domingo, 14 de outubro de 2012

Sete Dias Para O Amor! - Capítulo 2


–Estamos indo, Sonny. –Tom pegou tirou sua camisa e sua calça ficando apenas de boxer, esse menino não tem vergonha mesmo. –Estou pronto.
–Você vai assim? –apontei para Tom.
–Qual o problema?
–Tom, melhor você colocar uma roupa de banho. –Sonny sorria.
–Eu não tenho.
–Hm... meu irmão tem uma nova, que ele ainda não usou, quer ela?
–Depende, eu sou grande, se é que me entende. –Tom mexia no piercing.
–Aff quanto exagero. –bufei. –Sonny se tiver até calcinha fio dental serve nele.
–Bill! –Tom me encarou. –Tá achando que eu sou você?
–Eu?!
–Ah vocês dois, troquem logo de roupa, está escurecendo!
–Estamos indo! –Tom e eu falamos em uníssono.
–Então vamos logo! –sorriu. –Bill se quiser, eu pego uma roupa de banho pra você também.
–Não preciso, eu não vou nadar.
–Ah sim.
–Ah eu vou pedir uma roupa de banho para seu irmão mesmo. –Tom sorriu e saiu, apenas de boxer pela casa.
–Ele é doido por sair de boxer? –Sonny me perguntou.
–Ainda não reparou que ele é doido?
–Pensei que você fosse o doido da família Kaulitz.
–E você é a doida da sua família?
Sim, por que?
–Por nada
–E vocês dois, são os doidos da família Kaulitz?
–Não te interessa.
–Só fiz uma pergunta.
–E a resposta não te interessa.
–Você é mal educado, eu aqui apenas querendo conversar civilizadamente, e você vem com essas patadas. Se a sua mãe te enfiou aqui, a culpa não é minha, só queria ser gentil!
–Ah mais você vem perguntando se eu sou doido!
–Você me perguntou se eu sou doida e eu te respondi sem drama.
–Por que você é doida!
–E você, um idiota!
–Maluca!
–Chato!
–Dá pra parar vocês? –Tom entrou no quarto com uma sunga em mãos.
–Ela começou me chamando de doido! –apontei para Sonny.
–E o que você é? –Tom falou debochando de mim.
–Vocês são idiotas! Aff!
–Eita mal humor, o que foi que aconteceu com meu irmão? –Tom arqueou a sobrancelha.
–Ele foi pra puta que pariu, agora me deixem em paz! –gritei.
–Nossa, ele é sempre assim? –Sonny perguntou.
–Não, só quando está de TPM!
–Cala boca, Tom!
–Eita caramba, que foi? Parece até que pariu agora.
–Aaaah sai daqui antes que eu te jogue pela janela seu rapper pervertido!
–Minha nossa senhora, a mãe de vocês aguenta tudo isso?
–Sim! –gritamos eu e Tom em uníssono.
–Coitada dela. –sorriu e saiu. –Vocês veem, ou não?
–Estamos indo! –de novo em uníssono.
Saímos do bendito quarto e descemos as escadas dando de cara com um garoto moreno dos olhos claros e cabelos lisos nos encarando.
–Sonny quando for até o riacho tenha cuidado com o fundo, choveu ontem e pode se afogar.
–Ok maninho. –Sonny deu um beijo estalado na bochecha do tal garoto. –Tom cuidado com as piranhas. –sorriu e Tom o acompanhou.
–Ok José, eu tenho cuidado.
–Lembre-se, Dobby não tem mestre, Dobby é um elfo livre! –o tal irmão da Sonny disse e Tom caiu na gargalhada.
–Oh Hermione, eu queria uma bruxa dessas no meu quarto.
–Tom seu tarado. –bufei. –Vamos logo.
–Bill Kaulitz, prazer em conhecer, sou José, irmão da Sonny. –estendeu-me a mão.
–Prazer. –suspirei. –Agora vamos logo, Tom!
–Eita! –Tom que estava vendo uma fotografia se assustou.
–José diga para Tia Rose que voltaremos antes do jantar. –Sonny falava com seu irmão.
–Vamos logo!
–Calma Bill! –Tom gritou.
