quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dead Or Alive - Capítulo 29 - It's Over!


É tudo igual, só os nomes mudam
Todo dia, parece que estamos perdendo os caminhos
Outro lugar onde os rostos são tão frios
Eu dirigiria a noite toda, só para voltar para casa

Sou um cowboy, cavalgo num cavalo de aço
Sou procurado, morto ou vivo
Procurado, morto ou vivo...


Bon Jovi - Wanted Dead Or Alive


Alcançaram o céu, e quando a cidade começou a ficar quase do tamanho de formigas. Lara arfou jogando a cabeça para trás, fechou os olhos deitando no ombro de Tom, que procurou sua mão, entrelaçando-a com a sua, ao sentir o toque do namorado, levantou a cabeça e o olhou, não sorriu, apenas estreitou os olhos e determinada prometeu:

- Sairemos dessa!  – Tom apertou sua mão - O fim esta chegando... para Todos!



Bill permaneceu parado, feito rocha, estancado, como se tivesse criado raízes no solo, permaneceu minutos calado, olhando o Impala 69 preto onde estava Lara e Tom se afastar pelas ruas estreitas da Califórnia, quando o veículo desapareceu de sua visão, baixou a cabeça e entrou no carro, no lado do motorista, Pablo já estava sentado ao seu lado.
Bill arrumou o retrovisor, girou a chave e ligando o carro saiu em alta velocidade, entrou em uma pequena rua e quando estava preste a entrar na via principal foi fechado com violência. Bill foi obrigado a frear seco e quando desviou quase pegou um poste, xingou alto e quando olhou para o retrovisor percebeu que o passageiro que estava no carro que o havia fechado estava com o corpo meio para fora e tinha uma arma na mão.
- Arschloch – Bill pisou no acelerador e olhou para Pablo fazendo uma careta – Eles estão atrás de nós!
Pablo olhou para Bill com olhos arregalados, e depois os voltou para o retrovisor, engatilhou a arma e abriu o vidro para atirar, Bill o segurou pela camiseta e o trouxe para dentro do carro bruscamente.
-Esta louco? – Bill berrou – Não queremos chamar atenção da polícia. – Olhou para trás e viu que o carro se aproximava, bateu no volante e perguntou para Pablo  - Syn tem um depósito onde guardava todo o armamento e as drogas, me guie até ele. –Colocou a mão no câmbio colocando a quinta marcha e acelerando o máximo. Quando chegou a rua indicada, ele virou-a sem diminuir a velocidade, fazendo Pablo se segurar com força no banco do couro.
Logo atrás outro Impala vermelho o fechou, atirando contra o carro fazendo Bill olhar para o retrovisor avistando os dois carros que ainda os seguiam. Acelerou o quanto pode, aumentando a distância, mas não sabia por quanto tempo conseguiria mantê-la.
-Temos que atirar Bill!
-Não!  - O grito de Bill seguiu no mesmo instante que o tiro quebrou o vidro traseiro do carro. -Merda atire nesses filhos da puta!

O garoto passou rapidamente para o banco de trás, e se posicionou fora da janela e atirou contra o outro carro. Fazendo-o perder o controle, Pablo mirou mais uma vez e atirou com as duas armas, juntas, dessa vez o carro seguiu para sua esquerda, desenfreado e entrou em alta velocidade num poste. Fazendo em seguida rodopiar na rua, o outro carro, com Frederico, desviou e continuou a perseguição.
-Próxima esquerda é o galpão! – Pablo avisou
- Segura!  - Bill entrou à esquerda avistando o enorme galpão, sem pensar duas vezes, acelerou e vendo o que Bill faria, Pablo se segurou no banco e no momento que o carro atingiu o portão fazendo voar atrás do carro atingindo uma pilha enorme de caixa de papelão.
-Tudo bem Pablo? – Bill conseguiu perguntar depois de alguns minutos em silêncio.
-Sim, senhor! –Ele respondeu baixo olhando para si, verificando se estava inteiro, ainda.
Pablo foi o primeiro a sair do carro, segurando as duas armas em punho, seguido por Bill, outro tiro atingiu uma caixa de papelão, fazendo-os correr para dentro, correndo para a escada que os levaria para o segundo andar.
-Pegue o celular e peça ajuda! – Bill gritou para Pablo.
-Certo! – Pablo respondeu subindo a escada de dois em dois.
Discou rapidamente o número e quando ouviu o alô do outro lado da linha, um tiro foi disparado contra ele fazendo-o se assustar e deixar o celular cair no andar de baixo.
-Droga!
-Esqueça vamos para o heliporto! – Bill disse para Pablo.
 Correram para a parte superior do galpão, seguindo para o escritório para chegar ao telhado, no heliporto.
Mais um tiro foi disparado.
Bill se jogou no corpo de Pablo e juntos caíram atrás de uma Mercedes preta. Bill levantou a cabeça e arregalou os olhos quando viu o pequeno buraco vermelho no braço de Pablo, colocou-o no chão com cuidado levantando-se e em questão de segundos atirou duas vezes, contra Frederico .
-Vá para baixo do carro, Pablo! – Bill gritou rapidamente.
-Não! – Pablo gritou engatilhando suas armas, com dificuldade, levantando-se também atirando. Bill pulou em uma pilha de madeira, que usou como escada para chegar ao topo do galpão, sendo seguido por Pablo, que gemia de dor.
Pablo chegou primeiro no teto do galpão, sendo ajudado por Bill, quando o gêmeo segurou-se para subir, duas mãos seguraram fortemente um de seu tornozelo, com a outra perna livre, chutou o rosto de Frederico, que caiu colocando as mãos no rosto, Bill alcançou Pablo, no telhado.
Bill olhou para baixo e Frederico colocava mais uma caixa para fazer de degrau e alcançar os dois fugitivos, ele não desistiria tão fácil, sem mais munição, Pablo girou os olhos sobre o chão e viu o que poderia ser a sua última alternativa para sair vivo daquele lugar. Sem pensar duas vezes, se apressou para o golpe final.
-Se você quer lealdade a Syn – Pablo gritou para Frederico – Então, vá para o inferno e fique ao seu lado.
Quando o rapaz olhou para cima, Bill e Pablo soltaram ao mesmo tempo uma grossa, forte e pesada corrente, que ao perceber o que aconteceria tentou fugir, sem sorte, a corrente o atingiu fazendo-o gritar durante a queda, até o chão do térreo.

