quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Touched By An Angel - Capítulo 17 - Preciso de você .... AGORA!


Disse que eu não viria, mas eu perdi todo o controle e eu preciso de você agora.
E eu não sei o que eu posso fazer, eu só preciso de você...AGORA.
Oh baby, eu preciso de você agora.


Need You Now - Lady Antebellum


x.x


- Desculpa, Simone eu preciso falar com ele. - Eu disse tentando passar sobre a mãe dele e ela fechou minha passagem com o corpo impedindo-me de atravessar a porta e falar com Bill que já estava no quarto dormindo.




- Janice, meu amor, não vai adiantar nada. - Simone mantinha –se em pé na porta de sua casa de pijama. - Ele tem razão. Por mais que eu queira que esse namoro de vocês dê certo. Você tem que segurar uma barra que não sei se está preparada.





- Meu Deus! – Eu gritei colocando as duas mãos na cabeça em um ato de desespero - Como vocês sabem que eu não posso carregar se não me dão uma chance? Vocês não me permitem tentar ou  lutar, vocês estão jogando a toalha por MIM! – Peguei fôlego e continuei - Deixa eu decidir o que eu quero fazer. Poxa!  Eu gosto dele de verdade, ele é tão importante para mim, ele é ...Eu quero tentar! Eu quero provar a você a e todos que o que sinto por ele é...Verdadeiro  – Eu disse com lágrimas nos olhos. - Eu preciso vê-lo, por favor! Eu preciso falar com ele... Eu preciso, agora!


Simone respirou fundo ao me ver ali na sua frente, debulhando-me em lágrimas, percebeu que eu estava sendo sincera; eu gostava realmente do filho dela, queria estar ao lado dele e chutar para puta que pariu todas as barreiras existentes em minha frente. Então, Simone suspirou com pena de mim, virou-se e me acompanhou até o quarto de Bill. Ela bateu na porta fechada e disse:



- Bill, vou entrar meu bem...





-  Entra mãe! – Ele disse


Entramos, ela na frente e eu atrás, ele levantou rapidamente da cama, como se tivesse sentido algo,  virando-se para a porta e perguntou:


- Janice?



Filho da mãe... com certeza, ele me descobriu pelo meu Dolce&Gabbana.

Ele estava de samba canção preta de seda e uma regata branca, estava com os cabelos bagunçados e extremamente lindo em cima daquela cama de casal gigante e muito convidativa.

Desviei meus olhos dele e olhei para Simone e sorri meio sem graça, acho que ali ela entendeu o meu recado, que queria ficar a sós para conversar e tentar me desculpar pela vergonha na minha casa...desculpar e depois se desse uma brecha dar uns bons beijos em cima daquele lençol de cetim preto... Como sou volúvel e meus objetivos mudam rapidamente, um segundo atrás queria matar meio mundo e um segundo depois só pensava em ficar bem com o meu amor e poder terminar alguns assuntos pendentes...lê-se "amassos muito bem dados".


Simone fechou a porta e nos deixou sozinhos, mas antes voltou e disse:


- Se Janice for dormir aqui, quero ela no quarto de hóspedes, viu mocinho?


Eu a olhei e sorri querendo dizer “Sai daqui sua estraga prazeres”; Bill também sorriu timidamente com a frase da mãe.


Me sentei na cama ao seu lado, coloquei minha mão em sua perna e o olhei por uns segundos  Bill mantinha a cabeça baixa. Eu sei que tudo aquilo doía mais nele do que em mim, a situação constrangedora perante minha família, aquele imbecil do Vinicius fazendo com que ele se sentisse fraco e triste. Como eu odiava tudo aquilo. O preconceito de Vinicius, do meu pai e dessa sociedade medíocre. Então eu segurei sua mão, afaguei-a e disse:



- Desculpa por hoje, meu anjo! – Eu disse deitando minha cabeça em seu ombro.



- Janice se cada pessoa que for me ofender ou tirar sarro você for pedir desculpa...Você vai viver pedindo desculpas. Vai acabar sua saliva, sua boca ficará seca e nada vai mudar.


- Eu sei, Bill! – Eu disse aflita acariciando sua mão.


- Não, não sabe Janice. Lembra o que eu disse que se você não é um deficiente você não sabe o que passamos no dia a dia? Nunca vai saber, não sabe quase nada sobre nós, deficientes. Esse mundo é tudo muito novo pra você. Sentir dó e pena é uma coisa, agora sentir na pele e ser o alvo, é diferente.


