domingo, 11 de dezembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 30 - De volta pra casa...

Bill depois de uma noite tranqüila de sono na casa de Vanessa,acorda assustado. Levanta-se em um movimento rápido do sofá, tentando pensar sobre o que havia sonhado.
Não seria possível, teria Camila vindo até ele por meio de um sonho manter uma comunicação?! Ou isso era o que Bill esperava que acontecesse?
 Ele não sabia, apenas tinha em sua mente a lembrança de em seu sonho ouvir Camila dizendo que queria encontrá-lo à tarde no parque que costumavam freqüentar.
Mesmo que pudesse ser loucura Bill atenderia ao pedido de Camila, mas antes precisava fazer algo que há tempos esperava, ele iria ver a filha.

Rapidamente ele veste as suas roupas e caminha pela casa, procurando ver se Vanessa e sua mãe já estavam acordadas. Ao ouvir vozes vindas da cozinha, ele se dirige até a mesma e se depara com mãe e filha tomando café juntas.

– Bom dia Bill! Dormiu bem? – pergunta Vanessa.
– Sim, dormi...fazia tempo que eu não conseguia dormir assim....
– Dormir bem em um sofá? Onde você normalmente dorme menino? – pergunta Kátia.
– Hmmm... o sofá da senhora que é muito confortável. – diz Bill, lembrando-se do colchão fino da clinica que fazia com ele pudesse até mesmo sentir o estrado da cama.
– Senta aí, Bill,toma café. – diz Kátia sorrindo.
– Sim, mas você sabe que eu tenho que ir embora o mais rápido possível, não sabe? –diz Bill assustado.
– E alguém está te prendendo aqui? – diz ela.
– Bem..é que ontem...
– Ontem o quê? Não estou lembrada de nada...

Bill confuso com o aparente esquecimento por parte da mulher que o havia assediado na noite anterior prefere, não entrar em mais detalhes, e tomar seu café em silêncio.

– Por que a senhora está tratando ele assim, mãe?
– Assim como? Esse é o meu jeito... você já deveria estar acostumada. –responde Kátia a filha.
– Sim, eu estava acostumada de ver a senhora tratando assim os meus outros amigos, mas não o Bill...
– Digamos que eu tenha voltado ao meu normal..

Vanessa apesar de demonstrar preocupação no tom de sua voz, em seu interior estava radiante, não ter a mãe como obstáculo nos seus planos de conquistar Bill Kaulitz, já era de grande ajuda.

Bill porém a parte desses conflitos familiares, estava mais interessado em terminar logo seu café da manha e ir correndo para a casa da sogra, ver Gerthe.
E assim ele fez. Sem mais delongas se despediu de Vanessa, pegando emprestado o dinheiro para sua passagem e agradecendo pela grande ajuda da garota.
Antes que cruzasse a porta ele então lembra-se de perguntar:

– Vanessa você deu o meu recado ao Cezar?
– Aquele que você iria buscá-lo e tal...?
– Sim, esse! Você disse à ele?
– Me desculpa Bill.. mas não deu...
– Não? Cara ele não vai acreditar em mim. Ele já não levava muita fé em mim.. e eu ainda saio sem me despedir...
– Sinto muito mais eu... esqueci. – diz ela vacilante.
– Se esqueceu? Bem...ok, então.... – diz Bill visivelmente decepcionado.
– Mais uma vez me desculpe...
– Ok, eu tenho que ir agora.

Ao pegar o ônibus que o levaria para casa, Bill conta cada minuto que teimava em não passar. Suas mãos suavam frio, seu coração batia acelerado num misto de alegria, ansiedade e preocupação.

Ao chegar em frente a casa de Dona Lúcia ele bate compulsivamente na portão enquanto pressiona a campainha.

– Já vai! – grita a irmã de Camila, enquanto vai abrir o portão.
– Quem está batendo igual um doido aí Karoline? – pergunta D.Lúcia.
– Não sei, mãe... vou ver.

Assim que Karoline, abre o portão, Bill sutilmente a empurra entrando assim na casa.

