terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 9 - Quem é Mônica Sanz?


A apresentadora anunciava que Bill Kaulitz, vocalista da banda Tokio Hotel, tinha operado de um quisto devido a uma laringite, fiz uma careta olhando para Bill sorrindo, o que não era uma noticia tão nova, então o outro apresentador, parecendo ler os meus pensamentos, jogou a bomba em nós:
–Isso não é uma notícia nova, o que podemos chamar de uma boa e nova notícia é o fato dele ter recebido a visita e os cuidados da modelo espanhola Mônica Sanz.
Conforme o apresentador ia narrando a noticia fotos de Bill e da modelo iam sendo exibidos na reportagem.
Eu o olhei incrédula e não consegui formular nada, nem tirar uma conclusão e muito menos perguntar algo a ele.
–Que idiotice é essa? – Bill pegou o controle remoto desligando a televisão. – De onde eles tiraram essa noticia sem cabimento e quem é Mônica Sanz?
Eu me levantei de sua cama na mesma hora que Tom entrou no quarto com cara de quem tinha visto um fantasma, não disse nada, não precisava, seus olhos arregalados e assustados já os denunciavam, só precisava saber se o que o assustou tanto foi pelo falso rumor ou pelo fato da noticia, da visita da tal modelo no hospital ter vazado.
Minha cabeça produzia mil teorias ao mesmo momento, o quarto parecia rodar.
Eu odiava o pensamento desleal que surgiu em minha cabeça, tanto quanto odiava minha incapacidade de pensar. E sentia desprezo pela situação, por plantar a semente da dúvida em minha mente. Eu tentei controlar minha raiva, por mais que eu soubesse no fundo que aquilo fosse mentira.
Eu olhei para Bill e depois para Tom e calada, saí do quarto indo para a cozinha, onde Simone fazia o almoço, quando me olhou sorriu simpática, então sem ela saber de nada, pedi para ajudar nos afazeres. Estava cortando os pães quando senti sua presença no ambiente.
– Preciso conversar com você em particular antes que tudo desabe ao nosso redor. – ele disse sério.
Levantei meus olhos e fitei Simone que nos olhou sem entender o que estava acontecendo, e sempre discreta, não perguntou nada.
–Depois!
–Agora! - ele ordenou
–Estou ocupada!
–Tudo bem não me importo em falar na frente da minha mãe!
Olhei para Simone e depois pra Bill, pela feição dele, ele faria mesmo.
Eu andei, passando por ele seguindo para o seu quarto, antes para minha infelicidade, passei por Tom que estava com o laptop aberto em um site espanhol e então, estava em todos os lugares, Bill e Monica Sanz estavam tendo um caso!
Tom a me ver, fechou rápido a tela, balancei a cabeça negativamente, aquilo não podia aumentar mais a minha mágoa, seria impossível.
Entrei em seu quarto e ele fechou a porta, levou um tempo até eu parar de respirar fundo.
–Ela foi te visitar? – eu perguntei ainda de costas. – Essa modelo esteve no hospital te visitando?
– O que você esta querendo dizer?
–Estou querendo dizer exatamente o que você entendeu! - Eu disse o olhando, quase perdendo a paciência – Foi ou não foi?
–Não vou responder essa pergunta. – ele disse sentando na cama
–Quem cala consente, Bill Kaulitz!
–Não no meu caso, Katrine Werber! – Bill disse sério me olhando – Não vou responder por que você sabe exatamente a resposta para essa sua pergunta estúpida.
–Não minta para mim, Bill
–Acha que eu estou mentindo? – ele baixou a voz. -Não só eu, mas minha equipe inteira? – Acha mesmo que eu não te assumo, mas deixo outra mulher entrar no hospital para me visitar e cuidar de mim?
–Não sei...
Bill se aproximou segurou meu queixo e levantou meu rosto, eu olhei para os lados antes de encará-lo, tive vontade de me afastar para muito longe dali. Mas aquilo iria apenas colocar lenha em uma fogueira que já estava em brasa. Ele soltou meu rosto então voltou a perguntar, com a voz calma:
– Acha mesmo que eu mentiria para você, Kate?
