sábado, 3 de agosto de 2013

Apenas Você - Capítulo 26

[Danny]

- Oh meu Deus! Ela está acordando. -disse uma voz familiar
Senti meu pulso latejar e minha cabeça queimava num determinado local, a única coisa que me veio à mente foi o carro, branco, como no pesadelo que eu tive dias atrás. Apenas senti algo me segurando pela cintura, foi tudo tão rápido é impossível saber onde e como você se machucou, lembro-me de ter caído e o Tom me disse que iria ficar tudo bem, ele também estava machucado, eu me controlava para não gritar de dor, logo fui perdendo os sentidos e tudo escureceu.
Abri os olhos e observei o local, era um quarto branco, uma janela dourada que era coberta pelas persianas brancas, havia uma agulha enfiada na minha mão me enviando o soro que estava do lado, isso tudo é horrível, tentei levantar, mas estava fraca pra isso.
- Mãe... -disse quando meus olhos encontraram o rosto dela olhando pra mim.
- Meu amor, que bom que você acordou eu já não agüentava mais.
Minha mãe sorriu demonstrando toda a sua felicidade. Logo veia uma moça que eu acredito ser a enfermeira ela tirou o soro e saiu. Em seguida o médico veio dar uma olhada em mim. Depois ele comentou algo com a minha mãe e disse que eu estava bem e que precisava descansar.
- Por quanto tempo eu dormi? -perguntei curiosa.
- Quatro dias.
- O que? Onde está o Tom? ... E a Sam? -falei preocupada, quase gritando.
- Calma Danny! O Tom está bem, levou um corte fundo no braço e fraturou uma costela...
- Como ele está bem desse jeito? -gritei.
-... Já teve alta do hospital. -quando ela terminou, eu soltei todo o ar que havia prendido.
- Que bom, eu quero vê-lo. Mas... E a Sam? -perguntei.
- Eu não sabia que ela estava grávida e infelizmente, perdeu o bebê.
- Não... -disse incrédula. - O Bill deve está arrasado. Eu quero vê-los mãe, por favor.
- Você vai ficar mais um pouco aqui, logo terá alta. -me deu um beijo na testa e saiu do quarto onde eu estava.
Logo veia a enfermeira mais uma vez, ela trouxe materiais de higiene pessoal e perguntou se eu queria ajuda pra tomar banho, que saco, me senti um bebê, mas não poderia forçar o meu pulso machucado.
Depois do banho eu vesti um vestido amarelo, bem leve e umas sapatilhas na cor branca, provavelmente minha mãe que trouxe. A enfermeira me ajudou a prender os meus cabelos, eu estava ansiosa, não via à hora de sair daquele lugar.

Na casa dos Kaulitz’ [Tom]

