domingo, 14 de outubro de 2012

Sete Dias Para O Amor! - Capítulo 4


Tom beijando a Sonny? Estão de brincadeira comigo, aliás, eu estou de brincadeira comigo mesmo, por que diabos eu estou com ciúmes dela? Eu não a odeio?
–Bill posso conversar com você? –escutei a voz de Sonny e virei minha cabeça em direção à porta ela estava lá me olhando um pouco acanhada.
–Não vai falar com o Tom, ele provavelmente quer mais. –bufei e coloquei um travesseiro em cima de meu rosto. –Vai lá, Sonny.
–Eu quero conversar com você. –escutei sons de passos em minha direção e tirei o travesseiro do meu rosto. –Pode ser ou tá difícil, Kaulitz? –ela estava me encarando ao lado da cama.
–Aff fala logo, então. –bufei e sentei-me na cama encostando minhas costas na cabeceira.
–Olha só, o seu irmão me beijou, você me beijou, estou me sentindo uma puta. E o pior é que eu nem pude fazer nada contra nenhum de vocês dois! –gritou e pegou meu travesseiro e me bateu com o mesmo. –Vocês são gêmeos, mais sair beijando a mesma garota?
–Ah garota eu te beijei por que quis, o Tom por que você perguntou se beijar um desconhecido era estranho! E do jeito que ele não perde uma, te beijou. E ah eu tenho namorada, o nome dela é Mellissa e ela não merece passar por isso, e eu... eu não tenho mais nada pra conversar.
–Eu também tenho um namorado, ele também não merece passar por isso tudo! –cruzou os braços. –Mellissa é? Que nome mais paty.
–Hey quem é você pra falar assim dela?
–Sou uma garota que deve beijar melhor que ela. –disso ela tinha razão. –E... e eu sou uma idiota, eu não tinha nada pra falar com você, Kaulitz.
–Então por que veio?
–Por que eu não consigo esquecer... –suspirou. –Nada Kaulitz, eu vou pro meu quarto, eu não suporto você, garoto!
–E eu não suporto ficar perto de você sem te... –corei. –Eu não suporto ficar perto de você, então sai do meu quarto.
–Estou indo!
–Vai logo!
–Chato.
–Idiota!
–Babaca.
–Mimada.
–Garoto insuportável.
–Menina intrometida! –me levantei e a encarei.
–Gay. –me encarou de volta.
–Vou te mostrar quem é gay. –puxei ela pela cintura e dei um beijo, o beijo mais apaixonante que pude dar. Coloquei toda minha raiva, e amor naquele beijo apressado. Um selinho pode se dizer.
–Me solta, idiota! –se afastou.
–Idiota é você, tá vendo o que me fez fazer?
–Você me beijou por que quis.
–E beijo de novo se for preciso.
–Por que?
–Por que eu não sou gay, e você me provoca.
–Eu sei que você não é gay e eu não te provoco!
–Provoca sim!
–Não provoco!
–Está me provocando. –sorri.
–Não estou, seu... idiota irresistível, por que tem que ser assim? –disse com um pouco de raiva na voz e selou nossos lábios, a cada toque deles eu ficava arrepiado, era quase inevitável. Passei minha mão por sua cintura e a trouxe para mais perto de mim, nossas línguas estavam afoitas, o beijo dessa garota era mil vezes melhor que o da Mellissa.
–Por que você me provoca? –perguntei mordendo seu lábio inferior.
–Eu que pergunto. –voltamos a nos beijar, desta vez com mais calma, lentos movimentos e sua mão em minha nuca, acariciando, deixando o resto do meu corpo em estado de choque. As coisas estavam ficando mais quentes, eu sentia isso. A atração corporal era inevitável, a lua já brilhava lá fora, e iluminava aquele cenário do nosso beijo. Por que eu estou beijando uma garota tão insuportável como esta?
Subi minhas mãos por baixo de sua blusa, passando meus finos e gélidos dedos por sua pele quente e macia, e retirei a mesma com cuidado. Continuamos nosso beijo que agora estava apaixonado, nós estamos tão nervosos, nossas mãos suavam, tudo conspirava contra nós aquela hora.
–Querido eu queria... –escutei a voz da Tia Rose e nos separamos imediatamente, nossa tia nos olhava envergonhada. –Desculpe, ér... venho em outra hora. –deu um sorriso amarelo e fechou a porta, saindo.
–Bill... –Sonny falou envergonhada.
–Nem começa, ah droga, por que eu deixou a porta aberta?
–Eu só queria conversar, mais você já foi pro ataque! –pegou sua blusa de cima da cama e a vestiu. –Eu nunca mais falo com você, Kaulitz.
–Nem eu com você, Sonny. –bufei e ela saiu do quarto, batendo a porta com força.
–Aff eu sou muito idiota mesmo! Eu já ia transar com ela é sério isso? O que diabos esta acontecendo comigo? Aquela menina tem uma coisa que me deixa louco... –falei para mim mesmo.
