terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 5 - A nossa primeira vez!


Segui até o restaurante onde almocei. Sem nada para fazer até a noite, quando Bill chegaria, resolvi nadar um pouco, dei um mergulho e fiquei na espreguiçadeira por algum tempo. Mais tarde peguei o elevador e subi para a minha suíte, tomei um banho, coloquei um vestido com pequenas flores e me deitei na cama com um livro em mãos, não consegui ler, adormeci antes de terminar a prólogo.
Acordei assustada com gritos, sirenes e vozes ao lado de fora do hotel. Levantei-me e em passos rápidos fui ate a janela, encostei minha testa no vidro e fechei meus olhos sorrindo feliz. Agora eu estava completa.
Ele havia chegado...
Fui até a frente do espelho, penteei meus cabelos, umedeci meus lábios com gloss e deixei a enorme suíte com o coração acelerado. Desci até o saguão do hotel, saindo do elevador em passos rápidos, me dirigi até a recepção onde havia um pequeno tumulto. Havia vários seguranças ao redor, eu mantive distância, procurei-o até encontrá-lo e quando o fiz, tentei ficar em seu campo de visão para que me percebesse ali.
Ele sorria entre as pessoas presentes, ele estava simples: jeans, jaqueta preta e tinha o cabelo baixo, sem muita maquiagem, estava com o cigarro entre os dedos. Ele levou o cigarro aos lábios e baixou seus olhos mexendo dentro da bolsa pegando o celular e quando levantou a cabeça, eu prendi minha respiração, seus olhos cor de mel arregalaram-se ao máximo e prenderam-se aos meus.
Bill cerrou os olhos, sustentando os olhares por um segundo. Seus lábios abriram em um sorriso disfarçado e lindo, o impacto descomunal daquele sorriso em minhas veias foi como anabolizantes, o ar me faltou, e me encostei um uma pilastra.
Naquele instante o murmurinho do saguão desapareceu... para mim estávamos sozinhos!
Minha garganta se apertou, queria ir até ele e senti-lo por alguns instantes, queria sussurrar o tamanho de minha saudade, mostrar-lhe o quanto eu ansiava por um toque... Um apenas.
Mas, não podíamos e ao ver Jost me olhando de longe, sério, virei me rápido entrando novamente no elevador e seguindo para o meu quarto.
Não demorou vinte minutos, estava sentada na cama tentando ler uma Vogue, quando ouvi uma batida leve na porta, meu sorriso nasceu naturalmente em meus lábios e quando abri a porta, ele morreu da mesma forma que surgiu, era Natalie.
–Oi, Kate – Ela disse sorrindo muito simpática como sempre.
–Oi, Nathy – Eu disse decepcionada porem não demonstrei.
–Bill disse que assim que terminar com os jornalistas, quando tudo acalmar, ele sobe até aqui para encontrar com você.
–Tudo Bem! – eu balancei a cabeça.
–Você precisa de alguma coisa? – Ela perguntou sendo gentil.
–Não Obrigada!
Natalie sorriu e virou-se indo embora. Fechei a porta, encostei-me a ela fechando os olhos e suspirando profundamente.
Horas foram passando, eu já tinha assistido televisão, já havia tomado mais um banho, assistido mais um pouco de televisão e Bill ainda não havia dado sinal de vida. Corri os olhos pelo quarto, sem paciência para ficar deitada, levantei-me e segui até a janela afastando um pouco a cortina para observar o movimento, para minha surpresa o número de fãs tinha aumentando junto com os seguranças enormes que tentavam contê-las.
–Como elas conseguem permanecer horas aqui? – Eu perguntei para mim mesma - Eu não conseguiria!
Os gritos ficaram histéricos e o empurra – empurra se intensificou entre as fãs, e arregalei meus olhos e não acreditei quando avistei os quatro rodeados de segurança, distribuindo autógrafos na rua.
De repente percebi que eu não era tão diferente delas, pois do mesmo jeito que elas, na rua do lado de fora do hotel, esperava pela banda, eu sozinha naquela imensa e luxuosa suíte, também esperava um sorriso, um abraço e um segundo da atenção de Bill. Eu poderia ser o sonho de toda garota ali presente, mas naquele momento, eu as invejava por que a prioridade de Bill eram elas, e não eu.