– Cadê a Gerthe? – ele pergunta indo em direção a porta de entrada.
– Ela está lá dentro.. mas Bill, oTom não avisou nada sobre você ter saído do hospício.

Bill sem dar ouvidos ao que Karoline dizia corre em direção à sala.

– Bill! Bill! Espera!!! – gritava Karoline.

Porém ele angustiado abria a porta da sala procurando pela filha. Gerthe tranquilamente tomava seu banho de Sol no quintal dos fundos com a avó.

– Cadê ela? – pergunta Bill desesperado à Karoline.
– Ela estava com a miha mãe .. não sei...

Bill já caminhava em direção aos quartos da casa, quando dona. Lúcia aparece na sala com Gerthe em seus braços.

 – Mas que barulheira é essa Karoline? – ela pergunta ao caminhar.

Bill com os olhos marejados sorri para filha que imediatamente retribui seu sorriso fazendo assim que ele caísse em lágrimas.

– Vem com o papai minha princesinha. – diz Bill retirando a menina do colo da avó.

Pressionando forte a filha contra seu peito, Bill aos prantos beija Gerthe, que mesmo sem provavelmente entender o que se passava, sorria para o seu pai diante as suas demonstrações de carinho.
D.Lúcia e Karoline faziam-lhe várias perguntas e comentários, mas Bill não estava ali, ele estava em um mundo a parte em que só existia ele e a filha. Gerthe era a única pessoa no mundo que lhe interessava naquele momento sua atenção estava voltada apenas ao sorriso angelical do bebê que estava em seus braços.

– Você sentiu saudades do papai, sentiu?

D.Lúcia e Karoline ao perceberem que eram completamente ignoradas por Bill desistem de fazer perguntas e, apenas observavam emocionadas o reencontro de pai e filha.

– Ela já mamou? – pergunta Bill à D.Lúcia.
– Ainda, não, eu já ia dar pra ela. Estava esperando o mingau esfriar.
– Mingau? Não era só leite que ele podia tomar? Nem chá me deixavam...
– Ela acabou de completar seis meses Bill, o médico mandou já ir dando outros alimentos....
– Não acredito que perdi essa fase da vida da minha filha. – diz Bill cabisbaixo.
– O importante é que agora você está curado e vai poder ficar com sua filha. – diz Karoline.
– Eu nunca estive doente, Karol. Só não souberam respeitar e entender a minha dor.
– Não fale assim, Bill. Os médicos disseram que era necessário internar você. Não fique com raiva da gente.
– Isso tudo foi armação D.Lúcia! Eu nunca precisei ser internado. – diz Bill sentando-se no sofá, seguido por D.Lúcia.
– Mas não foi isso que os médicos disseram Bill, entenda.
– Médicos? Que médicos? Eu passei por algum psicólogo? Fizeram algum exame em mim? Não! Simplesmente me jogaram naquela clínica imunda como se eu não fosse nada. Como se eu não tivesse sentimentos e nem vontade própria.
– Não te examinaram? Bill, não me contaram isso... Quando o Tom me disse que você foi internado eu estranhei... mas ele disse que você tinha tentado cometer suicídio...
– Isso tudo foi uma grande confusão! Eu nunca tentei me matar! E nem ao menos me deram a chance de explicar o que tinha acontecido. Eu só estava triste, e isso não é motivo de internação. Eu perdi o amor da minha vida, a única pessoa pela qual eu realmente amei. Eu tinha o direito de estar sofrendo... mas o Tom não entende, e talvez nunca entenderá. Afinal ele nunca amou ninguém de verdade, ele só ama por uma noite.
– Eu te entendo Bill, eu também não estava preparada pra perder a minha filha.... Nunca se está... Eu tenho vontade de vender essa casa, sabe. Ir para um lugar bem longe daqui, onde tantas lembranças não venham a minha cabeça..
– Eu tenho certeza que a Camila não gostaria de ver a senhora chorando assim.. mas ela também não gostaria de ser esquecida.
– Ela nunca será... mas as vezes é tão difícil,,, você é pai você me entende...  – diz D,Lúcia enxugando as lágrimas.