Deitei na cama, colocando minhas mãos em meu rosto. Elas estavam com o cheiro dela, aquele perfume leve e doce. Por que eu estou assim? Ah Sonny, tenho que sair desta fazenda antes que faça algo idiota com aquela garota.
–Bill quero conversar. –Tom entrou (invadiu) meu quarto e sentou-se na ponta da cama me encarando.
–Ah eu não aguento mais esse négocio de conversar! Sonny veio aqui querendo conversar e quase transamos! –falei e Tom gargalhou.
–Como? –sorriu. –Você e ela? Só acredito vendo, aliás, vendo e participando! –mexia no piercing e me olhava com uma cara de safado.
–Cala boca! –bufei. –E é isso mesmo que você escutou, se não fosse a Tia Rose eu tinha transado com ela Tom! Eu vou agradecer a tia por isso durante anos!
–Cara, a tia Rose te viu com ela? Caralho você não faz nada direito? Nossa eu queria ver a cara de vocês nessa hora! –gargalhou.
–Idiota! –dei um tapa em seu braço. –Eu nunca transei nem com a minha namorada, eu iria transar com a Sonny? É sério? –arqueei a sobrancelha.
–Sim, a sua namorada é uma ameba, gostosa, mais ameba. Entre ela e a Sonny, prefiro a Sonny. Ela é mais educada e não é patricinha.
–Cala essa boca! –gritei.
–Bill é sério agora, você tá gostando a Sonny? Diga-me a verdade, eu não vou te zoar.
–Eu não sei, Tom. Mais eu não esqueço do nosso beijo no riacho, e agora não consigo parar de pensar no que íamos fazer naquela hora que tia Rose veio aqui.
–Você está apaixonado, mais você odeia ela, por isso não quer assumir. –deu de ombros.
–Como você sabe? Tá virando psicólogo, conselheiro amoroso? –arqueei a sobrancelha.
–Digamos que eu manjo das putaria. –piscou o olho esquerdo.
–Que putaria, garoto?
–Nada deixa pra lá, você não sabe o que é ser vida loka ainda. –suspirou. –Faz o seguinte, compara o beijo da Mellissa com o da Sonny. Qual o melhor?
–O da Sonny. –falei automaticamente. –Não foi isso que eu quis dizer ér...
–Bill, você já disse. –sorriu. –Você já chegou a tirar a blusa da Mellissa?
–Nunca. –arfei. –E nem quero.
–E da Sonny, você queria prosseguir aquele momento?
–Sim. –disse automaticamente de novo. –Ah o que diabos eu estou dizendo?
–Tenho a resposta. Você está gostando da Sonny, mais acha odeia o jeito que ela te faz fazer essas coisas, a Mellissa nunca foi uma namorada completa pra você, você nunca a desejou como deseja a Sonny, então você está se apaixonando inconscientemente pela Sonny mais a Mellissa te deixa com duvidas.
–Hein?! –arqueei a sobrancelha, não entendi porra nenhuma do que Tom falou.
–Resumindo, você está gostando de um lado da Sonny que você não tinha percebido, mais quando lembra do lado dela que você não gosta...
–Ah entendi. –sorri. –Como você sabe essas coisas?
–Prática! Eu me apaixonei pela minha professora de alemão, ela era muito gostosa, mais chata demais, então eu não assumia que gostava dela. –sorriu. –Aquelas pernas me deixavam louco.
–Tom! –bati em sua cabeça. –Você é maluco.
–Eu sei. –sorriu. –Agora pensa, reflete e vê quem você escolhe. Iremos embora depois de amanhã, então escolha logo.
–Depois de amanhã, já?
–Já! Você que queria ir embora logo agora tá falando isso.
–Eu não quero mais ir embora! Eu... eu preciso ficar com a Sonny, eu quero... eu quero ficar com ela. –falei apressadamente e meu irmão sorriu. –Eu quero ela, Tom. Decidi agora, eu quero ela e mais ninguém! Não me importo se ela for chata, idiota, não importo!
–Assim que se fala, maninho. Agora vai conversar com ela, vai.
–Eu vou mesmo! –levantei-me e saí do quarto indo até o quarto de Sonny que ficava à alguns metros do meu.
A porta estava entreaberta, bati, mais ninguém me respondeu. Decidi entrar. Era um quarto cor verde claro, com algumas caveiras desenhadas no guarda-roupa e um pôster da Taylor Swift ao lado da TV.
–Sonny você está aí? –perguntei mais novamente ninguém me respondeu. Achei seu o mesmo caderno de antes em cima da cômoda. Devo terminar as minhas duvidas lendo, ou seria invasão de privacidade? Ah seja o que Deus quiser, vou ler.
Peguei o caderno e abri na página em que parei.
Dia 04 “aceito ou não?”
