terça-feira, 26 de junho de 2012

Como (não) se apaixonar por Tom Kaulitz - Capítulo 28 - Hey, adeus.

Senti alguma coisa mexer no me cabelo e descer para meu rosto. Abri os olhos preguiçosamente e o encarei. Ele estava com um sorrisinho bobo no rosto. Um lençol que cobria até a cintura e deixava todo o tronco nu, as tranças colocadas graciosamente para trás e a mão acariciando meu rosto.



– Achei que já tinha ido embora. – Minha voz saiu meio baixa e rouca.



– Não sem me despedir. – Me beijou devagar e afetuosamente.



– Passou a noite se despedindo, lembra? – Caçoei brincando com uma trança que estava sobre o ombro.



– As gravações podem esperar. – Me beijou novamente. – Já combinou com Alice a hora de sair? Não esqueça que vamos jantar.



– Desde que Alice e Bill estão juntos, ela pareceu ficar mais responsável. Não sei se vai me deixar sair, mas Marcos pode me ajudar... – Sorri segurando sua mão.



– Depois dessa ultima turnê Bill disse que ia conseguir, no mínimo, um mês de férias. – Disse enquanto eu colocava minha cabeça em seu ombro. – Então podemos ficar mais tempo juntos. Sabe, eu ficava muito triste naqueles hotéis.



– Você ficava muito feliz que eu sei, já que tinha milhares de garotas gritando seu nome. – Fiz bico e ele riu.



– A única pessoa que quero ouvir gritar meu nome é você. – Murmurou malicioso.



– Uuh. – Mordi o lábio por pura brincadeira. – Isso foi bem duplo sentido.



– Quer torná-lo real? – Beijou meu pescoço.



– Ador...



– Bom dia, pombinhos! – Georg quase arrebenta a porta do quarto de Tom. – Como vai o amor de vocês neste dia maravilhoso?



– Por acaso caiu da cama e bateu a cabeça, Georg? – Tom se espreguiçou.



– É que eu estava morrendo de vontade de te ver, amor da minha vida. – Georg pulou em cima de Tom e tentou beijá-lo.



– Sai daqui, seu tarado!



– Você tirou a pureza da Bi! Ela era só uma garotinha seu ninfomaníaco! – Georg agora tentava bater em Tom. – Como pode?



– Para Georg! – Tom gritava rindo e irritado ao mesmo tempo.



– Como vocês estão alegres. – Bill apareceu acompanhado de Gustav. – Vou deitar aí também.



Ele jogou-se na cama feliz e arrastou-se para meu lado, me envolvendo com os braços e pernas, me abraçando. Gustav sentou na ponta da cama e acabou por dar apenas um “tchauzinho” para mim com um meio sorriso.



– Gente, eu gosto muito de vocês, mas... – Comecei falando e rindo por Bill estar pendurado em mim.



– Fala Biara. Fala que te escuto. – Georg deitou-se entre mim e Tom me olhando com atenção.



– Ahn, olha só, eu estou apenas com roupas intima, então... – Murmurei envergonhada.



– Então o que? O que quer dizer com isso? – Georg ainda me olhava curioso, eu sabia que ele estava brincando, então suspirei e o olhei.



– Quero dizer que, a menos que queira me ver de calcinha e sutiã, saiam para que eu possa me trocar.



– Eu adoraria te ver assim, Biara. Acredite. – Georg falou malicioso.



– Saia já daqui, seu tarado! Deixe minha mulher em paz! – Tom gritou sacudindo todos da cama.



– Vocês nem são casados! – Georg protestou antes que Tom batesse a porta.



– Vai se trocar, estamos meio atrasados. – Tom disse caminhando até mim, inclinando-se na cama e me beijando, seguindo até o banheiro.



– Tá bom, mandão. – Resmunguei sorrindo.



Após tomar banho e me trocar. Procurei minha bolsa e, quando a vi, tive que enfiar as sapatilhas rapidamente. Claro que estavam um pouco surradas, pois desde que Alice me deu uma licença seis meses depois de eu entrar na academia, não tive tempo para nada mais, nem comprar sapatilhas novas, pois fico muito ocupada com a nova escola de balé que Alice formou na casa deles.



Desci pulando os degraus e, antes de chegar no último, Tom me agarrou e me abraçou, girando no meio da sala. Eu ri e, quando ele colocou no chão, me puxou para a cozinha, onde todos estavam reunidos. Georg, Gustav, Bill e Alice. Até Marcos estava lá, os cabelos loiros com algumas mechas azuis nas pontas, mas muito difíceis de ser encontradas. Os olhos azuis corriam pelo chão até pararem em mim. Alice estava com o vestido de renda que sempre usava. Os cabelos loiros e ondulados estavam na altura da cintura e o sorriso estampado alegremente no rosto.



– Café da manhã em família? – Sorri entrando na cozinha com o braço de Tom ao meu redor.



– Juntem-se a nós, pombinhos. – Georg sorriu enquanto comia um pão com pasta de amendoim.



– Biara, Sarah Baker disse que quer adiar a filha para um nível maior, segundo ela, a filha tem muito talento para ficar numa turma de básico. – Alice disse segurando uma caneca, com o banco encostado no de Bill.



– Bom, nós podem... – Comecei a falar e Tom me beijou de repente.



– Não vamos falar de trabalho aqui. – Ele disse me puxando para o fim do balcão, ao lado de Marcos, e sentou-se ao meu lado.



– Não era mais fácil dizer isso antes de calar minha boca com um beijo? – Disse baixinho.



– Assim é mais romântico. – Murmurou ele.



Marcos estava estranhamente calado. A cabeça baixa, os olhos claros mirando o café tristemente. Parece que ele e Carriel não foram uma combinação muito boa. Respirei fundo e, hesitante, levantei a mão acariciando seus cabelos. Os fios loiros se espalharam entre meus dedos, visualizei uns três fios azuis e, lembrando-me da cor de antes, sorri.