- Mãe não precisa de remédio nenhum. -disse.
Eu estava esparramado no sofá, na sala de minha casa. Estou com um corte no braço, este levou vinte pontos e quase não sinto dor na costela que fraturei. Acabei de receber a melhor notícia dos últimos dias, a Danny finalmente acordou e já está a caminho de casa. Não vejo a hora de vê-la, de tocá-la... Depois do que eu fiz com ela, mereço no mínimo que ela seja minha, outra vez.
- Como não precisa? Passou a noite inteira gemendo de dor. -disse minha mãe, me entregando um copo com um líquido amarelado dentro, aquele remédio era horrível.
- Tom, a Danny acabou de chegar. -disse o Bill adentrando a casa e sorrindo abertamente.
O Bill não parecia muito abalado com a perda do filho, no primeiro dia ele ficou bem triste, chorou e tudo. Se Deus existe, que ele me perdoe, mas por um lado foi melhor. O Bom é que a mãe da Sam não ficou sabendo de nada, Bill falou com os médicos e a notícia só foi dada a ele, os exames da Sam estão guardados aqui em casa. Por falar nisso, eu preciso falar com o Bill pra ele jogar isso fora, se a dona Simone achar essas coisas aqui, não vai gostar nada de saber que quase foi avó.
- Você a viu? Ela está bem? -perguntei visivelmente ansioso.
- Ela tem que descansar. Mas, pediu que você fosse vê-la. -disse a Sam, vindo logo atrás do Bill.
Bom, a Sam chorou oceanos por causa do filho, mas logo se conformou. Eu claro, dei minhas palavras de apoio, na cara dura... “Vocês são jovens, tem muito que viver e transar, ainda tem muito tempo pra planejar uma família. Da próxima vez, vão sem pressa e se previnam.” Isso fez com que eles rissem, não agüentava mais aquela melação toda.
- Eu vou vê-la, agora. -abri o meu melhor sorriso, também era uma ótima desculpa para me livrar do remédio.
Levantei-me, e abri a porta para sair...
- O remédio. -disse minha mãe com a voz autoritária, isso me fez parar imediatamente e virar-se, ela tem esse dom. Peguei o copo e o virei instantaneamente na boca, engoli rápido tentando não sentir o gosto, impossível.
- Satisfeita agora? -ela sorriu, o Bill e a Sam soltaram risinhos baixos. Fui a casa da Danny, sempre sou recebido gentilmente pela minha sogra, ainda mais agora que eu abri os olhos dela... É ótimo se ver livre do Namur.

Casa da Danny’ [Danny]

Ao chegar a casa vi o Bill conversando com a Sam no jardim da casa dos Kaulitz, eles logo vieram ao meu encontro, me abraçaram, perguntaram se estava tudo bem comigo, eu logo perguntei pelo Tom e pedi para que ele viesse falar comigo. Eu disse que sentia muito pelo filho deles. Sam e Bill estavam tão felizes, nem parecia que tinha acabado de perder um filho.
Eles foram embora e eu entrei em casa junto com a minha mãe. Estranhei, pois o Namur não estava em casa, isso me deixou feliz.
- Mãe, onde está o Namur? -perguntei, tendo a certeza de que aquele ser não estava mesmo ali.
- Tom contou-me tudo... E a noite, no dia do acidente eu cheguei em casa arrasada e pronta para terminar tudo com ele. Bom, foi diferente...
- Como assim? -arregalei os olhos e sentei-me no sofá, estava interessada no assunto.
- Ele estava me traindo, quando vi aquela cena nojenta, bem na minha sala a minha vontade foi de esganar aqueles dois... Eu o expulsei de casa e ele apenas saiu como um cachorro, e sumiu estrada a fora, junto com a vadia que estava com ele. -ela falou com os olhos lacrimejando, minha mãe amava aquele idiota de verdade.
Pelo visto, Tom não contou sobre o que o Namur me dizia, melhor assim. Não queria ver minha mãe mais magoada do que já estava. A campainha tocou, para disfarçar as lágrimas teimosas, ela levantou-se rapidamente e abriu a porta, era o Tom.
Minha vontade foi de pular no pescoço dele e matar toda a saudade que estava sentindo. Eu sorri ao vê-lo. Nem reparei no que eles falaram logo minha mãe desapareceu dentro de casa e o Tom aproximou-se de mim.
- Não me olha, estou horrível. -falei divertida, escondendo o machucado em minha testa.
Tom riu abertamente e sentou-se no sofá, ao meu lado, notei o machucado em seu braço, quem não notaria? É enorme. Levemente encostou nossos lábios e me beijou intensamente, que saudades eu estava de sentir o seu toque, seu gosto, seu beijo.
- Você está bem, amor? -era visível a preocupação dele comigo.
- Você está comigo agora. -falei e ele sorriu. - Vem, vamos conversar no meu quarto.
Eu segurei na mão do Tom e o puxei, subimos pro meu quarto. Agora, tínhamos muito que conversar, esclarecer e da minha parte, agradecer. 

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