quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Fogo E Fogo?! (Doce E Selvagem 2) - Capítulo 12 - Briga!

Acordei no dia seguinte com um pouco de dor nas costas, deve ter sido por que realizei... ér... atividades físicas ontem de noite sem ter melhorado completamente. Esfreguei meus olhos e passei a mão pela cama, mas não encontrava Mayára, olhei para o lado e eu estava sozinho em seu quarto. Levantei-me e vesti minhas roupas, abri a porta com cuidado e vi que era seguro sair já que não tinha ninguém.
Quando desci, encontrei-a sentada no sofá, com seus cabelos presos em um coque, um óculos de grau no rosto e um imenso livro na mão, ela vestia um short preto e uma camiseta bege que caía um pouco no ombro.
– Achei que fosse para a faculdade hoje. – falei e ela tirou os olhos do livro, me olhando e rapidamente tirou os óculos do rosto, corando. – Não sabia que usava óculos. – completei.
– É apenas para ler. E eu já fui para a faculdade hoje, pois se o senhor não sabe, já são ... – ela olhou no celular e voltou a olhar para mim. – 14:00!
– Tudo isso?! – ela assentiu e eu fui andando para a cozinha, mas alguém bateu na porta. Andei pela sala e abri a porta, arregalando meus olhos.
– TOM! – ela se jogou contra mim me abraçando. – Ah amorzinho, me desculpa ter brigado com você, Bill me disse que foi tudo uma grande confusão. Ria me apertava e me dava selinhos rápidos por todo o meu rosto e minha boca.
– Ria! – a afastei e olhei pelo canto do olho para Mayára. Ela estava do mesmo jeito que antes, concentrada em seu livro e ignorava nossa presença.
– Que foi amor? Eu sei que você está morrendo de saudade de mim. – engoli em seco sem saber o que fazer.
– Vamos conversar no meu quarto. – falei tentando sair daquele momento constrangedor. – Nós estamos atrapalhando. – sussurrei e apontei para May, a fim de convencer Ria.
– Então vamos logo para a minha casa, Tom. Tenho certeza que você está com saudade da minha cama. – falou mais alto do que eu imaginava que sairia.
– Vaca! – ouvi alguém murmurar e tenho certeza de que foi Mayára.
– Desculpa querida! – Ria me soltou e foi na direção dela, parando em sua frente. – Mas, por acaso você me chamou de vaca? – Mayára ergueu o rosto e tirou os óculos.
– Se serviu... – disse indiferente. Essa não!
– O quê? – Ria falou alto. – Quem você pensa que é para falar assim comigo sua esquisita? – May se levantou e ficou cara a cara com Ria.
– Não te interessa quem eu sou! E pode ter certeza de quê melhor do que você, eu sou! – ela falou visivelmente irritada.
– Ér... Ria, vamos sair daqui? – perguntei.
– Claro que não, Tom. Essa vagabunda está me insultando, você não vai fazer nada? – olhou para mim, mas não tive tempo de responder.
Mayára pulou em cima da Ria e a prendeu no chão, mas Ria foi esperta e empurrou May, fazendo com que dessa vez, ela ficasse sobre o chão. Ela deu um tapa na cara de May e depois deu outro do outro lado, Mayára rosnou de ódio e rolou com Ria, sentando em cima da barriga dela e prendendo os braços dela com o joelho. Ela revidou o tapa na cara dela.
– Quem é a vagabunda aqui, sua ordinária? – May gritou e lascou outro tapa na cara dela com tanta força que a boca de Ria sangrou.
– O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – perguntou Bill descendo as escadas correndo e só aí eu consegui despertar.
Corri e tirei Mayára de cima da Ria, puxando ela pela cintura e ela dava chutes no ar, falando um monte de coisa em outra língua. Bill ajudou Ria a levantar, mas ela saiu correndo em nossa direção e começou a puxar o cabelo de May, que por sua vez, me deu um chute na canela me fazendo soltá-la. Ela segurou o cabelo de Ria também e as duas caíram em cima da mesinha, com o impacto, Ria soltou o cabelo da Mayára e ela deu um soco no nariz de Ria, que gritou. Tornei a puxar Mayára de cima de Ria e ela continuava avançando por meus braços, falando um monte de coisa e rosnando.
