domingo, 19 de agosto de 2012

Just One Night... - Capítulo 1

Meu humor estava péssimo. Tinha dormido muito pouco na noite anterior e, para completar, teria de sair de Los Angeles e ir para Londres, por causa do EMA. Estávamos indicados em três categorias, inclusive de melhor banda, e decidimos ir porque minha mãe tinha praticamente nos obrigado a voltar para a Europa.

Uma vez que tudo estava arrumado, eu e o Tom fomos para o aeroporto e enfrentar doze horas de vôo direto. Pelo menos não precisaríamos esperar por nenhuma escala.

Assim que chegamos ao Claridge's, a primeira coisa que fiz foi tirar a minha roupa e tomar um banho demorado. Senti as gotas de água caindo no meu corpo e meus músculos relaxarem instantaneamente. Foi bom porque pude pensar um pouco. Tinha tudo aquilo que sempre quis mas, o principal estava faltando: Uma companhia. Não como a do meu irmão, do Georg e do Gustav. Estava falando de uma namorada mesmo. A abstinência estava me matando e sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria de ceder à minha necessidade.

Dois dias tinham se passado e a data da premiação finalmente tinha chegado. Depois de passar pelo tapete vermelho, quase ficar cego pelos flashes das câmeras e o pior: Encontrar algumas pessoas que eram simplesmente insuportáveis, finalmente, a festa começou e os prêmios foram entregues. Conforme esperado, ganhamos os três e, depois pudemos ir para a after-party. Chegando lá, a primeira coisa que fiz foi pegar alguma coisa para beber. Estava esperando o barman terminar de preparar meu drink quando, graças ao reflexo da parede de espelhos atrás das prateleiras com as várias garrafas, eu a vi. Se destacou no meio da multidão por duas coisas: Sua pele branca e os cabelos vermelhos. Estava vindo até o balcão e a ouvi dizer:

– Por favor? Eu queria duas doses de vodca e duas margueritas.

– Não é um pouco demais para uma garota? - Perguntei, antes que pudesse me controlar. Se virou de repente e pude vê-la melhor: O rosto era em formato oval, os olhos eram amendoados e claros, o nariz era reto e levemente arrebitado e os lábios... Bom, digamos apenas que eram capazes de levar qualquer homem à loucura. Eram carnudos e vermelhos. Meu olhar, no entanto, foi atraído para a sua mão que estava apoiada sobre o balcão. Era simplesmente perfeita. Fiquei imaginando como seria o seu toque.

– E quem disse que são para só uma garota? - Perguntou, dando um sorriso torto.

– Bom é que... Você está aparentemente sozinha e...– Falei, me atrapalhando todo. Ela sorriu e, logo depois, o barman deu as nossas bebidas. A garota se afastou e sumiu no meio da multidão. Quando voltei para perto dos outros, o Tom já tinha ido atrás de mulher, como sempre, o Gustav estava observando as pessoas de um jeito que parecia uma águia, todo ereto e peito estufado. Estava engraçado, não nego. O Georg estava conversando com o Jost e, portanto, o melhor que podia fazer era ir atrás de uma certa garota de cabelos vermelhos...

Rodei o salão inteiro e, quando finalmente a encontrei, estava sentada sozinha em um dos pufes, mexendo no celular. Mesmo sabendo do risco de ser visto, fui até lá. Parei na sua frente e perguntei:

– Suas amigas te abandonaram?

Desviou o olhar do celular.

– Pois é. - Respondeu, fechando o aparelho, que era daqueles com slide e o guardando dentro da bolsa. Assim que me sentei do seu lado, perguntou: - Pelo visto... Aquilo que você vive reclamando, sobre ser solitário é bem verdade...

Sorri, um pouco constrangido.

– E então? Você tem um nome? - Perguntei.

– Ava. - Respondeu. - Por causa da Ava Gardner.

– Sério? - Perguntei, surpreso. Deu o último gole na sua bebida e já ia se levantando quando segurei seu pulso; Nessa hora, podia jurar que senti como se uma descarga elétrica percorresse nossos corpos. Me olhou e, mais uma vez, perdi o controle das minhas palavras antes que pudesse sequer pensar: - Você... Não quer ir para outro lugar?

Logo, o sorriso torto voltou a aparecer nos seus lábios e pediu, aproximando sua boca da minha orelha:

– Me convença.

Graças ao seu tom de voz baixo, que me pareceu sensual, estremeci de leve e meu corpo reagiu na mesma hora. Disfarcei e respondi, tentando manter a calma:

– Bom, você deve acabar passando a noite sozinha, já que as suas amigas ficarão insuportáveis de tão bêbadas e, como você provavelmente não vai querer segurar cabelo de ninguém enquanto a pessoa está debruçada sobre o vaso, pondo tudo para fora - Ela franziu o nariz de um jeito gracioso. - então... É a sua única escolha.

– Ou então... Posso muito bem ir para a minha casa.