Ficaram ainda segundos olhando para o corpo de Frederico, que não se moveu.
- Não acredito! – Pablo olhou para o céu – É a policia? – Ele perguntou olhando para Bill - Achei que tinha acabado e que tínhamos vencido...Merda!
Quando Pablo se preparou descer do telhado para uma nova fuga, Bill o segurou pelo braço fazendo-o parar e erguendo uma sobrancelha, disse:
- Você achou certo Pablo... Acabou!


x.x


Pov´s  Alice

 -Bill!  – O eco do grito, quase me ensurdeceu, sentei na cama assustada, ofegante e olhando ao redor do quarto, percebi que estava sozinha. O grito assustador tinha vindo de dentro de mim, eu tinha gritado por ELE.
Coloquei minhas pernas para fora da pequena cama, olhando para o chão, observei um par de chinelos, nunca tinha os visto, deduzi que eram meus, os vesti, olhei mais uma vez para o pequeno quarto mal mobiliado, me apoiei no pequeno criado mudo que tinha ao lado da cama e ainda fraca me levantei.
Em um espelho grande, me vi refletida, fiquei com medo da pessoa que estava no espelho, magra e pálida, com olheiras profundas e azuladas, passei a mão pelos meus cabelos e fiz um coque frouxo.
- Nikos, venha!
Ouvi a voz familiar do lado de fora da casa, a casa... Nunca estive naquela casa, naquele quarto, ou já estivera e não me lembrava? Onde eu estava? Dei o primeiro passo e cambaleei para frente, me segurei na parede e ouvi mais uma vez a voz.
-Nikos, ai não!
Ouvi um latido, que latejou dentro da minha cabeça. Andei devagar até a porta e toquei a maçaneta e a virei, abri a porta e os raios brilhantes do sol atingiram meus olhos, obrigando a fechá-los, esfreguei os olhos, o mundo parecia distorcido e borrado, levei alguns segundos para enxergar com clareza, e quando o fiz, abri mais a porta e pude ver a pequena cozinha, em branco e azul, não... Eu nunca tinha estado aqui.
-Oi...Alguém? – Eu chamei, sem saber a quem, estava confusa, e não lembrava como tinha chegado naquela casa, naquele lugar. Dei mais alguns passos e consegui me apoiar na grande janela, arregalei meus olhos não acreditando no que eles viam, o mar dégradé em azul e verde, com pequenos barcos, o sol se fundia num por do sol mágico.
Um golpe de ar entrou na pequena cozinha, trazendo consigo o aroma que eu conhecia, almiscaradas aveludado, um aroma refrescante que lembrava o mar e ...
-Bill...
Um nome, várias lembranças, tudo veio de uma única vez em minha mente, um filme quilométrico, resumido em apenas um segundo diante dos meus olhos: o beijo, o olhar, o toque, o adeus, o perdão...o tiro!
-Bill?
Eu o chamei em voz alta, olhei para porta como se ele fosse entrar por ela, fixei meus olhos por segundos, ele não entrou, então, em passos largos sai da cozinha, me dirigindo para fora da casa.
O vento soprou mais uma vez forte, trazendo mais uma vez o cheiro dele em minhas narinas. Só quando olhei para o meu corpo pude perceber que o cheiro vinha da camiseta que eu usava uma com estampa do Mickey em forma de caveira, que era dele.
O tiro ecoou novamente em minha cabeça. Minha última lembrança dele, em minha mente, em meu corpo e em minha alma.
Juntei toda minha força, captei todo o ar em meus pulmões, elevei a minha voz ao máximo que eu consegui, que a minha respiração permitiu e gritei por ele...Pela última vez!