– Não sei... Eu simplesmente não sei mais nada... - Eu disse não agüentando toda aquela pressão e para não fazer uma cena lamentável com lágrimas, peguei minha bolsa e saí do quarto passando por Tom e Simone que estavam parados conversando na sala, ouvi a voz dela me chamando.
–Tudo bem, Simone só preciso ficar um pouco sozinha! – eu disse sorrindo saindo da sala entrando no meu carro e saindo em disparada para o meu apartamento.
Virei à esquina da minha casa pegando o controle do portão na minha bolsa, ele se abriu e entrei, saí do carro e acionei o alarme, peguei o elevador e subi para o meu apartamento que não entrava há exatos treze dias. Joguei a bolsa no sofá e fui direto para a cozinha preparar um chá forte, peguei a caneca e sentei-me na cadeira da cozinha, respirando fundo, no primeiro gole, meu celular tocou, tirei-o do bolso da jaqueta e olhei para o visor.
Simone, o visor brilhava com o nome enquanto a música ecoava em meus ouvidos,atendi e ela falou com uma voz preocupada:
–Kate, posso subir e falar com você?
–Lógico, Simone. – eu disse calma, jamais eu a destrataria. – Vou pedir para o porteiro deixar você colocar o carro em uma das minhas vagas.
A campainha tocou depois de quinze minutos, eu andei sem pressa até a porta e a abri.
– Pediu para sua mãe mentir para mim? – eu disse quando o vi parado na minha porta, de boné, óculos escuros e com uma jaqueta com touca, que lhe cobria metade da cabeça.
– Você me receberia?
–Não! – eu fui sincera.
–Então. – Bill disse levantando os ombros, sério. - Vamos conversar no corredor?
Dei um passo para o lado e ele passou por mim, fechei a porta e demorei-me para me virar e encará-lo. Rezei para que Bill não ouvisse as batidas fortes do meu coração.
Virar e encará-lo foi realmente difícil.
–Por que saiu da minha casa daquele jeito? – vendo-me baixar os olhos e não responder, ele disse. – Virar as costas e fugir é para quem não sabe dialogar.
–Talvez eu não quisesse dialogar... Não naquele momento! – eu disse, sem olhá-lo.
–Por que não queria dialogar?
–Sei que é inteligente, conclua sozinho!
–Lamento! – Bill apenas disse sabendo perfeitamente o motivo da minha magoa.
Lamento. Balancei minha cabeça e dessa vez o olhei e com os olhos marejados e com a voz embargada eu murmurei:
– Estou pegando bronca dessa palavra.
– Eu te disse desde o começo que não poderíamos assumir o nosso namoro!
–Sim, você disse e eu também te disse que não saberia como agir, por que nunca tinha me envolvido com um pop star.
–Sim, você disse!
Foi a vez de ele baixar os olhos, e colocar as mãos nos bolsos, o silencio caiu sobre a sala.
– Eu não duvido de você! – eu quebrei o silêncio - Sei que ela não esteve lá! – eu suspirei e finalizei - Só não me peça para ser indiferente a esses rumores infelizes.
– Seria desumano te pedir isso. – Bill disse. – Se todos soubessem sobre você talvez isso não tivesse acontecido, você estaria ao meu lado em Portugal teria voado comigo, teria estado comigo no hospital e não estaríamos aqui tendo essa conversa idiota.
– Pode me chamar de idiota, se você quiser. Eu provavelmente mereço, mas é assim que me sinto! – tentei por diversas vezes controlar minhas lágrimas. - Eu estou segurando o teto com as mãos, e hoje percebi que meus braços estão cansados e doloridos.
Os olhos dele brilharam surpresos, sua expressão mudou e abriu a boca para falar e logo em seguida a fechou. Percebi que minhas palavras tinham o magoado e por um minuto, me arrependi de tê-las dito.
