sábado, 3 de agosto de 2013

Apenas Você - Capítulo 23

Entrei em casa, conversei um pouco com a minha mãe e depois subi pro meu quarto, tomei um banho e vesti-me confortavelmente, a peste do Namur não estava em casa, ainda bem. Prendi o meu cabelo num coque mal feito e tentei não pensar no Tom, coloquei os fones de ouvido e concentrei-me na música que estava tocando. Foi em vão. Mesmo assim, adormeci...
- Ela é sua filha e você não manda nela? -a voz alta e irritada vinda do andar de baixo.
- Ela tem 18 anos, é dona do próprio nariz. -minha mãe falou no mesmo tom de voz.
- Se aparecer grávida depois, vem chorar pra mamãezinha. -a última palavra soou em tom de deboche.
Então é isso mesmo? O Namur se intrometendo na minha vida mais uma vez? Levantei um pouco tonta e abri a porta, corri descendo as escadas.
- Cale-se! -gritou minha mãe e eu ouvi um estalo, ela bateu nele?
- O que está acontecendo aqui? -perguntei chegando à sala de estar, minha mãe me olhou um tanto assustada e o Namur havia baixado a cabeça, disfarçou mexendo no nariz, passou por mim e foi em direção a cozinha.
- Uma pequena discussão... Coisa de casal. -disse minha mãe, dando-me um beijo na testa e indo atrás do Namur.
Minha cabeça começou a trabalhar sozinha, conto ou não conto? Eu tinha medo, medo do que o Namur era capaz, minha mãe mal conhece esse cara, pra falar a verdade eu nem sei como eles se conheceram. E se ele nos fizesse algum mal? Ameaçasse ou algo assim? Fui até a cozinha ver o que se passava. Estava tudo como antes, parecia que eles não haviam discutido minutos atrás.
Bom, já era hora do jantar, eu não estava com fome, mas sentei-me a mesa e fiquei a observá-los. Minha mãe pôs a mesa enquanto ele a observava com um olhar de lobo faminto, ele me causava nojo. Em seguida minha mãe sentou-se a mesa de frente pro Namur. Começaram a comer sem dizer uma palavra, pareciam não notar a minha presença alí.
- O jantar está uma delícia, amor. Já disse que você cozinha muito bem? -o cara de pau disse, quebrando o silêncio.
Isso fez com que minha mãe olhasse pra ele e sorrisse timidamente, mesmo que forçado. Eu não acredito que ele vai comprá-la elogiando a comida.
- Comprei. Não estava com cabeça para fazer o jantar hoje. -disse seca.
Nesse momento o Namur deu uma leve tossida, pareceu se engasgar e logo tomou um gole da bebida que estava ao seu lado. Eu queria rir da cara dele até amanhã, mas me controlei e continuei séria.
- O que acha de sairmos, depois? -disse o velho depois de um tempo.
Mãe não vai, não vai, não vai, não vai...
- Ótimo. Desde que eu escolha o lugar. -não acredito que ouvi isso, porque ela vai sair com ele? Ele estava se metendo na minha vida, me limitei a discutir isso na hora, mas...
- Mãe, eu preciso conversar com você, a sós. -disse eu olhando mortalmente pro Namur que agora me encarava.
- Que tal deixar isso para amanhã à noite Danny? Sua mãe vai sair comigo. -fiz de tudo para ignorar aquele ser que sorria amarelo pra mim e pra minha mãe.
- Mãe... -insisti.
- É querida, amanhã estaremos a sós. -disse enquanto tirava a louça da mesa e as levava pra a pia.
- Certo. -murmurei irritada e saí da cozinha, olhei brevemente pra trás e o Namur sorria de canto, me olhando com superioridade. Mostrei o dedo do meio pra ele e fiz a pior cara possível antes de virar-se e retomar o caminho para o meu quarto.
Na verdade eu pretendia falar sobre o Tom com a minha mãe, eu não estava me sentindo bem, pensei em ligar pra Sam, mas logo me veio à cabeça de ela está com o Bill, num momento mais intimo.
Pensei em ligar pro Tom, mas pra que? Não estava acontecendo nada de mais comigo e eu não queria estragar a festinha dele. De tanto revirar as idéias na cabeça, acabei adormecendo.

