quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dead Or Alive - Capítulo 25 - Dead Or Alive


"Do you really want.  Do you really want me
Do you really want me dead or alive? To torture for my sins..."

"Você realmente quer? Você realmente me quer?  
Você realmente quer me ver morto ou vivo? Para me torturar pelo os meus pecados?"

Hurricane - 30 Seconds To Mars

- Não sei... Pra que serve as amigas trapaceiras? – Lara disse sorrindo para Alice. – E você, quando pretende contar para Bill a verdade?
         - Hoje mesmo! – Alice disse séria.
         - Você sabe que ele pode não te perdoar, não sabe?
         - Lara, Bill nunca vai me perdoar por essa traição... Jamais! – ela bebeu um gole de café e falou – No momento que Bill descobrir que ele quase morreu por que eu o entreguei a Syn...
         - Você me entregou a quem?

           Lara olhou para trás assustada, Alice apenas baixou a cabeça fechando os olhos, não virou para olhar o dono da pergunta... Soltou o ar e depois o puxou com força.
           “Fim da linha. Fim da mentira. Fim de Alice.” – Ela pensou antes de levantar-se e finalmente encará-lo.

-Você me entregou para quem? – Bill perguntou franzindo o cenho.
Alice recebeu o olhar perturbador e sentiu uma fisgada em sua espinha e arregalou os enormes olhos verdes.
-Bill é melhor subirmos e conver...
-É... É bem melhor subirmos! – ele a cortou áspero e deu passagem para ela passar ao seu lado e subisse a escada.
Alice deu o primeiro passo e Lara a segurou pelo braço com força dizendo baixo em seu ouvido.
-Não vá... Ele vai te matar!
-Não se preocupe! – Alice sorriu para Lara com carinho – Viva sua vida a partir de agora... Você merece!
Alice piscou e depois olhou para Bill fechando o sorriso passando por ele, subindo as escadas em dois em dois, andaram calados pelo corredor seguindo até o quarto do hotel, ele abriu a porta e mais uma vez deu passagem para ela entrar, Alice entrou e andou até a enorme janela ouvindo-o fechar a porta lentamente.
Ela engoliu a saliva junto com o sentimento de terror que lhe consumia, uma coisa era certa, Bill não a perdoaria pela sua traição e mentira, porem não tinha a mínima idéia como ele a puniria, e isso a fazia ter calafrios. Alice sabia que não havia outra saída, a hora da verdade tinha chegado.
-Bill eu menti para você! - disse se virando para ele – Eu...
Bill ainda de frente para a porta, virou-se lançando-lhe um olhar frio e sombrio fazendo-a parar de se explicar. Engolindo todas as palavras que estavam presas em sua garganta. Mordeu o lábio inferior e baixou os olhos, sentiu suas pernas fraquejarem e uma pontada dolorida no peito, aquilo tinha um único nome: MEDO!
Ouviu os passos dele em sua direção e pela primeira vez na vida teve vontade de correr para longe. Sua cabeça ainda estava baixa e viu as botas pretas se aproximarem. Pensou que estavam no terceiro andar, se corresse e pulasse a janela, talvez não se machucasse tanto.
-Mentirosa... – Ela o ouviu soprar em seus cabelos. –Eu devia ter desconfiado das suas trapaças! – ouviu sua voz gélida e forte dizer novamente perto do seu pescoço, arrepiando-a por inteira. – Sabe...
Ela fechou os olhos, apertando- os o máximo que pode ao ouvir Bill engatilhar a arma.
-Dizer que nesse momento eu te odeio e tenho nojo de você... – sentiu a ponta do cano da arma em sua testa, forçando-a a levantar a cabeça. – seria pouco demais – Alice abriu os olhos e o encarou com um olhar de compaixão, que foi recusado por ele. – E pensar que um dia cheguei a sentir pena de você. – Bill mantinha a arma encostada enquanto falava – Tom tinha toda razão – baixou a arma ainda a encarando-a.
-Sim, talvez Tom tivesse razão sobre mim. – ela disse calma.
-Talvez?  – Bill arqueou uma sobrancelha sorrindo sarcástico – Você é muito engraçada!
- Eu não vou para o Cuba. – o viu fechar o sorriso e ficar sério – Mas eu fui paga para entrar na sua vida e ajudar na sua prisão. – Ele cruzou os braços na altura do peito e levantou o queixo, esperando pela continuação de sua explicação. – Eu teria que te entreter e te entregar para o FBI alemão.
