quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Fogo E Fogo?! (Doce E Selvagem 2) - Capítulo 14 - Visto por Mayára.

POV. Mayára

Quando entrei na casa dos Kaulitz, Jacqueline correu para me abraçar. Contei para ela tudo que havia acontecido, mas ela me disse que já sabia, pois quando Tom saiu de casa para me procurar, Henrique ligou para ela dizendo que estava comigo e que se ela quisesse me ver viva novamente, ela teria que ir embora com ele. Bill estava muito nervoso, andando de um lado para o outro.
– Onde está Tom? – me perguntou e quando eu ia responder, ele passou pela porta.
Eles se afastaram para um canto e começaram a conversar, Jacqueline ainda tremia de nervoso, nós duas estávamos sentadas no sofá. Então eu tomei uma decisão. Eu iria ir atrás de Henrique e ia dar um jeito de entregar ele para a polícia! As coisas não podiam ficar assim, sem contar que aquele filho de uma puta me bateu!
– Eu vou conversar com ele, Jacqueline. – ela me olhou assustada e eu levantei. – Vou entregar ele para a polícia!
– Você ficou louca? Como você vai entregar ele para a polícia? – os Kaulitz se aproximaram me encarando. – Ele vai te matar antes disso!
– Não vai. – falei determinada. – E ele ainda merece uns bons tapas na cara por ter me batido! Não vou deixar barato.
– Você está louca! – ouvi a voz grave dele e o encarei. – Você é uma garota, não terá força o suficiente para bater de frente com ele. – disse Tom.
– A minha força é movida pela minha raiva! E agora você não imagina o quão alta ela está. – disse torcendo para que ele sentisse a indireta. Ele andou rápido até mim e eu dei um passo para trás, mas não adiantou, ele ficou a centímetros do meu rosto.
– Você não vai fazer porra nenhuma, ouviu bem? – me espantei um pouco com o tom de voz severo que ele usou.
– Por que? – desafiei.
– Porque você tem que deixar de ser egoísta e perceber que Jacqueline te considera muito. Você irá machucar ela também se ele te machucar! – não era bem isso que eu queria ouvir dele. Suspirei e subi para o meu quarto, fechei a porta e me joguei na cama.
Por que ele me afetava tanto assim? O cheiro dele, o gosto dele, suas mãos em mim, me apertando, fazendo com que eu sentisse cada vez mais que pertenço somente a ele. Ele me deixa louca! Mas eu tenho que parar com isso, ele mostrou que se importa bastante com a namoradinha dele, ele só estava querendo brincar comigo, me fazer de segunda opção.
Fechei meus olhos e comecei a me lembrar da noite anterior. Bati com o punho fechado na cama e rosnei para o ar, me levantei depressa e tirei minhas roupas, fui para o banheiro e liguei o chuveiro, molhando meus cabelos e fechando os olhos. Senti a água quente arrancar arrepios do meu corpo e esses arrepios me lembravam os efeitos que Tom causava em mim só por me tocar. Passei um bom tempo embaixo do chuveiro, depois que desliguei, enrolei uma toalha pelo meu corpo e saí do banheiro.
– Só vim me certificar de que você não pularia a janela para ir atrás daquele cara. – levei um susto ao ouvir sua voz grave. Tom estava sentado na minha cama, com seus dedos longos entrelaçados entre eles, e seus cotovelos apoiados no joelho.
– Então acho que já pode sair. – falei e fui até minhas gavetas pegar uma lingerie. Me vesti e ele ficou me observando, peguei um camisetão e coloquei também.
Ele continuava sentado em minha cama, me olhando sem nada dizer. Bufei de raiva e subi na cama, puxei o edredom com força para me deitar, mas Tom estava prendendo com seu corpo por estar sentado sobre ele. Olhei para ele, mas ele estava na mesma posição.
– Sério que vai ficar igual uma estátua aí? – falei. – Eu tenho faculdade amanhã!
Ele se virou para mim com rapidez e subiu em minha cama, me puxou pela cintura, fazendo com que eu caísse deitada no colchão. Ele colocou o corpo sobre o meu e minha respiração se acelerou, tentei empurrar ele, mas ele segurou com força em meus pulsos, me prendendo na cama. Tom colocou o rosto entre o meu pescoço e dava pequenos beijos por aquela região.
– O que está fazendo? – perguntei tentando me concentrar em algo que não fosse a boca dele na minha pele. – Para com isso Tom!
– Você não percebe? – ele levantou o rosto e me encarou. – Eu preciso estar com você, eu preciso sentir você, tocar você... – ele roçou seus lábios sobre o meu e depois me beijou com volúpia. Consegui afastar ele com dificuldade.
– Precisar estar comigo não é o suficiente! – juntei toda a minha força e o empurrei de cima de mim. – Por favor, Tom! Vai embora. – ele me encarou e senti vontade chorar, mas eu não faria isso na frente dele. – Sai! – falei um pouco mais alto.
Ele se levantou sem nada dizer e foi até a porta do meu quarto, mas antes de sair, ele se virou e olhou em meus olhos. Vi algo estranho neles. Eu via tristeza?! Ele se virou e fechou minha porta, me deixando sozinha no meu quarto. Definitivamente eu o amava! Devem se perguntar como eu posso amar ele assim, em tão pouco tempo. Mas não é exatamente “pouco tempo”.
Eu era fã da banda, tanto quanto Jacqueline também era. Ele sempre foi o meu preferido, sempre o desejei e o idolatrei como meu ídolo, mas depois de um tempo, comecei a perceber que esse amor não era somente de admiração. Eu o amava como homem, como pessoa... Eu o amava como Tom e não como o guitarrista da minha banda preferida. Foi por ele que aceitei me mudar para L.A., pois eu ainda tinha a esperança de que essa Ria não fosse algo sério em sua vida, eu tinha esperança de que ele fosse capaz de me amar. Mas eu fui tola.

Postado por: Grasiele

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