–Não vou e nem posso te forçar a nada. – Bill falou depois de alguns segundos. – Se é assim que quer. - andou até a porta e tocou na chave. Não me virei para vê-lo partindo. – Eu a amo muito e perdê-la será dolorido demais. – ele virou a chave. - Mas não posso fazer nada!
Ele abriu a porta e eu me virei rapidamente perguntando:
– O que disse?
– Que não posso te forçar...
–Não... Não... Disse que me ama? – Perguntei franzindo a testa.
Nossos olhares se encontraram e se fixaram por um instante.
– Disse!
Mordi meus lábios com força e quando Bill abriu a porta para sair de meu apartamento eu gritei:
–Espere!
Depois de um segundo, ele voltou apenas com a cabeça olhando-me, confuso.
–Não vá! – eu pedi com a voz embargada. – Fique... Por favor!
Entreolhamo-nos por alguns segundos de uma forma profunda fazendo com que esquecêssemos a razão de toda aquela briga, o olhar de Bill se prolongou e eu me senti, mesmo com ele longe, pressionada e sem fôlego.
– Ficarei!
Aquela única palavra causou em meu corpo uma reação incrível, atraindo-me para Bill como uma força invisível, suspirei com dificuldade quando o vi atravessando a sala e parando poucos centímetros do meu corpo, nossos olhos estavam presos, ele ergueu o braço e fechei meus olhos quando senti o toque de seus dedos em meu rosto. Com a ponta ele tocou meus lábios e depois desceu suavemente para o meu pescoço, acendendo faíscas por onde tocava.
Bill colocou seus dedos dentro dos meus cabelos desfazendo meu rabo de cavalo e acariciou minha nuca, fazendo-me jogar a cabeça para trás e gemer, suavemente ele puxou-o uma mecha obrigando-me a olhá-lo.
– Seu cabelo é macio e cheira tão bem... Deveria deixá-los sempre soltos.
– Fica caindo no meu rosto. - murmurei com uma risada baixa.
– Pois eu quero que caia todo em cima de mim!
Meu corpo não aguentou o sorriso, o modo como ele me olhou. Na verdade, nem um dos dois mais suportou a distância entre o que queríamos fazer, pois nos movemos no mesmo instante. Bill encostou de leve seus lábios no meu, uma, duas e na terceira vez ele mordiscou meu lábio inferior e contornou minha boca com a ponta de sua língua fazendo-me arfar. Minhas pálpebras pesaram quando ele passou a lateral do seu nariz no meu, eu abri meus lábios, pronta para recebê-lo.
Mas ele ainda estava disposto a me torturar mais alguns segundos, não me beijava, apenas roçava nossos lábios, como se quisesse prolongar cada segundo daquele martírio. Minhas pernas estavam trêmulas, meus pêlos arrepiados e minha mente latejava.
Queria, precisava me entregar a ele, de todas as formas.
– Bill... Não me torture!
–Não estou torturando. – ele soprou perto de meu rosto pude sentir seu hálito quente. – Apenas quero que tenha certeza que é isso que realmente quer.
– Eu... Eu não quero lutar contra isso... Não esta noite.
–Então abra os olhos, Kate! - Quando ouvi o pedido, fiz exatamente o contrário apertei meus olhos e deitei minha cabeça em seu ombro, escondendo-me. – Olhe pra mim! – ele soprou em meu ouvido.
Eu levantei minha cabeça e depois o olhei, tímida, porém decidida.
– Tem certeza?
–Toda! – eu respondi, sendo beijada logo em seguida por ele.
Senti seu braço em meus joelhos e o agarrei pelos ombros, sem separar nossos lábios, ele caminhou até o meu quarto, parando ao lado da cama me colocando calmamente sobre a colcha branca estendida sobre ela.
Deitei-me no travesseiro ajeitando-me vendo-o tirar os tênis, Bill colocou o joelho na cama e deitou-se sobre mim aninhando-se entre minhas pernas, olhou-me e com um sorriso nos lábios prometeu:
– Farei com que seja especial!
