sábado, 14 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 18

Ao invés de me agarrar como sempre fazia, simplesmente me abraçou feito uma criança encostando sua cabeça em meu ombro e acariciando meus cabelos calmamente.

Quem é você e o que fez com Tom Kaulitz?



–Tom, está tudo bem?-perguntei preocupada.

–Aham, por quê?

–Nada. -respondi e acariciei suas costas.

–É tão bom ficar assim, sabia? -suspirou.

–Assim como? -perguntei confusa.

–Assim, sem você se esquivando de mim. -respondeu e ficou me encarando.

–Isso porque você não está me tarando. -respondi sorrindo. -Eu acho que está na sua hora.

–Toooooooooooom. –a voz de Bill ecoou pela casa.

–É, acho que está na minha hora. -concordou e compartilhamos um riso nos soltando, sentamos na cama e ficamos encarando um ao outro. 

–Vamos? –a voz de Tom soou um pouco falha, quebrando o silêncio.

–Claro... –murmurei continuando sentada e Tom me olhou confuso.

–Você não vem? –franziu o cenho.


Me levantei e por impulso o beijei como se nunca mais fosse vê-lo novamente, com certeza eu estava ficando louca ou coisa pior. Foi um beijo calmo e doce, naquele momento não me importei com nada e nem com ninguém, apenas conosco. 
Quando nossos lábios se desgrudaram, Tom me olhava com cara de interrogação. Eu apenas lhe dei um beijo na bochecha e descemos as escadas em silêncio.


–Até que enfim, eu estava ficando preocupado já. -Bill reclamou puxando-me pela mão.

–Está tudo bem. –respondi tentando manter minha respiração regular.

–Agora é a pior parte. –Camila murmurou lacrimejando.

–Não chora amor, eu prometo que esse mês vai passar rapidinho e logo vamos estar de volta. -Gustav pediu beijando-a.

–Eu vou sentir tanto a falta de vocês garotos! -confessei começando a chorar.

–Nós também. -Georg me abraçou. -Se cuida gatinha. -pediu e beijou minha testa.

–Você também Ge e vê se não me trai com ninguém. –tentando manter uma expressão séria.

–Eu não seria louco de trocar uma deusa por uma qualquer que apareça! Não sou louco. –piscou.

–Ah Bill, eu vou morrer de saudade! -soltei-me de Georg e abracei meu melhor amigo. -Promete que vai ligar? Que vai tentar não se esquecer de mim?

–Eu também vou morrer de saudade, não vejo a hora de voltar. -choramingou. -Prometo ligar pra você sempre que puder e vou pensar em você o tempo todo. -disse beijando minha bochecha.

–Eu amo você. -sussurrei no ouvido dele.

–Eu também amo você. –sorriu secando minhas lágrimas.

–Duda, vou sentir sua falta. –a voz de Gustav soou triste. -Cuida bem da minha gatinha, ok?-pediu.

–Também vou sentir sua falta. –o abracei. -Não se preocupe, ela estará em boas mãos.

–Porque eu sempre fico por último? –Tom perguntou fazendo bico.

–Eu não sei, mas acho que você não tem do que reclamar. -falei colocando minhas mãos ao redor do pescoço dele.

–Discutimos isso quando eu voltar... Agora, que tal uma despedida decente?-perguntou sorrindo maliciosamente.

Aproximamos nossos corpos e pousei minha cabeça em seu ombro, senti sua respiração em meu pescoço fazendo-me arrepiar... Tom colocou suas mãos em minha cintura delicadamente.

–Se cuida, tá legal? -pedi contendo as lágrimas.

–Eu prometo que vou tentar me comportar. -sussurrou em meu ouvido. - Espero que se conforme em ficar sozinha, quando eu voltar terá sua recompensa. -riu.

–Garoto, você se acha não é mesmo? -perguntei encarando-o.

–A culpa não é minha se todas me acham gostoso. –lançando-me um sorriso maroto.

–Eu sou uma exceção. –o corrigi.

–Por enquanto. -riu e me deu um selinho.

–Abusado. -xinguei e me soltei do abraço.

A campainha tocou, Bill foi atender e pela porta apareceu um homem bonito que aparentava estar uma pilha de nervos.

–Vocês não têm relógio não? Sabem que horas são? Estão atrasados, atrasados! -o homem falava histericamente.

–Calminho aí David, nós já estávamos saindo. –Georg pediu.

–Agora eu sei por que estão atrasados... –o tal David disse encarando a mim e à Camila. -Só o que me falta é ter comitê de recepção em Paris.

–Hey, elas não são nossas fãs... –Gustav reclamou. - Camila é minha namorada e a Duda é nossa amiga.

–Garotas desculpem o nosso produtor, ele não faz por querer. –as bochechas de Bill enrubesceram enquanto desculpava-se.

–Não tem problema. –sorri sem mostrar os dentes. –Realmente está na hora de ir. –concordei com David.

Saímos todos da casa, os seguranças guardaram as malas dos garotos em um carro enquanto terminávamos a nossa despedida, em seguida os quatro entraram no carro e foram escoltados por "armários". 
Camila e eu fomos para casa, jantamos e depois tentamos dormir.


–Eu vou sentir tanto a falta do meu ursinho. -Camila choramingou.

–Ursinho? Você chama o Gustav de ursinho?-perguntei rindo.

–Qual é o problema? É tão fofo. -fez bico.

–Quem é você e o que fez com a minha amiga? -perguntei fingindo surpresa.

–Como você é engraçada, Maria Eduarda. –sua voz soou carregada de sarcasmo enquanto revirava os olhos. - Você estranha porque não tem um namorado que você realmente ame e que te faça sentir perdida e ao mesmo tempo imensamente feliz. 

–Ok, quem sabe um dia, quando eu resolver ter um namorado de novo, eu te entenda... Mas por favor, não chora, você sabe que isso acaba comigo. 

–Me desculpa. –sussurrou secando as lágrimas.

–Não fique triste, eu vou estar aqui para o que precisar. Eu sou sua irmã, lembra? -falei abraçando-a.

–Obrigada por estar do meu lado.


Fomos cada uma para o seu quarto, estávamos tristes... Eu não compreendia o porquê daquela minha tristeza toda, na primeira vez não tinha sido assim, eu me lembrava o tempo inteiro do abraço que o Tom tinha me dado, da facilidade dele pra me deixar nervosa, do sorriso, do perfume e bem, acho que me apeguei àquele safado. 
Eu me lembrava do Bill também sempre tão amável, carinhoso, lembrei-me do seu sorriso angelical, de como ele me fazia rir e do quanto eu me divertia com ele mesmo estando triste. Eu estava me sentindo sem chão, não entendia como eu poderia ter ficado tão dependente de dois garotos... Não era o que eu queria pra mim, jurei pra mim mesma que não confiaria mais em nenhum garoto como eu confiava em Bill e que não me deixaria envolver como acontecia com o Tom, mas eu não podia controlar.

Foi uma noite mal dormida, assim como algumas que se sucederam. Aos poucos me acostumei com a ausência dos garotos e segui minha rotina normalmente, Camila às vezes chorava e passava mal, mas se sentia melhor quando conversávamos com os garotos pelo telefone, falar com eles nos fazia bem.



Postado por: Alessandra

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