sábado, 15 de outubro de 2011

Tantchen - Capítulo 6 - Preconceitos!


 
"Bem lá no fundo do seu coração
Encontre o segredo.
Vire para trás.
Baby, nós podemos fazer,
Nós podemos fazer isso dar certo..."

(Madonna - Miles Away)

Fabrícia acordou assustada com o celular, olhou para o visor e viu quem era.

-Oi? Filha, bom dia! – disse Fabrícia ainda sonolenta.
-Mãe, você ainda esta dormindo? - perguntou Lorena do outro lado da linha.
-Ainda meu bem...
-Que milagre...
-Pois é, não consegui dormir muito bem a noite anterior.
-Mas, você esta bem?
-Sim, Estou muito bem! – Fabrícia disse a frase convicta que nunca se sentira tão bem desde que Bernardo morrera.  –E você ai minha querida como esta?
-A vovó me trouxe tanta coisa linda da França. Trouxe um presente lindo para você também, um xale com rosas, maravilhoso.
-Trouxe? Que bom!
-Mãe vou desligar, pois vamos passar o dia em Kiel hoje.
-Ok Filha tenha um Bom dia. Que horas é o seu vôo de volta?
-Chego aí no vôo das 17 horas.  Beijos mãe. Mãe?
-Oi minha querida?
-Você tem visto o Bill por ai?

Fabrícia fechou os olhos e se sentou na cama ainda nua.

-O vi ontem, pois por coincidência fui jantar no restaurante do pai dele. Mas o vi apenas lá.
-Tudo bem. Bye...
-Beij... – Fabrícia ouviu o “Tum Tum” no outro lado da linha, Lorena nem lhe mandara um beijo.  

Ela fechou os olhos, acabara de mentir para sua filha coisa que ela abominava e nunca tinha feito. Levantou-se tomou um banho e se trocou, vestiu um short um pouco abaixo das coxas e uma blusa regata, tinha que comprar algumas coisas ali perto mesmo então decidiu ir a pé. Saiu de casa e foi rumo ao centro do bairro.  Quando chegou no mercadinho viu um grupo de senhoras conversando:

-Ela não tem vergonha, imagine ela com 37 anos e o menino com 25 anos. Isso é pedofilia!

 Fabrícia cumprimentou todos e continuava a ouvir.

-Pois é, eu acho também. Porque ela não se envolve com um homem da idade dela? Ela tem um filho quase da idade do namorado, uma vergonha! Ridícula. Essa liberação feminina só veio para atrapalhar, eu não quero meu filho nem com mulher mais velha e nem com mulher solteira com filho. Prefiro a morte. E outra, vou falar com o padre para expulsá-la da igreja hoje mesmo. Se eu pudesse a expulsava do bairro.

Fabrícia nunca ouvira tanto absurdo, mas continuou quieta e isso lhe deu muito medo. Pois aqueles comentários não eram apenas daquele grupo de senhoras e sim de uma sociedade toda!
Comprou tudo o que tinha que comprar e quando estava voltando para casa viu um grupo de jovens na frente da casa de Georg seu estomago gelou e apareceu mil borboletas dentro dele, ainda bem ela estava de óculos escuros e estava do outro lado da calçada, passou levantou as mãos para dar um tchau, todos levantaram a mão para retribuir o aceno menos Bill que não se mexeu apenas sorriu a vendo entrar na casa.

-Não é Bill? O que você acha? Bill? – Katy perguntou para Bill. –Bill… Oiiii? Planeta terra chamando…
-Desculpe, Katy o que você disse? – perguntou ainda olhando em direção a casa de Fabrícia.
-Porque vocês dois, Gust não fazem uma festa de aniversário juntos? – Katy repetiu a pergunta.
-Por mim pode ser lá no restaurante. – disse ele ainda olhando para dentro da casa de Fabrícia.
-Bill posso falar com você um instante? – perguntou Ge já puxando o amigo para longe do pessoal.
-Não! Não pode! Não quero que você me diga nada, Ge! Vai encher o saco de outro.

Mesmo assim o amigo o levou bem longe do grupo e perguntou.

-Bill você esta maluco? Se você não tem juízo por você tenha por ela. Já imaginou se algo desse tipo cai na boca do bairro, essa mulher é respeitada e nunca se ouviu um “A” a respeito dela. Pára de dar bandeira, Zé Roela!

Georg falou e deu as costas e saiu andando deixando Bill sozinho, o amigo tinha razão por enquanto tinha que preservar a imagem de Fabrícia. Mas o que fazer com essa vontade louca de vê-la e beijá-la cada segundo? Isso era incontrolável.
Bill tinha que ir para o restaurante hoje, então entrou para casa foi tomar banho e depois seguiu para o restaurante. Mas seus pensamentos a cada minuto e cada segundo era em Fabrícia e na noite de amor que os dois tiveram. Já tinha feito amor com muitas garotas, pois como era bonito e as garotas praticamente se atiravam para ele. Desde os seus 15 anos quando iniciara sua vida sexual sempre teve muitas delas... Mais velhas também a primeira transa, ele tinha 15 e a sua vizinha 19. Foi uma transa muito prazerosa. Mas nenhuma delas se comparou à noite que ele teve com Fabrícia. Aquilo teve amor e entrega, pelo menos da parte dele.
Bill achava que era essa a diferença nunca amou de verdade e nunca dormiu com uma mulher que ele tenha amado de verdade. Por Fabrícia ele não sentia apenas amor, era uma vontade incontrolável de cuidar, fazer carinho e colocá-la em seu colo.

Ele chegou ao restaurante e novamente estava lotado e sua noite seria novamente cansativa e agitada.
Fabrícia jantou sozinha e como de costume foi para a varanda com uma taça de vinho. Era o seu vício, ainda mais morar em Stuttgart uma cidade de vinhedos maravilhosos. Ficou ali pensando na vida como sempre, mas agora tinha mais um pensamento... Bill.

Ele era tão encantador mesmo mais novo, ele não deixava nada a desejar em relação ao sexo. Não deixava nada a desejar em relação ao marido que era muito mais velho que ele. Como ele foi gentil e carinhoso, o jeito de lhe tocar delicadamente, os olhares que trocaram durante o ato e a preocupação dele em fazê-la chegar ao clímax. Tudo tão... Fabrícia sentiu um frio na barriga e um frio na espinha em pensar que Bill era um pouco melhor até que Bernardo na cama.

-Meu Deus, tenho que parar de tomar vinho. Isso esta mexendo com os meus neurônios e meus hormônios.

Então, ela entrou na casa, subiu para o seu quarto, tomou um banho, ligou a TV, deitou na cama e ficou assistindo TV até dormir. Deu um pulo na cama quando ouviu o telefone do seu quarto tocar. Olhou no relógio e eram quatro horas da manhã.

-Alô? – ela atendeu assustada.
-Desça, abra a porta, estou aqui embaixo e quero entrar.

Fabrícia gelou ao reconhecer a voz...

Postado Por: Grasiele

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