terça-feira, 1 de maio de 2012

Coração de Outono - Capítulo 25 - Uma noite inesquecível. Part. II

(Contado por: Bill)
Inegavelmente a situação nos envolvia de forma tão completa e acolhedora que era quase impossível nos desconectarmos daquele momento. Mas a substituição era necessária para que avançássemos, então levemente desanexei nossos lábios e a encarei. Ela ficou ali, parada, olhando. Com alguns movimentos, tirei as sobreposições de blusas. Me aproximei novamente e acariciei minha língua na sua mais uma vez, e desatei o nó da capa de sua fantasia. Comecei a tirar os sapatos e a calça. Depois de desabotoar o botão, somente empurrei a calça em direção ao chão. Fiquei de cueca, uma parte do meu membro já estava de fora. Ele latejava e percebi que ela não tirava os olhos dele. Aiyra movimentou – mais uma vez – a língua sob os lábios – o que me levou ao delírio – e veio até mim.
Ela se ajoelha em minha frente, olhando nos meus olhos. Desceu a minha cueca o mais rápido que pôde, e eu pude ver meu membro apontar em sua direção numa velocidade e dureza impressionante. Aiyra o segurou firme, o levou em direção a minha barriga de forma que meus testículos ficaram bem a mostra. Aí ela colocou um deles na boca. Eu estava num estado de relaxamento indescritível. Ela chupava meus testículos, enquanto sua mão descia e subia cuidadosamente numa masturbação perturbadora. E nisso, chupava um depois o outro, com uma vontade de delicadeza magnífica. Eu estava indo a loucura.
Depois de mais alguns instantes assim, a sensação que eu tinha é que ia ejacular ali mesmo, com o pênis pra cima, de tanto tesão que estava sentindo. Por isso tive que a interromper. Era cedo demais para adiantar as coisas, ainda precisava senti-la com mais precisão. Sua experiência era visível e seu instinto feminino sabia o que eu queria. Ela soltou meu pênis delicadamente, como uma verdadeira dama, tirou meus testículos do contato daquela boca que me lembrava pedaços de algodão doce, e fixou os olhos nos meus, com uma postura sexy e madura.
Meu pênis apontava para o seu rosto, bem no centro. Sem desviar o olhar – ainda fixados nos meus olhos -, ela então pôs a cabeça do meu pênis em sua boca e o sugava como quem busca uma recompensa. Meu corpo estava numa ardência incondicional e minha visão estava fora de foco. Tudo em mim pedia mais e mais, e ela sabia o que eu queria. Sabia me satisfazer de forma sensual e agressiva.
Continuou a chupar-me na cabeça do pênis. Agora buscava um pouco mais, engolia quase que pela metade e fazia movimentos de vai-e-vem com uma experiência inquestionável. Sua boca era quente, macia e profunda. Sentir todas suas extremidades me deixava louco. Ela tirava-o da boca, passava a língua dos testículos até a cabeça e voltava aos movimentos de vai-e-vem. Usava as mãos para me masturbar e então voltava ao movimento de uma base à outra. Ela ia fundo, cada vez mais fundo. E ele ficou inteiramente lubrificado. Era a hora dela sentir prazer...
Nós nos beijávamos enquanto eu a levava para a cama. Sua boca ainda tinha uma saliva excessiva, aquele foi o beijo mais molhado que eu já dera em alguém. Isso só aumentava meu desejo. Deitei-a sobre a cama, e comecei a desamarrar devagar o detalhe de sua roupa. Em seguida, puxo as alças do seu vestido, sentindo o calor dos seus braços. Joguei o vestido no chão. Usava a lingerie que a vi experimentando e até parecia adivinhar que isso aconteceria. Abri o fecho, que ficava na frente e contemplei seus seios que, me lembravam duas metades de um melão. Não eram nem tão distantes e nem tão próximos um do outro. Eram exatos. Os bicos estavam mais eretos do que qualquer outro que eu tenha visto em tão ampla visão. Me aproximei deles e passei a chupá-los. Passava minha língua por onde era possível passar. Sua pele tinha um perfume agradável e um gosto doce. Doce e amargo. Talvez fosse a mistura do amor com o sexo.
Dava pequenas mordidas de leve. Fui descendo por sua barriga. Beijava, mordia, cheirava, lambia. Foi o caminho mais gostoso pelo qual eu já havia passado. Cheguei ao pé da barriga e de mais alguns beijos e mordidinhas, até ir descendo sua calcinha aos poucos. Sua virilha estava totalmente depilada, não havia um pêlo se quer. Sua vagina era rosada, como as faces de uma pessoa envergonhada. Me convidou a sentir o seu sabor e eu não podia dizer não.
