quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Fogo E Fogo?! (Doce E Selvagem 2) - Capítulo 18 - Eu acho que te amo.

Mais dois policiais se aproximaram de mim e colocaram meus braços para trás, prendendo meus pulsos com algemas. Eles começaram a me arrastar para fora do apartamento junto com May. Quando olhei para ela, Mayára gargalhava sem parar, podia ver até lágrimas brincando no canto de seus olhos.
– Por que está rindo, sua louca? Nós estamos presos! – falei indignado.
– Eu sei. Mas é que eu sempre tive vontade de ser presa sem ter feito nada de errado... Tecnicamente. – ela riu.
– Olha seu guarda. – Bill falou e todos nos viramos para ele. – Podemos pelo menos sair pelos fundos do prédio?
– Tudo bem senhor Kaulitz, mas vamos logo! – disse o policial maluco.
Nós saímos pela porta dos fundos do prédio e eles colocaram May e eu no porta mala da viatura. Acho que demorou uns 30min para chegar até a delegacia, saímos do carro e entramos. Estava vazia, mas o policial nos fez esperar mais um pouco. Eu já estava começando a me cansar daquela palhaçada toda, eu queria um advogado agora!
– Vamos! – falou o policial.
– Vamos para onde? – perguntei.
– Para a cela! – ele respondeu.
– Você é louco? – Mayára perguntou se aproximando dele. Ele simplesmente pegou o braço de May e o meu, e saiu arrastando para dentro da delegacia.
Descemos algumas escadas onde estava mais escuro e chegamos a um corredor gelado. Continuamos andando e ele nos colocou na última cela que havia no corredor, embora não estivesse mais ninguém preso ali.
– Vocês vão ficar aqui juntos, mas quando forem para o presídio serão separados. – ele falou ainda com o portão da cela aberto. May se aproximou dele e ficou bem próxima, até demais pro meu gosto.
– Olha seu guarda... – ela começou a mexer na farda dele. – Nós podemos resolver isso de outro jeito, não acha? Tipo, conversar só eu e você. – Pude ver ela piscar e ele sorriu.
– Ei! – peguei no braço de May e puxei ela para trás. – Quer morrer é? – perguntei com raiva para ela. O guarda fechou o portão com um cadeado imenso e saiu.
– Seu idiota! Você estragou tudo! – ela disse.
– Ah! Eu estraguei tudo? Sinto muito se você estava interessada no guarda! – bufei e soltei-a.
– Você é burro ou o que? – ela perguntou incrédula.
– Olha aqui... – comecei a falar.
– Eu estava encenando! – ela deu um tapa na minha cabeça. – Estava tentando nos tirar daqui! – pensei um pouco.
– Ah... Isso? – perguntei sem graça.
– Não! – ela falou irônica. – Aquilo! – ri e puxei-a novamente, mantendo agora o seu corpo colado no meu e nossas bocas muito próximas.
– Eu tenho... – como eu iria dizer aquilo sem ser de um modo constrangedor?!
– Ciúmes! Eu já percebi! – ela riu.
– Não é ciúmes! – me afastei dela.
– É sim, Tommy! – sorri ao ouvir ela falar “meu nome”.
– Ok, é ciúmes! – voltei a me aproximar dela e colei nossos lábios.
Ela passou seus braços pelo meu pescoço e eu fui empurrando seu corpo de encontro à parede, nós dois sorriamos em meio aos beijos. Encostei May na parede e separei minha boca da dela para conseguir respirar, já ofegávamos apenas com um beijo. Desci distribuindo pequenos selinhos por sua mandíbula até chegar em seu pescoço, senti um tremor passar pelo corpo dela quando beijei seu pescoço. Ergui uma de suas pernas segurando em sua coxa e apertei-a mais ainda contra a parede.
– Ahamham... – ouvimos alguém pigarrear e nos separamos. Era o policial maluco novamente. – Você estão livres. – ele abriu a cela e nos deixou sair.
– Até que enfim acabou com essa pa... – coloquei a mão na boca de May antes que ela falasse besteira e começasse tudo novamente.
– Me desculpe pela confusão senhorita. – ele disse e fez eu e May ficarmos surpresos. – E se qualquer dia... – ele parecia envergonhado agora. – A senhorita me permitir te levar para sairmos. – completou.
