Os dias ao lado de Tom eram
resumidos em uma palavra: Diversão. Ou melhor, diversão sem compromissos. Era
tentador, tenho que admitir, mas estava em uma missão, e sempre que era
possível, eu estava observando tudo.
Flashback
ON
Eu
já estava com ele há 3 meses, e sem manter contato nenhum com a sede, até que
ele confiasse plenamente em mim.
Não
demorou muito, até que eu conseguisse isso. Saía sem precisar de seguranças,
mas sempre me certificando de que não tinha ninguém me seguindo.
Comecei
a me encontrar com o Gustav num SPA, onde eu fazia minhas seções de massagens.
Já que eu tinha literalmente virado uma madame, Tom nunca desconfiaria de minha
idas ao SPA.
Hoje
faz 2 semanas que eu não dou nenhuma informação sobre os planos de Tom. Ele
estava envolvido em um grande golpe ao banco, e eu estava sondando todo o
esquema, até ter todos os detalhes preferi não me arriscar a me encontrar de
novo com Gustav.
Entrei
no SPA e fui em direção a sala especial que eu sempre usaria para passar as
informações.
Abrir
a porta, e fui surpreendida com Gustav me puxando para dentro rápido, e me
beijando logo em seguida.
–
Eu estava ficando preocupado, passei a semana inteira te esperando aqui!–
Ele estava com a testa encostada a minha. Eu sorri.
–
Então quer dizer que você se mudou pra cá agora? – Disse num tom de brincadeira.
–
Praticamente! – Ele riu e voltou a me beijar, e dessa vez o
rumo das coisa estavam bem certas. Mas eu parti o beijo.
–
Eu tenho novidades sobre os planos do Tom!
–
Deixa as novidades pra depois! – Voltou a me beijar, e me empurrou em direção
a “cama” de massagens. Ele tirou meu vestido com pressa, me deixando só de
lingerie. Eu abrir os botões de sua camisa com destreza. Segundos depois ele
estava só de boxer. Ele partiu o beijo, que chegava a ser meio desesperado,
sabendo que não teríamos tempo pra preliminares. Pegou rápido a camisinha, e
enquanto ele tirava a boxer para colocá-la, eu mesma tirei minha roupa
íntima.Ele voltou a me beijar, já devidamente protegido, com uma mão em minha
nuca, me penetrando por completo, me fazendo soltar um gemido um pouco mais
alto que o aconselhável para o local. Eu me segurei em seus ombros, fincando as
unhas no local e arrastando até as costas dele – aquilo deixaria marcas. Não
demoramos a chegar ao clímax juntos,
e mesmo ainda ofegantes, ele me beijou apaixonadamente. Meu coração apertou só
de imaginar o que ele estava tentando me dizer com aquele beijo. Imediatamente
eu me soltei do abraço apertado dele e acabei o beijo, deixando-o confuso.
Vesti-me, vendo – o fazer o mesmo. Assim que acabei, virei para ele séria.
–
Eu tenho que te contar os detalhes do plano de Tom! Já perdemos muito tempo! – Tentei ostentar o tom sério, sem olhar em
seus olhos.
–
Perdemos tempo? – Perguntou incrédulo, se aproximando de mim.
–
Sim, perdemos muito tempo com coisas desnecessárias ultimamente! –Tentei
impedi-lo de se aproximar, colocando a mão em seu peito, mas ele segurou meu
pulso com força, mas sem me machucar. Novamente se aproximou, colando seu corpo
no meu; eu virei meu rosto.
–
Coisas desnecessárias, não é? – Sussurrou ao meu ouvido, beijando meu
pescoço, e acariciando minha cintura, um gemido abafado escapou de minha boca,
e se dando por contente, me soltou e sorriu debochado para mim – É, realmente foram muito
desnecessárias! –
Eu bufei, e ele se sentou na cadeira, em frente ao notebook, onde iria anotar
tudo que eu dissesse. – Pode começar!
Eu
passei alguns minutos contando tudo que sabia, detalhadamente. Como aconteceria
o golpe, quem o executaria, e o mais importante, ONDE, Tom estaria, e QUAL
seria sua principal função.
Tudo
aconteceria daqui a 3 meses e eu estava um pouco nervosa, mas sempre com pose
de forte.
