sábado, 14 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 14

Peguei as sacolas e fui atrás do Tom, era infantilidade da parte dele deixar o Bill cheio de sacolas, aquilo pra mim parecia implicância ou até mesmo ciúme.
Encontrei Georg, Camila e Gustav na frente da Chilly Beans.
–Duda, o que você está fazendo aqui sozinha com essas sacolas? Cadê o Bill? –Camila perguntou confusa.
–Eu vim pedir pro Tom levar as sacolas, não custa nada! O Bill está me esperando.
–Duda? –a voz de Tom soou surpresa.
–Ehr, oi... Será que eu posso falar com você só um pouquinho? -pedi.
–Ah, claro! Gustav vai abrindo o carro? -disse alcançando as chaves para o mesmo.
–Então, o que você quer? -perguntou sentando-se em um banco.
–Eu vim pedir que... -sentei-me ao lado dele sendo interrompida.
–Eu te dê mais uns beijinhos? Você não precisa nem... -interrompi-o colocando o dedo indicador em seus lábios.
–Deixa eu terminar, por favor. –murmurei.
–Claro... –concordou após tirar meu dedo dos seus lábios. -Você abandonou o meu irmão só pra vir falar comigo? E ainda roubou as roupas dele! Eu disse que ficaria caidinha por mim. -disse convencido e pegou minha mão livre.
–Será que podia, por favor, parar de falar besteira? -perguntei semicerrando os olhos- O seu irmão está me esperando... Tom, por favor, leva essas sacolas pra mim? –pedi mantendo minha voz suave, eu sabia que ele não negaria.
–Hm... –murmurou. -Vou pensar no seu caso. -respondeu cruzando os braços.
–Então fica pensando aí, enquanto eu vou pra casa. -falei levantando-me rapidamente.
–Hey, espera... -pediu puxando-me para ele. -Eu levo as sacolas pra você.
–Obrigada. –sorri agradecida.
–De nada. -sorriu dando-me um selinho.
–Garoto abusado, não tem medo do que pode acontecer? -ri olhando para suas calças e entreguei as sacolas pra ele.
–Você não teria coragem... Ou teria? -perguntou arregalando os olhos.
–Paga pra ver. -respondi com um sorriso malicioso. -Ah, seu casaco...
–Pode ficar com ele, vai precisar. –piscou.
–Tchau.
–Tchau. -repetiu tentando me beijar, mas virei o rosto.

Saí e fui procurar o Bill, com certeza estava cansado de me esperar. Encontrei-o e pegamos um táxi para minha casa, o caminho inteiro não mencionamos nenhuma palavra, Bill apenas acariciava minha mão.
P. O. V. Bill Kaulitz
Eu não sei como explicar a maneira como me sinto perto da Duda. Desde o dia em que eu a vi na boate, senti-me na obrigação de protegê-la, tê-la em meus braços e fazer dela a mulher mais feliz do mundo. 
Hoje foi um dia ótimo, apesar dos olhares que meu irmão lançava na nossa direção. Eu gosto da maneira como ela me trata... É tão espontânea, carinhosa, divertida. Quando estamos juntos parece que tudo é perfeito, o seu sorriso me dá alegria e seus olhos são a minha luz, a luz que eu não encontrava há muito tempo. 
Sinto-me feliz ao lado dela e não quero vê-la triste, magoada ou preocupada com alguma coisa. Não quero que sofra, assim como ela trouxe a paz e a felicidade que faltava em minha vida, nunca vou deixar que os mesmos faltem para ela. Tom é meu irmão, mas não vou deixa-lo usar a Duda.

P. O. V. Duda
Chegamos e as luzes estavam apagadas, Camila ainda não havia chegado em casa ainda, entramos e fomos direto para a cozinha.

–Bill, está com fome?
–Tô morreeeendo de fome. –respondeu fazendo uma careta.
–Então eu vou subir e tomar uma ducha, depois eu desço pra preparar algo.

–Ok.
Subi e tomei uma ducha rápida, coloquei uma regata rosa e um short branco com bolinhas rosas, desci e fui preparar o jantar.

–Nossa, você quer me matar do coração? –Bill perguntou colocando a mão no peito.
–Ai, Bill que susto! -virei-me rapidamente com uma faca na mão.
–Cuidado com essa faca! –riu nervoso.
–Não entendi o que você quis dizer sobre te matar. -comentei confusa.
–Esse seu pijama, ué. -respondeu com cara de "óbvio".
–Agora não tenho mais minhas dúvidas de que você e seu irmão saíram do mesmo lugar. -falei voltando a cortar alguns legumes.
–Desculpa. -pediu ficando envergonhado.
–Tudo bem, pelo menos você não tentou me agarrar. -sorri.

