sábado, 14 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 15

NA CASA DOS GÊMEOS...

–Tom, vamos logo! A boate deve estar cheia de gatinhas. –Georg apressou o amigo esfregando as mãos.

–E elas que se preparem, porque o sexgott está cheio de fogo! –Tom gargalhou saindo em direção à porta.

Entraram no carro e foram para a boate, Tom passou na frente da casa de Duda e as luzes estavam apagadas.


–Pelo jeito a noite vai ser boa pro seu irmão.

–Não melhor que a minha. –resmungou.



NA CASA DE DUDA...



Depois de limpar a louça Bill e eu fomos pro meu quarto descansar. Ele era meu melhor amigo e por isso não me importei em dormimos abraçados, eu confiava nele. Sentia-me tranquila, protegida e em paz com ele por perto.
Quando me acordei olhei para o relógio que marcava 4hs, Bill estava dormindo serenamente e tentei me levantar sem acordá-lo. Deu-me uma vontade de ir pra rua e contemplar as estrelas, era o que costumava fazer quando estava sem sono... Peguei um cobertor e meu violão, sentando-me na varanda em seguida.


When I've left all things behind I think of me I just wanna do anything to find peace in my soul
Quando deixei tudo para trás eu penso que eu só quero fazer qualquer coisa para achar paz na minha alma

I don't feel guilty I'm just like this I just wanna live my life today
Não me sinto culpada, sou apenas assim, só quero viver minha vida hoje

I don't feel sad I'm just like this 
Não me sinto triste, sou apenas assim

This is the way

Esse é o caminho

I wanna change my life and start again
Quero mudar minha vida e recomeçar

I wanna change everything and go to the end
Quero mudar tudo e ir até o final

When I find myself here I think of you
Quando eu me encontrar aqui penso em você

I just want to remember things

Só quero relembrar coisas

Things we have done

Coisas que fizemos


Quando estava terminando de cantarolar a música, senti um perfume passeando em minhas narinas, mas ignorei e continuei dedilhando as cordas do violão.

–Não sabia que cantava, sua voz é linda. -Bill elogiou sentando-se ao meu lado.

–Eu não costumo e não tenho muito sucesso. -respondi envergonhada.

–Pois deveria ter o costume, você é boa... Quando me aposentar canta no meu lugar, está decidido. -disse olhando as unhas calmamente.

–Fala sério! –ri incrédula. -Eu até toco direitinho, mas sou uma negação no vocal. -falei parando de tocar.

–Continua, por favor? -pediu-me com os olhos brilhando.

–Bill, você parece cansado, vai dormir.

–Eu quero ficar aqui. -esfregou os olhos e bocejou.

–Você parece uma criança, sabia? -ri.

–Não pareço não! -retrucou fazendo bico e cruzando os braços.

–Parece sim!

–Duda?!

–O que?

–Canta alguma coisa pra mim?

–Ah Bill, o cantor aqui é você! Eu sou só uma amadora, não ganharia nem concurso caça-talentos de escola. -respondi bufando.

–Por favor? -implorou.

–Ok, mas eu não vou tocar mais e não ria se eu desafinar. –impus.

Encostei-me na parede e acomodei meu violão na mesma, Bill deitou sua cabeça sobre meu colo, meus dedos passeavam em seus cabelos enquanto eu cantava baixo.
Fiquei olhando Bill dormindo até o amanhecer, parecia um anjo e em seus lábios havia um pequeno sorriso. Quando o relógio marcou exatas 6hs precisei acordar Bill, eu teria um dia inteiro de trabalho pela frente.



–Bill, acorda. -sussurrei passando a mão em seu rosto.

–Hein? O que... Duda? -acordou assustado.

–Está tudo bem! Levanta, precisamos entrar, está amanhecendo. 

–Mas que horas são? -perguntou coçando os olhos.

–Seis horas... Você pode dormir mais se quiser, eu não me importo.

–Não sinto sono, dormi muito bem essa noite.


