terça-feira, 26 de junho de 2012

Como (não) se apaixonar por Tom Kaulitz - Capítulo 21 - Retomando algumas notas

Até agora muitas coisas confusas e realmente estranhas, me aconteceram. Primeiro meus pais morreram em um acidente de carro, quando estávamos indo para minha mais importante apresentação de balé.


Já estávamos quase chegando, e repentinamente escuto uma buzina e olho para o lado. Uma luz forte brilhava em minha direção, tão forte que tive de fechar os olhos. De súbito, tudo ficou branco e um som estridente se propagou.”

“Bom, eu não sei como te contar isso... Seus pais não resistiram, eles morreram.”

Isso realmente mudou muita coisa na minha vida. Começando pelo fato de eu me mudar de Minnesota para uma cidade estranha na Alemanha, que eu não faço questão de lembrar o nome. Conheci dois caras, dos quais, estranhamente, nunca ouvi falar e que, segundo o que me disseram, são meus primos.

“Olhei ao redor e percebi dois caras, um alto e pálido, com um cabelo que mais parecia um dejeto de pássaro. Estava maquiado, os olhos negros e a boca rosada. Tinha um piercing no nariz e outro na sobrancelha. O outro era uns poucos centímetros mais baixo que o anterior. Tinha umas tranças estranhas na cabeça, e tinha um piercing no lábio inferior. Vestia roupas consideravelmente enormes para seu tamanho e segurava, tediosamente, um cartaz com meu nome.”

Um é Bill, o cara mais fofo da terra, com o qual posso dizer que temos uma boa relação.

Ele esticou a mão para mim, eu a observei. Involuntariamente a peguei. Era tão quente e macia. Ele puxou-me para a cama a qual estava sentado, eu sentei ao seu lado e ele me envolveu com o braço.”
“O que está havendo? – Murmurou fracamente.”
“Você não entenderia.”
“Tente. – Suspirou.”

Tirando alguns incidentes que ocorreram entre nós.

“Ele aproximou-se mais do que o necessário e espaçou meus cabelos tocando de leve a cicatriz. Levantei a cabeça rápido, pois senti uma leve dor. Eu olhei-o e percebi que os olhos dele estavam bem mais próximos que eu imaginei. Mas eu simplesmente não conseguia parar de encará-los. Senti uma respiração tocar de leve a ponta do meu nariz, e quando dei por mim, senti algo invadir minha boca.”
“Puxei meu corpo para trás no mesmo instante, fazendo com que Bill me encarasse surpreso.”
“É que eu... Eu nunca tinha beijado alguém.”
“Bi, me desculpa. Sério, eu não sabia.”

O outro é um tanto inconveniente. Tom Kaulitz. Ora ele é irritante...

“Sabia que a curiosidade matou o gato, meia sombra? – Tom disse empurrando minha mão e abrindo a porta.”
“Que pena que o gato tem sete vidas. – Sorri.

Ora é a pessoa mais amável do mundo.

“Você é a primeira garota que deita nessa cama. – Disse na porta do quarto. – Está me devendo uma.”

Ele está na maior parte do meu dia, porque Bill se preocupa muito com os assuntos de uma tal banda que eles tem. E em todos esses momentos, são raros os que não me tira do sério.

Tá dançando... balé?”
“Não, idiota, estou fazendo pastéis. – Respondi revirando os olhos.”
“Bom, agora vou pro meu quarto. Quando terminar leva uns pastéis pra mim, eu estou com fome.”

Há momentos em que ele me encanta de uma forma estranha.

“Acho que você vai ter menos medo assim... – Murmurou.”
”Assim como? – Questionei.”
“No momento seguinte, Tom me abraçou e, de costas, escorregou até encostar na porta do guarda-roupa. Minha cabeça encaixou em seu ombro e seu cheiro impregnou todo o meu corpo, sem falar que estava me deixando louca.”

Em que cuida de mim.
“Você bebeu? Está bêbada?”
“Não mesmo! Você... Você que... Tom, você é a pessoa mais legal que eu conheço.”
“É, você está definitivamente bêbada.”
[...]
“Parece que vou ter que te dar um banho. – Ele disse sério, mas com um ar de malícia.”
“Não, você vai me estuprar.”
“Não vou, sua anã idiota.”

Em que, mesmo sem nenhum jeito, tenta me animar.

“Não é verdade. Tem muita gente que gosta de você...”
“Tipo quem? – Minha voz ficou esganiçada.”
“Tipo... O... Bill! – Ele sorriu nervoso.”

Mas tem coisas que eu realmente não suporto naquele cara.