Bill foi pra sala e ligou o rádio colocando o CD do Greenday a todo o volume. Cozinhei dançando pela cozinha feito uma maluca, era a maneira mais gostosa e divertida de se preparar comida. Estava tão distraída que não vi Bill parado na porta me olhando.
–Você parece uma criança, sabia? -falou rindo.
–Ninguém mandou ficar me espionando. -mostrei a língua.
–Desculpa, mas eu não resisti. -disse se aproximando da panela com molho.
–Hey, sai já de perto da minha comida. –dei um tapa em sua mão.
–Nham, mas o cheiro está tão bom... –resmungou.
–Espera só mais um pouquinho, a massa está quase pronta. -pedi.
–Ok. -cruzou os braços virando-se de costas pra mim e fazendo bico.
–Bill... Não fica bravo. -sussurrei em seu ouvido.
–Não tem como ficar bravo com você. –virou-se me abraçando.

Nossos rostos estavam bem próximos, quase nos beijamos, mas a panela da massa quebrou totalmente o clima e, de certa forma, me salvando... Não sei se é o termo correto, eu gostava dele, sentia algo mais que atração carnal, talvez fosse amor? Não sei explicar, mas quando estava ao lado dele me sentia feliz e segura. Era diferente de Tom, que me fazia perder os sentidos e me deixando levar pelo momento.
–Ehr, a panela Bill. –fugi indo em direção ao fogão.
P. O. V. Bill Kaulitz
Não consegui me controlar ao vê-la distraída cozinhando... Além de estar sendo engraçada a cena de uma garota cozinhando e cantando com uma colher de pau na mão, estava extremamente sexy naquele pijama. Era bem simples, mas despertava desejo em mim, um desejo inexplicável e incontrolável.
Nos beijaríamos se não fosse a panela atrapalhar... Por um momento pensei que ela também quisesse aquilo e logo me perguntei se seria possível que ela sentisse algo por mim além da amizade.

P. O. V. Duda
Depois do "incidente" colocamos a mesa e fomos jantar, eu havia preparado uma massa com um molho que inventei em uma de minhas experiências com legumes na cozinha.

–Hm... Está uma delícia! –elogiou. -Quais os ingredientes? -perguntou degustando a comida.
–Já posso casar então? –brinquei. -Tenho meus segredos de cozinha, sabe? –me gabei.
–Pode casar, só falta um pretendente decente. –comentou. -Um dia eu descubro seus segredos! Adoro desvendar mistérios. –sussurrou lançando-me um sorriso pervertido.
–Pretendente decente? Está difícil! –revirei os olhos. –Acho melhor você desistir e não tentar a sorte. -provoquei.
–Eu, por exemplo, não sou decente? –perguntou arqueando as sobrancelhas. -Eu não preciso de sorte.
–Decente até demais. -respondi rindo. -É o que veremos. -falei desafiadoramente.
–Então, casa comigo? -pediu ajoelhando-se. -Prometo que não invadirei sua cozinha. -disse rindo.
–É muito cedo pra casarmos, mas é uma proposta tentadora. –ri da encenação.

Terminamos a refeição e seguimos para a sala, assim que sentamo-nos no sofá para assistir TV, o telefone e atendi-o
–Alô, Duda?
–Oi, Gê.
–Você não quer sair comigo e com o Tom? –convidou. -Ah, sabe por onde o Bill anda?
–O Bill está aqui comigo e eu estou meio cansada pra sair, é recém terça-feira!
–Ok, então e vê se dá um jeito no Bill... Esse garoto é tão rabugento quando você não está por perto.
–Não me diga? -perguntei sorrindo e olhando pro Bill.
–É, acho que falei demais. –limpou a garganta. -Então, boa noite.
–Boa noite. –desejei desligando e olhei para Bill, que parecia pensativo. -O que foi? -perguntei cutucando-o.
–É que eu estava pensando e quero me desculpar por nós, sabe? -olhou pra mim gesticulando com as mãos.
–Por nós quase termos nos beijado na cozinha? -perguntei tentando adivinhar sobre o que ele estava falando.
–É. -respondeu suspirando.
–Hey, não tem que pedir desculpas! Eu acho que as coisas simplesmente acontecem quando tem que acontecer. -respondi pegando em sua mão.
–Quer dizer que...
–Que não estou brava e nem ofendida, essas coisas acontecem. –completei sua frase.
–Mas você não acha meio estranho? Nós somos amigos... –fez uma careta.
–Pra quem conheceu Tom Kaulitz e convive com ele, não é nenhum pouco estranho. –respondi rindo.
–Sabe Duda, eu gosto de você, é uma ótima amiga... Se o Tom te incomodar é só me dizer.
–Não se preocupe, eu sei me cuidar.
–Você é quem sabe. –sorriu. -Só sei que se vocês se casarem, quero ser o padrinho.
–Você é maluco ou o que? –arregalei os olhos surpresa. -O brócolis que eu coloquei na comida devia estar estragado. –brinquei.
–Brócolis? Eca, não acredito que comi aquela coisa verde e desprezível. -resmungou enojado- Quer dizer que não me escolherá pra ser seu padrinho? -perguntou fitando o chão.
–Hey, não é desprezível ok?-falei colocando as mãos na cintura. –E eu não vou me casar com o Tom, meu anjo.
–Mas quem será o sortudo então?
–Não será, eu não vou me entregar a ninguém, eu já sofri demais com o meu último relacionamento. –minha voz saiu falha.
–Não quer me contar o que aconteceu? –perguntou receoso.
Assenti e contei tudo a ele, me sentia mais leve desabafando, a única que sabia da minha decepção era a Camila.