– Mas o quê? – falei alto tirando a mão da boca de May. – Você não tá vendo que ela é minha namorada? Quer levar uma su... – dessa vez foi May que tampou minha boca.
– Qualquer dia eu te aviso, seu guarda! – ela sorriu e começou a me arrastar enquanto eu ainda tentava falar em sua mão. – Agora precisamos ir.
Quando terminamos de subir as escadas escuras, vimos Jacqueline e Bill conversando com o advogado da banda e mais outro homem, do qual eu não conhecia. O policial maluco também subiu e passou por mim e May, sorrindo para ela. Já era muito abuso isso! Mayára me soltou e olhei para ela furioso.
– O que? – ela falou calma.
Qualquer dia eu te aviso, seu guarda! – falei tentando imitar a voz dela e ela riu.
– Por favor, né Tom! Não começa! – ela saiu andando na minha frente e eu fui atrás dela, até chegarmos próximos a Bill e Jacqueline.
– Já está tudo certo. – Bill falou quando nos viu. – Henrique está sendo levado imediatamente para o presidio e vocês já estão liberados para ir para casa. Não precisam assinar nada, foi apenas um mal entendido.
– Então vamos logo, estou louco para tomar um banho novamente, isso tudo me deixou cansado. – falei.
– Sim, também preciso urgentemente de um banho. – May falou. – Bom, eu vou indo. Depois nos falamos Tom. – ela sorriu e começou a se afastar.
– Espera! – segurei em sua mão. – Onde você está indo?
– Para o apartamento da Jacqueline. – disse como se fosse o óbvio.
– Eu já disse que sua casa não é lá! – falei e ela me encarou. – Sua casa é na minha casa, junto comigo! Foi assim que tudo começou e é assim que tem que ser. – ela sorriu para mim.
– Tudo bem. – ela suspirou. – Vou voltar para lá, mas de todo jeito tenho que ir até o apartamento para pegar minhas roupas.
– Tudo bem, meu carro está lá. Também tenho que buscá-lo. – falei.
– Ok, vamos. – ela respondeu.
Segurei em sua mão e saímos da delegacia. Bill nos deixou na frente do prédio de Jacqueline e foi direto para casa. Subimos e ela foi arrumar suas coisas, o que não demorou muito, pois ela nem tinha tirado tudo da mala ainda quando veio para cá. Assim que ela terminou de pegar todas as suas coisas, fomos direto para casa, eu estava todo dolorido.
Chegamos em casa e subimos para o meu quarto, May insistiu para que eu tomasse banho primeiro, então eu fui. Como eu não estava com muita paciência, tomei um banho de chuveiro mesmo só para tirar o estresse e o ar de cadeia. Assim que desliguei o chuveiro e enrolei a toalha na cintura, May já estava dentro do banheiro tirando suas roupas. Fiquei observando e quando ela estava apenas de lingerie, ela me olhou sorrindo de lado.
– Tchau, Tom. – falou me empurrando para fora do banheiro.
– Quê que tem? Já te vi pelada antes! – falei sorrindo para ela e Mayára sorriu, logo em seguida batendo a porta na minha cara. Daora a vida mesmo.
Vesti um samba canção preto e peguei uma camisa vermelha, deixando-a em cima da cama. Deitei-me embaixo do edredom e fiquei esperando May sair do banheiro. Depois de alguns minutos, ela apareceu enrolada em uma toalha, foi até sua mala e pegou uma calcinha e um sutiã rosa.
– Nunca vi você de rosa. – falei enquanto observava ela se vestir.
– Não gosto de rosa. – olhei com a sobrancelha arqueada enquanto via a lingerie em seu corpo, ela abaixou o olhar se analisando. – Essa é uma exceção. Posso? – perguntou erguendo a camisa vermelha que eu havia separado.
– Peguei justamente para você. – disse e pisquei. Ela vestiu e subiu na cama, se deitando ao meu lado. Puxei seu corpo de modo que ficamos abraçados de conchinha e afastei seus cabelos, deixando seu pescoço livre.
– Eu acho que te amo. – falei e senti seu corpo se enrijecer no mesmo instante.

Postado por: Grasiele

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