Na manhã seguinte’ [Tom]
Loira, pernas torneadas, bundão, seios bem distribuídos e nua, completamente nua, rebolando pra mim.
- Tom? -a voz de Bill ecoou pelo meu quarto me despertando do paraíso, quer dizer, sonho.
- Ah, droga! -murmurei levantando-se rapidamente da cama.
- Nossa... Outros daqueles sonhos? -disse o Bill.
Eu estava visivelmente excitado.
- Caramba... Isso é conseqüência de tudo o que eu não fiz ontem. -disse olhando o meu “volume” e indo pro banheiro. Bill soltou um risinho baixo.
- Estamos te esperando lá e baixo. -disse.
Estamos? Mania que o Gustav e o Georg têm de vir bem cedo aqui em casa. Tomei banho e me senti meio que estranho, estava com saudades da minha Danny. Amor? Não sei. É meio paranóico. Parece uma coisa para enlouquecer a gente devagar.
Desci as escadas rapidamente e logo peguei as chaves do carro, nem tomei café. Falei com os meninos que logo vieram atrás de mim. Acho que bati o recorde, passei a noite em uma festa e não coloquei um pingo de álcool sequer na boca, o Georg e essas manias de boates “diferentes”.
Fui em direção a casa da Danny e a mãe dela disse que ela saiu mais cedo de casa.
- Que estranho, ela sempre me espera. -murmurei entrando no carro.
- Acha que ela está chateada? -perguntou o Bill que estava ao meu lado no banco carona.
- Provavelmente. -respirei fundo e saí com o carro.

[Danny]
Saí cedo de casa, não queria olhar pra cara cínica do Tom, logo de manhã. Se é que ele dormiu em casa né? Minutos depois de chegar à universidade avistei o carro preto de Tom estacionar. Milagre! Pensei que ele estivesse de ressaca.
Desceram do carro, ele e o irmão, outro carro estacionou atrás do de Tom e dele desceram Gustav e Georg. E mais uma vez aquele cena que era repetida quase toda manhã, o quarteto completamente diferente caminhavam pelo campus da universidade, atraindo olhares de várias pessoas. O Tom adorava aquilo, dava pra ver a cara de “fodão” dele.
Logo veio sorridente em minha direção, me abraçou e beijou-me o pescoço, em seguida selou um beijo carinhoso em nossos lábios.
- Estava com saudades. -disse ainda abraçado a mim.
- Mesmo? Pensei que estivesse se divertido bastante e agora nem lembrasse mais de mim. -disse soltando dele.
- Não podia te levar junto comigo, uma vez que o Gustav e o Georg não levaram suas namoradas. E antes que você pergunte, elas não ficaram chateadas assim como você. -me deu um beijo na testa.
- Os namorados delas não tem fama de SexGott. -sussurrei sensualmente em seu ouvido.
- O SexGott está mais potente, insaciável, precisando de ti. -sussurrou em resposta e riu maliciosamente, me abraçando por trás e chupando o meu pescoço.
- Aguarde-me. -sorri e saí.
- Hoje à noite. -disse, pude sentir que ele estava me olhando, a calça jeans que eu estava usando juntamente com a blusa de malha rosada valorizava meu corpo.
- Como quiser. -olhei pra ele brevemente e pisquei.
É óbvio, ele só quer o meu sexo. Ah Tom Kaulitz, vou te torturar um pouquinho, mas seja um menino bonzinho e comportado aí veremos o que podemos fazer. Eu tenho certo controle sobre o Tom... E isso é bom.
Não me contive e na hora do intervalo pressionei o Georg perguntando sobre a festa, ele disse que foram a uma boate sem bebida alcoólica, que foi divertido e que não fizeram nada de mais além de paquerar (do verbo olhar) e conversar sobre mulheres. Disse que eu não precisava me preocupar porque ele e o Gustav estavam de olho no Tom... Mas quem acredita? Eles são “cúmplices”.
Depois da conversa com o Georg fui procurar o Tom, olhei no refeitório e não o achei, fui ver se ele estava no pátio principal e enquanto passava pelos corredores avistei o Tom, ele estava de costas a mais ou menos uns vinte metros de mim. Desisti de ir até ele quando vi uma garota que eu conhecia apenas de longe, aproximar-se do Tom, era uma das amigas da Fellon...

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