Tom me olhou com rejeição, ele era meio ciumento quando se tratava de Marcos, pelo fato de eu já ter gostado dele, mas ignorei-o. Marcos levantou os olhos precavidos para mim e me fitou com atenção.



– Tudo bem? – Murmurei.



– Sim. – Sorriu sem vontade, voltando os olhos para a caneca.



– Não parece. – Olhei-o aflita. – Não desista.



– Cansei de correr atrás, - Ele disse pensativo. – não desisti. Só vou parar para descansar um pouco. Focar em algo mais importante.



– Que bom que pensa assim. – Sorri e ele sorriu de volta. – Que bom que está sorrindo.



– Sorrir é uma coisa, - Pegou a caneca e levantou na altura da boca. – estar feliz é outra.



Eu olhei para a mesa meio constrangida. Observei rapidamente todos rindo e se divertindo com as palhaçadas que Georg falava e as histórias que Tom contava deles dois num hotel. Voltei meus olhos para Marcos, mas dessa vez com mais cautela.



– Olha, me desculpe. – Murmurou engolindo o café. – Não quero estragar esse dia.



– Obrigada. – Abracei-o e Tom me lançou um olhar de reprovação.
~~



– Tom, eu... eu não sei o que dizer. – Murmurei perplexa.



– Não precisa dizer nada, baixinha. – Me beijou novamente.



Ficamos ali por um bom tempo, matando todo o desejo que guardamos por tanto tempo. Não deixamos um único vestígio do que seria “vontade”, pois a cada toque que os lábios dele davam nos meus, eu sentia que era ali que eu queria estar. Ele terminou o beijo com alguns selinhos e se afastou um pouco.



– Hum, quer dizer que eu tenho um sorriso sedutor? – Sorriu sacana.



– Idiota! – Bati em seu braço e ele riu mais ainda.



– Para de me xingar e vem cá. – Me puxou lentamente pelo queixo. Peraí, como ele sabe da lista?



– Tom! Você leu? – Perguntei corando. Ele fez que sim com a cabeça e soltou uma gargalhada.



– E até que eu gostei, - Fez uma pausa, como se refletisse sobre algo. – menos da parte do idiota. – Fez bico, mas logo voltou a se aproximar e me beijar.



Tom passou dois dias comigo, com a desculpa de que estava ajudando na minha adaptação, mas logo teve que ir embora. Não só pelo fato de a diretora da academia não fazer ideia de que ele estava dormindo no meu dormitório, mas também disse que tinha que resolver umas coisas de uma turnê com a banda. Eu não sabia como nossa vida ia ficar, pois eu passaria muito tempo na academia.
~~



– Atenção! – Alice parou no centro da sala encarando todas as menininhas de tutu e olhos curiosos, como os dela, paradas no fundo da sala. – Quero que metade das garotas venham para o lado esquerdo e a outra metade para o lado direito, entenderam?



As garotinhas correram para tomar suas posições, empolgadas com o fato de estarem numa escola de balé. Até me lembravam, quando meu maior sonho era ser uma bailarina profissional. Posso não fazer apresentações em todo o mundo, ou coisa parecida, mas estou perto de Tom e perto do meu sonho.



– Biara, vai para sua sala, já deve ter chegado seus alunos. – Alice me espantou, me empurrando para fora.



– Tá, ta. – Ri seguindo para minha sala. Vi Marcos com os garotinhos ensaiando em uma outra sala.



Eu entrei pensativa e acabei dando de cara com todas as garotas de 12 a 15 anos irritadas. Eu sorri meio constrangida e fui até o som colocando um música qualquer. Ordenei-as para irem ao centro da sala e comecei a ditar os movimentos, enquanto elas faziam exatamente iguais.



– Toc, toc. – Alguém falou na porta e todas as garotas pararam de dançar. – Alguém se importa de eu falar com o amor da minha vida?



– Ai meu Deus, - Uma garota gritou antes que eu me virasse. – não é o Tom Kaulitz, do Tokio Hotel?



– Sim, é ele. – Murmurei virando-me e vendo Tom segurando um buque de rosas vermelhas na porta. – Sabe que estou trabalhando.



– Só vim tirar uma dúvida. – Ele murmurou se aproximando e ouvi os gritos entre dentes das meninas atrás de mim.



– Ai meu Deus, o que foi agora, idiota? – Murmurei sorrindo quando ele me segurou pela cintura.



– Cala a boca e escuta, anã. – Ele colocou o buquê de flores entre nossos corpos, ignorando os gritos das garotas. – Lembra quando o Georg disse que não somos casados?



– Lembro sim, porque? – Eu ri olhando para o buquê.



– Era outra coisa que eu gostaria de mudar. – Deu aquele sorriso bobo me fitando esperançoso.



Acabei percebendo que, dentre as rosas, havia um anel. Eu esqueci de como respirar e acabei me engasgando com o ar. Tom riu quando eu tossi e arregalei os olhos assustada.



– Isso é um sim? – Ele disse rindo.



– Tom, essa proposta é algo muito sério. – Eu disse quando o grito das garotas ficou mais alto a ponto de Marcos e Alice aparecerem na porta.



– Eu sei, meia sombra. – Sorriu.



– Também sabe que não vai poder mais pegar outras garotas? – Eu segurei o buquê que ele me esticou, mas ele tirou a aliança.



– A única que me importa é você. – Ele se ajoelhou e segurou minha mão. – Biara, - Os olhos dele se estreitaram, me observando por um minuto e sorrindo em seguida. – quer casar comigo?
FIM
 Postado por: Alessandra | Fonte: x

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