Voltei
para casa, e fui tomar um banho de piscina para relaxar. Eu, mergulhei na
piscina, ficando alguns segundos submersa, pensando no ‘Porque’ de eu estar tão
nervosa com tudo aquilo.
E
tudo tinha uma razão: Tom Kaulitz. Eu não queria que
ele fosse preso, não queria vê-lo trancafiado, longe de tudo, longe de mim.
Isso era um pensamento egoísta, principalmente por que eu estaria traindo as
regras que eu, e que milhares de policias no mundo inteiro vinham tentando
cumprir fielmente.
Já
com falta de ar, voltei à superfície da água, respirando em grande quantidade.
E Tom estava na beira da piscina me observando. Com o tronco nu, vestindo uma
bermuda, segurando um copo, que com certeza continha whisky.
Sai
da piscina, pegando uma toalha e me secando, até que ele veio até mim me
abraçando por trás e colocando o rosto na curva do meu pescoço, ainda segurando
o copo.
–
Você está tensa! – Disse passando a mão pelo meu ombro. – Nervosa com alguma coisa? – Meus músculos se enrijeceram ainda
mais com suas palavras.
–
Só um pouco ansiosa, pelo seu plano contanto ao banco! – Me virei para encará-lo.
–
Não precisa! – Ele me abraçou. – Vai dar tudo certo, e você vai estar
bem longe de onde o plano será executado! - Ele me soltou um pouco, para olhar em
meus olhos.
–
Não estou preocupada comigo! – Os olhos dele brilharam como eu nunca havia
visto, e minha vontade era de gritar: “Saia daqui, vá pra bem longe, eles irão
te prender!”
Mas
eu não poderia fazer nada. O mundo seria um lugar melhor sem ele, mas eu não
seria completamente feliz sem ele ao meu lado.
–
Nós vamos ficar juntos, eu prometo! – Ele beijou meus lábios calmamente, mas não
demorou muito. Bill apareceu e pigarreou para que o notássemos.
–
Desculpa interromper a cena romântica, mas tem algumas pessoas querendo
conversar com você, Tom. Sobre detalhes do “trabalho” no banco! –Bill
se deitou em uma das esteiras para tomar sol.
–
Eu já volto! - Tom me deu um selinho e entrou na casa.
Eu
me deitei na esteira que estava ao lado de Bill. Respirei fundo, soltando o ar
pesadamente. Percebendo meu ato de tédio, Bill virou-se para me encarar.
–
Nervosa por causa disso tudo, não é? – Disse calmamente.
–
Sim, um pouco! – Respondi num tom triste, e ele pegou minha mão.
–
Estamos nisso há muito tempo, estamos acostumados com isso tudo. Relaxa! – Sorriu para mim.
–
Obrigada Bill! – Sorri fraco, porém sincero. Ele soltou minha
mão e voltou a sua posição normal.
Relaxar?
Como? Eu iria prendê-los, iria prender o homem que eu amo. Não é
fácil.
Nos
meses que se seguiram, eu parecia estar sendo torturada. Tom todos os dias
deixava uma rosa no meu criado-mudo, já que por causa dos detalhes do plano ele
acordava mais cedo que eu. Ele me tratava diferente, ELE estava diferente.
Diferente do Tom rude que eu conheci. Ele me tratava como uma porcelana, como
se a qualquer momento fosse quebrar, exatamente do jeito que, Gustav, me tratava. E eu não vou mentir que
adorava, tanto da parte do Tom, quanto da parte de Gustav, que, aliás, estava
mais do que contente com a aproximação do dia em que prenderíamos Tom e Bill.
Ele simplesmente odiava o fato de eu
estar ao lado de Tom, e não dele.
Eu
conheço Gustav, desde o tempo do colegial, e entramos pra polícia juntos. Ele
foi meu namorado durante algum tempo, mas eu terminei o namoro quando eu recebi
meu primeiro caso, também de infiltração, só que desta vez fingindo ser esposa
de outro agente infiltrado. Eu sabia que eu estando ao lado de outra pessoa que
não fosse ele o machucava. Eu o amava demais para vê-lo sofrer daquele jeito,
por isso terminei. Mas nunca o esqueci de verdade, sempre o amei demais, apesar
de sempre o afastar. E agora tem o Tom que concorre com ele pelo meu coração,
embora nenhum dos dois saiba disso.