***
Foi como um beijo molhado. Sua vagina estava consideravelmente úmida. A ponta da minha língua passeava pelo seu clitóris. Eu podia ver seus olhos revirando enquanto eu a chupava. Seus dentes prendia seu lábio inferior e sua face expressava um delírio radical. Passei, então, a penetrá-la com a minha língua. Sugava-a como se fosse uma sobremesa a me deliciar. Levei meu dedo até sua boca e ela o chupou com bastante vontade. Voltei-me a sua vagina, penetrei calmamente meu dedo até onde pude. O tirava e colocava, enquanto isso minha língua a lambuzava ainda mais.
Seu corpo estava trêmulo, ela se retorcia de tanto prazer. Eu podia ouvi-la pedindo mais, e eu dei mais. Com cuidado, penetrei o segundo dedo. Agora podia sentir mais precisamente o interno da sua vagina. O calor do seu corpo passava para o meu e minha língua continuava a sugá-la. Meus dedos entravam e saiam numa velocidade alternativa, e seus gemidos só tinham tendência a aumentar... Levantei-me e lhe roubei mais alguns beijos calorosos.
- Bill... – ela estava ofegante. – Eu quero... Você... Dentro de mim... – sorri e lhe dei mais um beijo.
Aiyra entreabriu as pernas e me coloquei entre elas. A garota dos meus sonhos, despida na cama de um antigo amigo e totalmente entregue a mim. Eu via a malicia em seus olhos, nossos corpos estavam completamente suados. Ela exalava uma essência natural enlouquecedora, e eu sentia seu cheiro tal como ele era: humano.
- E a camisinha? – pergunta ela.
Ela continuou ali, no centro da cama, toda despida, ainda com a malicia no olhar e agora apoiada nos cotovelos. Pronta para me receber, e eu pronto para oferecer. Só faltava a camisinha, por isso sai da cama. Peguei a camisinha numa das gavetas da mesinha de cabeceira e voltei até ela.
- Me dê. – ela pediu, referindo-se a camisinha.
Não entendi o porquê da ordem, mas cedi. Ela a recebeu e rasgou a embalagem, pediu que eu me aproximasse, fazendo o sinal com o dedo. Apoiei minha cabeça em um travesseiro e fiquei deitado com as pernas bem abertas. Aiyra deslizava a camisinha, com cuidado e uma experiência infalível. Em poucos segundos a mesma já estava na base do meu pênis, junto com a sua boca. A sensação era inimaginável, porém perfeita.
Aiyra se colocou sobre mim e forçou cuidadosamente seu corpo contra o meu, e aos poucos fui vendo meu pênis deixar o ambiente externo para se alojar inteiramente na minha garota. Senti-la era divino... Continuou a forçar e a penetrar mais fundo. Era o encaixe perfeito, até eu sentir meu escroto tocar sua pele. Meu pênis estava completamente alojado dentro dela.
Ela descia e subia, com suas mãos apoiadas no meu peito. Começou devagar, mas foi acelerando. Aiyra estava no comando, os gemidos aumentavam e o tesão estava atingindo seu ponto máximo. Nossos corpos se encaixavam de forma que a sincrônica era perfeita. A lucidez já não existia em mim, no seu lugar ficou o delírio. Os gemidos dela eram como músicas para os meus ouvidos, os movimentos eram esplêndidos, e nós só queríamos mais e mais...
O contato físico era de uma intensidade que seria pecado finalizá-lo. Eu ia ejacular ali mesmo, dentro dela, na posição em que estávamos e nos fazia tão um do outro...
Seus olhos estavam fixos nos meus e nossos corpos tão anexos um no outro. Ela continuava os movimentos, fazendo meu pênis entrar e sair num movimento convulso. A sensibilidade aumentava ainda mais. Estávamos agitados e meu sangue parecia correr mais depressa. Podia sentir uma sensação de dormência que vinha do pé em direção a todo meu corpo. Um arrepio me subiu na espinha e três longos jatos de esperma foram jorrados para dentro da camisinha.
Um urro saiu da minha boca. Era chegada a culminância do meu tesão! Meu corpo entrava num estado de relaxamento profundo. Meus músculos estavam incrivelmente adormecidos. Meu pênis estava quente de tanto esperma que o cercava, e ela gemia junto comigo.
Era hora de separar nossos corpos. Em um só movimento, ela se deitou ao meu lado. Eu estava esgotado, minhas energias estavam bloqueadas. Meu corpo só queria descanso. Então, fiquei ali, deitado, com a perna aberta, meu pênis amolecendo e os olhos fechados. Alguns minutos depois, Aiyra se levanta e volta a se sentar em cima de mim. Segurou minhas duas mãos contra a cama e me beijou. Sua língua ainda estava quente. Voltou a fazer movimentos circulares em minha língua, enquanto seus cabelos caiam por cima do meu rosto. Nossos corpos estavam encharcados de suor. Foi a transa mais espetacular e surreal que eu tivera. E agora, mais que nunca, eu tinha certeza que estava completamente apaixonado por ela.
