mais tentador que fosse. Continuei andando, no caminho varias coisas passaram pela a minha cabeça, se eu não tivesse dito para o Tom que ele teria uma surpresa eu não estaria nessa relação com ele como estou hoje.

Cheguei no parque, e estava as mesmas pessoas de sempre, o mesmo grupo de adolescentes, tinha duas meninas e quatro meninos, as duas ficavam se insinuando para eles, nessa hora eu lembrei da garota que estava se insinuando no carro de Tom, fervi de raiva por dentro. Acalmei-me. Percebi que tinha um rapaz fumando, estava todo encapuzado, parecia que não queria que as pessoas o vissem, não dei bola. Uma pessoa pega no meu ombro...

- John? Que susto heim – eu disse me virando
- Me desculpe não era a minha intenção – disse ele me puxando para perto de seu corpo.

Ele me beijou, ah eu já disse né que o beijo dele é bem artificial, e ainda por cima ele estava com gosto de cerveja, parei de beijá-lo rápido, não estava agüentando mais, tentei fazer uma cara de satisfeita mais era impossível. Ficamos ali conversando, era engraçado, pois ele nunca me olhou nos olhos, e sempre disfarçava, e saia sempre no mesmo horário. Despedi-me dele, voltei andando mais antes decidi passar em uma lanchonete que por um milagre ainda estava aberta. Entrei e comprei uma coca, no instante que comprei me lembrei da cara de espanto do Tom a me ver colocar coca no sorvete, me vi sorrindo para a coca, mein Gott, viver com o Tom estava danificando o meu cérebro. Voltei e dessa vez decidi passar pela rua do Tom, para o caminho ficar mais longo, e eu poder tomar a minha coca inteira, avistei a casa dele e o carro dele não estava lá, pensei deve estar dando o cu para uma biscate agora. Eu estava atravessando a rua, a minha casa ficava do outro lado, quando um carro começa a buzinar disparada mente em minha direção, só não morro de susto por que eu queria matar a cara do retardado mental que fez isso. Me virei de costas, tirei o meu salto e bati com tudo no vidro da lateral do motorista, rachou um pouco, sorri sarcasticamente e voltei a andar. Quando duas mãos apertam o meu braço, olho pra trás e vejo o Tom, os olhos dele estavam queimando de raiva, ele estava me apertando e estava me machucando.

- Acabei de confirmar que você tem merda na cabeça Mel – disse ele serio, suas mãos ainda me apertavam
- Se você sabia disso, por que me deu um susto -  eu disse gritando – Me solta está me machucando – ele parou de me apertar forte, mais ainda segurava meus braços
- Sua vadia – disse ele me beijando

O beijei, não Mel você tem que parar, isso passava na minha cabeça, mordi o seu lábio e puxei, ele gemeu, me soltando e colocando as mãos na boca, ele viu que eu estava voltando e me puxou, ele me colocou dentro do carro a força, estava sangrando a boca dele. Fiquei com pena, mais eu não poderia me render mais uma vez a ele, ele começa a dirigir, estamos em uma auto estrada, ele anda muito rápido com o carro.

- Para onde está me levando?- eu perguntei baixinho
- Está com medo?– disse ele
- Devo? –
- Sempre – disse ele

Ele parou o carro e ficou me olhando, eu estava triste, não deveria ter feito aquilo com o carro dele, não que eu não pudesse pagar o concerto, só que eu estava me sentindo culpada, e ele também não deveria ter me assustado, e mais eu não sabia que era ele quem estava lá dentro do carro. Respirei fundo e o olhei, já tinha parado de sangrar, fui aproximando de mansinho a minha mão da boca dele, ele ficou me observando, vendo qual seria a minha reação. Coloquei os meus dedos em sua boca, passando a mão no machucado que eu fiz.

-Ai ta dolorido – ele disse sorrindo – viu até quando eu sorrio dói, viu o que você fez.
- Ah olha isso então – tirei a minha blusa e mostrei as marcas que ele havia deixado quando apertou o meu braço
-Am foi você que pediu – disse ele
- Hum, eu vou pagar o concerto do seu carro – eu disse abaixando a cabeça
- Mel, você é louca- disse ele se encostando na porta lateral do carro

Nessa hora sorri envergonhada, nossa reação era a mesma, subi em cima dele, agora nós não poderíamos ser agressivos, meus braços estavam começando a inchar, e a boca dele já estava inchada. Passei a língua nos seus lábios, e começo a beija-lo devagar com medo de machucar ele, ele me puxa contra o seu corpo e começamos a nos amassar ali, ele roçava seu pau na minha entrada. Eu estava excitada, eu queria transar com ele para sempre, ele começou a tirar a calça, eu recuei, ele me olhou com uma cara.

- Você não quer? – disse ele
- Não é isso, é que nós só fazemos isso, entende, - eu disse
- Ah, vou te levar para casa – disse ele se arrumando
- Não, Tom, PARA – eu disse
- O que? – disse ele, me vendo chorar – O que foi? O que eu te fiz? Por que está chorando desse jeito? – disse ele confuso
-É que amanha vai fazer 1 ano que a minha mãe morreu, isso me lembra coisas ruins da minha vida, me lembro de quando eu me drogava, e me prostituía para conseguir a tal droga.
- Mel... eu não sabia – disse ele me abraçando

Chorei em seus braços, fiz uma confidencia a ele, ele era um ótimo amigo, mais um namorado jamais, Tom podia ser orgulhoso, machista, se achar o tal, mais por fim ele sabia que o que você sente dói, mais não é como uma dor qualquer é uma dor que não passa ela fica doendo mais, a cada dia que passa, e nunca se cicatriza. Pedi para que em levasse em casa, ele me levou, ficamos todo o tempo em silencio, as vezes ele passava a mão na minha coxa, eu o olhava seria e ele fazia gestos com as mãos pedindo desculpas. Com certeza ele não para nem instante de pensar em sexo. Me deixou em casa, dei tchau para ele, eu ia saindo do carro, quando ele, me puxou novamente e me deu um selinho, sorri e entrei para casa.

Minha tia já estava dormindo, entrei sem fazer barulho, fui tomar um banho, quando terminei fui olhar no relógio que horas eram, eram 2:15 da manha, eu sempre perco a noção do tempo quando estou com Tom, dormi até as 7 horas da manha, quando alguém me liga.

Postado Por: Grasiele

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