- Me ensina, me ajuda. Eu quero tanto aprender mais sobre você!


Aproximei-me dele quase aos prantos  e sem pensar nas consequências  dos meus atos, sentei em seu colo  e o abracei pelo pescoço trazendo seu rosto para perto do meu, o beijando na boca com uma certa urgência.



- Me ensine...tudo! – Falei com dificuldade, ainda no colo dele, joguei meu corpo para frente e apaguei a luz, deixando apenas o abajur iluminar os nossos corpos unidos e sedentos por amor .



- Não entre nessa Janice! –  Ele me disse como uma súplica, um ato de me salvar de algo, que na verdade, eu não queria ser salva, não queria ser poupada de nada; por esse amor eu ia além, eu ia lutar do lado do homem que eu escolhi para ser meu companheiro. Bill para mim não era um capricho, um brinquedo de uma garota mimada e fútil, que um dia eu fui,  Bill para mim naquele momento era a coisa mais importante na minha  vida, era minha base, meu trampolim para um mundo diferente, um mundo desconhecido e cheios de mistérios, mas que eu estava disposta a batalhar para desvendar todos esses segredos existentes na vida de um deficiente. Eu, por amor, estava disposta a qualquer coisa, eu queria Bill ao meu lado, o resto do mundo medíocre e preconceituoso eu não me importava, e de verdade? Do fundo do meu coração? Queria que fossem para aquele lugar que não preciso nem dizer o nome.



- Saia dessa, meu amor enquanto é tempo...



- Tarde demais, Bill!




Eu disse o encostando na cabeceira da cama, encostando meu corpo no dele, o beijando e me ajeitando em seu colo, fazendo-o gemer, ao sentir minha parte íntima esfregar na sua, já alterada .

 O beijo era calmo, Bill foi me deixando tomar conta do momento, eu que segurava seus cabelos pretos levemente pela nuca, eu brincava sedutoramente coma  língua dele. Aquele beijo começou a ficar intenso demais.



Bill desejava Janice como nunca desejou uma mulher antes. Ele não era virgem; mesmo com sua deficiência  ele sempre teve uma vida sexual ativa. Normal para os meninos de sua idade. Já gostou muito de uma garota mas, não tão sério como era o caso de Janice.



- Preciso de você, agora!


Eu o ouvi dizer em meu ouvido em um pedido suplicante e ao mesmo tempo agonizante. Nem preciso dizer que meus pêlos se arrepiaram de uma maneira deliciosa. Eu o abracei e o senti segurar minha cintura, depois descendo para minha bunda, apertando-a com raiva e desejo.


Tirei sua camiseta e depois tirei a minha bata ficando apenas de sutiã tomara-que-caia. Sentia suas mãos finas e geladas percorrer todo o meu corpo e delicadamente baixou meu sutiã até minha cintura, deixando meus seios nus. Gemi em seu ouvido quando ele beijou meu pescoço, meu colo e o apertei quando ele mordiscou um dos bicos dos meus seios. Suas mãos, uma segurava um dos seios com devoção e a outra segurava ainda minha cintura, apertando minha pele, chegando a me machucar!

Fechei os olhos e acariciei seus cabelos pretos enquanto ele beijava os meus seios. A ponta de sua língua brincava com o bico de um deles. Joguei minha cabeça para trás e gemi baixo, cravei meus dedos em sua pele quando ele mordiscou meu bico puxando-o devagar.

-Bill... você é... Delicinha! – Gemi  apertando suas costas nuas, ele estava de samba canção, o que facilitou a próxima caricia. Com uma mão eu puxei o elástico e a outra introduzir dentro de sua roupa e segurei seu membro que estava rígido, ele latejava em minha mão tamanha era a sua excitação. Passei a movimentar minha mão de leve, enquanto ele subia sua língua do meus seios para o meu pescoço. Aumentei um pouco meus movimentos e ouvi seus gemidos ficarem mais intensos, incentivando-me a continuar no mesmo ritmo.

Ele desceu a mão pelas minhas costas, me arranhando de leve, passou as pontas dos dedos pela minha barriga, chegando ao cós da minha calça,  eu o ajudei a abrir o botão da minha calça, ele me beijava ainda quando senti seus dedos finos puxar a renda  da minha calcinha e tocar de leve minha intimidade.

- Eu quero...eu quero você ... Quero tanto...inteira...toda...

