sábado, 3 de agosto de 2013

Apenas Você - Capítulo 27

Eu entrei no quarto e o Tom veio logo atrás de mim, entrou e fechou a porta, sentamos na minha cama, um de frente para o outro.
Eu não sabia ao certo o que dizer, foi um ato bastante corajoso se atirar na frente de um carro na tentativa de me livrar do acidente, acabamos por nos acidentarmos os dois, bom, se o Tom não tivesse feito o que fez, não sei se estaria aqui agora, olhando pra ele.
- Olha, você tinha que ter acreditado em mim... -ele começou a falar ao ver que eu não dizia nada, apenas o observava.
- Não, você não tem que se explicar. -falei segurando o seu rosto. - Eu não confiei em você, estava de cabeça quente, devido à festa que você foi. -soltei o rosto do Tom e deixei minhas mãos como estava antes, uma na minha perna e a outra apoiada na cama.
- Claro... -Tom sorriu confuso e abaixou a cabeça. - Eu não trocaria você por nenhuma outra garota. Você ouviu muita coisa sobre mim, coisas que eu fazia, tinha que entender que com você era diferente, eraapenas você e mais ninguém. -ele me encarou.
- Me desculpe. -lágrimas teimosas deslizaram sobre o meu rosto.
Tom tocou meu rosto, enxugando as lágrimas com o polegar. Eu entrelacei nossas mãos.
- Não chora minha Danny. -ele me abraçou.
Era incrível a segurança que eu sentia quando o Tom estava junto a mim, o seu toque me acalmava de todas as formas.
- Obrigada. Se não fosse você, eu nunca mais poderia te abraçar assim. -falei baixinho.
Senti que ele sorriu então me abraçou mais forte. Tom soltou-me, me olhou ainda sorrindo e me beijou, era um beijo apaixonado, cheio de significado. Eu o puxei pra mais perto de mim e o beijo começou a ficar descontrolado, suas mãos tocavam as minhas pernas de cima abaixo, inclusive as coxas, levantando o vestido que eu usava. Subi por completo na cama e o puxei para cima de mim. Puxei sua camisa na tentativa de tirá-la e Tom gemeu.
- Desculpa. -ele falou saindo de cima de mim e sentando-se na cama.
- O que foi? -perguntei me mexendo e ficando sentada.
- Minha costela... -ele levantou a camisa e me mostrou o local machucado. - Não posso me esforçar. -ele falou decepcionado.
- Hum. -eu sorri pela expressão dele. - Não precisa se esforçar... -dei um sorriso malicioso e o ajudei a tirar a camisa. - Eu fico no controle. -mordi o lábio sensualmente e o empurrei fazendo com que ele caísse sobre a cama.
Tom me olhou curioso e brincou com o piercing, em seguida riu e descansou a cabeça na cama. Comecei a distribuir beijos pelo seu abdômen, passando pelo tórax até chegar a sua boca, nos beijamos intensamente.
- O que está fazendo aqui? Sai da minha casa, agora! -minha mãe gritava no andar de baixo.
Parei o beijo, Tom e eu nos olhamos assustados. Será que depois do que fez o Namur ainda tem a coragem de aparecer aqui?
- Ah, desgraçado. -Tom apertou as mãos com força, eu saí de cima dele e me levantei.
- Não acredito que ele teve a coragem. -falei indignada, o Tom levantou-se e eu o ajudei a vestir a blusa.
Dei uma arrumada no meu vestido e saímos do quarto, descemos as escadas rapidamente e nos deparamos com a cara cínica do Namur, assistindo TV, enquanto minha mãe vinha da cozinha com um cabo de vassoura para atacá-lo.
- Olha só quem está aí. Pensei que tivesse morrido, andei observando o quarteirão e nem sinal da bonequinha. -ele ergueu uma das sobrancelhas. - Oh, estavam no quarto, que lindo... -ele riu escandalosamente. Minha mãe tentou ir até ele, mas o Tom a segurou.
- Se não sair daqui agora, eu chamo a polícia. -Tom falou, seu olhar era de raiva e revolta.
- Chama o que você quiser, a polícia, o FBI, o diabo a quatro. Já peguei tua gostosa mesmo. -o Namur levantou-se e desligou a TV.
Eu não acredito no que ele acabou de falar, parecia está drogado. É só pra foder a minha vida mesmo, inventar uma história dessas... Tom me olhou esquisito e franziu a testa.
- Sai da minha casa, seu mentiroso. -peguei o cabo que minha mãe segurava e corri para bater nele.
- Tá bravinha por quê? Você gostou... Implorou por mais. -ele mentia descaradamente, minha mãe o olhou incrédula.
- Para com isso. Não é verdade. -gritei, minha mãe não dizia um palavra se quer.
- JÁ CHEGA! -Tom explodiu.
Ele caminhou até o Namur e o segurou pela gola da camisa.
- Olha bem o que você fala da Danny, eu sei de tudo o que você falava pra ela velho miserável. O que você tem? Remorso por não ter a chance de agarrá-la, você vai ver o sol nascer quadrado. -Tom cuspiu as palavras na cara dele, deu-lhe um soco e ele caiu no chão.
- Ela foi minha. -disse caído no chão em seguida gargalhou, até parecia que estava possuído por um demônio. Tom chutou a barriga dele, que começou a tossir.
Minha mãe começou a chorar e correu pra cozinha, atrás do telefone. Eu estava aliviada, fiquei com medo do Tom acreditar nas palavras mentirosas do Namur. Comecei a chorar e corri para abraçar o Tom, ele correspondeu, mas estava observando o Namur caído no chão, seu pensamento estava longe.
Logo minha mãe voltou da cozinha e sem chorar, ela me abraçou. Parecia está arrependida de ter posto um homem como o Namur dentro de casa. Ouvimos o barulho do carro da polícia, minha mãe abriu a porta e os policiais entraram, levantaram o Namur e o algemaram, levaram ele pra viatura. A rua estava repleta de curiosos.
- Vai pro seu quarto, depois conversamos. -Tom disse sem olhar nos meus olhos, eu estava com medo, medo dele não acreditar e mim.
Subi pro meu quarto e uns policias ficaram conversando com o Tom e com a minha mãe. Tomei um banho, coloquei uma roupa mais leve e deitei na cama, fiquei a chorar. Depois de um tempo, ouvi batidas na porta.
- Entra. -falei enxugando as lágrimas e sentando-se na cama.
Já era noite, Tom acendeu a luz, olhou pra mim e sorriu.
- Sua mãe me pediu que eu conversasse com você, ela disse que não está disposta e foi pro quarto, amanhã ela conversa contigo. -ele falou com a voz doce.
- Tudo bem. -olhei pro lado, tentando esconder a minha cara de choro.
- Está chorando? -ele trancou a porta, riu e sentou-se junto a mim. - Danny, alguma vez você me deu motivos para não acreditar em você? -balancei a cabeça negativamente.
Tom entrelaçou nossas mãos, eu o encarei e sorri, ele sorriu em resposta.
- Tom, eu... -pensei em pedir desculpas e dizer o quanto fui idiota achando que o Tom não acreditaria em mim e sim num ser doente como Namur, mas fui interrompida por um beijo.
- Não diga nada, vamos começar de novo. -ele sorriu com malicia e me puxou pra mais perto de si, beijando o meu pescoço.
Eu o abracei e mentalmente desejei que todas as coisas ruins que tivemos que enfrentar, ficasse pra trás. O meu maior pesadelo chegou ao fim, só quero uma vida mais feliz, ao lado do meu amor.

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