Que foi? Se apaixonou por mim? – Debochou.”

Odeio quando me deixa sem graça.

“Tom, o que est... – Abri a porta e encontrei um Tom pelado, em pé, no meio do quarto. –

AH MEU DEUS! DESCULPA!”

Quando não para de pensar em... coisas pornográficas.

“Está me devendo uma...”
“Empurrei Tom para dentro de um armário e fechei a porta.”
"Nossa, não achei que você me pagaria tão rápido. – Sorriu malicioso.”
“Cala a boca! O cara pode ouvir. – Tapei a boca dele e fechei os olhos.”
“E aí, quer fazer uma rapidinha aqui no armário?”
“Dá para você parar de pensar em pornografia numa hora dessas, seu tarado?”

E quando me faz parecer mais idiota que o normal.

“Ah, tinha esquecido... Isso é proibido para menores... Se é que você me entende, baixinha. – Falou fechando a porta.”
“Pra sua informação eu estou em fase de crescimento! – Falei com raiva, mas ele já havia fechado a porta. – Idiota.”
“Brigando com a porta? – Bill riu atrás de mim.”

No meio de tanta confusão acabei conhecendo alguém que não imaginei ser tão especial.

“Qual seu nome?”
“Marcos. É convidada dos Kaulitz?”
“Pode-se dizer que sou mais uma refém dessa festa. – Ele riu. – E você? É só o barman?”
Moro aqui em frente, e preciso de dinheiro para uma coisa.”

Um amigo que eu não esperava que tivesse tantos segredos.

“Marcos, eu estou apaixonada por você. – Falei sem pensar.”
“Eu sou gay. – Falou instantaneamente antes que eu pudesse processar as palavras.”

Um amigo que quero sempre comigo. Nos melhores...

“Então... – Ele riu. – Como você sabia que eram sapatilhas de balé?”


“Não foi muito difícil adivinhar. – Ele riu – Porque eu... Bom, também danço balé. Fui chamada para a Academia de Londres.”
“Bom, vou fazer um teste, então... – Eu parei e ri dele, pois seus olhos ainda brilhavam. – Não quer fazer par comigo? Seria estranho eu dançar sozinha.”
“Claro! – Ele disse de imediato. – Quer dizer... Sim, eu adoraria.”

E nos piores momentos.

“Me aproximei e vi aquele velho senhor feliz. O fantasma do seu último riso parecia estar pregado na sua face, que estava estática e serena.”
“Os cabelos azuis sendo levados pelo vento, as lágrimas misturando-se com pequenas gotas de chuva que caíam penosamente. Os olhos azuis percorriam o nada.”
“Nunca... – Ele apontou choroso para mim. Seus olhos estavam inchados e vermelhos. – Nunca mais me deixe. Você ouviu?”

Foi numa das minhas visitas à casa de Marcos acabei conhecendo sua irmã.

“Você é a irmã de Marcos? – Murmurei aproximando-me mais.”
“Sim. – Saltou da cadeira largando o livro. – Sou Alice!”
“Oi, Alice. Sou Biara. – Apertei a mão que ela havia me esticado.”
“Oh, Marcos falou muito de você. Pena que agora ele só fica trancado no quarto chorando. – Murmurou feliz, mas depois mudou a expressão para uma tristeza momentânea.”

Que de início me pareceu bem estranha.

“Posso falar com ele?”
“Falar com ele? Acho que vai ser difícil. – Enfiou dois bombons na boca.”
“Por quê? – Ajustei-me na cadeira fitando-a.”
“Sabe... Ele já se foi. – Fez uma expressão triste por alguns segundos e depois enfiou mais um bombom na boca.”
“Não estou falando do pai dele! – Grunhi. Que garota é essa? – Estou falando de Marcos!”

Uma estranha até simpática.

“Você... Você é bailarina? – Gaguejei ignorando toda a história.”
“Sim, sou profissional. Como eu vinha para cá, a diretora me pediu para fazer um teste com uma garota. Tenho que descobrir quem é. – Puxou um papel do bolso e levantou até a altura dos olhos. – Biara Schmidt.”
“Biara Schmidt. – Repeti fechando os olhos. – Esse é meu nome. Você irá me avaliar.”
“Não pense que sou boba nas minhas avaliações, Biara Schmidt. – Murmurou deixando a alegria transparecer a face.”

O que me resta agora? Aguentar e enfrentar toda essa confusão. Desde que elesse foram, é assim que tenho vivido. É minha nova lei. Meu nome é Biara Schmidt e o maior enigma que estou tentando desvendar é como não me apaixonar por Tom Kaulitz.

 Postado por: Alessandra

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