– E ver algum seriado que está reprisando pela... Enésima vez, tipo Friends? Não posso permitir isso.

– Hipoteticamente falando, se eu aceitasse ir para esse "outro lugar"... O que faria comigo?

Apesar de o horário permitir esse tipo de coisa... O lugar não. Então, me inclinei na sua direção e, falando com a boca próxima ao seu ouvido, fui o mais direto que pude, me arriscando a tomar um fora, tapa ou coisa pior:

– É que quero te conhecer melhor. Fiquei a noite inteira te procurando e agora que tenho a oportunidade... É loucura deixá-la passar.

– E... Aonde quer me levar?

– Um lugar que teremos mais privacidade? - Sugeri. Nem precisou de um segundo para que saíssemos dali e fôssemos para o hotel. Durante o caminho, conversávamos a respeito de várias coisas e o mais importante: Descobri que era jornalista e morava ali em Londres mesmo. Assim que atravessamos o saguão e estávamos esperando pelo elevador, a olhei e vi que seus olhos eram uma mistura de azul com verde, criando uma cor indefinida.

Poucos segundos depois, estava abrindo a porta da minha suíte e a deixando passar. Antes que pudesse me aproximar, a ouvi dizendo:

– Meu sonho era ter uma vida como a sua. Viajar pelo mundo, conhecer várias culturas e costumes diferentes... Ver pessoas de todos os tipos. Deve ser incrível.

– É. Mas é exaustivo também. Só fico uns... Vinte dias em casa.

– O ano inteiro? - Perguntou, erguendo a sobrancelha. Concordei com a cabeça. Pareceu me avaliar por um instante. Um pouco depois que entregaram o espumante que eu havia pedido, assim que chegamos, a Ava me avisou que iria ao banheiro por um instante.

Alguns minutos haviam se passado e estávamos a um passo de ficarmos bêbados. Tinha acabado de contar uma das loucuras que as fãs faziam e ela estava tentando controlar um pouco da risada. Assim que conseguiu ficar séria de novo, comentou:

– Sabe o que sempre gostei em você, de acordo com o que li a seu respeito? Que sempre foi muito direto na hora de falar. Também sou do tipo que fala sem pensar.

– Isso é bom?

– É.

Parei por um minuto para me decidir.

– Já que é assim... Estou me controlando esse tempo todo para não te beijar.

Um leve rubor apareceu nas maçãs do seu rosto e pude ver seu sorriso denunciando-a por timidez.

– Você é uma das mulheres mais lindas que já vi, Ava. - Continuei. Ela afastou uma das mechas dos seus cabelos e a pôs atrás da orelha. Quando me olhou, aproveitei a oportunidade. No instante em que senti seus lábios se encostando aos meus, parecia que estava me desligando de tudo que acontecia da porta da suíte para fora. Em poucos minutos, pude intensificar o beijo. Logo em seguida, de um modo inconsciente, deixei a minha mão deslizar da sua cintura até a sua bunda e, como estava me empolgando, a apertei. Não houve objeção da parte dela e, talvez por isso, deixei meus dedos tocarem sua coxa e deslizarem para debaixo do seu vestido. Ava correspondia, tanto o beijo quanto aos meus toques, acariciando a minha nuca com a mão direita e, para minha surpresa, meu rosto com a esquerda. Normalmente, nenhuma garota fazia isso durante um amasso.

Assim que consegui fazer com que ela se deitasse sobre a cama, fiquei por cima e então, percebi que suas mãos estavam em outros lugares: Uma puxava meus cabelos, sem fazer muita força. A outra havia deslizado pelo meu peito e entrado por debaixo da minha camiseta. Assim que senti as suas unhas arranhando minha barriga, começando logo abaixo do meu umbigo e chegando até o cós da jeans, não consegui conter um gemido rouco e a Ava, aproveitando que eu abandonara sua boca para dar mais atenção ao seu pescoço, perguntou, com um fio de voz:

– Não está agüentando?