Levantamo-nos e entramos na casa, meu amigo foi para o banheiro enquanto eu ia até o closet pegar algumas peças de roupa. Bill saiu do banheiro e eu fui tomar um banho, logo após vesti-me e desci até a cozinha.


–Waffer com chocolate!? –inspirei sentindo o aroma doce da calda que Bill preparava. -Assim eu vou engordar. -disse fazendo bico.

–Se engordar vai ser a fofinha mais linda que eu já vi na vida. -falou beijando minha bochecha.

–Fala isso porque é meu amigo, não vale!

–Vale sim. -mostrou a língua.- Então, vai comer ou vai ficar só olhando? -perguntou colocando as mãos na cintura.

–Ai, você até parece a minha mãe. -falei e, sem querer, deixei meu rosto entristecer.

–Hey, o que houve? -perguntou segurando meu rosto.

–Está tudo bem. -respondi com um sorriso amarelo e levei um pedaço de waffer à boca.

–Duda você parece uma criança comendo. –comentou rindo.

–Porque?

–Sei queixo está todo sujo. –gargalhou e apontou para a sujeira.

–Saiu? -perguntei passando a mão no queixo.

–Não e espalhou mais ainda o chocolate.

–Limpa pra mim? -pedi.

Bill chegou bem pertinho do meu rosto e lambeu meu queixo, o que fez minhas bochechas corarem.


–Arg Bill, você me babou toda. -fiz cara de nojo.


Ele apenas riu e comeu o waffer do seu prato. Terminamos nosso café, olhei meus e-mails e me preparei pra ir trabalhar... Carlo já não era mais meu motorista, eu tinha comprado um carro, Camila era quem dependia dele.


–Você vai ficar aqui em casa?

–Não Duda, eu vou pra minha... Não quero nem ver o que me espera. –revirou os olhos.

–Quer uma carona? -ofereci

–Claro.

–Só me espera um pouquinho, eu tenho que buscar uma coisa.-pedi indo até meu quarto buscar o casaco de Tom que estava comigo desde o dia anterior.

Peguei o casaco, fomos para a garagem, entramos no carro e dirigi até a casa dos gêmeos.


–Está à salvo, Sr. Kaulitz. -falei fazendo-o rir.

–Obrigado, Duda. –sorriu. -Não quer entrar e entregar o casaco pro Tom?

–Eu acho que não é uma boa ideia. -disse contorcendo os lábios.

–Ah vamos?! -pediu com cara de cachorrinho que caiu do caminhão da mudança.

–Ok. -peguei o casaco e saímos do carro.


As luzes estavam todas apagadas, exceto a luz de um pequeno abajur. Bill abriu as janelas e deixou a luz do sol fraco entrar... Em cima da mesa de centro da sala tinha garrafas de Whisky e uma carteira de cigarro vazia. 


–Bem, parece que a noite foi agitada por aqui. -falei surpresa.


NO QUARTO DE TOM...


Tom estava deitado só de boxers na cama e estava cochilando entre duas garotas loiras e cobertas apenas por um lençol. Despertou ao ouvir a porta no andar de baixo, mas não deu atenção ao barulho e levantou indo tomar um banho.


–É Tom, essa noite você se deu bem. -falava sozinho.


Após terminar seu banho foi até o quarto e as garotas estavam acordadas.



–Bom dia, Tommy. -disseram em uníssono.

–Ah... Bom dia!?

–Nem me chamou pra tomar banho com você. -disse a loira de olhos azuis.

–É que eu, bem... Eu não quis acordar você. –inventou uma desculpa qualquer e coçou a cabeça.


Passos e vozes se aproximaram do corredor, Tom estava colocando um roupão quando bateram na porta.



–Tom, está acordado? –Bill perguntou.

–O que você quer, cara? 

–É que a Duda está aqui, veio te entregar o casaco.


As duas loiras se olharam e logo após lançaram seus olhares para o Tom:


–Quem é Duda? –a outra loira que, até então não havia falado, se pronunciou.

