quinta-feira, 27 de outubro de 2011

E Se Fosse Verdade? - Capítulo 6 - Você? Querendo sair comigo?

 (Contado pela Kate)

      Era sábado, e o sol brilhava. Minha mãe me acordou antes de sair pro trabalho.

           - Kate, pode me fazer um favor?
           - Claro.
           - Pode ir ao mercado e comprar canela? É que quero fazer um bolo pro Jack hoje.
           - Ta legal.

      Logo eu, a pessoa que não é nem um pouco desastrada. Como não tem outro jeito, lá vou eu. Me arrumei e sai de casa. Cheguei ao mercado e fui procurar onde ficava a canela ficava. Procurei, e nada. Quando enfim achei, só tinha em pó. Pra não correr o risco de levar, e não ser daquela, peguei o celular e liguei pra ela.

           - Mãe, só tem pó. – disse.
           - O quê? Não estou te escutando direito.
           - Não tem pau! Só tem pó. – disse tentando não falar muito alto.
           - Ainda não consigo te ouvir!
           - Não tem pau! Só tem pó! – falei mais alto.
           - Dá pra falar direito? A ligação está ruim.

      Fui ficando irritada. Mas não tinha outra saída.

           - Mais que droga! Não tem a porra do pau! Só o pó!

      As pessoas que estavam no corredor pararam e ficaram olhando pra mim. Acho que fui ficando de todas as cores possíveis de tanta vergonha. Como alguém pode gritar isso no meio do super mercado? Só uma maluca como eu.

      Por fim consegui falar com a minha mãe, e desliguei o telefone. Fingindo que não havia acontecido absolutamente nada, fui até o caixa.

           - Quer dizer que não tinha pau? – disse o rapaz do caixa com um sorriso malicioso.
           - Alguém aqui perguntou alguma coisa? – disse.
           - Calma. Foi só uma brincadeira.
           - Deveria cuidar de sua vida.

      Sai do super mercado e de longe avistei o Tom. Ai meu Deus. Tom Kaulitz. Cada passo que dávamos, ficávamos ainda mais próximos. Ele passou por mim e disse:

           - Oi Kate. – disse ele.
           - Oi. – gaguejei um pouco.

      Nessa mesma tarde, fui ao centro da cidade, pois fiquei sabendo que o cd da minha banda favorita já havia chegado. Aproveitei e comprei algumas coisas que precisava, e que não precisava. Sou chocólatra, então não poderia faltar de jeito nenhum uma caixa de chocolates. Sai de lá carregando quatro sacolas. Isso porque era pra comprar pouca coisa. Pelo vidro da porta pude ver Tom se aproximar para entrar. De novo? Com esse monte de sacolas ele vai me chamar de farofeira! Tentei me esconder, mas foi um pouco tarde demais. Ele já tinha me visto, e agora estava vindo em minha direção.

           - Não estava tentando se esconder de mim, estava? – perguntou ele.
           - Não, claro que não. – disse.
           - Precisa de ajuda?
           - Não, obrigada.
           - Me dá alguma que eu levo. – disse ele já estendendo a mão para pegar, e eu puxei de volta.
           - Posso fazer isso sozinha.
           - Deixa eu te ajudar.
           - Não precisa.
           - Como você é teimosa. Dá aqui. – ele tomou as quatro sacolas da minha mão. – Onde é a sua casa?                                                       


      Andamos alguns minutos e enfim chegamos. Não quis ser mal educada e o convidei para entrar.

           - Bela casa. – disse ele.
           - Obrigada. – respondi um pouco desconfiada.
           - Mora sozinha?
           - Com a minha mãe.
           - Ah.

      Não dissemos nada por alguns segundos, mas logo o quebrei.

           - Porque está fazendo isso?
           - Fazendo o quê?
           - Falando comigo, me tratando bem. Você nunca me dirigiu uma palavra se quer.
           - Só quero ser gentil.
           - Ah é? E o que está ganhando fazendo isso?
           - Nada. As pessoas não podem ser gentis?
           - Podem, mas... logo você?
           - Por quê? Acha que não sou capaz?
           - Até outro dia, pelo que pude perceber você me odiava.
           - Não odiava você. Só não tivemos oportunidades de conversar.
           - Um-hum.
           - É sério.
           - É melhor... é melhor você ir embora.

      O acompanhei até a porta, mas antes de nos despedirmos, tive uma surpresa.

           - Quer sair comigo? – perguntou ele.
           - O quê? – acho que não ouvi direito.
           - Se você quer sair comigo. Hoje.
           - Você? Querendo sair comigo?
           - Algum problema?
           - Não quero criar confusões com a Amanda.
           - E daí? Amanda e eu não estamos juntos a um tempão.
           - Não sei não.
           - É só dizer que aceita.

      Não tinha certeza se aceitava ou não. Mas ele insistiu tanto que acabei cedendo. Combinamos que ele passaria aqui por volta das 7h30.

Postado Por: Grasiele

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