Em silêncio esperei pela sua resposta, não obtive outro som além do eco da minha própria voz, ele não estava ali, nunca estaria.
Então era verdade. Meu coração bateu acelerado, e no mesmo instante, senti que parou ao perceber a realidade dos fatos...

Bill estava morto!


x.x


-Alice? – A voz doce a chamou.
Alice se virou e apertou os lábios, tentando evitar que eles não tremessem e impedisse suas lágrimas de rolarem, olhou para a mulher ali parada poucos centímetros longe de seu corpo, olhando-a com compaixão.
-Madrecita... Eu...
A mulher apenas abriu os braços e a envolveu em um terno abraço, sentiu os pequenos dedos lhe afagar as costas em forma de carinho e ao mesmo tempo consolo.
- Gracias a Dios – Joana ainda com Alice nos braços comemorou – O médico da vila veio lhe ver e disse que tinha entrado em estado de choque...Minha menina...Gracias!
Joana lhe deu um beijo na bochecha, Alice fechou os olhos, recebendo-o com carinho, e depois perguntou:
-Pablo...eu me lembro... Ele me colocou no banco traseiro daquele carro...
Alice baixou os olhos pesadamente os fechando, lembrando-se da última vez que ouvirá a voz do irmão:

- Lyce...Lyce! – A voz a chamou, ela estava deitada no chão frio com os olhos abertos fixos em apenas um ponto inexistente e dizia apenas um nome. O de BILL!
 – Ela esta em choque! Pegue-a coloque-a no carro, depressa! – Joana ordenou
Alice foi pega no colo por Pablo que deitou a cabeça no peito duro. Foi levada para fora da casa e colocada no banco traseiro do Impala. 
– Entre nessa casa e não falhe! – Joana lhe deu um beijo e fechando a porta do carro disse rápido – Você sabe onde nos encontrar depois que terminar, usarei o helicóptero, nos vemos amanhã no lugar marcado.
-Vá com Deus madrecita!
Logo em seguida, poucos minutos de ouvir Pablo se despedir da mãe, o barulho estridente de hélice entrou em seus ouvidos e mais uma vez a fez mergulhar no mar profundo do esquecimento, então tudo se apagou novamente.


-Você dormiu por cinco dias!  -Joana lhe trouxe de volta de seus pensamentos  -  Estamos na Grécia, longe de todos que possa te fazer mal.
-E Pablito? – Alice perguntou à senhora
-Ele entrou na casa... Tentou salvar pelo menos o outro gêmeo e a namorada... Ele disse que daria a vida se fosse preciso para salvá-los. Não quero acreditar, meu coração insiste em negar esse fato, mas acho que ele a entregou em troca do casal.  – Joana olhou para o horizonte – Se estivesse vivo, se tivesse conseguido escapar, já estaria ao nosso lado, mas depois de cinco dias, não tenho nenhum sinal dele e nem mais esperança.

-Bill...Pablo... O que eu fiz?  - O sentimento de culpa entrava por todos os poros do corpo de Alice, cravejando e a dilacerando.   – Eu devia ter ficado com Syn, esquecido Bill e continuado com a minha vida. – a morena balançou a cabeça finalizou se odiando:
- Eu sou pior que ele, Madrecita ... Pior que Syn!
-Minha menina, estamos aqui e temos uma nova chance para...
-Para que?  - Alice sorriu, sem vontade    - Minha vida sem Pablo e Bill... Você devia ter me deixado naquele chão frio, a mercê de Syn, não devia ter me resgatado, não devia ter me dado essa segunda chance, não a merecia, você devia ter ido embora com Pablito e me deixado morrer ao lado de Bill.
-Nos devíamos isso a você, Lyce! -  Joana disse -  Você me entregou seu irmão que ainda era uma criança, me trouxe a felicidade quando eu perdi o meu próprio filho, eu sempre serei grata...Nós te devíamos isso.
-Não Madrecita... o que adianta eu estar aqui, apenas como um enorme fardo!
-Não diga isso!
-Mas é a verdade, eu estou morta, eu fui sepultada viva no exato momento que Bill foi morto.  – Alice tremeu os lábios, segurou-se ao máximo para não chorar – Eu poderia ter feito ou dito tantas coisas, ter feito tudo ser diferente e ter pelo menos feito valer a pena enquanto estivemos juntos. Eu fui à causa da morte deles.
- Você não sabe o que diz! – Joana olhou para Alice com os olhos brilhantes e o sorriso nascendo em seus lábios, ela pegou a mão e a ergueu beijando-a, virando-se e entrando na casa a deixando sozinha.