-FBI Alemão? – Bill perguntou sem entender – E desde quando eu tenho contas a prestar a porra de FBI alemão? – Ele se aproximou e bateu levemente com o cano da arma na testa de Alice. - E desde quando existe um FBI alemão, que tipo de estúpido lhe disse essa idiotice?
Alice abriu a boca para contestar, fechando com medo, quando olhou para Bill percebendo o músculo que saltava na linha do queixo pulando violentamente. Demonstrando o tanto que ele estava zangado, ela desviou o olhar e disse baixo:
-Não sei se existe ou não!  Só sei que você é perigoso e procurado em mais de dez países.
A risada que Bill soltou foi tão estridente que a assustou e foi a vez dela, olhá-lo sem entender.
-Eu... Assassino... – Ele não conseguia falar por causa da risada. – Em dez países... Essa foi muito boa!
-Sim é isso mesmo, eu sei de toda sua história. – Alice ergueu o queixo ao falar. –Sei tudo sobre você.
-Sabe? – Bill ainda sorria – E quem te contou toda a minha história?
-Synyster Gates!
-E o que é isso? – Bill perguntou confuso. - Seu amigo imaginário?
-É a pessoa que me pagou para ajudar a te entregar para o FBI... Ou seja lá que nome você queira dar.
-Eu nunca ouvi esse nome na minha vida. – Bill a olhou – Você esta inventando tudo...
- E Brian Elwin Haner Jr.  Você já ouviu falar? – Alice perguntou com um leve sorriso sarcástico nos lábios.
O sorriso no rosto de Bill morreu, assim como a sua cor. Alice também fechou o semblante, foi como se ele tivesse levado um forte e dolorido soco na boca do estômago ao ouvir o nome de Brian.
-Como é que é? – Bill teve dificuldade em perguntar, sua voz quase não saiu.
-Sim! – confirmou ainda parada no mesmo lugar. – Seu maior amigo de infância.
-Brian... Pensei que esse filho da puta estivesse morto. – Bill fechou os punhos de ódio. –Esse desgraçado!
-Não, Brian esta muito vivo! – Alice o informou - Foi ele que me pagou para ficar na sua cola! – ela fez uma pausa e finalizou contando a pior parte da história - Foi ele que te deu aquela bela surra.
Bill que estava andando freneticamente pelo quarto ao ouvir a última frase parou e fixou seus olhos felinos e ameaçadores no rosto de Alice. Por segundos o silêncio tomou conta do imenso quarto.
“Meu Deus é agora que ele me joga daqui de cima sem piedade...” – Alice pensou já prevendo o desfecho trágico de sua vida.
Bill respirou tentando manter o controle virou-se e inesperadamente pegou o grande vaso em cima da pequena mesa e jogou em direção a ela, com raiva.
Ela apenas colocou os braços na frente de seu corpo para se defender, batendo em seu antebraço, vendo o vaso cair no chão despedaçando-se em mil pedaços a sua frente.
-Bill?  – Ouviram a voz de Tom na porta – Esta tudo bem?
-Esta tudo ótimo, Tom! – Bill respondeu a encarando com ódio – Nos deixe em paz.
Alice segurava o seu antebraço, vermelho e com um pequeno corte, Bill olhou para o machucado e pareceu não se importar nem um pouco com ele.
-Continue falando, Alice! – Bill seguiu em sua direção lhe alcançando pelo pescoço e a prensando na parede, descontrolado. – Fala sua vadia! – gritou apertando mais seus dedos ao redor do pescoço delicado dela.
- Brian me mandou atrás de você, pois ele recebeu um pedido do FBI alemão, para se unirem para capturar o “Kaulitz problemático”, sabendo da sua fama de nunca resistir a um rabo de saia e a um par de seios fartos, eles precisavam de uma isca, e aqui estou.
Alice explicou todo o plano, enfiou as unhas nas mãos grandes e magras de Bill que ainda envolviam seu pescoço, e o sentiu ser apertado antes dele a soltar e se afastar.
- Bundespolizei! –Bill disse a ela – É esse o nome da policia especializada da Alemanha, onde Brian trabalhava. – Ele passou a mão em seu topete nervoso. – Nem mentir direito aquele animal sabe.
Alice deu de ombros, irritando mais Bill, ela tirou uma mecha de cabelo, colocando-o atrás da orelha dizendo a ele:
-Como você sabe que Brian estava mentindo?
–Simples, meu bem! – Bill sorriu forçado. - Brian jamais chegaria perto da BPOL, depois de tudo de errado que fez dentro da corporação. – disse - A BPOL nunca pediria nada a alguém como Brian. – Bill viu Alice baixar os olhos como se estivesse envergonhada por ter sido passada para trás. – Brian nunca recebeu ligação nenhuma e muito menos um pedido de ajuda para me capturar.