Eu mordi meus lábios segurando minhas lágrimas.
–Eu sempre soube que faria.
Bill baixou seus olhos para minha boca e a tomou mais uma vez, agora com uma ânsia que fez com que minha espinha fisgasse e gelasse ao mesmo tempo de desejo e de medo.
O beijo foi se intensificando e nossa respiração começou a ficar cortada, não conseguia mais respirar, mas não queríamos parar. Quanto mais o ar nos faltava, mais Bill apertava seus braços em minha volta. Abrimos nossos olhos e separamos nossas bocas, por milésimos de segundo, apenas para enchermos nossos corpos do que precisávamos para iniciar outro beijo, mais intenso e mais carregado de paixão.
Ainda me beijando senti as mãos de Bill apertar com força minhas coxas e em resposta finquei minhas unhas nos músculos de suas costas, ele respirou alto levantando a cabeça soltando meus lábios em um gemido quase agonizante murmurou:
– Você é única!
– Você me faz sentir assim!
Foi a minha vez de apertá-lo junto ao meu corpo, sentindo o dele tremer, inclinei minha cabeça e beijando seu rosto subi com meus lábios até a linha delgada de sua garganta, desenhando o contorno do seu queixo onde uma veia saltou em resposta as minhas caricias.
Ele murmurou algo incompreensível ao mesmo tempo em que começou a trilhar, com a língua, ao redor de minha orelha, irradiando arrepios através de cada terminação nervosa e sensível do meu corpo. Seus lábios pressionaram minhas pálpebras até fecha­rem, depois beijou meu nariz e procurando pela minha boca para outro beijo intenso, apaixonado e exigente que me fez perder a razão.
– Tem idéia como me faz feliz? – ele me olhava com adoração.
– Se for o mesmo tanto que você me faz. Eu tenho! - eu disse retribuindo o olhar. - É muito intenso,puro e verdadeiro.
– E para sempre!
Nossos olhares prenderam-se quando ele se afastou um pou­co e despiu sua camiseta. Depois levantou-me e tirou minha blusa jogando-a no chão do quarto, olhando para os meus seios com fascinação, mesmo por cima do tecido de renda, senti endurecerem. Bill segurou minhas mãos e abraçando-me segurou o feixo do meu sutiã tentando abri-lo, suas mãos eram geladas e seus dedos trêmulos, dificultando o trabalho fazendo-o bufar impaciente.
–Calma! - eu sussurrei colocando minhas mãos para trás o ajudando a abrir o feixo
–Obrigado. - Ele sorriu sem jeito – Confesso que não tenho muita prática... Faz muito tempo desde...
–Tudo bem... É dificil mesmo! – eu disse também sorrindo, sem sair da atmosfera que nos envolvia.
Ele tocou meus ombros e pegando as alças passou pelos meus braços, atirando perto de nossas roupas, nosso olhar se encontrou antes de me deitar novamente na cama, pousando seus olhos cor de mel em meus seios nus, pude perceber o brilho em seu olhar de admiração, fechei os olhos por alguns segundos, envergonhada, afinal nunca tinha ficando tão exposta dessa forma para ninguém.
–Não precisa se esconder. – ele disse sério. – Você é perfeita!
Quase desmaiei quando ele estendeu sua mão para tocar primeiro meu colo e com as duas mãos deslizou seus dedos sobre meus seios, um gemido escapou e apertei forte a colcha tentando me controlar diante daquela carícia íntima, o vi passar a língua nos próprios lábios, umedecendo-os antes de deitar seu corpo, colocando a cabeça entre meus seios substituindo seus dedos.
Meu gemido escapou da minha boca ecoando pelo quarto, Bill começou a mordisca-lo, juntando-os com suas mãos para beijar um e depois o outro. Não pude controlar mais um gemido, arqueei minhas costas empinando–os contra os lábios molhados e quentes que começam a me proporcionar algo que eu apenas imaginava em meus sonhos mais secretos.