x.x
A noite nascia na Grécia, os últimos raios de sol, insistia ainda em iluminar o mar, Alice olhou para o horizonte e desceu as enormes escadas que davam em vielas estreitas, que acabariam na areia. A cada degrau que descia, tinha certeza do que queria, e então acelerou mais os passos, até dar conta que corria em direção ao mar  e ao tocar as águas límpidas e multicolor se atirou nelas de braços abertos, mergulhou até o fundo e largou seu corpo.
Flutuando....
Flutuou até não aguentar mais, até não conseguir respirar até sentir que estava indo embora... com ele.... para ele
Afundou... Ou quase... por que logo em seguida foi erguida por duas mãos e retirada da água, com força.
- O que pensa que esta fazendo, sua louca?  – Ouvio o grito junto com mãos a chacoalhando.

Eu tinha conseguido, tinha chegado ao inferno... E o encontrado finalmente!

-Bill?
Alice foi deitada no chão e aos poucos foi abrindo os olhos devagar e a imagem foi aparecendo, desembaçando e quando se formou então ela sorriu:
-Pablito!
-O que você esta tentando fazer, sua maluca? – Pablo gritou com ela, passando as mãos em seu rosto.
-Preciso ir para o inferno encontrar com ele.
Pablo sorriu e beijou a testa de Alice.
- Não precisa viajar tanto, Lyce! – Pablo sorriu e olhou para trás, Alice acompanhou os seus olhar e então como uma miragem num dia ensolarado no deserto, ele surgiu na linha do horizonte, andando como se nada tivesse acontecido, segurando a bolsa vermelha com os oito milhões de dólares.

Alice arregalou os olhos e ajudada por Pablo, ficou em pé, no primeiro instante não conseguiu raciocinar, Bill estava ali, na sua frente, vivo.
- É ele mesmo?
- Em carne e osso... mais osso! – Pablo brincou
Algo apossou de seu corpo como um furação devastador, livre da hipnose, começou a andar para encontrá-lo, depois de três passos, percebendo que demoraria demais para alcança-lo, então correu, correu....muito,  o vento batia em seu rosto  e um sorriso nasceu em seus lábios, ele parou ao vê-la correr colocando a mala na areia e apenas abriu os braços.
Alice pulou e jogou-se em seu colo, enlaçando-o pela cintura com as pernas, o abraçando pelo pescoço com os braços e deitando a cabeça em seu ombro, ela não suportou e chorou, chorou até suas lagrimas acabarem, chorou tudo o que em meses, em anos não conseguiu, ainda em seu colo, aos prantos e soluçando feito uma criança, levantou a cabeça de seu ombro e o beijou na boca.
 Bill a apertou pela cintura deixando-se ser beijado, quando não aguentou mais a colocou no chão e sem esperar, sentiu o tapa ardido em seu rosto.
-Seu filho de uma puta, desgraçado, miserável...
Alice xingava e batia forte no peito de Bill que tentava lhe segurar os pulsos sorrindo da reação da morena.
-Essa é a Alice! –Bill brincou conseguindo segurar os seus pulsos e a prendendo-a a trouxe para junto de seu corpo.
- Eu quase morri só em pensar em viver a minha vida sem...
As pupilas de Bill dilataram-se e brilharam e seu semblante ficou sério, a trouxe para mais perto até sentir a respiração descompassada de Alice em seu rosto, olhou para seus lábios inchados de chorar e perguntou muito baixo:
-Sua vida sem?
Alice o olhou mordendo os lábios quando sentiu o corpo magro e bem feito grudado ao seu. Então, passou a mão no peito dele, descendo pela cintura, passando pelo membro, logo depois na perna se encurvando, pegando a mala vermelha que estava na areia e levantando-a sorrindo disse:
-Sem os meus OITO MILHÕES!
Bill a olhou jogando a cabeça para trás gargalhando, Alice também sorriu divertida e abraçaram-se.
-E esse braço, mocinho? – Alice virou e perguntou para Pablo, ainda abraçada a Bill
-Nada demais! – Pablo sorriu acalmando-a -  Carlos nos achou pelo rastreador do celular e nos mandou um helicoptéro, depois nos trouxe até a Grécia, só que tivemos que esperar cinco dias e só não ligamos por que Bill queria fazer surpresa!
Alice olhou para Bill e sorriu, podia jurar que ele havia corado, depois andou até o irmão o enlaçando com o outro braço, e subindo as ruas estreitas da Grécia, abraçada aos seus dois homens, percebeu que pela primeira vez na vida não ansiava por mais nada. Alice estava satisfeita, podia dizer que ela estava muito mais do que isso. Estava feliz!