Alice sabia que Syn tinha mentido para ela sobre Bill, mas nunca imaginou que a mentira fosse nessas proporções gigantescas.  Acreditou nele quando disse que tinha sido procurado pelo FBI e essa merda de FBI alemão nem se quer existe. Estúpida... Mil vezes estúpida!
Bill a olhou e percebeu que Alice estava perdida dentro de suas dúvidas, conhecia muito Brian e sabia que para ter o que queria ele manipulava os seres humanos com mentiras e suborno.
-E as dezenas de pessoas que você matou e as crianças órfãs que você deixou? – Ela levantou a cabeça e perguntou ainda confusa.
- Todas as pessoas que eu matei nenhuma delas merecem ser chamadas de “pessoas” incluindo o pedófilo desgraçado do irmão dele, que o diabo o tenha.
-Syn nunca me disse nada sobre isso e eu também nunca questionei nada. – Alice disse se sentindo tão tola.
- Não questionou por que tenho certeza que enquanto ele me difamava, você devia estar com a boca muito ocupada para fazer qualquer tipo de pergunta útil.
-Que? – Alice olhou-o ofendida - Eu nunca fiz esse tipo de coisa com ele.
-Você realmente quer que eu acredite nisso? –Bill zombou.
-Eu nunca me entreguei a Syn do jeito que me entreguei a você! – se defendeu.
-Você foi embora naquela manhã para que ele entrasse em ação e finalizasse a missão. – Bill a olhou com desprezo - Parabéns pela sua competência e fidelidade.
Bill a aplaudiu. Alice abriu a boca para falar algo e a fechou, consumida de fúria.
Bill parou de aplaudir e com um único movimento a puxou para junto se seu corpo, Alice deu um pequeno gemido de dor, ao sentir seu pulso ser torcido bruscamente, obrigando-a a encará-lo, ele disse entre os dentes:
 - Vocês dois se merecem!
Bill sentiu a respiração descompassada de Alice em seu rosto, sentia o corpo dela colado ao seu, imediatamente sentiu ondas vindas da parte de baixo de seu corpo, traindo-lhe, ela desceu seu olhar para a boca carnuda e vermelha dele, então ele sentiu seu sangue borbulhar e teve certeza se não saísse daquele lugar, se não se afastasse dela, tudo se perderia.
 -Você me dá pena! – disse soltando-a e dirigindo-se em direção a porta.  –Quando eu voltar não a quero mais aqui!
Vendo-o se distanciar e ouvindo aquela última frase de Bill, Alice se deu conta que se quisesse o perdão dele, teria que agir e rápido.
-Eu não sabia dessa versão da história, Bill! – Alice gritou seguindo em sua direção e o segurando no braço. –Eu não tinha idéia.
Bill apenas virou a cabeça, baixando os olhos para a mão de Alice segurando o seu braço e logo em seguida, suspendeu o olhar lhe encarando, ainda com desprezo.
-Tivesse me perguntado, Alice! – disse puxando o seu braço com força, andando até a mesinha e apoiando suas mãos na cadeira baixando a cabeça, como se estivesse muito magoado e sofrendo por isso. – Eu teria lhe dito toda a verdade.
Ela mordeu os lábios ao vê-lo naquela posição, tão frágil. Que burra que ela tinha sido, tinha caído nas mentiras de Syn, tinha estragado mais uma vez a sua vida por ter sido tão fraca e ingênua.
Alice balançou a cabeça e andou até ele parando poucos centímetros do corpo de Bill.
- O que você queria que eu fizesse? – perguntou quase chorosa. – Ouço falar há tanto tempo de você, das coisas erradas que você fez, do mal que causou a todas essas pessoas. Eu acreditei que você era mesmo essa pessoa ruim, mesquinha e...
Bill se virou repentinamente e não tinha noção que ela estava tão próxima dele, esbarrando no corpo moreno e bem feito que ele conhecia tão bem e tinha se deliciado por diversas noites. Dando um passo para trás para separar e evitar um contato entre os corpos.
-Mesmo depois de tudo o que passamos, você ainda pensava dessa forma?  - Bill perguntou a fuzilando com um olhar dolorido.
-Eu não sei... Minha cabeça estava embaralhada.
-Não acredito mais em você! – Bill disse fechando os olhos e colocando as mãos no rosto, realmente cansado daquela discussão.
-É verdade! – Alice tentava convencê-lo – Eu acho que algo mudou aqui! – Ela bateu com força em seu peito.
-Pare de fingir! – Bill levantou um pouco o tom de sua voz.
