sábado, 3 de agosto de 2013

Apenas Você - Capítulo 22

Foi ótimo conversar com a Sam, contei as novidades pra ela, os meus problemas. Ela me contou que está um pouco triste, o Bill tem tratado ela diferente, sem a intensidade de antes. Me falou que está nervosa e que seria melhor eu não ter dito nada sobre o Bill vir conversar com ela amanhã. Sam contou-me que está se sentido mal por esconder sua gravidez, da mãe. Eu dei minhas palavras de conforto, claro. O resto da noite foi divertida. Agora são quase dez da manhã, é domingo e na TV não passa nada que se aproveite.
- Eu acho melhor nós assistirmos um filme. - Sam levantou-se animadamente do sofá e procurou uns DVDs que estavam na gaveta da estante. - Ai. -disse se se encostando à estante e colocando a mão na cabeça.
- O que foi? -corri para ajudá-la.
- De repente tudo começou a girar. -ajudei a Sam a vir sentar-se no sofá.
- Espera. Eu vou buscar um pouco de água. -corri pra cozinha atrás da água.
Foi um momento de desespero, se a mãe da Sam a visse daquele jeito, isso não ia acabar bem. Peguei a água e quando voltei pra sala, a Sam não estava. Ouvi passos na escada, era a Sam, subi atrás dela. Ela entrou no quarto...
- Eu não quero ter um filho. -murmurou.
- Sam, espera. -entrei no quarto e ouvi a porta do banheiro bater.
Provavelmente ela foi vomitar. Coloquei o copo com água na cômoda e sentei-me na cama pra aguardá-la. Depois de uns minutos Sam saiu do banheiro e sentou-se na cama ao meu lado, me olhou triste com os olhos marejados... Eu não sabia o que dizer pra ela.
- O Bill não me ama mais. -ela colocou as mãos no rosto e começou a chorar desesperadamente.
- Não diz isso. -eu a abracei. - Ele te ama sim e muito. -tentei confortá-la.
- Ele não se importa comigo, ontem nem nos falamos e não tem a desculpa de telefone sem área porque ele tem carro e podia muito bem vir aqui me ver. -disse chorando.
- Ele só está... Abalado. Ainda não se acostumou com a idéia de ser pai. -disse soltando dela.
- Isso não é motivo pra não querer vir aqui me ver, não é motivo pra na sexta a noite não querer conversar, ele me beijou e saiu sem dizer nada. -ela tentava me explicar, enxugando ás lágrimas.
- Filha? -disse a mãe da Sam abrindo a porta. - O Bill está te esperando lá em baixo.
- Tudo bem, mãe. -ela sorriu falsamente.
- Ele chegou. Para de neura porque não tem nada ver essa história do Bill não te amar mais. -disse eu, levantando da cama.
- Avisa pra ele que eu vou tomar banho antes. -disse ela.
- Tudo bem. -sorri e saí do quarto.
Desci ás escadas e logo vi o Bill sentado no sofá, com um presente do lado. Como a Sam ainda diz que ele não a ama?
- Oi Danny. -ele estava sorridente.
- Olá Bill. -sorri. - A Sam está no banho, daqui a pouco ela desce. -disse me sentado no outro sofá.
- Ah, claro. -o Bill não era de conversar muito, pelo menos não comigo.
Tentei puxar conversa e ele me contou sobre um acontecido na infância com o Tom, foi engraçado. Ontem o Bill estava chateado, mas todo mundo tem seus dias ruins né? Ouvi o barulho do salto da Sam descendo as escadas, Bill olhou pra ela sorridente.
- Faça ela se sentir especial. -sussurrei pro Bill e saí da sala pra cozinha, ajudar com o almoço, sorri pra Sam enquanto passava por ela, que sorriu em resposta.