 

 Um mês depois – México


-Carlos transferiu metade da herança para minha conta. – Lara entrou no enorme quarto, onde Tom estava sentado na cama com seu laptop aberto.
-Sim, eu vi!  - Tom respondeu olhando-a entrar e jogar a bolsa ao lado dele.
-Agora somos bilionários! – Lara colocou um joelho na cama e depois o outro, engatinhando até ele, dando-lhe um beijo na bochecha e depois deitando em seu colo.
-Você é Bilionária! – Tom fechou o laptop e a olhou. – Esse dinheiro é seu!
-Nosso!
-Lara já conversamos sobre isso e...
-Tom, esse dinheiro nos será útil por dois anos, depois disso, você abre sua empresa de segurança e se mantém. – Lara disse brava – Sabemos que você e nem Bill pode procurar emprego por enquanto.  - ela levantou com a cara fechada e quando foi sair da cama, Tom a segurou pelo pulso.
-Você age como esses machistas que se for sustentado por mulher o pinto não some mais. – Lara tentou se soltar em vão – É apenas dois anos! – Tom a trouxe para mais perto – Eu só vou te dar uma pequena ajuda que não vai te tornar menos macho, pare de drama!

Tom não pode deixar de sorrir, ainda segurando seus braços com força, colocando-a em seu colo e ergueu-lhe o rosto. Estava sério, com as mãos grandes envolveu o seu frágil pescoço, beijando-a com ternura, abraçando-a com de uma forma tão reconfortante, como numa promessa de amor incondicional.
Lara o abraçou e correspondeu ao beijo com o mesmo carinho, sentindo sua raiva passar aos poucos, se ajeitou no colo de Tom e deixou ser beijada e envolvida pelos braços fortes até não aguentar mais, separaram suas bocas com a respiração ofegante.
— Você me dá esperança. –Tom disse com os olhos fechados colando sua testa na de Lara. - Acredite Lara... Acredite que a partir de agora teremos uma nova vida que será melhor do que tudo do que já vivemos até hoje.
— Será possível ser mais perfeito que isso? – Lara sorriu tentando segurar as lágrimas de felicidade.
— Muito mais.
— Como pode ter tanta certeza? – Lara se afastou poucos centímetros dele e perguntou.
— Eu sei da mesma forma como sabia, aquele dia no Brasil, na primeira vez que coloquei os olhos em você, que seria minha. Fui feito para amá-la e protegê-la. E sempre a amarei e a protegerei até o último dia da minha vida.
- Tom...Eu te amo tanto... Fique comigo até o último dia da sua vida... Das nossas vidas!
— Nem precisa pedir duas vezes! – Tom a olhou com intensa devoção. – Eu te amo, Lara!

Um longo beijo os uniu. Lara queria dizer mais uma vez o quanto o amava, queria falar como ele havia feito bem a ela, o quanto havia aprendido com ele, mas sua respiração e a dele estavam tão aceleradas, seus corpos já estavam grudados na fúria de provarem seus sentimentos da forma mais completa e íntima que existia que a declaração precisou ficar para depois...
Muito depois...


x.x


Mais tarde, depois de se amarem, Tom olhou para Lara que dormia como um anjo envolvido no lençol de cetim branco, ele tirou uma mecha de cabelo que estava cobrindo o rosto e sem fazer muito barulho saiu da cama, se vestiu e abriu a porta do quarto.
Quando chegou fora da casa, olhou para o horizonte, com o céu quase todo estrelado e se espreguiçou, acendeu um cigarro e quando deu a primeira tragada, avistou o irmão mais sentado na areia da praia sozinho, fechou a enorme porta de vidro da enorme mansão em frente à praia, que dividia com Lara, Bill e Alice.
Pablo e Joana preferiram permanecer na Grécia, dos oito milhões de Alice, dois deles, ficou com Pablo, com os juros do banco, nem um dos dois precisariam trabalhar por alguns anos. Lara se propôs a ajudar também, mas Joana não aceitou, agradeceu e disse que se precisasse, pediria.
Tom desceu os degraus da escada do deck e deixou os chinelos na beirada da escada antes de andar na areia fofa da praia, deu uns passos e ao se aproximar do irmão, jogou o maço no colo dele, Bill pegou um cigarro e o acendeu, tragando devagar.
-Esta pensando em que? – Tom perguntou sentando do seu lado.
- Na vida! – Bill disse, curvando os lábios em um pequeno sorriso – Na nossa vida!
- E chegou a que veredicto?
- Que somos inocentes! – Bill sorriu de suas palavras  - Claro, só somos inocentes por que você estava lá para fazer isso possível... Se fosse por mim... Estaríamos todos mortos.
-Bill, isso é irrelevante agora!
- Pra mim não é!  – Bill virou para o irmão, com os olhos marejados – Se não fosse por você... Como sempre... sempre você estava ao meu lado, ou atrás, na frente...Não importa!   – sua voz falhou - Você sempre esteve comigo!
-Você é meu irmão, é o meu dever!
-Não, não é!
-Já disse Bill você é meu irmão!
-E você é meu herói!
Tom arregalou os olhos ao ouvir o irmão dizer aquelas palavras, amava o irmão mais novo, desde pequenos, Tom o defendia e o protegia, mesmo quando estava errado. Os piores dias de sua vida foram quando sua mãe faleceu e o pai o expulsou de casa, viver sem Bill era a mesma forma que viver sem... Era a mesma coisa que NÃO VIVER!
Bill aproximou-se de Tom e o abraçou por alguns segundos que o abraçou também, o mais novo se afastou e virou o rosto para o outro lado, limpando as lágrimas, escondendo-as, Tom não estranhou tal atitude, Bill jamais deixou suas lágrimas serem vistas.