-Não! – Ela gritou dando um passo em sua direção colando seus seios empinados no peito dele. –Eu não consigo mais mentir para você... Eu não posso mais fingir para você.
- Sai de perto, Alice! – Bill levantou os dois braços para não tocar nela.
-Bill eu me perdi no meio do caminho. – Ela fechou os olhos e encostou sua testa no queixo dele – Depois de um tempo, eu nem sabia em que direção tinha que seguir.  –Ela o tocou com suas mãos - Eu me senti no meio de um fogo cruzado onde eu olhava para os dois lados e via duas pessoas diferentes e que eu... Eu...
Alice falava e roçava seu rosto no dele. “Como é possível, como ela consegue fazer isso com o meu corpo...” - Bill pensou e tentou puxar para si um fio de resistência e a empurrou para longe fazendo Alice se desequilibrar e cair na cama.
-Duas pessoas diferentes e com certeza a parte mal dessa historia, sobrou pra mim!
Ela apoiou seus cotovelos no colchão e o olhou. Ele tinha razão.
- Eu também fui enganada, Bill!
-Foda-se! – gritou mais uma vez com ela – Quem mandou ser tão burra e ingênua. – Bill pegou a chave do carro em cima da mesa e pela última vez disse a ela:
-Suma da minha vida se não quer terminar como Brian.
Bill andou em direção a porta.
-Ele não vai sossegar enquanto te pegar e te matar! – Ela disse calma dessa vez.
Bill sorriu, mas não se virou para olhá-la.
-Agora quem não vai sossegar até matá-lo sou eu! – Ele disse mais calmo também.
-Deixa eu te ajudar! – Aquilo foi uma súplica
-Dispenso! – Bill foi curto e grosso.
-Eu sei tudo sobre ele! – Alice disse levantando da cama e aproximando-se dele.
-Isso eu não tenho dúvida! – Bill disse - Se quer ajudar, evapore!
-Puta que pariu eu estou aqui tentando pedir desculpas e tentando me redimir das coisas erradas que eu fiz – Alice subiu o tom de voz, nervosa – Deixa eu te ajudar, por favor!
-Guarde sua ajuda para o seu namoradinho! – Bill disse tirando a mão da maçaneta e virando para ela. A dor nos olhos cor de mel dele atingiu-a como uma lança cravada em seu peito.
-Ele não é meu namoradinho! – Alice disse desconcertada.
-Ok... Ele apenas comia!
Alice o atingiu na face direita e em resposta, recebeu um tapa bem mais forte na sua, fazendo-a ir de encontro a parede, quando ela olhou o viu de costas, sem conseguir pensar em mais nada para receber o perdão de Bill, olhou para a cama pegando a arma e seguiu em direção a ele.
Ela chutou a porta com o pé direito fechando-a bruscamente, entrando na frente dele e caindo seu corpo nela impedindo-o de abri-la. Bill a olhou assustado, com a mão esquerda ela ergueu a arma colocando-a na direção de sua própria cabeça e com a outra segurou a mão fina dele fazendo-o segurar a arma apontada para ela.
-Me mate! – disse a ele – Agora!
-Não seja idiota! – Bill tentou baixar a arma, ela não deixou.
-Eu estou implorando... Atira!
Ela engatilhou a arma para ele e continuou a olhá-lo fixamente.
Os olhos de Bill brilhavam e seus lábios estavam entreabertos, sua respiração era tão intensa, que Alice podia ouvir o ar entrando e saindo de suas narinas, agora dilatadas.
-Vamos Bill você tem a faca e o queijo na mão, tem apenas que cortá-lo e servir aos ratos!
Cada célula de Bill implorava para que ele atirasse, virasse as costas e a deixasse sangrando até a morte, um fim que lhe era digno e justo.
Porém, seu coração gritava bem mais forte, para que ela fosse perdoada e que uma nova chance fosse dada aquela mulher que tanto lhe fazia mal e ao mesmo tempo tão bem.
Ele desceu os seus olhos para os lábios dela e parou neles quando a viu umedecendo de leve. Bill desceu a arma lentamente até o cano parar no vale dos seios dela.
-Você sabe que eu nunca faria isso! – Bill confessou quase em uma rendição.
Alice tremeu ao ouvi-lo, então segurou o cano com uma mão e com a outra pousou no pescoço dele o acariciando forte e em seguida, devagar o trouxe para perto de seu rosto.
Antes de seus lábios se tocarem ela o ouviu dizer quase que em um doce sussurro:
-Eu devia fazer você sentir toda a dor que eu senti naquela surra.
Ela contornou a boca de Bill com a ponta de sua língua e disse a ele:
-Faça... Eu mereço!
-Não, Alice! – Ele fechou os olhos fugindo do olhar perverso que ela lhe lançava.