Saímos (finalmente) da sala e fomos até o riacho que por acaso era lindo, fiquei sentado embaixo de uma árvore enquanto Tom e Sonny nadavam. Era incrível, essa garota me encantava, mesmo sendo uma mal educada, grossa, idiota, ela era muito linda, talvez a menina mais bonita que já vi.
–Bill vem nadar com a gente. –Sonny me chamava, incrível, mesmo sendo um mal educado, ela sempre me chamava.
–Não quero!
–A água está muito boa!
–Mas eu quero ler! –abri meu livro e comecei a “ler” mas na verdade eu ficava observando os dois brincando, havia um belo pôr do sol, os cabelos negros de Sonny ficavam avermelhados, e Tom tentava agarrá-la.
–Idiotas. –bufei. –Bem que eu queria estar ali também. –falei para mim mesmo.
Sonny ficava toda hora me olhando, isso me deixava incomodado. Eu odeio admitir mais essa garota idiota sabe me deixar sem graça.
–Perdeu alguma coisa, Sonny? –decidi encará-la.
–Perdi. –sorriu.
–O que? –abaixei o livro e arqueei a sobrancelha.
–Perdi a consciência.
–Faz tempo né?
–Não, perdi hoje a tarde. –sorriu e deu um mergulho.
O que ela quis dizer com isto? Será que tem algo haver comigo? Passaram-se os minutos e o sol já estava quase sumindo, quando decidi chama-los.
–Pessoal vamos logo, está escurecendo! –gritei.
–Estamos indo. –Tom gritou e eles vieram em minha direção. –Me dá essa toalha, idiota. –Tom muito educado como sempre pegou (arrancou) a maldita toalha da minha mão.
–E você? –encarei Sonny.
–O que foi? –me respondeu.
–Não vai se cobrir?
–Não. –deu de ombros.
–Por que?
–Por que eu não quero.
–Mal educada.
–Estou aprendendo com você.
–Idiota.
–Digo o mesmo, Bill.
–Aff!
–Garoto insuportável.
–Garota mimada.
–Ah eu mimada? –falou em um tom irônico. –Eu estou em uma fazenda, trabalho o dia todo, você chegou hoje e vive reclamando, e eu que sou a mimada?
–É Sonny Songamonga!
–Bill cabelo de espetar caju. –me deu língua e saiu em minha frente.
–Acho que vocês vão acabar namorando. –Tom sussurrou em meu ouvido.
–Cala boca, idiota!
Entramos na casa, e Tia Rose nos esperava na mesa da cozinha.
–Vejo que gostaram do banho. –sorriu.
–Sim, foi muito relaxante, Tia. –Tom sorriu e deu um beijo estalado na bochecha da tia Rose.
–Sonny vai trocar de roupa antes que pegue um resfriado. –José chegou e se pronunciou.
–Estou indo. –e Sonny subiu e eu fui logo atrás, pois tinha que tomar um banho.
Entrei no meu quarto e tomei meu banho, não muito demorado, mais o suficiente para me limpar totalmente. Saí do banheiro e troquei de roupa, coloquei uma calça moletom e uma camiseta de mangas longas.
–Você é bonito sem maquiagem. –escutei alguém e olhei para a porta, vi que era Sonny.
–Obrigado, e você é bem mais bonita sem me xingar. –sorri.
–Eu só faço isso por que você encrenca comigo. –sentou-se na ponta da minha cama.
–Você começou, me chamando de idiota e mal educado.
–E o que você é? Chamou essa fazenda de fim de mundo.
–E não é?
–Não. –deu de ombros.
–Como você se diverte aqui? –arqueei a sobrancelha.
–Corro em meio as flores, cuido dos animais, ando a cavalo, toco violão...
–Você toca violão?
–Sim.
–Eu canto.
–Canta mesmo? Eu sempre tentei, mais eu odeio minha voz.
–Você tem que ver minha namorada cantando, ela tem a voz fina e insuportável, e cantando, falta quebrar a vidraça lá de casa.
–Você tem namorada? –arqueou a sobrancelha.
–Sim. –sorri. –E você?
–Eu tenho meu violão. –sorriu. –Vamos descer, tia Rose deve ter feito um jantar maravilhoso!
–Sim. –sorri. –Vamos.
Descemos as escadas e encontramos meu irmão morto de fome acabando com a mesa e vi nossa tia sorrindo do jeito guloso de Tom.