Alguns
dias depois...
Hoje,
será hoje o dia em que finalmente todos os meses de investigação serão posto em
prática. Eles já estavam executando o plano, enquanto eu me arrumava para ir à
festa de comemoração. Meu coração doía, e não só emocionalmente, como também
fisicamente, não sei como. Seria nessa festa que ele seria tirado de mim.
Eu
estava na frente do espelho, olhando meu vestido, e ajeitando os últimos
detalhes dele. Tom entrou no quarto, vestindo suas calças jeans largas, seu
tênis branco, uma camisa esporte preta, e um terno também preto.
–
Você está linda! – Ele disse calmamente analisando cada parte do
meu corpo.
–
Tá me deixando sem graça! – Brinquei. Ele veio em minha direção e me
abraçou.
–
Hoje é um dia especial! – Ele esfregava a ponta dos nossos narizes.
–
É eu sei. Você esperou muito por isso! – Senti uma pontada no coração ao lembrar o que
aconteceria na festa.
–
Não é só por isso. Eu tenho uma surpresa pra você! – Ele sorriu.
–
Surpresa? – Me assustei um pouco.
–
Sim! – Ele me beijou, para que eu não pudesse
perguntar mais nada.
Fomos
para a enorme boate, e esta não ficava próxima ao centro da cidade. Chegamos só
eu e Tom. Ficamos por volta de 2 horas comemorando o “sucesso” do golpe - mal
sabia ele que todo o sucesso não passava de uma fachada. Eu me fazia de calma e
feliz, mas eu estava mal, muito mal, e com uma vontade louca de chorar.
Em
questão de segundos agentes da polícia tática desciam do teto pendurados em
cordas especiais, e com armamento pesados. Eu estava sentada ao lado de Tom, e
como um ato de despedida, segurei sua mão e apertei, tentando segurar o choro.
Vi
Gustav, Georg e Ash se aproximando. Gustav estava com as algemas nas mãos.
–
O que está acontecendo? – Tom perguntou atordoado. Minhas pernas
fraquejaram.
–
Você está preso! – Disse baixo, mas ele ouviu. Gustav tentou
segurar seus braços, para algemá-lo, mas ele se soltou rudemente.
–
Você faz parte disso tudo? – Perguntou, e eu assenti, encarando o chão. Ele
abaixou a cabeça, e riu sem humor, tirando algo do bolso. – Fica com isto! – Jogou uma caixinha na minha barriga,
eu me abaixei e peguei. Gustav vendo do que se tratava, algemou Tom
rapidamente, com cara de poucos amigos. E eu não tive coragem de encará-lo.
A
boate estava quase vazia, se não fosse pelos policiais vasculhando tudo, em
busca de mais alguém. Eu ainda encarava a caixinha e quando abri, escrito com
letras de ouro dentro dizia: “Casa comigo?”, acompanhado de um anel de
brilhantes, com a inicial T e C, e quando eu vi minha letra, meu coração
apertou mais ainda, a minha inicial era do meu nome falso. Eu queria chorar,
mas eu daria muita bandeira. Até que Gustav veio em minha direção, e meu
coração recebeu uma descarga elétrica, e sem nem se importar com que estaria
vendo, ele me abraçou, me beijando desesperadamente, me deixando sem fôlego.
–
Parabéns, você conseguiu! – Ele disse, e voltou a me abraçar forte. Eu não
tive nenhuma reação a não ser sorrir fraco e o abraçar forte também.
Flashback
OFF
Depois,
fomos ao escritório fazer nossa pequena comemoração. Eu não estava muito
presente na “reuniãozinha” de meus amigos, e dei a desculpa de que estava
estressada, porém, meu stress era outro. Como Tom estava na prisão?
Fui
acordada de meus pensamentos, por Gustav.
–
Nós não conseguimos encontrar o irmão dele, o Bill! – Gustav disse um pouco triste.
–
Não o encontraram? – Perguntei um pouco alto demais. Percebendo meu
nervosismo, Gustav segurou minhas mãos.
–
Calma nós vamos encontrá-lo! Não precisa se preocupar! – Disse mais calmo que o normal para a situação. – Afinal, eu não vou deixar você
sozinha NUNCA! - Eu
ri, e ele me deu um selinho rápido.
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