Estávamos tão exaustos que adormecemos juntos, ainda despidos. Abraçados fazíamos o formato de uma concha. Ela era incrível, mais que qualquer outra. Acordamos antes do dia amanhecer, e permanecemos deitados. Aiyra passava levemente a ponta dos dedos sobre meu peito, enquanto eu acariciava seu braço.
- Está tão calado. – diz ela.
- Só estou pensando numa boa desculpa para dar ao Carlos. – disse.
- Quem é esse?
- O dono dessa cama. – nós rimos.
Silêncio...
- Aiyra... Você quer ser minha namorada? – perguntei. Ele se sentou, e ficou me olhando. – Eu sei que já deveria ter pedido isso há muito tempo, mas só tive... Coragem agora.
- Coragem? – repetiu.
- Eu queria ter certeza de que estava fazendo algo certo. – seu olhar era meigo. – Pelo menos uma vez.
- E você tem certeza que esse não é um daqueles momentos de carência que você acha que vai ficar sozinho pro resto da vida? – suspirei.
- Tenho. – respondi.
Ela se inclinou para me beijar.
- Isso responde a sua pergunta? – sorri.
***
(Contado por: 3º pessoa)
Cinco e quarenta e seis da manhã, quando o carro para rente a calçada e eles se despedem com um selinho não muito demorado. Bill foi para casa, decidido a enfrentar o pai e dizer que estava fora do plano. Deveria ter feito isso antes que as coisas tomassem proporções grandes, mas não foi tão inteligente. Esperou se envolver mais do que podia, para perceber que talvez não desse para voltar atrás.
Bastou fechar a porta e Aiyra fora recebida por seu pai, que estava sentado numa das poltronas da sala, com um olhar furioso. Ele havia lhe avisado de que não poderia chegar ao amanhecer, mas sem querer ela acabou desobedecendo.
- Posso saber onde você estava até essa hora? – pergunta ele, sério.
- E-Eu...
- Você desobedeceu a uma ordem minha! – alterou um pouco a voz. – Só falta me dizer que você e o Bill... – ele já imaginava, e o silêncio dela só confirmou. – Meu Deus! – se levantou. – Não acredito que fizeram isso!
- Porque está surpreso? – diz ela. – Não sou mais uma garotinha!
- E você acha que as coisas são tão simples assim? – se aproxima dela. – Você ainda tem muito o que aprender!
- E como aprenderei alguma coisa se você não permitir? Como saberei o que é certo ou errado se nunca tentar, me arriscar?
A garotinha que há alguns anos ele ajeitava o cobertor, contava uma história e colocava para dormir, havia se tornado uma mulher. Ele não tinha medo que ela enfrentasse o mundo com todas as suas armas, uma hora ou outra teria que fazer isso. O que te perturbava era o fato de não ter acompanhado seu crescimento e todas as suas experiências. Pedro queria poder voltar no tempo, para espantar com inúmeras histórias falsas o primeiro pretendente dela. Queria entrar num cinema e fingir que iria assistir a um filme terrível, somente para espioná-la e saber como estava sendo seu encontro com aquele rapaz popular do colégio.
- Tem razão. – diz ele.
- Me desculpa se desobedeci. Eu juro que foi sem querer.
- É melhor você subir, tomar um banho e descansar.
- Não vai me castigar?
- Vamos fingir que nada disso aconteceu. – deu uma piscadela e sorriu.
***
Bill esperou que todos acordassem, para falar com o pai. Chamou o Gordon no escritório, e de portas trancadas eles se sentaram um de frente para o outro, e iniciaram da difícil conversa.
- Você não pode desistir agora! – grita Gordon, claramente furioso.
- Eu não posso é continuar enganando a Aiyra.
- Fraco! – gritou novamente. – Eu sabia que não deveria confiar em você! Mas o quê esperar de um garoto cujo sonho é se tornar um músico?
- Está me subestimando?
- Estou falando a verdade! – fez uma breve pausa. – Você ao meu lado, conquistaria o mundo, se quisesse. Você sozinho, não chega nem à esquina!
- Será? – Bill ri. – Se eu fosse você, não teria tanta convicção assim.
- Eu te conheço muito bem, Bill. – falava calmamente. – E posso acabar com sua carreira até o fim de sua vida.
- É uma ameaça?
- Talvez.
Poucos segundos em silêncio total...
- Vá em frente. – diz Bill. – Tenta acabar com a minha vida, pai.
- Garoto burro! – Bill se levanta e caminha em direção a porta. – Não é a toa que saiu igualzinho a sua mãe.
- Obrigado pelo elogio. – abriu a porta. – E tenho vergonha de ser seu filho.
 Postado por: Alessandra

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