sexta-feira, 8 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 6

                                Eu estou aqui... faça o que quiser comigo!

Eu cheguei em casa com tanto ódio, tanto ódio, que ao jogar minha mochila em qualquer canto ela voou pela janela.
Mila: Merda, que fique la em baixo então.
Eu tentava tirar a imagem dele, e dela sorrindo da minha cabeça mas eu não conseguia. E só ficava pior a cada segundo. Fiquei imaginando as piores coisas. O caminho daquela camisinha, da lojinha até a buceta daquela filha da puta. Eu coloquei as mãos na cabeça e tentei me acalmar. O que você acha que ta fazendo Mila? Sua ridícula. Ele ta la agora enchendo a cara com aquela vagabunda e na cama com ela.

Mila: Que trepe até morrer.
Fui tomar meu banho e descer pra jantar. Já mais controlada, pude conversar sobre meu primeiro dia na escola com minha tia.
Angela: O que foi Mila? Você parece estar chateada.
Mila: Só estou com um pouco de dor de cabeça, o dia foi puxado, eu não estava acostumada a acordar tão cedo.
Terminei de comer e fui para o meu quarto dormir. Só apaguei depois de pensar muito em tudo que havia acontecido hoje.
Na escola, Monica veio perguntar porque eu estava tão sem paciência para fazer os deveres e conversar. Tentei ser educada, mas não falei muito do porque.
Monica: Ok, quando você quiser falar algo é só avisar.

Eu não podia falar nada para ela sobre o que estava acontecendo. Mas poderia tentar descobrir que tipo de sentimento ela, uma adolecente tinha pelo Tokio Hotel.
Mila: Monica, você conhece a banda Tokio Hotel não é? Eles são super famosos aqui.

Ela sorriu antes de responder.
Monica: Nossa, muito, já fui muito fan. Digo, eu gostava desde 2005, quando a banda começou, foi logo depois do Comet que eles ganharam aqui, que estouraram pra valer sabe.
Mila: Mas você não é mais fan?
Monica: Haaa, sou, eu gosto bastante deles ainda. Mas respeito muito mais hoje em dia, tipo, gosto das musicas e do estilo deles, mas não vivo correndo atrás não, eu nunca fui muito disso.

Ok, o que pensar sobre isso então. Ela agiria da mesma forma se soubesse que eu estive com o Tom? Que falei com ele? Que estive no estúdio da banda? Era é melhor eu ir com calma.
Quando eu e minha tia voltávamos da escola, já na nossa rua o carro dele passou pelo nosso, e entrou na rua que levava ao estúdio mais a frente. Eu comecei a suar e tremer. Eu tinha que ir até la, não podia passar de hoje.
Cheguei em casa e subi para deixar minha mochila. Desci de ténis mesmo, sem patins e fui para rua dar uma volta, foi o que disse a minha tia. Corri com toda a rapidez que pude até o estúdio. Quando fui me aproximando dimininui o ritmo. O carro já estava parado na porta, então me sentei na calçada e fiquei la esperando. Graças a Deus não havia ninguém nem nenhuma fan andando por la.
Acho que esperei quase duas horas ali, até ele sair pra fora, mas não estava sozinho, Georg estava com ele. Os dois foram até o carro de Georg para ele mostrar algo a Tom. Fiquei esperando ele me ver ali. Ele se virou para voltar junto de Georg e então me viu sentada na calçada. Meu coração deu um pulo.
Ele falou algo com Georg, que olhou para mim. Tom foi até o carro e entrou, ele estava vindo até mim.
Enquanto o carro contornava o jardim, eu tentava me manter equilibrada e calma. Ele parou o carro preto a alguns metros de mim e abaixou o vidro.

Tom: Entra ai!
Eu abri a porta e entrei rapidamente, ele sem falar nada deu partida no carro. O que ele tinha na cabeça? Ele mau me conhecia, mas parecia ficar a vontade ao meu lado, e eu apesar de ridiculamente nervosa me sentia confortável ao lado dele tambem.
Só depois de alguns metros foi que ele falou algo.

Tom: Pensei que iria continuar fugindo de mim, como fez antes.
Mila: Eu não estava fugindo de você.
Tom: Ok, não estava!
Mila: O que você estava fazendo ontem no posto de gasolina?
Soltei de uma vez, não consegui enrolar mais. Ele olhou pra mim intrigado.
Tom: Como você sabe que eu estava la?
Mila: Eu tambem estava la, no carro.
Tom: Com quem?
Mila: Você não me respondeu.
Tom: Porque eu deveria?
Mila: Ok, para o carro.
Eu segurei na porta para sair, mas ele me segurou no braço freiando o carro bruscamente.
Tom: Fui comprar algumas coisas, o que tem demais nisso?
Eu olhei pra ele com vontade de lhe dar um soco. Ele sabia do que eu estava falando, mas estava ignorando o que havia acontecido cinicamente. Percebeu que eu estava com ciumes, e estava rindo de mim.
Tom: Você esta com ódio de mim! - Isso não foi uma pergunta, ele viu nos meus olhos.
Mila: Não! - menti.
Tom: Eu estou aqui, faça o que quiser comigo.

O que? Ele estava achando graça do meu possivel descontrole por estar morrendo de ciumes. Eu não estava com ciumes, só não gostava de ser feita de idiota.

Eu engoli seco e tentei abrir a porta para sair, ele me puxou com toda força e me beijou com tanta vontade, que perdi todos os movimentos do meu corpo. Senti um tranco tão forte quando ele me puxou, que eu parecia uma criança sendo sacudida. Seus lábios grossos eram intensos, pareciam querer me devorar, deixei ele me beijar por quanto tempo quisesse, e assim ficamos. Percebi que gemíamos com o beijo, todo tempo, parecia doer, queimar. De repente todo o meu corpo desejava mais, desejava o inteiro. Suas mãos eram urgentes por todo o meu corpo. Eu só pensava que jamais poderia escapar dali, daquele carro, ele não deixaria. Nossos corpos pareciam um só, tocando todo o meu corpo com o dele.
Toquei no meio das suas pernas e senti o quanto ele já estava excitado. Eu não poderia ficar mais ali, porque concerteza eu estaria transando com ele daqui a segundos.

O joguei com toda força para trás e encolhi minhas pernas que estavam envoltas na cintura dele, para tentar sair dali. Seus olhos queimavam por mim, os encarei até conseguir abrir a portar e correr. Suas mãos foram rápidas ao tentar me impedir de ir embora, mas eu fui mais, e corri pela rua até em casa completamente descontrolada por dentro.
Não ousei olhar para atrás, ele poderia achar que mudei de ideia, e correr atrás de mim. Entrei em casa batendo a porta e subi. Minha tia tentou falar comigo, mas eu não podia parar para ouvir, eu estava em estado de euforia.

Me joguei na cama, coloquei o travesseiro entre as pernas e encolhi até a altura da boca. Mordi tanto o travesseiro que consegui rasga lo. Minha respiração não voltava ao normal. Abri todas as janelas do quarto e fui para o chuveiro tomar um banho.
Comecei a colocar a cabeça e todo o corpo no lugar, a agua quente me acalmou, mas não livrou meus pensamentos dele. Toquei minha boca que ele havia beijado com todo o fervor e sorri.

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