Quando senti seus dentes cravarem em um deles, meus dedos enlaçaram nos fios negros de seus cabelos puxando-os com força. A sensação era única e minha vontade era de apertá-lo, mordê-lo e de gritar que aqueles toques estavam me levando a insanidade e não podia mais suportar.
– Não posso mais...
Não podia, não conseguia mais esperar, nem mais um instante, então Bill em um movimento tirou meu short e depois sua calça, tirando apenas algo de seu bolso, colocando ao lado, pousando seus olhos na pequena peça de renda lilas, tentando tocá-la, parecendo não ter coragem de retirá-la.
–Se ficar olhando assim para mim... – eu não completei a frase timida, tentando me cobrir com meus braços.
–Nunca me senti dessa forma!
–Pare...
–Não consigo! – ele suspirou. – Chega a doer aqui! – ele colocou minha mão sob seu peito,no lado de seu coração.
Eu balancei a cabeça, sorrindo daquelas palavras, eu precisava mostrar a ele que eu me sentia da mesma maneira, então soltei minha mão da dele e começei a acariciar seu peito nu, subindo para o seu rosto bem feito, ele segurou meu pulso e levou a boca beijando a palma de minha mão, nossos dedos se entrelaçaram e foi a minha vez de beijar a sua, colocando-a em cima do meu ventre, Bill entendeu o meu pedido, me despiu e logo em seguida, também tirou todas as barreiras entre nós.
Bill pegou a pequena embalagem, nos protegeu, desviei meus olhos para o teto e prendi minha respiração, o momento estava se aproximando e por mais que eu quisesse, não pude evitar de me sentir amendrontada. Voltei a olha-lo quando segurou minhas pernas e se posicionou no meio delas, percebi que sua testa estava tomada pelo suor, seus olhos encontrou os meus e notei que não era apenas eu que sentia medo.
Então, eu sabia... Não, na verdade eu não sabia de muitas coisas, porém eu reconhecia um momento sem volta quando via um, e aquele era um deles. Finalmente, o nosso momento tinha chegado, estava acontecendo e nada mais poderia nos parar.
Minha primeira vez seria com ele, com o meu primeiro e único amor.
Fechei meu olhos quando o senti fazendo parte de mim, parei de respirar e trinquei meus dentes para abafar um grito de dor, o apertei, ele não se moveu, apenas ergueu a cabeça.
–Tudo bem? – ele sussurrou – Eu te machuquei?
– Não! – eu quase não conseguia falar, estava entorpecida pela meiguice dele.
– Podemos parar! - ele passou a mão em meu rosto, atencioso.
–Não quero parar! – eu sorri. - Confio em você!
Bill sorriu pesando sobre o meu corpo, encostando seu rosto no meu beijando minha boca, seus lábios passearam sobre meu queixo e desceu para o meu pescoço cheirando-o sussurando palavras em meu ouvido, fui relaxando e deixando meu corpo absorver tudo o que ele tinha a me oferecer.
Envolvi-o com meus braços, apertando e mostrando que o medo havia desaparecido, senti o corpo de Bill tremer voltando a se mover lentantente insistindo na barreira que encontrou, forçando devagar e quando a rompeu eu pressionei o rosto contra o seu ombro, tentando sufocar outro grito. Mais uma vez Bill parou paciente e acariciou meu rosto, beijando-me.
Ainda com nossos lábios unidos, ele entrou mais alguns centímetros, ele segurou meu quadril tentando não me machucar, e com um último movimento, me preencheu por inteira, enrolei meus dedos nos cabelos dele, quando ele começou a se mover, com tal suavidade que deixei-me ser levada, aos poucos meu corpo foi caindo no colchão e a dor foi substituida por sensações únicas, aspirei o ar de que tanto precisava e me entreguei plenamente a ele.