Suas palavras saiam desconexas e falha. Seu dedo chegou rapidamente ao seu destino e sem dó e muito menos sem piedade, ele rompeu barreiras sem dificuldade, até porque naquela altura do campeonato, eu já estava DAQUELE JEITO; fechei meus olhos ao senti-lo dentro de mim, o abracei mais forte e mordi seu lóbulo em forma de segurar um gemido de prazer. Ele enfiou seus dedos dentro dos meus cabelos e com sua outra mão ainda me dava prazer, nossos lábios se uniram mais uma vez e quando ele começou a movimentar o dedo rapidamente dentro de mim , eu delirei e abri de leve minhas pernas para facilitar seus carinhos, Bill começou, ao mesmo tempo com o polegar acariciar meu ponto máximo, não aguentei...aquilo já era judiar dessa pobre ser humana.


- Bill...Bill...você me judia e me tortura tanto desse jeito!! –Eu disse ofegante.


- Era essa a intenção...Judiar de você...Torturar você ! – Ele soprou em meu pescoço, me fazendo virar os olhos de prazer. Ele deu um pequeno tapa em minha nádega e disse:


- Deita na cama, quero tirar o seu Jeans e sua calcinha, eles estão me irritando profundamente.



Eu me ergui e quando fui sair de seu colo...


- Bill, você viu o meu...



-Tooom, puta que pariu!



Bill me abraçou para evitar que Tom me visse nua. Joguei meus cabelos na frente.



- Tranca essa merda de porta, poxa! –Tom disse saindo do quarto sem graça.


- Era só bater né, sua mula! – Bill gritou para o irmão ainda abraçado a Janny.



Quando Tom saiu do quarto,  ficamos em silêncio por alguns segundos.



- Janice, tudo bem? - Bill perguntou vendo que eu não me mexia deitado em seus ombros.



- Tô bem! Que vergonha! Deus... Que vergonha!



- Ele não viu nada... pelo menos nada seu...


- Filho da mãe... Desculpa mas, nesse momento a pessoa que eu mais tenho raiva é o seu gêmeo, isso é hora de vir procurar por I-Pod! Não acredito que mais uma vez... NADA! – Eu disse mordida de raiva. – Por que esse infeliz não bateu na porta?

Bill apenas sorriu divertido do meu pequeno surto.




- Tom, que gritaria foi essa?



Ouvimos Simone perguntar ao Tom.



- Scott estava aqui em cima, mandei descer... Desculpa pelo grito!




Ouvimos Tom responder.



- E Bill? – Simone perguntou.



- Tá dormindo... Sozinho!  - Tom respondeu  e ouvimos a batida da porta do quarto dele, ele tinha ido deitar.


 Simone era a mãe mais conservadora que existia; Gordon tentou mudar isso nela, mas acho que ele nunca conseguiria fazê-la mudar de ideia. Para ela,  Bill e Tom tinham 10 anos e não 22 anos.



- Melhor você ir dormir no quarto de hóspede. - Bill disse me tirando do colo dele com cuidado.



- Não...Deixa eu dormir aqui com você. Prometo que eu me comporto. – Eu disse colando meu corpo no dele ainda com os seios nus. Eu não ia dormir longe dele. Não mesmo! Ele não respondeu nada de imediato. Depois de alguns segundos ele se rendeu.



-Tá... A cama é de casal mesmo... Já tô até vendo a tortura que será essa noite.



- Está com medo de mim, Bill? – Eu perguntei  passando minhas unhas no braço dele para atiçá-lo.

 

Ele sorriu, pegou minha mão, beijou-a  e respondeu:

 

- Sim... Quando está com desejo reprimido, você se altera! - Bill disse levantando e pegando um short e uma camiseta na gaveta embaixo de sua cama.



- Quê? O que você quis dizer com isso? – perguntei confusa. Ele jogou  um short e uma camiseta em cima da cama e disse :



- Toma, vista isso.

 

Me vesti e deitei com ele na cama. Dei um beijo rápido nele e deitei de frente para ele.



- Por que disse aquilo sobre mim? Que eu me altero quando estamos... nos momentos íntimos?



Vi Bill sorrir de um jeito lindo e descobri a resposta sem ele precisar abrir a boca para explicar-se. Foi só ele sorrir pra mim que tive vontade de pular em cima dele, beijá-lo, baixar o samba canção,  me encaixar nele e levá-lo ao clímax, tudo isso eu pensei em menos de 10 segundos. Bill tinha razão... eu ficava fora de mim quando o assunto era  Ele! Mas, diante de tal beleza quem não seria uma ninfo?