- Não tirou seu soninho de beleza da tarde? – Tom perguntou dando um leve soco no braço de Bill, mudando de assunto.
-Aquela praga não me deixou dormir!
-Sim, eu ouvi o barulho!
-Desculpe, tentei tapar a boca dela – Bill esticou a mão mostrando-lhe a pequena mordida entre os dedos. – Mas ela me mordeu!
-Estou surpreso que não tenha morrido ainda de raiva! – Tom disse sério
Bill sorriu com a brincadeira, olhou para a mordida e depois para o mar, vendo as ondas quebrarem em silêncio a sua frente.
- É isso que me prende a ela sabia?
-Ela te morder feito uma cadela no cio? – Tom apagou o cigarro na areia.
-Não!  - Bill fez uma careta – É esse jeito que ela tem! – Ele baixou a cabeça e sorriu – Essa forma de levar a vida, sem se preocupar com ninguém, essa maneira dela falar, fazer e se comportar sempre com o botão do foda-se ligado para o mundo.
- Isso não me impressiona – Tom também sorriu – Ela é você!
-Talvez!
-Não é Talvez, Alice é a sua versão feminina – Tom afirmou  – Sem medo, sem barreiras e sem se apegar a nada e nem ninguém.
-É! – Bill apenas se limitou a dizer.
-Você a ama? – Tom perguntou fazendo-o respirar profundamente, depois o viu abaixar a cabeça.
- Olha Tom eu a...
-Tom!
Os dois olharam para trás na mesma hora quando ouviram o nome do gêmeo mais velho ser chamado, vendo Alice no deck da piscina, ela desceu a escada correndo e se aproximou dos gêmeos, jogando areia com o pé nas pernas de Tom.
-Você me jogou areia! –Ele se levantou batendo-se para tirar à areia do corpo.
-Desculpa! – Alice sorriu sarcasticamente para Tom – Sujou? Posso te ajudar a limpar!
Alice se aproximou e com a mão deu um pequeno tapa na bunda dele.
-Tire a mão da minha bunda? –Tom a olhou feio – Você me jogou areia de propósito!
-Olha como ele é injusto comigo, Bill? – Ela fez beicinho e olhou para Bill, que ainda permanecia sentado na areia, rindo da cena.
- Por que me chamou?  – Tom perguntou – O que você quer?
- Lara esta te chamando!  – Alice respondeu
- O que ela quer?
  -Ela quer que você vá à merda! – Alice o olhou com desdém - Não sou pombo correio, entre e vá ver o que ela quer!
- Bill como você aguenta? – Tom perguntou para o irmão.
-Eu a espanco um pouquinho por dia!
Bill respondeu e viu o irmão seguir para a casa novamente.
- O que estava conversando com ele? –Alice se sentou ao lado dele perguntando.
-Papo de irmão! –Bill foi curto e grosso
-O que?
-Coisas de Homem!
-Tipo o que?  – Alice insistiu e Bill revirou os olhos.
-Você não é meu irmão e muito menos homem!  – Bill disse sério
-Esse é o meu Bill! 
-Seu Bill? – Bill arqueou uma sobrancelha ao perguntar
-Meu Bill!  - Alice sorriu divertida
-Desde quando?
-Não sei exatamente!  – Alice o olhou, sem sorrir - Mas sei que você é meu e eu sou sua! – Alice pendeu a cabeça para o lado e sorriu de leve - Talvez na primeira vez que nos vimos, talvez naquela noite que fizemos realmente amor no hotel, talvez quando eu cuidei de você, talvez... Agora!
Encaram-se por alguns segundos, Bill franziu a testa e baixou a cabeça sorrindo, fugindo do olhar significativo de Alice.
- Existe algo entre nós – Alice falou - Se não existisse, não estaríamos aqui, não depois de tudo o que passamos juntos!
- Esse seu discurso é perfeito. – Bill a olhou – Só falta finalizá-lo com um: Eu te amo
Alice olhou para Bill, séria e logo em seguida, caiu na gargalhada, deixando-se cair na areia da praia, Bill a olhou e não entendeu qual era o motivo da crise de riso, ela se levantou e enxugando as lágrimas disse:
- Eu te amo são para os imbecis!  - Alice fixou seus olhos no de Bill – Quem diz eu te amo é idiota!
-Tom e Lara são idiotas então? – Bill perguntou
-Com toda certeza! – Alice revirou os olhos e falou – Dois perfeitos idiotas.
- E seu eu te falasse EU TE AMO!
Alice baixou a cabeça fechando os olhos e mexeu na areia fofa com os dedos dos pés, depois olhou para as ondas e ainda sem encará-lo disse:
- Se você falasse... Cairia neve no inferno!  – Ela disse sorrindo.
- Ouvir um eu te amo é tão ruim assim?  – Bill insistiu na questão
- Palavras são apenas... Palavras! – Alice levantou-se e sentou-se em seu colo tocando seu rosto com a ponta do dedo – Gestos falam e representam muito mais que três simples palavras. – Ela passou sua mão na nuca e depois enfiou seus dedos dentro do cabelo negro de Bill, fazendo-o arfar – Palavras se perdem ao vento, com apenas um gesto você diz mil palavras de uma vez.
Alice contornou os lábios de Bill com a ponta de sua língua, forçando-o abri-los para recebê-la, Ele gemeu quando sentiu o toque. Ela aprofundou o beijo e ainda com os lábios colados ao dele, se endireitou em seu colo, esfregando sua intimidade na dele, mais uma vez ele gemeu.
Os dedos finos de Bill entraram dentro do micro vestido, apertando com força as coxas bem torneada, esfregou sua ereção em Alice arrancando um pequeno gemido de seus lábios fazendo-a jogar a cabeça para trás, interropendo o beijo.
Bill não resistiu e pegou-a no colo, levou-a para dentro do mar, Alice encaixou-se na cintura fina e mordeu os lábios com força quando o sentiu a penetrando em um único movimento.

