sábado, 14 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 16

Liguei meu computador e conectei a câmera, ocupei a maior parte do tempo com a seleção das melhores fotos, a maioria estava ótima e foi um trabalho difícil... Havia uma foto mais perfeita que a outra, levando em consideração diversos fatores.
Os garotos são muito fotogênicos e lindos, mas as fotos do Tom mexiam comigo de uma maneira diferente.


–Merda, para de pensar nesse garoto, Maria Eduarda! -xinguei. -Você sabe que ele é um cachorro, imbecil, estúpido e principalmente irritante. –enumerei os defeitos de Tom.

–É Tom, você pode ser muito gostoso, sedutor, extremamente sexy e mesmo tendo uma pegada maravilhosa, não merece piedade. -falei apontando para a foto dele na tela. -Sinto muito, mas eu vou ser muito má com você. -concluí fazendo cara de dó.

–Falando sozinha? Anne perguntou entrando na sala.

–Ai, quer me matar do coração? -perguntei colocando a mão no peito.

–Desculpa, não foi minha intenção, mas não respondeu à minha pergunta.

–Eu estava pensando alto. 

–Imagino sobre QUEM estava pensando... Tom Kaulitz.

–Nein, nein. -balancei a cabeça negativamente. -Que imaginação fértil a sua, hein!

–Eu acho que não! Sei que e tá caidinha por ele.

–Primeiro a Camila, agora você. Caramba, vocês tão vendo coisas. –ri tentando conter o nervosismo que surgia.

–Aposto que logo vocês estarão juntos, escuta o que estou dizendo.

–Ah, claro! -falei sarcástica. -Talvez eu até fique com ele, mas não por muito tempo.

–Acho que se ficarem juntos ele não te larga mais.

–Haha, essa é boa. –ri debochada. - Isso não vai acontecer, estamos falando do cara mais galinha da Alemanha.

–E se por um milagre acontecer?

–Primeiro: não acredito em milagres e segundo: se acontecer ele vai ter que esquecer, esse garoto merece uma lição.

–Você é muito má! Vai se vingar pelas outras que ele pegou... 

–Ele vai sentir na pele o que é ser usado, Anne! –bufei. -E eu não quero mais falar nesse assunto. –declarei tentando pôr um ponto final no assunto.

–Certo, só cuida pra não sair machucada dessa história e não faça nada do que possa se arrepender depois.

–Aham. –respondi monossilábica. -Ah, vem ver as fotos.

–Ual, essas fotos estão ótimas! –seus olhos brilharam.

–Os garotos são muito fotogênicos e espontâneos, foi fácil trabalhar com eles, são bem tranquilos e divertidos. –sorri vendo os quatro rindo. –Bill nos fez revirar o shopping inteiro e confesso que cuidar de quatro garotos é uma tarefa cansativa.

–Imagino. –riu. -Você faz a edição das fotos e quando ficarem prontas nós chamaremos os garotos, certo? 

–Ok, vou tentar fazer da melhor maneira possível e o mais rápido que puder. –concordei.

–Não se preocupe com o tempo, você tem uma semana.

–Tempo suficiente. -respondi sorrindo.

Anne saiu do estúdio e eu fui almoçar no shopping às 13hs, voltei pra agência às 14hs15min e continuei meu trabalho fazendo tudo com muita calma e concentração, era extenso e importante, e recém o início do projeto. Fui interrompida pelo meu celular vibrando na bolsa.

–Maldito celular! –murmurei.

–Alô. -atendi mal-humorada.

–Oi gata, o que você tem? –a voz de Georg foi reconhecida imediatamente.

–Não é nada Ge, eu só estava trabalhando.

–Me desculpa, eu só liguei pra te dar um aviso. –seu tom de voz soou meio triste.

–Não foi nada... –suspirei. -Então, diga!

–Nós, a banda, vamos ficar um mês fora.

–Ah, eu vou sentir a falta de vocês. –um bico formou-se instantaneamente em meus lábios. -Quando vão viajar?

–Estamos indo hoje à noite. –respondeu. -Ah, o Bill quer falar com você. -avisou.

–Duda, oi é o Bill. –a voz doce do meu melhor amigo soou suavemente.

–Oi anjo.

–Posso te pedir uma coisinha? 

–Pode.

–Vêm se despedir da gente? -perguntou com a voz chorosa.

–Mas é claro! 

–Estaremos prontos às 19hs, o voo sai às 20hs30min. –informou.

–Certo, eu vou passar em casa e depois vou pra sua. 

–Ok, beijos.

–Beijos.

–Duda...

–Sim?!

–Te amo, pequena. –Bill sussurrou com a voz terna.

–Também te amo, magricelinho. -respondi e desligamos o telefone.


Olhei no relógio e eram 17hs, salvei o trabalho feito até aquele momento e desliguei o computador enquanto arrumava minhas coisas, e fui pra casa às 18hs.


–Oi Mila, saiu mais cedo do trabalho? –perguntei ao avistá-la esparramada no sofá.

–Oi Duda, eu tirei o dia de folga... Estou me sentindo meio mal. –fez careta.

–Hum... –murmurei. -E o que você tem?

–Nada de mais, é só um enjoo.

–Mila... -olhei-a nervosa.

–O que? Eu não estou grávida, Duda! Eu me cuido, sabia? –respondeu ao meu olhar.

–Como você pode ter tanta certeza assim? –arqueei as sobrancelhas.

–Eu não vou discutir com você! –revirou os olhos.

–Não vai mesmo, não tem nem argumentos pra isso! Eu vou te levar no médico e você vai fazer os exames.

–Mas... –tentou argumentar.

–Não tem mas nenhum, vai e pronto! -falei dando-lhe as costas.

–Tá legal, mas não fala nada pro Gust, pelo menos não até termos certeza. –pediu.

–Por mim tudo bem. -falei subindo as escadas.


Tomei um banho demorado, coloquei um vestidinho vermelho com mangas curtas e um All star branco, fiz uma maquiagem básica e desci.

–Você vem? -perguntei.

–Sim, deixa só eu pegar minha bolsa. -respondeu subindo as escadas rapidamente.

Assim que Camila voltou saímos e fomos para a casa dos gêmeos. Tocamos a campainha, Tom abriu a porta e entramos.

–Oi Camila, como foi o seu dia? –Tom perguntou me ignorando.

–Começou um pouco ruim, mas foi tranquilo e o seu?

–Tive uma noite maravilhosa. -disse dando uma pausa. -Recebi uma visita ótima pela manhã. –olhou na minha direção. -E o resto do dia foi bom. -concluiu.


Tom estava fingindo não perceber minha presença, acho que estava querendo me irritar e de fato, ele estava quase conseguindo...


–Onde tá o Gust? 

–Ele e os outros tão lá em cima. –Tom respondeu apontando para as escadas.

–Obrigada. -Camila agradeceu subindo as escadas, sendo seguida por mim.

–Hey, hey. -Tom puxou meu braço, fazendo-me parar.


Encarei-o calada e puxei meu braço, voltando a seguir o meu caminho, mas Tom parou na minha frente impedindo-me de continuar.

–Será que dá pra você falar alguma coisa? -Tom perguntou sério.

–Agora você quer que eu fale? -perguntei fitando-o.

–Ah, qual é Duda? Para de se fazer de difícil...

–Engraçado, quando eu cheguei você fingiu não estar me vendo, não falou nem um "oi" e agora está me enchendo? Dá um tempo garoto.



Postado por: Alessandra

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