Ergui o rosto um pouco e sorri. Continuei a beijar seu pescoço, com a diferença que, a cada vez mais, ia me aproximando do decote do vestido preto que ela usava. De modo inconsciente, movi meus quadris de modo provocante contra os seus, ganhando alguns ofegos como resposta. Procurei pelo fecho e, assim que consegui encontrá-lo, tirei a peça, deixando-a só de calcinha e sutiã. Parei um instante para observá-la e vi suas bochechas ficando rosadas, por causa do meu olhar. Me puxou pela nuca e voltamos a nos beijar. Só que, desta vez, foi com muito mais intensidade e desejo. Nos separamos por poucos segundos, só para que ela pudesse passar a camiseta pela minha cabeça. Sentia a minha calça ficando realmente apertada e incômoda e ela pareceu ler meus pensamentos. Seus dedos finos e longos abriram a fivela do meu cinto ao mesmo tempo em que eu abria seu sutiã. Assim que a peça foi removida, tive que aproveitar os poucos segundos que nos separamos, para tentar recuperar o fôlego, e a olhei de novo. Era linda, não havia outra definição. Seus seios eram perfeitos e não consegui ficar só olhando. Quando percebi que havia aberto a minha calça, decidi provocá-la. Me inclinei sobre o esquerdo e, enquanto massageava o direito, o abocanhei, hora beijando cada milímetro, hora mordendo, sugando ou até mesmo, lambendo o bico muito de leve, conseguindo vários gemidos em resposta, além de senti-lo se intumescendo. Aproveitando que estava distraída, tirei a sua última peça de roupa e, logo depois de ouvi-la ofegando, penetrei dois dedos dentro dela e comecei a masturbá-la. Nessa hora, senti seus dedos puxando meus cabelos de um jeito que me instigou a continuar. Quando toquei seu clitóris, a Ava arqueou o corpo e deu um gemido sôfrego. Decidindo abandonar seus seios, comecei a trilhar um caminho, beijando todo seu tronco até chegar próximo ao seu umbigo. Foi quando vi um piercing discreto ali. Dei um sorriso discreto e continuei o meu caminho. Assim que tirei meus dedos de dentro dela, já ia protestar quando os substituí pela minha boca. Do mesmo jeito que havia feito com seus seios, a provoquei passando a ponta da língua, mordiscando e sugando alguns pontos estratégicos. Poucos minutos depois, a percebi estremecendo e, logo em seguida, relaxando. Senti o seu gosto e, de repente, me puxou para um novo beijo. Logo que se recuperou um pouco, conseguiu tirar a minha calça, levando a minha boxer junto e inverteu as posições, me deixando por baixo. Logo de cara, começou beijando meu peito e ofeguei assim que a senti brincando com o piercing que eu tinha no mamilo, usando a ponta da língua. Continuou a me beijar e, vez ou outra, intercalando com mordidas ou lambidas. Na hora em que menos esperei, seus lábios tocaram a minha tatuagem de estrela e continuaram a seguir, deslizando de maneira lenta na minha virilha. Poucos segundos depois, seus dedos se fecharam ao redor do meu pênis enquanto ela deslizava a língua por quase toda a sua extensão, me torturando. Percebi que, ao mesmo tempo em que seus dedos faziam um movimento de vai-e-vem, que foi aumentando a velocidade gradativamente, estava sugando a glande. Entrelacei meus dedos nos seus cabelos e a guiei. Em alguns minutos, senti que não ia agüentar e, por isso, a interrompi e, aproveitando a chance, fui pegar a camisinha. Logo que a coloquei, voltei para a cama e me posicionei. Para minha surpresa, a própria Ava me guiou para dentro dela e comecei a penetrá-la, me movendo com um pouco de cautela. De repente, a ouvi suspirar impaciente e disse:

– Não sou uma boneca de porcelana. Pode ter um pouco menos de cuidado, viu? Se estiver incomodando, te aviso, não se preocupe.

Foi o que precisou para que minhas investidas ficassem mais rápidas e intensas. Poucos instantes haviam se passado e tudo o que se ouvia ali na suíte eram os sons dos nossos corpos se chocando um contra o outro, além das nossas respirações ruidosas e dos gemidos que escapavam por entre os lábios dela. Assim que comecei a investir cada vez mais fundo, a ouvi suspirando. Sentia as suas unhas arranhando as minhas costas e, a última das minhas preocupações era se iam ficar marcas. Quando senti que meu orgasmo estava chegando, senti cada um dos seus músculos relaxando debaixo de mim. Continuei a me movimentar por mais alguns minutos até que foi a minha vez. Me deitei ao seu lado e, exausto, a última coisa de que tive consciência foi de abraçá-la por trás e beijar seu ombro. Depois disso, peguei no sono.

Na manhã seguinte, quando acordei, a Ava estava terminando de fechar o seu vestido. Perguntei:

– Ei... Onde você vai?

– Para a minha casa. Minhas amigas já me ligaram um milhão de vezes. Daqui a pouco estão chamando a polícia. - Respondeu, dando aquele sorriso torto.

– E... Posso te pedir ao menos seu telefone?

Ainda sorrindo, foi até o criado-mudo ao meu lado e anotou uma outra coisa. Percebi que era um endereço de e-mail e falou:

– Só te dou o telefone quando me sentir preparada para encarar as suas fãs. Até lá... A gente mantém o contato por e-mail, se você quiser.

Terminando de dizer isso, se inclinou na minha direção e roubou um daqueles beijos dignos de cinema.

– A gente se vê por aí.

E, logo em seguida, se afastou. Poucos segundos depois, o Tom entrou no meu quarto e, com expressão surpresa, perguntou:

– Quem era aquele monumento que saiu daqui?

– Uma garota. Conheci ontem, na afterparty.

– E... Você vai vê-la de novo?

Ah, com certeza que iria...

Postado por: Grasiele | Fonte: x 

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