- Era exatamente isso que estava falando... Essa é a nossa forma de dizer tudo o que pensamos e sentimos um pelo outro.
- E o que exatamente estou dizendo nesse exato momento? – Bill perguntou mordendo seu ombro, fazendo-a gemer mais alto.
- Não sei...  - Alice sorriu mordeu o lóbulo da orelha de Bill e sussurrou – Esta dizendo em alemão e não falo essa língua!
Encararam-se e Bill iniciou a tortura movimentando-se rapidamente, estocando profundamente e com o balanço das ondas ajudando, chegaram ao clímax.  Alice o apertou em seus braços,  não se desconectaram, ficaram em silêncio e abraçados por um longo tempo, ela deitou a cabeça em seu ombro e recebeu vários suaves beijos em sua têmpora.
Bill se retirou dentro dela fazendo-a tocar o chão de areia, enlaçou-a pela cintura com os braços e  seguiram para fora da água seguindo para dentro da casa, sorrindo um para o outro, sem notar Tom e Lara na enorme sala, que aos vê-los  sussurrando um com o outro e trocando afagos carinhosos, se entreolharam,  estranhando o casal em momento inédito de carinho explícito.
Entraram no quarto, seguiram para o banheiro, Alice abriu o chuveiro, Bill a despiu e depois tirou suas próprias roupas, entrando no box, não trocaram nenhuma palavra, trocaram apenas afagos, o banho não foi demorado.
No quarto, Bill deitou primeiro na cama, Alice deitou de costas para ele, o moreno se virou e a abraçou, ficando de conchinha, Alice sentiu a respiração quente em seu pescoço, sorriu e não disse nada, esperou que a respiração dele fosse ficando calma, relaxada e leve e o chamou:
-Bill?  - sem obter resposta ela insistiu – Você esta acordado?
Ele havia dormido, então ela pegou-lhe a mão que estava em sua cintura e a acariciou depois a beijou com carinho, então fechou os olhos e finalmente confessou:
-Ich Liebe dich, Sr. Arrogância!
Bill apenas curvou os lábios em um sorriso e sem se mexer e nem responder, fechou os olhos e dessa vez, dormiu de verdade,


(**)


