quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Fogo E Fogo?! (Doce E Selvagem 2) - Capítulo 17 - Presos!

– Olha como você fala dela, seu maldito! – gritei.
– E olha como VOCÊ fala comigo! Ou a vida dela não é tão importante assim. – ele puxou o cabelo dela com mais força e ela gemeu de dor.
– O que é que você quer? – perguntei tentando controlar a minha raiva.
– Vocês sabem o que eu quero! – ouvimos um barulho na porta e todos olhamos para a sala. Bill e Jacqueline estavam lá, com os olhos arregalados e encarando Henrique.
– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – Jacqueline gritou e tentou correr na direção em que Henrique estava com May, mas Bill a segurou.
– O que acha que estou fazendo? – ele riu. – Vamos negociar minha doce Jacqueline... Você por ela, o que acha?
– NÃO! – May gritou.
– CALA BOCA! – Henrique retrucou.
– Tudo bem, eu troco. – Jacqueline disse e Bill arregalou os olhos.
– Não vê que ele vai te fazer mal? Não o ouça! – May dizia.
– EU TE DISSE PARA CALAR A BOCA! – ele gritou e jogou ela no chão.
Mayára caiu de joelhos e ele deu um tapa em seu rosto. Só tive tempo de ver Bill pulando em cima de Henrique, dando um soco em seu rosto, mas Henrique acabou raspando a faca na barriga de Bill e ele se afastou sangrando. Corri para ajudar Bill, mas May foi mais rápida acertando uma panela na cabeça dele. Ele caiu e ela lhe bateu com a panela mais uma vez, quando ia acertar a terceira vez, segurei seus braços.
– Chega. – ela me olhou e depois largou a panela, me abraçando com força. Quando nos separamos de nosso abraço, corri na direção de Bill.
– Está tudo bem. – ele disse se levantando antes mesmo de eu perguntar algo. – Foi superficial, só um arranhão! – sorriu fraco.
– Eu vou chamar a polícia para prender esse canalha! – disse Jacqueline já com o telefone nas mãos.
– Vem Bill, vamos limpar isso. – Mayára falou, puxando Bill para o sofá.
Ela correu até seu quarto e voltou com uma caixa branca na mão. May se sentou ao lado de Bill e rasgou a camisa dele, passou um pano molhado sobre o machucado para limpar o sangue e depois começou a passar uns remédios. Bill ficou reclamando que estava ardendo, mas ela não deu ouvidos, apenas terminou de fazer o que tinha que fazer e fez um curativo.
– Pronto. – ela disse.
– Obrigado. – Bill respondeu. Ela sorriu para ele e depois arregalou os olhos.
– Caramba! – todo mundo olhou para ela e May corou violentamente. – Eu estou de calcinha e sutiã! – ela saiu correndo e olhei para o meu corpo.
– Ér... Melhor eu ir me vestir também. – corri para o quarto de Mayára e ela estava colocando um short preto.
Olhei para ela e nós dois começamos a rir. Não era o momento certo para gargalhar, mas foi inevitável. Peguei minha calça e vesti, Mayára tinha acabado de vestir sua camiseta e estava pronta para sair do quarto, mas eu segurei em sua cintura e a puxei para um beijo urgente. Prensei seu corpo na parede e separei nossas bocas, deixando minha testa colada na dela.
– Que bom que não te aconteceu nada. – falei e abri meus olhos. Os dela ainda estavam fechados e ela apenas sorriu.
Me soltei dela e ela voltou para a sala. Terminei de me vestir e fui para a sala também, a polícia já estava lá. Um policial conversava com Jacqueline e outros dois tiravam Henrique do chão.
– Preciso conversar com a senhorita. – disse o policial que conversava com Jacqueline, andando na direção de May.
Eles se afastaram e eu fiquei observando, pelo o que parecia, ele estava fazendo várias perguntas para ela. Mayára sempre fazia uma careta e depois respondia, ele anotava tudo em uma prancheta. Quando terminou, os dois voltaram para onde nós três estávamos.
– Senhor Kaulitz, foi esse tal de Henrique que o feriu. – perguntou o policial para Bill.
– Sim, eu fui tentar defender a May dele e ele acabou me acertando. – Bill respondeu.
– Hum... – foi o que ele murmorou.
– Vou ter que levar a senhora comigo. – olhou para May.
– O quê? Por quê? – ela se alterou rapidamente.
– A senhorita feriu muito o senhor Henrique. – disse o policial e May soltou uma gargalhada alta.
– Senhor? Ele é um monstro! Agora vão me prender porque eu estava tentando me defender? – ela falou indignada. – E as barbaridades que ele fez? Isso é ridículo! – ela falou visivelmente irritada.
– A senhora está me ofendendo? – o policial perguntou.
– Vocês próprios se ofendem com essa barbaridade!
– Eu vou ter que te deter para levar a delegacia senhorita! Isso é desacato!
– Espera um pouco. – falei, tentando acalmar os dois. – É só um mal entendido.
– Não, não é um mal entendido. Ele está louco! – Mayára falou.
– May, fica calma. – disse Bill. – Logo você vai estar solta, vamos resolver tudo isso rapidamente.
– Já chega mocinha! – ele pegou os braços de May e prendeu seus pulsos com uma algema. – Vamos esclarecer tudo na delegacia!
– Me solta agora! – May gritou.
– Mayára! – falei e me aproximei dela. – Não complica mais, por favor!
– Eu não estou complicando, eu estou certa! – ela falou me olhando incrédula. – E para de me chamar de Mayára, é estranho!
– Mas esse é o seu nome!
– Eu sei! Mas você não me chama assim! – ela retrucou e fez bico. Eu ri e me aproximei dela.
– Ei senhor! Ela está presa! Não pode ter contato com a detenta. – o policial puxou May pelo braço levando ela para a porta. Esse cara era doido.
– Não precisa disso tudo né. Você não acha que está exagerando? – perguntei e ele se virou me encarando feio.
– PRENDAM ELE TAMBÉM! – apontou para mim e um outro guarda veio na minha direção.
– O QUÊ? – gritei. Isso só podia ser palhaçada né?! Ou não. Merda, eu não poderia ser preso, isso vai dar a maior confusão.

Postado por: Grasiele

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