–Tom querido você vai ter indigestão.
–Deixa tia, é bom que ele aprende a comer igual gente.
–Nossa isso é amor fraternal? –José sorriu.
–Amor? É ruim hein. –sentei-me à mesa pegando um pedaço gigante de frango.
–Eu e Sonny não brigamos assim. –José falou abocanhando um pedaço de batata.
–Você não entende, Tom é um idiota.
–Hey! –Tom respondeu de boca cheia.
–Vocês são malucos. –Sonny revirou os olhos e sentou-se ao meu lado. –Bill me passa o macarrão.
–Pega você, não sou seu escravo.
–Eita! Deixa que eu mesma pego, com essa mau vontade é capaz de eu ficar com dor de barriga. –levantou-se e pegou a tigela de macarrão.
Comemos nossa refeição em paz, tirando a parte nojenta de Tom dar arrotos.
–Quem quer sobremesa? –Tia Rose chegou com um pote de sorvete de chocolate.
–Eu eu eu eu eu eu!!! –Tom falou apressadamente ainda de boca cheia.
–Tom você vai explodir! –revirei os olhos.
–Então deixa eu explodir com comida! –pegou uma taça e encheu de sorvete.
–Eita quando tiver com dor de barriga nem vem pedindo ajuda.
–Foda-se o mundo eu só quero comer em paz!
–Então come. –levantei-me. –Com licença tia Rose, vou deitar.
–Vá meu querido, boa noite. –subi as escadas novamente e adentrei meu quarto e joguei-me na cama com vontade.
–Bill você quer um cobertor mais grosso? Hoje vai fazer frio. –Sonny entrou no quarto perguntando-me.
–Por que se importa tanto comigo?
–Por que quero ser educada, mais se você quiser ficar no frio, por mim tudo bem.
–Não foi isso que quis dizer, é só... aff me dá logo essa porra de cobertor.
Sonny tirou uma caixa debaixo da minha cama e tinha um lençol bem mais grosso dentro de uma sacola plástica.
–Pega. –jogou em cima de mim. –Ele é meu, não baba nele. –sorriu e saiu.
–Idiota.
Peguei meu celular e coloquei fones de ouvido fechei meus olhos e coloquei qualquer música e fiquei pensando na vida.
–Por que eu namoro a Melissa mesmo? –falei para mim mesmo. –A quem vou enganar, eu não gosto dela.
Adormeci completamente depois de alguns minutos, a noite estava realmente fria.
*manhã seguinte*
Acordei com uma luz em meu rosto, abri lentamente os olhos e vi que estava amanhecendo, o galo cantava, as vacas mugiam, aquilo me deixava irritado.
Levantei-me da cama, ainda cambaleando de sono e olhei a janela.
–Dá pra vocês, senhoras vacas calarem a matraca e irem dormir? –gritei.
–Acorda você, preguiçoso! –escutei alguem gritar. –É você mesmo, Kaulitz. –era Sonny.
–Ah garota vê se me erra, isso lá é hora que gente acordar? Você caiu da cama, foi?
–Não, ao contrário de você eu tenho trabalho a fazer!
–Trabalho de acordar as pessoas?
–Não, quem dera se fosse só isso. Tenho que tirar leite da Belinda para você tomar café!
–Ah então boa sorte, traga-me leite fresco, Sonny.
–Vai se catar, vagabundo! –gritou.
Sorri e fechei a janela e a cortina, pois aquela luz não me deixava dormir.
–Bill acorda! –Tom abriu a maldita porta e pulou em cima de mim na cama.
–Ai Tom! Sai daqui caralho!
–Bom dia maninho! Acorda meu bebê de 17 anos!
–Tom sai daqui, caramba eu não posso dormir em paz? O que uma pessoa tem que fazer para ter um pouco de sossego? Levar um tiro?
–Você está igual a Rochelle, então levanta! –me jogou para fora da cama, e cai no chão.
–Você vai pagar por isso, rapper albino! –gritei e sai correndo atrás de meu irmão idiota pela casa.
–Meninos, já estão nessa alegria de manhã? –tia Rose que estava passando pelo corredor falou.
–Ele não me deixa dormir, Tia!
–Ele tem que acordar!
–Meninos, vão se acalmar! –sorriu.