Taylor me pediu em namoro, o que eu respondi? “Preciso de um tempo para pensar, Taylor”. Ele respeitou minha decisão e saiu do local ainda acompanhados por seguranças. O que minha vida está se tornando? Vou me casar com aquele menino que ao menos eu sou amiga? Minha mãe muito alegre me perguntou o que eu queria de presente de casamento. Casamento?! Quantas vezes eu tenho que dizer, casamento agora? Só tenho 16 anos, caralho. A única coisa boa nele, é o nome, o nome da minha diva, Taylor.
–Ela ainda não aceitou. –sorri. –O que mais ela escreveu? –passei a página e vi meu nome escrito. Congelei.
Dia 05 “Bill Kaulitz”
Não escrevi muito esses dias, estava pensando sobre a vida. Voltei para a fazenda, que lindo! Chegaram uns sobrinhos da Tia Rose, um tal de Tom que por acaso é muito legal e seu irmão gêmeo mal educado e chato, Bill. Esse Bill só reclama desde a hora que chegou, é mal educado, mal humorado, resumindo, tudo nele é mal. Mas ele é lindo, muito mesmo. Quando o vi paralisei, era uma miragem? Ele é perfeito. Tem um sorriso fascinante. O olhar dele é penetrante, os olhos castanhos carregado de maquiagem preta. Cabelos espetados, igual um porco espinho, com algumas mechas brancas. Ele só usa preto. Interessante.
–Ela escreveu sobre mim? Tudo em mim, é mal? Uh que exagero. –sorri. –Espera, ela falou que eu sou lindo, tenho sorriso fascinante, ela me acha bonito, espera, eu sou perfeito? Ela me acha perfeito? –aquilo me deu uma alegria imediata. –Mas ela continua me achando um babaca mal educado.
Passei a outra página, ainda curioso para ler.
Dia 06 “beijo”
Eu acabo de beijar ele, o Kaulitz. Ok eu demorei mais um pouco para escrever, mais não me culpe, na fazenda eu tenho coisas a fazer, caderno idiota. Continuando, ele me beijou, nas margens do riacho. Foi meu primeiro beijo assim. Foi... único. Os lábios dele são tão macios, perfeitos. Como tudo nele é, claro. Foi um beijo em meio de uma discursão. Nossos corpos pareciam ter um imã, nos aproximamos e nos beijamos. Eu havia beijado Taylor duas ou três vezes, mais o beijo do Bill é completamente diferente. Ele é arrepiante, selvagem, mais inocente ao mesmo tempo. Não consigo tirá-lo da cabeça. Ele é uma droga, e estou me viciando cada vez mais. O toque dele me arrepia, sua língua afoita em busca da minha, seu cheiro, seu gosto, sua essência de menino mal e romântico. Ele sabe como me deixar maluca. Devo dizer que queria ficar a tarde toda ali, com seus lábios nos meus. Não consigo tirá-lo dos pensamentos, em todo lugar que olho vejo Bill. Estou ficando louca, ou não? E tudo bem, eu estou quase de namoro com o Taylor, nos beijamos, mais foi algo seco, sem sentimentos, eu não gosto dele, e ele não transmite o amor que eu quero, ao contrario do idiota do Kaulitz.
–Ela gostou do meu beijo. –sorri. –Ela disse, que meus lábios são macios, perfeitos, vou ficar me achando agora. –suspirei. –Ela já beijou o Taylor duas ou três vezes, mais os meus beijos são melhores que os dele, eu sabia. Wow! Meus beijos são melhores que os do poderoso Taylor! –gargalhei. –Chupa sociedade. Passei outra página, mais não havia nada. Fechei o caderno e o deixei no mesmo lugar que o encontrei. Voltei ao meu quarto com um sorriso largo no rosto...
Fechei a porta e tranquei. Deitei-me na cama, como disse que não queria jantar, apenas quis dormir. Coloquei os fones de ouvido pensando novamente na vida. Entre minha namorada Mellissa, e a Sonny, qual me deixava mais balançado? Com certeza, a Sonny. A Mellissa nunca me amou, e nem eu amei ela. Nunca tivemos uma noite, nem mesmo um beijo mais intenso. Não tenho desejo por ela, nem atração, nem mesmo sei por que eu namoro com ela.
Flashback on:
Era tarde, estava assistindo filme na TV quando Mellissa aparece em minha casa, totalmente produzida, tínhamos 16 anos, foi ano passado.
–Bill, quero perguntar uma coisa pra você. –sentou-se ao meu lado.
–Diga.
–Quer namorar comigo?
–Hein? –arregalei os olhos.
–Quer ou não?
–Deixa eu pensar.
–Não, quero uma resposta agora.
–Aff, tá bom eu quero, mais... –fui interrompido quando ela me beijou.
–Billy, meu namorado, você agora é somente meu. –sorriu. –Te ligo mais tarde, tchau amor.
–Tchau. –falei sem entender.
Flashback off
E foi assim que eu me meti na maior burrada da minha vida. O sono já pesava, não sou acostumado em acordar cedo, então o cansaço me atingia em cheio. Fechei meus olhos e adormeci.

Postado por: Grasiele

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