sábado, 3 de agosto de 2013

Apenas Você - Capítulo 25

Minha cabeça trabalhava sozinha enquanto eu fingia está observando a explicação do professor.
Primeiro, a Danny acha que eu sou um completo cafajeste, eu posso até ser, mas trair ela? Eu nunca fiz isso. De acordo com o Bill eu devo voltar atrás e pedir desculpas, mas desculpas de quê? Foi ela mesmo que fez a merda toda. O Georg disse que eu dava motivos pra ela ter ciúmes e não acreditar em mim. Ir a uma festa sozinho com os amigos é lá motivos pra ter ciúmes? Bom, o Gustav disse que as mulheres são muito emotivas. Ela estava se desmanchando em lágrimas, porque viu uma coisa e interpretou errado.
Colocando-se no lugar dela, eu realmente não queria vê-la abraçada a um homem desconhecido, isso me lembra o Namur, me dá nojo. Eu a amo. Não sei realmente o que isso significa, mas é intenso... Baixei a cabeça.
- Decidiu? -perguntou-me o Gustav, levantei a cabeça, ele me olhava esperando uma resposta.
Já não havia mais ninguém na sala, o tempo tinha passado tão rápido, avistei apenas o Bill guardando o material e o Georg se olhando num espelho pequeno... Que coisa gay!
- Oh meu saco! Pra alegria de vocês, eu vou lá conversar com a Danny...
- Uhu! -eles comemoraram.
Puta que pariu porque comemoraram? Os lancei um olhar mortal.
- Mas... -disse elevando o tom de voz. - Se ela insistir em me acusar eu não volto mais atrás, mesmo querendo que ela fique sempre ao meu lado. -conclui e o Bill me olhou meigo.
- Ótimo. -disse o Georg sorrindo abertamente. - Não se esqueça de me agradecer por ter encontrado a mulher da sua vida. -mas é muito convencido mesmo.
- Eu a vi primeiro, ta? -respondi baixando a bola dele.
- Eu te incentivei a correr atrás, ta? -retrucou.
Definitivamente, o Georg tinha que meter o nariz onde não é chamado. A minha intenção era passar uma noite com a Danny, tive que ir além pra consegui isso e nessa brincadeira, fui fisgado pelo que costumam chamar de... Paixão.
- Um dia vou me arrepender por isso, mas vamos lá. -levantei, peguei minha mochila e saí da sala.
Os outros três aplaudiram. É, são retardados o bastante para comemorar o “suicídio” do amigo e
irmão. Assumir pra uma garota que a ama é, definitivamente, atirar-se de um penhasco.
Já fazia uns dez minutos que o sinal havia tocado, talvez a Danny já tivesse ido pra casa, isso me deixou ansioso. Que porra é essa que está acontecendo comigo?
Continuei andando até sair daquele lugar um tanto assustador que chamavam de faculdade. Avistei a Danny um tanto longe de mim, parada, conversando com a Sam. No meio do caminho, eu parei, iria esperar a Sam afastar-se dela pra eu me aproximar.
- Vai Tom. -disse o Bill, me incentivando.
Era bem capaz de que quando eu chegasse lá fosse espancado, pelas duas, uma se vingaria pela suposta traição e a outra por ter “magoado” sua amiga.
Espera... É isso mesmo Deus? Estou com medo de ser espancado por mulheres? Ah, Tom Kaulitz você não está no seu juízo perfeito. Se é pra se foder, se fode logo de uma vez.
Aproximei-me das duas, mantendo minha cara cínica. Danny olhou pra Sam e em seguida olhou pra mim, ela ainda estava com uma carinha de choro, enquanto a Sam me fitava incrédula.
- Preciso falar com você, é importante e... Temos que esclarecer umas coisas. -minha voz saiu fraca.
- Ela não tem nada pra conversar com você. -disse a Sam, seca.
A Danny não teve tempo nem de pensar, ou dizer alguma coisa.
- Acho que estava falando com a minha namorada. Com licença, sol brilhante. -ela usava um vestido amarelo, tão brilhoso que chegava doer os meus olhos, dei de ombros pra Sam, a Danny apenas me observava.
- Você quer dizer, ex-namorada. -ela sorriu falsamente, debochando de mim.
- O que você quer, hein? O Bill não te deu ontem não? -falei irritado.
- Tom eu... -a Danny começou a falar, mas antes dela completar a frase a Sam a puxou pelo braço, furiosa.
- Sam, para de puxá-la. -gritei.
- Sam, me solta. - dizia a Danny tentando soltar-se da Sam, que estava apertando seu braço.
Naquela briga toda, Sam acabou puxando a Danny pro meio da rua e elas iniciaram uma discussão. Eu apenas observava tudo, não conseguia entender o que elas diziam e se eu me aproximasse , sairia estapeado.
- São loucas, brigando no meio da rua. -disse o Bill, eu nem havia percebido que os meninos estavam na calçada, ao meu lado.
- Ah, não! -Gustav exclamou, levando as mãos a cabeça.
Rapidamente eu olhei na direção em que ele olhava e aquilo me fez cair na real, briga no meio da rua, rua, carro, pessoas... Caralho!
O carro branco estava cada vez mais próximo delas, que não perceberam, ou estavam dopadas, provavelmente pela minha beleza, enfim... Vendo aquela cena, algumas pessoas na rua ficaram sem ação, umas gritaram e outras levaram às mãos a cabeça, em desespero.
Eu não sei como, mas por impulso eu corri, era como se alguma coisa tivesse me empurrado, me dado os poderes do “super-homem”. Corri tanto que cheguei a não sentir minhas pernas, em questão de segundos eu senti uma batida forte em minhas costelas, o impacto me jogou longe e eu segurava a Danny, com muita força, caímos no asfalto.
O carro passou como um jato. Senti um frio na barriga quando a brisa quente dos pneus tocara o meu rosto. Olhei pro lado e vi a Danny com o pulso machucado, ela tinha um ferimento na cabeça também e estava sangrando muito.
Tentei erguer minha mão para tocar o seu rosto e dizer que iria ficar tudo bem, mas fui repreendido por uma dor insuportável, havia um corte fundo em meu braço. Grunhi.
- Vai ficar... Tudo bem. -disse com a voz fraca.
Danny me olhava, não conseguia falar nada, ela respirava com dificuldade. Apenas sorriu fraco e fechou os olhos.
- Droga! Cadê a ambulância? -comecei a ouvir o grito das pessoas.
- Não toquem neles! -outro gritava.
Ergui um pouco a cabeça a fim de localizar a Sam, ela estava caída, eu não lembro muito bem se a empurrei junto com a Danny, foi tudo tão rápido. Seu vestido amarelo estava sujo de sangue e ela estava desacordada.
Não consegui ouvir mais nada, lentamente estava perdendo os sentidos, vi tudo girar em minha volta, de repente, tudo escureceu.

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