-Me faça sentir toda a dor... Acabe comigo Bill! – disse entreabrindo os lábios o convidando para o inferno.
-Pare! Isso não vai adiantar. – Nem ele acreditou quando a afirmação saiu de seus lábios.
-Vem, Bill! – Ela disse se aninhando no corpo magro como se fosse uma cobra enrolando-se em sua presa pronta para dar o bote, fazendo Bill fechar o olho pesadamente, excitado.
-Não quero me sentir assim... Não posso... Mas você é demais... Demais para que eu resista.
Não tinha como ser forte e não resistir às investidas certeiras de Alice, ela era uma predadora nata! O moreno fora de controle procurou a boca dela com urgência, esfomeado.
Alice recebeu a língua dele e gemeu de prazer, sugando-a para dentro de sua boca e entrelaçaram em uma dança perigosa e sensual.  O cheiro do desejo sexual entre eles exalou por todo quarto e os incendiou de uma forma animalesca.
Bill deixou a arma cair em seus pés, quando a morena sugou o seu pescoço e lhe deu uma pequena mordida, ela ouviu um pequeno gemido sair da boca de Bill, que a fez enfiar os dedos nos cabelos negros dele e massagear com as pontas dos dedos, o couro cabeludo dele.
- Eu mataria por você...
Ela sussurrou na orelha dele, lambeu o lóbulo e depois passou sua língua pelo queixo dele, fazendo-o gemer um pouco mais alto.
-Eu morreria por você...
-EU deveria ter te matado! – Ele disse quando escorregou as mãos para as nádegas e as apertou com desejo.
- Eu quero você!
-Você realmente me quer?
-Quero... Morta ou viva! – ela disse beijando-lhe o peito e depois o queixo.
-Eu te odeio pelo que você faz comigo! – Ele murmurou.
-O que eu faço exatamente?
-É como se eu estivesse dentro de um furacão. – Bill a segurou e a beijou dessa vez com paixão, como se ele precisasse de cada gota de saliva dela para manter-se vivo dentro daquele quarto. – E mais que eu tente fugir, ele me persegue.
-Me puxe para dentro dele com você e deixe que ele nos leve, nos envolva, nos torture e nos julgue por todos os nossos pecados...
Um último olhar, antes da sanidade evaporar por cada poro de suas peles sedentas e desesperadas um pelo outro. Pressionou na parede, Bill sabia que era errado. Mas, então ela começou a beijá-lo tão perigosamente, que explodiu, se entregando por inteiro as caricias audaciosas de Alice.
Quando ela arqueou sua pélvis e roçou descaradamente no volume entre as pernas dele, o provocando e o excitando, Bill percebeu que recusar ao charme, ao toque e ao corpo de Alice era algo impossível, algo além do pensamento e da razão.
Bill retirou o vestido dela desesperado e depois com apenas um puxão arrancou-lhe a micro calcinha.  Afastou-se um pouco do corpo moreno e a observou com saudade, pois não a tocava mais de uma semana.
Enquanto ele a admirava, ela soltava o cinto e abaixava calça jeans deixando-o de boxer e camiseta.
-Eu preciso falar de como eu senti falta disso...
Alice sussurrou quando Bill se juntou a ela novamente e com a ponta da língua contornou o caminho dos ombros até chegar ao pescoço dela, lhe mordendo com força, fazendo-a gemer alto de dor e sentir seu corpo render-se quase por inteiro aos toques de Bill.
-Está tudo errado...
Bill gemeu baixo, afundando seu rosto nos sedosos cabelos castanhos de Alice, quando ela lhe tocou por cima da boxer preta, ele apoiou suas mãos abertas na parede, certo que suas pernas trêmulas e fracas, lhe entregariam.
-Esqueça e deixe isso dentro de nós... Queimar... Devagar!
Foi a vez dela unir seus lábios nos dele e o beijar com desespero, Alice esmagou seus seios no peito de Bill, e com sua língua explorou-o sedutoramente, até ouvir um gemido de rendição dos lábios sufocados e inchados dele.
-Alice...
Ele respirava com dificuldade, as mãos deles passeavam pelo corpo nu dela, quando elas seguraram o pescoço de Alice com força, ela o encarou, ele passou as mãos para o rosto acariciando-a baixando até chegar aos seios, ela pendeu a cabeça para trás em total abandono.
Não podiam mais esperar um segundo.
Alice segurou o elástico da boxer e quando forçou para baixá-la, as mãos magras de Bill a deteve. Ele a olhou e então percebeu o que ela estava fazendo mais uma vez.