Eu sorri envergonhada por ele me achar uma ... maníaca sexual! Então, tentei me explicar:


- Bill, eu não quero que pense mal de mim, eu...


- Janice, relaxa... foi só uma brincadeira. – Ele virou pra mim e continuou:



- Eu gostaria de ser igual a  você, colocar para fora tudo o que eu sinto. Não sou diferente de você, eu apenas reprimo todas minhas vontades e pensamentos...Você não acha que nesse momento eu queria fechar a porta e esquecer tudo lá fora e te amar loucamente até caímos exaustos, suados  e saciados sobre esse lençol? Você me disse que aprendeu muito comigo, que te mostrei um mundo diferente e novo. Sabe, eu queria que você me mostrasse o seu mundo para mim, esse seu jeito de ser me encanta e gostaria muito de ser um pouco igual a você.



- Não, não quero que você vire um inconsequente por minha causa, sua mãe ia me odiar!



Bill sorriu meigo dessa vez e a vontade de estuprá-lo voltou dez vezes mais forte na minha mente doentia. Como ele podia ser tão lindo. Como um sorriso podia acender uma chama tão alta e tão quente dentro do meu pequenino corpo.



- Você não é inconsequente, minha linda. – Ele agora afagava meus cabelos devagar.  – Você é a pessoa mais espontânea e verdadeira que eu conheço. Isso me encantou desde a nossa primeira conversa, nosso primeiro encontro. Na verdade, acho que me envolvi com você naquele instante.


Meus olhos se encheram de lágrimas, então era isso que ele pensava de mim, era esse perfil que ele tinha ao meu respeito. Eu fiquei feliz por ter ouvido tudo aquilo. Me levantei do travesseiro, fui até ele e o beijei, me afastei um pouco e disse a ele :


- A partir de amanhã faremos um troca, você me mostra o seu mundo e eu te mostro o meu, pode ser? Fechado?



Bill pegou meu rosto entre as mãos e trouxe para perto de seu rosto para um último beijo .



-Fechado!



Eu deitei de novo no travesseiro, segurei sua mão e mesmo sem o ATO ter acontecido, dormimos satisfeitos.



Na manhã seguinte, quer dizer já eram duas horas da tarde quando fomos acordar, descemos para almoçar  e quando Simone entrou na sala de jantar disse:



- Engraçado fui levar um pijama para Janice no quarto de hóspede e não a encontrei. Você faz ideia onde ela dormiu, Bill?


- Mãe, relaxa! Só dormimos! –Ele disse sorrindo.


-Bom mesmo!! –Simone disse beijando a testa dele e depois minha bochecha.


Tomamos café e Bill me levou até a parte de fora da casa e ali nos despedimos.Tinha que ir para minha casa enfrentar o meu pai. Entrei na minha casa e fui para o meu quarto tomar um banho. Estava na banheira transbordando de espuma quando minha mãe entrou e sentou no banco que tinha perto dela.



- Seu pai saiu daqui furioso.



- É...



- Disse que quer conversar com você mais tarde.


-Não quero papo, mãe! –Eu respondi mexendo na espuma.



- Simone me ligou avisando que você estava dormindo na casa dela.


- Hum...


- Vocês dormiram juntos?


- Sim!


- Pelo menos usaram preservativo?


- Você perguntou se dormimos juntos... Não se a gente transou!


- E tem alguma diferença?



- Sim, porque nós apenas dormimos na mesma cama. Mãe, eu já tenho 20 anos e eu mudei, aquele hospital mudou minha vida, meus princípios, mudou meus conceitos... Eu finalmente cresci!



Minha mãe levantou e me beijou na testa.



- Nós sabemos disso... Talvez esse é o real motivo do desespero do seu pai. Você cresceu, minha pequena!



Ela deu uma piscadela para mim e saiu do banheiro.


x.x


No próximo Capítulo:

- Duvida de mim? – Então, andei em passos largos até a beirada do precipício. Virei-me e o olhei mais uma vez  séria, olhei para frente novamente, olhando para o por do sol, vermelho e intenso, dei um passo  não encontrei  o solo abaixo dos meus pés,  sem pensar duas vezes... me atirei do abismo!

Postado Por: Grasiele

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