quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht - Capítulo 25 - Mudança de planos

A hipótese de eu estar grávida nunca havia passado pela minha cabeça e naquele momento apenas a suspeita de uma gravidez já era o suficiente para que eu sentisse um medo pelo qual eu nunca havia sentindo antes, mesmo que a companhia de Giselle naquele momento tão complicado me trouxesse uma certa confiança, não era o suficiente para que eu me mantivesse calma. Mil coisas passavam pela minha cabeça, atormentando meus pensamentos e me corroendo por dentro. Fui durante todo o caminho até a farmácia rezando para que as suspeitas de Giselle não se confirmassem.

Chegando a farmácia enquanto nos encaminhávamos até ao balcão encontramos uma amiga de minha mãe.

– Camila, querida, você está passando mal?
– Não D. Vera não precisa se preocupar.
– É alguém da sua família então?
– Nós só estamos comprando alguns esmaltes... Coisas de menina sabe.
– Ah, claro... Bom mande um abraço para os seus pais, ok?!
– Mando sim.

Giselle e eu ficamos vendo alguns produtos da farmácia, esperando até que a amiga da minha mãe fosse embora.
Quanto menos pessoas soubessem o real motivo de eu estar ali, melhor seria.
Assim que D.Ana foi embora compramos o teste de gravidez, na verdade compramos dois, pois o farmacêutico nos informou que assim teríamos mais certeza do resultado e então voltamos apressadamente para a casa da Giselle, que parecia estar tão nervosa quanto eu.

– Toma amiga, boa sorte! – disse Giselle me passando os testes.
– O resultado é cem por cento certo?
– Aqui na bula diz que é muito confiável.
– Uma linha negativo e duas positivo.
– Isso mesmo.

Respirei fundo a fim de que pudesse encontrar em algum lugar a coragem que me faltava naquele momento, depois de alguns minutos entrei no banheiro e fiz tudo conforme o indicado nas embalagens.

– E então? – perguntou Giselle apreensiva logo assim que sai do banheiro.
– Positivo – disse chorando.

Giselle então me abraçou forte, e juntas ficamos ali no quarto chorando. Ela conhecia os meus pais, assim como eu ela também sabia tudo o que provavelmente eu iria sofrer com aquela gravidez indesejada. Meus pais nunca aceitariam que a filha deles fosse uma mãe solteira.
Eu não sabia o que fazer, não sabia o que pensar, apenas me sentia perdida. Sentia que naquele exato momento minha vida tinha acabado de desmoronar.

Depois de ambas estarem mais calmas pudemos então conversar sobre o que eu faria.
Ao invéz de trabalhar no meu plano de vingança contra o Tom, teríamos que a partir dali planejar o que eu faria da minha vida.

– Quem é o pai? Você sabe?
– Tom.
– Mas pode ser o Bill também, não pode?
– O meu lance com o Bill ainda é muito recente, e ele também é super cuidadoso com isso, sempre se lembrava da camisinha antes de termos qualquer coisa.
– E o Tom não?
– Não, com o Tom eu transei uma vez sem camisinha.
– Você vai contar pra ele?
– E vou dizer o que, “Olha só Tom, você não tá nem aí pra mim, só que eu estou grávida de você”?
– Talvez com um filho... ele mude.
– Gi ele não quer ter nada sério só comigo que dirá com um bebê!
– Só que você não fez esse filho sozinha! Também não é justo que você encare toda essa situação sozinha!
– Eu não vou poder esconder por muito tempo, daqui a pouco a barriga cresce!
– E se você tentar convencer seus pais...
– Você sabe que eles me expulsariam de casa! Ainda mais quando soubessem que eu não estou mais com o pai da criança.
– Camila, a sua gravidez ainda ta no comecinho... você corre menos riscos se abortar.
– Abortar?
– É tem umas clínicas que fazem isso por um preço razoável. Se a gente procurar bem...
– Mas é uma vida que eu vou estar matando!
– E que vida você acha que essa criança vai ter quando nascer? Ou até mesmo antes disso...
– Como assim?
– Já na sua barriga ela vai ser rejeitada pelos avós e pior ainda pelo próprio pai. O que você ganha mal dá pra pagar uma faculdade que dirá criar um filho! Você acha que essa criança vai ser feliz?
– Deve ter outro jeito! Tem que ter outro jeito! Eu não sou uma assassina!
– Camila, agora ele é só uma bolinha. Você tem que fazer agora, antes que seja tarde demais!
– Eu vou pensar em alguma coisa. O Tom não precisa ficar comigo criando esse filho, é só ele me dar apoio, me ajudar com os meus pais.
– Camila você é quem mais sabe que ele não vai aceitar isso!
– Se eu conversar, se eu der um tempo pra ele...
– E o que você vai fazer? Fingir que não sabe de nada? Que está tudo na perfeita harmonia?
– Sim, eu vou tentar esconder essa gravidez e viver minha vida normalmente, pelo menos até que eu consiga conversar com o Tom sobre isso.

Postado Por: Grasiele

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