–Acho melhor vocês se vestirem e não demorem! -ordenou friamente, ignorando a pergunta da garota.

–Mas Tom... -uma delas protestou.

–Caralho, dá pra fazer o que eu pedi? -perguntou alterado.


A garota se calou e começou a vestir suas roupas, Tom estava nervoso e afundado em pensamentos.


P. O. V. Tom Kaulitz
Puta que pariu, a Duda tinha que aparecer justo na hora errada? Merda, merda, merda. Se ela visse essas garotas aí sim é que eu nunca conseguiria ficar com ela. Pra piorar minha cabeça dói. 
Ah, quer saber? Que se foda, ela quer dar uma de espertinha pra mim e negava fogo... Eu tenho mais é que procurar outra pra me dar o que eu preciso e, apesar de não estar totalmente satisfeito, a noite foi boa.
É bom que ela veja o quanto sou desejado e que ela pode se arrepender do que está fazendo.


P. O. V. Duda


–Toom?-Bill chamou do lado de fora.

–Já estou indo.

–A gente vai esperar lá embaixo. –Bill avisou.


Bill e eu descemos as escadas quietos, fomos à cozinha pegar algo pra beber e esperamos Tom na sala. Eu não sabia o porquê, mas eu estava nervosa e com um pouco de raiva por ter que esperar o aquele pervertido se recompor da noite luxuriosa dele...



–Duda, me desculpa... Não era pra você tá passando por isso. –Bill murmurou inconformado.

–Está tudo bem e você não tem culpa que o seu irmão sai comendo qualquer coisa por aí. -respondi tentando disfarçar meu nervosismo.


Tom desceu as escadas com duas garotas loiras, as duas pareciam a futilidade em pessoa e me olhavam dos pés à cabeça com os olhos cheios de fúria. Um sorriso cínico se formou em meus lábios.



–Bom dia. –Tom desejou claramente incomodado.

–Ótimo dia. –respondi irônica.

–Péssimo dia. –Bill bufou.

–Não vai nos apresentar suas "namoradas"? -perguntei sorrindo falsamente.

–Ah, claro! Essas são... -Tom tentou falar mas esqueceu-se dos nomes.

–Acho que você esqueceu, que coisa mais feia! -debochei balançando a cabeça negativamente. 

–Sou Kate e essa é minha amiga Isadora e você quem é, queridinha?-falou a loira de voz insuportável.

–Maria Eduarda, muito prazer. -respondi após bebericar o meu copo.

–Tom... –Bill murmurou com um olhar reprovador.

–Elas já estão de saída. -respondeu Tom ao irmão. -Garotas, tchau.

–O que?! Mas... –Isadora protestou.

–Mas nada. Tchau! –Tom cortou-a levando-as até a porta e, após fechá-la, retornou para a sala inexpressivo.
–Eu não acredito que você trouxe essas vagabundas aqui pra casa, Tom! –Bill gritou. –Se quer fazer suas safadezas, vai pra um motel.

–Larga de ser chato cara, até parece a nossa mãe! –revirou os olhos. -E a casa também é minha.

–Coitadinho Bill, deixa ele se divertir. -falei tentando não rir.


Bill levantou do sofá e foi pra cozinha, deixando a mim e Tom sozinhos.



–Nossa, com duas Tom? Tudo isso é fogo? -debochei.

–Você sabe, eu sou um sexgott e eu não ia esperar por você, eu tenho minhas necessidades. -respondeu mantendo seu ar de superioridade.

–Pelo jeito não precisa mais de mim então, ótimo! –suspirei e sorri. -E a propósito, toma o seu casaco.

–Pra falar a verdade eu não estou satisfeito... Elas não chegam nem aos seus pés. -falou puxando-me pelo braço.

–Acho bom você conter o seu fogo, antes que eu dê um jeitinho. -respondi puxando meu braço.