–Tom deixa o Bill dormir, ainda é cedo. –Sonny entrava com um balde de leite pela porta e com uma cara de sono que dava até pena.
–Obrigado, pelo menos alguém aqui me entende.
–Ok vou deixar, mais por você ter pedido, e deixe-me te ajudar com esse balde!
–Obrigado. –Tom pegou o balde.
–Nossa isso é pesado pra caramba.
–Sonny é forte, todos os dias pega leite da Belinda e nem reclama. –sorriu.
–Estou percebendo! –gritei. –Agora vou dormir.
–Ah não Bill, agora que Sonny chegou com o leite, vamos tomar café.
–Puta que pariu, Tom! –gritei.
–Olha boca menino! –Tia Rose me chamou atenção.
–Desculpe-me mas eu não tenho bom humor de manhã, Tia!
–Ok ok, troca de roupa, e vai tomar café.
–Estou indo.
Entrei em meu quarto e vesti uma calça preta e uma camisa de lã, pois a manhã é fria.
Cheguei na cozinha e todos estavam à mesa comendo, menos Sonny que estava fazendo alguma coisa no fogão.
–Quer explodir a casa, Sonny? –perguntei-a.
–Quero explodir sua cara.
–Eita!
–Bem feito, Bill.
–Cala boca, Tom!
–Chega! –Sonny gritou. –Tom, pega seu omelete e Bill seus biscoitos de leite. –me entregou um prato com alguns biscoitos.
–Quem te disse que eu gosto de biscoitos de leite?
–O Tom. –suspirou. –Agora deixa eu comer, estou faminta!
Tomamos café em silêncio, e logo que terminamos, Sonny foi lavar os pratos, aquela menina não sossegava nunca? –pensei.
–Bill me faz o favor de pegar aquela barra de sabão ali em cima do armário, você é alto.
–Ah eu não sou seu escravo!
–Por favor, eu estou ocupada, por favor só faça isso e eu te deixo em paz o resto do dia.
–Tá bom. –peguei o sabão e a entreguei.
–Obrigada. –sorriu docemente.
–De nada. –suspirei e fui até o pasto onde tinham algumas árvores e sentei-me embaixo de uma, pensando na vida até que meu celular tocou.
–Alô? –disse entediado.
–Amoooor da minha vida, bom dia meu príncipe perfeito! –ah meu Deus escutar essa maldita voz logo de manhã é castigo.
–Mellissa pelo o amor de Deus o que você quer?
–Nada, só senti saudade do meu bebê.
–Ah tá, o que quer? Quanto quer?
–Na verdade Billzinho eu queria que você me desse um colar de diamantes no meu aniversário. Eu vi na joalheria, ele é lindo demais!
–Se eu te der ele você me deixa em paz?
–Deixo.
–Então ele já é seu. Vai na porra da joalheria e compra ele. –suspirei.
–Aiii obrigado meu amorzinho, te amo tanto, você nem sabe o quanto.
–Tá tá tá, agora me deixa em paz.
–Tchau bebê.
–Tchau Mellissa. –desliguei.
Aquela menina só me liga pra pedir coisas, quando voltar para a cidade vou terminar tudo com ela, não suporto mais isso! Tanta exploração!
–Vejo que ela só quer seu dinheiro. –Sonny saiu de trás de uma árvore com um violão em mãos.
–O que você tá fazendo aqui? Não estava lavando louça?
–Estava, mais terminei.
–Ok então. E respondendo sua pergunta, sim ela só quer meu dinheiro.
–Você deve ter muito pra comprar um colar de diamantes. –sorriu.
–Tá ouvindo a conversa dos outros?
–Não, aqui é meu lugar que fico toda manhã, eu não sabia que você estava aqui, então foi acidente. –deu de ombros.
–Tá. E não, eu não tenho muito dinheiro, mais eu ganhei um concurso de canto na cidade, e eu ganhei uns trocados, e metade dele já foi gasto com a Mellissa.
–E você deixa ela ganhar as coisas que você tem direito?
–Sim, ela é minha namorada, e eu nem ligo.
–Aff, eu não deixava.
–E quem é você pra me dizer o que devo fazer?
–Sou alguém que você deveria escutar. –falou e ficou em silêncio...

Postado por: Grasiele

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