Era de madrugada, e Lara estava sentada em uma enorme pedra branca, com os pés fundos na areia, o vento da madrugada balançava seus curtos cachos louros e ela parecia estar com frio.
- Esqueceu a blusa? – Bill surgiu detrás da pedra tragando durante dois segundos e soltando a fumaça aos poucos enquanto falava. -  Tem certeza de que quer fazer isso loira? – Bill não a olhava, prestava atenção nas fortes ondas do mar, na verdade nem ele sabia se era certo o que Lara queria fazer. – Você sabe que Tom jamais aceitaria isso... E depois... você é bilionária, não precisa disso. Já não teve o suficiente?
- Não. -  Lara o respondeu sem pensar. – Acho que ainda falta algo, é como se precisasse disso para me igualar a vocês, quero sentir essa adrenalina de novo, uma última vez, eu preciso disso, e sei que não será a mesma coisa sem estarmos juntos... Eu preciso de vocês Bill. -  A voz de Lara estava trêmula. – Vamos voltar uma última vez para os EUA, e vamos fechar nossa história com chave de ouro.
- Você não precisa me convencer, eu já aceitei antes de você me perguntar se aceitaria.
- Eu também estou dentro! – Alice apareceu por trás de Bill, o enlaçando pela cintura e escorando seu queixo no ombro do moreno. – Seu namoradinho jamais aceitaria a porcelana dele se arriscando por isso.
- Eu aceito. – A voz de Tom foi calma e Alice ergueu as sobrancelhas, surpresa com a  reação do gêmeo.
- Então pode beijar a noiva. – Alice brincou, ouvindo uma risada baixa de Bill.
- Tom... Eu preciso te explicar... Eu não sei exatamente o por...
- Não precisa Lara, eu ouvi você falando com Bill no celular, e você precisa aprender a exlcuir o histórico do computador, eu sei de tudo, e acho que não só você, mas nós quatro precisamos dessa última emoção, mesmo que seja a última de nossas vidas, devemos isso a tudo que passamos juntos.
- Então vamos mesmo roubar mais bilhões de políticos desgraçados? – Alice olhava as unhas enormes e vermelhas enquanto perguntava.
- Pra que dois bilhões? Se podemos ter quatro? Um para cada, uma última vez, como nos velhos tempos. – Lara se levantou, observando os três a olhar com certa supresa.
- Os olhinhos dela chegam brilham, que orgulho da minha pupila. – Alice bateu palmas e a olhou divertida.
- Para quando é isso? – Tom perguntou e olhou pra Alice que parecia querer perguntar o mesmo.
- Depois de amanhã! – Bill e Lara responderam juntos.
- Está tudo pronto. – Bill completou. – Saímos hoje no final da tarde.

Todos se olharam e Lara respirou fundo, curvando a boca em um sorriso de vitória.

- Nos encontramos aqui, quem quiser desistir, ótimo, sobra mais para meu casamento. – Lara sorriu nervosa, abraçando Tom pela cintura.
- Eu não vou desistir... – Alice se aproximou de Lara - E nem pense em jogar o buquê em minhas mãos... Isso é cafona demais!

Alice passou por Lara sorrindo pegou Bill pela mão e caminhando juntos pela areia, entraram na casa. Lara olhou para Tom que caminhou em sua direção e beijou o topo de sua cabeça dizendo:
 -  Vai dar tudo certo.

...

Dois dias se passaram, Tom, Lara, Bill e Alice estavam em um mustang conversível de cor laranja escuro.
O vento batia forte em seus rostos, no tapete do carro, malas de armamento, máscaras e roupas para o último golpe, a última aventura do quarteto. Todos se mantiveram calados durante o trajeto. Tom dirigia e Bill estava largado no banco do passageiro obsevando o deserto que vera a meses atrás. As duas moças estavam no banco de trás, com lenços cobrindo os cabelos e óculos de sol gigantes, o único som que ecoava era do vento forte penetrando a pele feminina.
- Pode dar tudo errado, me desculpa se tudo der errado e morrermos. – Lara desabafou nervosa.
- Cadê o otimismo humano que você estava a três dias querida? – Alice afinava um cigarro nas mãos e abaixou o óculos para fixar o olhar em Lara.
- Eu não vou desistir, não quero, só acho... Só quero que saibam que tudo pode acontecer, e que não importa o que aconteça, esses últimos dois anos foram os piores e os melhores da minha vida.
- Acho que vocês deveriam se calar, nada vai dar errado, vocês acham que estão falando com quem? Dois amadores? – Bill não parecia nervoso, mas seu sarcasmo estava ligado no nivel máximo. – Acho melhor ligar o rádio, mulher quando para pra pensar só dá merda. – Bill esticou o braço e ligou o rádio, trocando de estações freneticamente.
- Não importa o que aconteça, desde que estejamos juntos. -  Tom finalmente falou, olhando para trás e sussurando um eu te amo para Lara que sorriu.
- Deixa aí! – Alice gritou para Bill - Tá aí, nossa trilha sonora... nenhuma música poderia descrever melhor o que temos a  dizer.

Bill aumentou o som, e devagar tentou pegar o ritmo da letra, cantando-a, logo em seguida, um por um começou a cantar os trechos da música, até formar um coro perfeito, Tom acelerou o carro e caiu na estrada que dava entrada para a fronteira com os EUA.


It's all the same, only the names will change.
É tudo igual, só os nomes mudam.
Everyday it seems we're wasting away.
Todo dia, parece que estamos perdendo os caminhos.
Another place where the faces are so cold
Outro lugar onde os rostos são tão frios
I'd drive all night just to get back home
Eu dirigiria a noite toda, só para voltar para casa

I'm a cowboy, on a steel horse I ride
Sou um cowboy, cavalgo num cavalo de aço
I'm wanted dead or alive
Sou procurado, morto ou vivo.”

O caminho era incerto. Mas, nada mais importava... Estavam livres, estavam juntos, e iriam continuar assim... mortos ou vivos!


Postado Por: Grasiele | Fonte: x

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