–Eu sei uma maneira de apagar o meu fogo... -disse em meu ouvido.

–Eu também sei. -respondi jogando água nele.

–Você me paga Maria Eduarda. -resmungou bravo.

–Acho que não. -provoquei me soltando dele e “joguei” um beijo.


Bill entrou na sala, viu Tom todo molhado e começou a rir escandalosamente. Tom corria atrás de mim e eu me escondi atrás do meu melhor amigo.

–Do que está rindo seu idiota? -Tom bufou. -Não adianta se esconder atrás do meu irmão, você me paga. -disse apontando o dedo pra mim.

–Caramba, você está todo molhadinho... É a primeira vez que te vejo assim por uma garota. -Bill comentou entre gargalhadas.

–Eu não tenho medo de você, duvido que me pegue. -provoquei mostrando a língua para Tom.

–Haha, muito engraçado Bill e quer saber, eu cansei de correr atrás de você garota. –indignou-se e subiu as escadas.

–É, acho que ele ficou irritadinho. -falei inocentemente.- Eu tenho que ir trabalhar, a gente se fala, tá?

–Ok. –Bill concordou. -Vamos almoçar hoje? Por favor? -pediu.

–Ah meu anjo, hoje não vai dar! Tenho muita coisa pra fazer... Preciso selecionar as fotos de vocês.

–Você é muito má, sabia? -fez bico.

–Hey, a culpa não é minha! –fingi-me indignada. -Ninguém manda vocês serem tão fotogênicos.

–Sei... Não vá se apaixonar, hein. -piscou.

–Até parece alguém que eu conheço! –murmurei revirando os olhos. -Deixa eu ir, mais tarde a gente se fala.


Bill me levou até a porta, nos despedimos com beijos estalados nas bochechas e fui para o trabalho. Liguei pra Camila assim que cheguei na agência, ela tinha dormido fora de casa.

–Alô!?

–Mila, é a Duda.

–Oh, sim, quem mais teria a brilhante ideia de me ligar às 7hs45min da manhã? –comentou sarcástica.

–Nossa, eu só liguei pra saber se estava viva. -fingi-me magoada.

–Estou bem vivinha e você como está?

–Ótima... Tenho até medo de perguntar como foi a noite.

–Foi quente amiga e a sua? Não minta, eu sei que o Bill dormiu lá em casa.

–Nossa, desse jeito eu vou ser titia cedo. –comentei surpresa. -O Bill dormiu lá sim, mas não transamos, se é o que está querendo saber.

–Não rolou nem um beijinho? Ou sei lá, umas carícias?

–Bem, não foi nada de mais.

–Pode me contar o que aconteceu! Conheço você. –Camila exigiu rindo.


Contei a ela sobre o quase beijo, a noite quase não dormida e o café da manhã.


–Amiga, você está arrasando corações! –gargalhou. -E me fala o que aconteceu ontem lá no shopping.

–Ah, cala a boca Camila. –xinguei. -No shopping? Não aconteceu nada demais. 

–Não precisa esconder, eu sei que você deu uns pegas no Tom em pleno provador... Safada! 

–Eu não!

–Ah, não mente! O Tom me contou tudo.

–Aff, você e o Tom estão de complô contra mim? E foi ele quem me agarrou, nem vem! –protestei.

–Nós somos amigos, oras! –bufou. -Sei, e você não gostou por um acaso? Porquê deixou ele te beijar?

–Ah, você sabe... 

–Sei muito bem... Você se faz de difícil, mas na verdade está caidinha por ele! Confessa.

–Hey, eu só estou tirando uma com a cara dele! Aquele garoto vai provar do próprio veneno, sabe que eu não me apaixono... Não mais. -respondi parecendo convicta.

–Quem não te conhece que te compre! 

–Tá, de noite a gente conversa. –cortei o assunto. -Vai dormir em casa né?

–Sim! Até à noite, beijos.

–Beijos e juízo. -respondi desligando.

Postado por: Alessandra

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