-Você esta fazendo de novo! – Ele a olhou – Como uma feiticeira!
-Bill...
-Cale a boca... - Bill gritou balançando a cabeça como se tentasse que a voz dela não entrasse em sua cabeça, ou talvez em sua alma

Alice o olhou sem entender e ele, colocou sua mão no braço dela e apertou-a dirigindo para a porta abrindo-a e sem falar nada a jogando no chão do corredor, nua.
Ela o olhou com os olhos marejados e ouviu a porta do quarto de Tom e Lara se abrirem.
-Meu Deus, Alice! – Lara imediatamente tirou o seu casaco que vestia e jogou em seus ombros.
Tom olhou para Bill que apenas olhava a cena, parado na porta de camiseta e boxer.


-Tudo bem, Lara! – Alice se levantou vestindo o casaco – Minha hora já deu! – Ela olhou para Bill, baixou a cabeça e andou até o fim do corredor, descendo as escadas, apenas de casaco e descalça.
Bill olhou Tom e Lara, ainda calado entrou no quarto batendo a porta com raiva.


Alice passou pela recepção recebendo todos os olhares curiosos, ela não olhou para ninguém. A porta abriu automaticamente e ela saiu para rua e sentiu as gotas geladas caírem em seu rosto, como se sentisse observada, olhou pra cima.
Bill estava na janela e quando a viu abriu-a e colocou a bolsa vermelha de dinheiro dela para fora, como se fosse lhe jogar. Ela o olhou triste, baixou a cabeça virando-lhe as costas e partindo pelas ruas do centro da Califórnia, sem nada!

Era possível dois corações se reconhecerem no espaço de tempo de um único batimento cardíaco?
Não, não era possível!  Já que nenhum dos envolvidos possuía sequer um coração...

Postado Por: Grasiele

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