Bill então cuidadosamente coloca a filha no carrinho próximo ao sofá, e vai em direção a senhora, dando-lhe um comovido abraço. Durante alguns minutos eles tentam amenizar a dor do outro através daquele abraço.Porém logo são interrompidos, pela porta que se abre com a entrada de Karoline e Tom.

– Quando me ligaram eu já sabia que ele estava aqui... – diz Tom entrando furioso.

Bill rapidamente se levanta do sofá e fica de pé, diante do irmão, por precaução não sai de perto do carrinho de Gerthe,temendo que Tom pudesse tentar impedi-lo de ficar com a filha.

– O que você pensa que está fazendo? – diz Tom nitidamente nervoso.
– Eu vim buscar minha filha! Vim recuperar a minha vida!
– Pare de dizer besteiras Bill! Eu já sei que você fugiu da clinica! Você não devia ter feito isso!
– E eu ia ficar fazendo o quê? Esperar o Tom o “super-man” ir me salvar ou ficar pra sempre naquele inferno onde ele mesmo me deixou?
– Lá é o melhor lugar pra você por agora Bill, entenda. Não adianta você fugir...
– Você não sabe de nada Tom! Não sabe cuidar da sua própria vida e agora quer vir cuidar da minha... Quer dizer cuidar não, acabar com ela!
– Bill você acha que alguém passar o dia chorando pelos cantos é normal? Falar sozinho, não querer sair.. tentar se matar é normal? Se fosse comigo você também faria o mesmo!
– Se fosse com você eu conversaria contigo antes de qualquer coisa! Não aceitar a primeira coisa que me digam! Você viu eu tentando me matar? Viu?
– Você estava todo ensangüentado naquele banheiro, quer prova maior?
– Eu estava bêbado,mal me agüentava em pé! Eu tropecei em algumas coisas e me machuquei... Acidentes acontecem! E nem é por isso que se vai para o hospício, sem nem direito a uma segunda avaliação.
– Eu fiz para o seu bem. Me prometeram que assim você iria ficar melhor...Eu só quis ajudar...
– Me ajudar me jogando num lugar cheio de malucos? Valeu Tom, não sei o que seria de mim sem você...
– Eu estava com medo porra! Você estava lá naquela cama de hospital todo sedado... o que você queria que eu fizesse? Esperar o pior acontecer? Me ofereceram ajuda e eu aceitei... Me disseram que você estava perturbado...
– Perturbado eu estava ficando naquele lugar! Está vendo isso? São marcas da surra que eu levei – diz Bill mostrando os hematomas em suas costas. – Está vendo isso, olha bem... Minhas unhas foram cortadas! E por sorte e o meu cabelo não... Sabe o que eu comia? Pão velho e comida gelada! Está vendo essas olheiras? São por causa das noites mal dormidas naquele colchonete e por ter ficado acordado com medo que de madrugada alguém viesse e comesse o meu rabo. Desculpe por isso D.Lúcia ...
– Você está de brincadeira Bill... – dizia Tom não conseguindo acreditar no que ouvia.
– Você acha que estou brincando? Minha cara é de quem está brincando Tom? Eu sabia dessa história de um gêmeo ser mais inteligente do que o outro, só não sabia que a diferença era tanta! Seu retardado!
Antes eu era um luxo, agora eu estou um lixo! E a culpa a é sua!
– Bill mas porquê um médico iria mentir pra mim? – diz Tom confuso.
– Pra tirar o seu dinheiro, seu besta! E quem te garante que esse cara era médico? Você viu o registro dele? Procurou saber se ele era um bom profissional? Não..... por quê? Porque você é burro Tom! Depois eu que me fodo...
– Bom.. mas eu precisava pensar rápido.... e acabou que eu não pensei direito....
– Dá próxima vez que eu tiver que pensar rápido eu vou ao invés de lhe mandar tirar as amídalas ou um dente.. mandar te capar! Aí eu venho com essa desculpinha de que tive que pensar rápido....

Por mais tenso que o conflito fosse, ou parecia que iria ser, D.Lúcia não pode evitar de cair na gargalhada, fazendo assim que logo a “discussão” terminasse com Bill e Tom rindo de si mesmos.

Postado Por: Grasiele

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