– Meu Deus... Bill... - o som fraco saiu de minha garganta e engolindo-o com um gemido que nos enlouqueceu. Desejava tanto ser dele, que meu coração batia tão rápido que por um instante pensei que ele fosse saltar para fora de meu corpo.
Meu corpo ficou trêmulo, abracei Bill com as minhas pernas e sem saber o que estava sentindo balancei minha cabeça de um lado para o outro em agonia, meu corpo começou a se contrair e senti seus braços fortes apertando-me no mesmo instante que o ritmo aumentou.
–Bill...
– Sim? – ele murmurou com dificuldade.
–Pelo resto da minha vida... Eu serei... Sempre sua!
Soprei as palavras, entrecortadas, o apertando, arqueando-me em uma junção de sentimentos tão novos e surpreendentes que tive a impressão que meu corpo se dissolvia entre os dedos de Bill, e ele percebeu que eu estava rendendo-me, senti seus braços levantando-me colocando em seu colo, nos olhamos e quando eu o senti forçando-se ao máximo, tudo explodiu em milhões de partículas que voaram para fora do meu corpo, fazendo-me sentir vazia e leve. Eu tinha certeza que estava flutuando.
Deitei minha cabeça em seu ombro, atordoada e quando senti seus braços me apertar me machucando, sabia que ele também estava chegando ao final, levantei-me e apoiada em meus joelhos, o ajudei me movimentando, seus dedos enfiaram-se em meus cabelos e o puxando de leve, uniu nossos lábios, e quando não conseguiu mais segurar, obrigou-me a olhá-lo e seguro por um fio, murmurrou :
–Eu te amo, Kate!
E soltando um único gemido rouco, alto e satisfeito, abandonou seu corpo sobre o meu, exausto. Pesando sobre mim, caimos juntos e abraçados na cama, sem conseguir falar, pensar ou até respirar. Quando finalmente nos afastamos, Bill tirou uma mecha de meu cabelo e beijou minha testa, era um beijo tão afetuoso, tão meigo, tão carinhoso, que meus olhos se en­cheram de lágrimas, de plenitude e alegria, em saber que a espera tinha valido a pena.
...
Levantei minha cabeça assustada, não sabendo onde eu estava, abri meus olhos com dificuldade, primeiro senti o cheiro de café, depois senti o cheiro dele no travesseiro, afundei-me nele e inalei. Era uma sensação tão boa.
– Bom dia! – eu o vi falar – Acho que dormiu o bastante.
Eu me virei e com preguiça sentei na cama, vendo-o colocar a bandeja com variedades de frutas, pão e bolacha e dois copos de suco de laranja.
– Fiz seu café da manhã!
– Não precisava! – eu disse, ainda sonolenta, segurando o lençol na altura dos meus seios.
–Precisava sim.
–Você vai me mimar!
–É exatamente essa a intenção.
Eu sorri vendo-o sentar ao meu lado, dando-me um leve beijo, depois peguei o copo com o suco dando um pequeno gole, ele fez o mesmo, percebi seus olhos correr pelo quarto e parar em um ponto, seus olhos se estreitaram e fazendo uma careta perguntou:
–Você toca violão?
Eu me virei e bebendo mais um gole de suco respondi:
– Não, ele era do meu pai. – baixei os olhos – Foi a única coisa que não me desfiz dele.
Bill sentiu a emoção em minha voz e afagando meus cabelos tentou mudar o rumo da conversa.
– Tenho algo para propor a você!
– O que? – eu levantei meus olhos, encarando-o.
Tirou o copo da minha mão colocando na bandeja, retirando-a da cama, colocando-a na pequena mesa do quarto. Sentou ao meu lado e descendo meu corpo em direção ao colchão, sorrindo confessou me deixando mais curiosa.
– Pensei enquanto estava fazendo o nosso suco.
– O que é? – eu repeti a pergunta, ansiosa.
– Vou falar... – ele entrou embaixo do lençol, tocando minha pele nua. - ... Depois!

Postado por: Alessandra

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