[Sam]
Arrumei-me toda e desci as escadas pra receber o Bill. A Danny estava conversando com ele e sorriu pra mim enquanto passava pra cozinha, sorri em resposta. Caminhei até o Bill, ele se levantou.
- Está linda. -ele sorriu, me puxando para um beijo, eu o beijei e baixei a cabeça em seguida. - O que aconteceu? -disse segurando o meu queixo, me fazendo erguer a cabeça e olhar nos olhos dele.
- Não veio me ver ontem, mal falou comigo na sexta, está me tratando diferente... -desabafei, logo senti ás lágrimas rolarem em meu rosto. - E olha que eu nem estou gorda ainda. -falei um pouco irritada, Bill suspirou, olhou pro lado e depois olhou pra mim.
- Está dizendo que não me importo com você? Sabe o que eu andei fazendo ontem de manhã e até as três da tarde? -ele me encarava, balancei a cabeça em negatividade e baixei a cabeça. - Olha pra mim. -eu olhei. - Eu consegui um emprego, não é um ótimo emprego, mas vou ganhar o suficiente para pagar as parcelas do apartamento que planejo comprar pra nós. -ele segurou em meus ombros. - Se não tem motivos para reclamar, não invente. -disse me soltando.
Realmente ele se importava comigo, a vida não é simples e eu não havia ao menos pensado em emprego para sustentar uma família.
- Me desculpa meu amor, me desculpa. -disse chorando e abraçando o Bill, ele estava imóvel e não me abraçou de volta. - Eu sei que...
- Não diga nada. -disse tocando com o dedo indicador em meus lábios. - Senta aqui. -me puxou pro sofá fazendo-me sentar-se e sentou ao meu lado, enxugou minhas lágrimas e pegou um presente que estava em cima do sofá, eu nem tinha percebido aquele objeto alí antes.
- Pra mim? -perguntei enquanto desfazia o laço dourado que envolvia aquela caixa branca, Bill estava com um sorriso feliz no rosto.
- Pro nosso filho. -ele sussurrou.
Abri a caixa e eram sapatinhos pro nosso bebê, na cor branca. Me arrependi por ter dito que não queria ter um filho, me arrependi por ter cobrado algo do Bill, sem motivos concretos. Sorri e abracei o Bill, ele me olhou e tocou a minha barriga, pela primeira vez. Era estranho, ás vezes eu não acreditava que havia um ser dentro de mim. Ficamos assim por um tempo até a Danny nos chamar pro almoço.

[Danny]
Depois do almoço, eu ajudei na cozinha, já que o Bill estava namorando com a Sam na sala. Depois subi pro quarto, tomei banho, em seguida arrumei minhas coisas e liguei pro Tom vir me pegar, eram umas três da tarde. Desci as escadas e me despedi da Sam e da mãe dela. Saí da casa e o Tom já estava com o carro me esperando. Entrei no carro e saímos.
- Acho que minha mãe já deve está em casa, vamos pra lá agora conversar com ela? -perguntei pro Tom que dirigia rápido e não havia falado comigo, por enquanto.
- O Namur está em casa hoje. Não vou suportar olhar pra ele sabendo do que ele faz, com você e com a sua mãe. -disse sem olhar pra mim e acelerou mais o carro.
- Vai devagar. -disse.
- Tem medo? -ele me olhou perverso e depois voltou à atenção pra estrada.
- Eu sonhei com um acidente de carro ontem, um carro branco bateu numa carreta. Não gosto de lembrar. -Tom parou o carro instantaneamente, me assustando, em seguida olhou pra mim.
- Você se assustou? -ele deu uma gargalhada.
- Não brinca com isso Tom. -percebi que já havíamos chegado em casa, desci do carro brava e saí pisando duro.
- Espera. -disse o Tom saindo do carro e vindo atrás de mim, eu parei e me virei pra ele.
- O que? -cruzei os braços.
- Eu vou sair com o Georg e o Gustav, vamos comprar uns tênis e depois vamos pra uma festa. -ah, pelo menos ele diz que vai a uma festa, pelo menos ele avisa que vou ser traída. - Sua mãe está em casa e eu não tenho com o que me preocupar, qualquer coisa, me liga. -mas é muita cara de pau, porque eu iria estragar a “festinha” dele ligando?
- Vá, e se puder não volte. -disse me virando, ele segurou em meu braço.
- Tem que confiar em mim, assim como eu confio em você. Ontem à noite você estava na casa da Sam, eu pelo menos acredito nisso, confio em você. -confiança. Se ao menos o Bill fosse pra essa festa com ele.
- Nos vemos amanhã. -disse eu, um pouco triste, Tom me puxou para um beijo e despediu-se de mim.

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