P. O. V. Bill Kaulitz
A cada palavra que Duda pronunciava sentia meu coração apertar, machucava-me só de imaginar ela sofrendo por um cara que só a usou. Como poderia alguém usar outra só pra diversão? Nunca entendi e eu condenava esse tipo de atitude. 
O desabafo da Duda me fez lembrar imediatamente do meu irmão e que eu precisava mais do que nunca afastá-lo dela.

P. O. V. Duda
–Como esse cara foi capaz de fazer isso com você? –olhou-me incrédulo. -Uma garota que além de linda é maravilhosa e única, eu se fosse ele nunca teria feito você sofrer, eu juro. –suspirou. -Olha, eu sei que o Tom é meu irmão e eu amo-o demais, mas eu não vou deixar ele te machucar! Eu brigarei com ele se for preciso.
–Hey, não se preocupa. –pedi.
–Como não vou me preocupar? Você é muito importante pra mim, trouxe a felicidade de volta pra minha vida e eu não quero que se machuque.
–Você também é muito especial pra mim, mas me promete uma coisa?
–O que?
–Não briga com o Tom por minha causa, certo? –sequei a última lágrima que escorria por meu rosto.
–Vou tentar me comportar. –assentiu sorrindo.
–Sabe, eu te amo magricelinho. –cutuquei-o. -Obrigada por estar do meu lado. –abracei-o ternamente.

P. O. V. Bill Kaulitz
Eu não esperava ouvir aquelas palavras, mesmo que fosse o meu maior desejo. Senti-me feliz e ao mesmo tempo confuso, com certeza o amor que Duda sente por mim não é o mesmo que sinto por ela, mas eu precisava dizer o que eu sentia, mesmo que ela não percebesse que eu queria muito mais do que a nossa amizade.

P. O. V. Duda


–Eu também te amo, minha pequena. –beijou minha testa.
Liguei a TV, abraçamo-nos no e após alguns instantes de silêncio Bill me perguntou algo que me fez pular.
–Você e meu irmão estão "ficando"?
–Não! –aprecei-me a responder.
Sorri e dei um beijo na bochecha dele, tirei a mesa do jantar e fui para a cozinha deixar tudo limpo. Pensei em como seria se eu ficasse com o Tom, pra ele eu seria só mais uma e eu não queria isso. Se ele quisesse ficar comigo teria que aprender algumas coisinhas primeiro e com certeza ele nunca se esqueceria de mim.
Na casa dos gêmeos...

–Georg, ligou pra Duda? –Tom perguntou enquanto olhava-se no espelho.
–Liguei e ela disse que está cansada.
–E ela viu o meu irmão?
–Ehr, ele está com ela, Tom.
–O que? –perguntou olhando incrédulo para o amigo.
–Foi o que eu te disse, eles estão na casa da Duda. –Georg repetiu.

P. O. V. Tom kaulitz

Será que o Bill foi pra casa da Duda com a desculpa de estar bravo comigo? Ele sabia que ninguém o deixaria sozinho, principalmente ela. Ele não pode ter a capacidade de usar a nossa briga pra se aproximar dela, aquilo não era justo. 
Eu ficaria com ela e não deixaria barato se ele conseguisse alguma coisa... Ela estava comigo e não com ele! Mesmo sendo meu irmão precisava entender que eu nunca perdia e aquela não seria a primeira vez. 
Eu havia dado uns amassos nela e devo confessar que ela me deixou louco! Precisava fazer alguma coisa...

Postado por: Alessandra

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