– PUTA DESGRAÇADA, NOJENTA MALDITA! – ela pronunciava em português e eu não estava entendo porcaria nenhuma. – TRAVECO SEM PINTO! – vi Jacqueline rir no alto da escada, mas depois ela desceu correndo e veio na direção onde eu tentava controlar May.
– Mayára! – ela segurou o rosto dela com as mãos. – Stop! – gritou, mas ela continuava a tentar se soltar. – PARA! – gritou em português dessa vez e ela olhou para Jacqueline.
Olhei para Ria e seu rosto sangrava muito, seu nariz principalmente. Ela estava chorando e assim que vi que poderia soltar May, fui olhar Ria. Mayára havia quebrado o nariz dela! Eu a ajudei se levantar rápido e fui em direção à porta.
– POR QUE FEZ ISSO? – gritei com Mayára. Ela arregalou os olhos por um instante e depois me olhou com raiva.
– Você também é um maldito, puto desgraçado! – ela ainda gritava em português como se eu pudesse entender. – Não quero que toque em mim nunca mais! Eu odeio-te! ODEIO! – ela parou de gritar e subiu a escada furiosa.
Levei Ria até o hospital, ela não parava de reclamar um só segundo e xingava May de tudo quanto era nome. Chegamos ao hospital, fiquei esperando Ria durante 3 horas. Olhei para ela e Ria estava com um gesso pendurado em seu nariz e umas faixas que passavam por volta de sua cabeça.
– Olha o que aquela coisa fez comigo, Tom! – ela pegou a bolsa dela e bateu em mim. – E você não fez nada!
– Não fiz nada? – indaguei enquanto a gente saia do hospital. – Ela é uma fera! Eu tentei te salvar, mas até eu apanhei!
Deixei Ria no apartamento dela e fui para casa, minha camisa tinha com um pouco do sangue de Ria e eu estava louco para tomar um banho. Mas antes fui até o quarto de May e abri de uma vez, ela estava lendo em sua cama e fingiu que não me viu entrar. Andei até sua cama e arranquei o livro de sua mão, jogando-o no chão.
– FICOU LOUCO? – ela gritou se levantando.
– VOCÊ QUE É UMA LOUCA! COMO PÔDE TER FEITO ISSO? ELA É MINHA NAMORADA! – gritei de volta.
– AHHHH ME DESCULPE ENTÃO! Sinto muito se arranquei algumas penas da sua galinha! – ela sorriu. – Mas tenho certeza que ainda dá pra fazer um caldo!
– Por que tem tanta raiva assim dela? Ela não te fez nada... ao contrário de você! – falei com ódio.
– Como se você também não tivesse culpa dos chifres que colocou nela!
– Foi por culpa sua! Você é traiçoeira, perigosa, deu em cima de mim para depois jogar na minha cara como está fazendo agora! – falei e vi os olhos dela se estreitar.
– Nem homem o suficiente você é para assumir seus erros! – ela falou.
– Então está dizendo que o que nós fizemos aqui foi um erro? – eu também podia ter culpa, mas o sentimento que eu tinha de estar perto dela, para mim, não era exatamente um erro.
– Sim! – cuspiu as palavras. – Foi o maior erro que já cometi na minha vida! – fiquei paralisado com aquilo.
Embora fosse canalhice minha fazer aquilo com a Ria, eu gostava de ficar com May, o desejo que eu sentia por ela era muito grande e nenhuma mulher jamais disse que foi um erro ficar comigo. Mayára pegou um salto alto preto e calçou, soltou os cabelos e pegou uma bolsa. Corri e segurei seus braços.
– Onde pensa que vai? Ainda não acabamos! – falei com raiva.
– Sim, acabamos sim! – ela puxou o braço e eu a soltei. – E não encosta mais em mim. Você tem uma namorada para cuidar! – ela saiu do quarto e eu fui para o meu, batendo a porta com força demais ao entrar.
Tirei minha camisa suja e joguei no chão, peguei meu travesseiro e ataquei em direção à porta. Logo em seguida, Bill abriu a mesma e entrou, me olhou sério e eu já estava preparado.
– Acho que precisamos conversar sério. – ele cruzou os braços. – E sem mentiras dessa vez.

Postado por: Grasiele

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