Olhei novamente para o lado de fora do hotel, e confesso que o que presenciei me emocionou. Enquanto eles distribuíam autógrafos, elas faziam o coro perfeito e muito afinado de Heilig, eu sorri em ouvi-las, era a minha preferida entre todas do Tokio Hotel.
E ouvindo aquela música, não pude deixar de pensar na minha situação. Meu namoro com um Pop Star. Em nossos meses de namoro, eu nunca reclamei daquela situação para Bill, até por que ele sempre deixou claro desde o primeiro instante em que nos envolvemos que a vida ao seu lado não seria fácil, não seria como um namoro normal, e eu aceitei todas as condições estipuladas, mas eu não podia negar que era tão difícil e dolorido tudo aquilo na prática. Por mais que eu o amasse, às vezes desejava não ter o conhecido e muito menos ter me envolvido em uma relação tão conturbada.
A verdade era apenas uma: Eu sentia falta dele... Muita falta!
Eu olhei para as fãs e eles não estavam mais na rua, então fechei a cortina, olhando para o relógio em meu pulso, já passavam das três horas da manhã, ele não viria, mais um dia sem vê-lo, não era justo.
Então, tirei meus sapatos e quando abrindo o zíper do meu vestido, ouvi a batida na porta. Fui até ela e abrindo-a o vi parado com as mãos nos bolsos da jaqueta preta. Por alguns segundos não consegui expressar nenhuma reação.
–Vou poder entrar ou vai me deixar aqui?
Eu sorri, abrindo mais a porta para ele entrar e sem me tocar, olhou-me dos pés a cabeça, me fazendo estremecer.
–Dizer que estava com saudades... Seria muito pouco... – ele murmurou, seguindo em minha direção, abraçando-me pela cintura e me beijando calmamente. O enlacei pelo pescoço e deixe-me ser beijada por Bill Kaulitz.
O beijo foi intensificando, nossa respiração era ofegante e cercado pela escuridão suave da noite pariense, não tive medo e entreguei-me ao meu próprio desejo. Estava em seus braços e depois em suas mãos. Literalmente...
Os dedos de Bill apertaram minha cintura demonstrando que estava entrando em um campo perigoso, nossas bocas se separaram para tomar fôlego, nos olhamos e sorrimos em uma timida cumplicidade, sabiamos o que aconteceria naquela noite.
Eu queria seguir em frente. Não era algo decente e sensato estar tão de­sesperada para me entregar a Bill, mas o sentimento era mais forte que a razão. Bem na altura dos meus quadris, senti uma leve pressão que mal conseguia manter-me em pé. O meu coração batia forte den­tro do meu peito e a minha respiração me traía. Eu o queria demais.
Então percebi, que finalmente a nossa hora tinha chegado.
–Bill...
Eu só tive tempo de murmurar o seu nome antes dele me levar para cama, caímos sobre ela, Bill sobre o meu corpo. Ele pressionou seus lábios carnudos sobre os meus e sugou minha língua, como se precisasse dela para manter seu coração batendo e seu sangue pulsando.
Eu ofeguei e quando Bill separou nossas bocas, olhei para cima na direção de seu rosto delicado. Olhou-me como se perguntasse se eu tinha certeza, se iamos continuar, vendo meu sorriso em resposta afirmativa.
Bill levantou o seu corpo tirando sua jaqueta e logo em seguida sua camiseta, eu o olhei passando os olhos pelo seu peito nu. Não me contendo em apenas olhar, minha mão o acariciou. Ele segurou minha mão e beijou cada um dos meus dedos lentamente, com paixão.
Minha respiração falhou, todos os pêlos do meu corpo se arrepiaram e quando ele segurou na barra do meu vestido para tirá-lo, o celular dele tocou.
Com dificuldade o retirou do bolso de trás da calça e com olhar fixo aos meus, atendeu:
–O que foi Tom?! – A voz do outro lado da linha gritava, eu o ouvia – Tom fale mais baixo! – a voz continuava estridente
 Onde você esta? – Pude ouvir a voz de Tom, histérico
–Estou no quarto, com Kate.
Hum...atrapalhei algo? – a voz dele passou de histérica para zombeteira – Faça seu irmão feliz e diga que conseguiu finalmente perder a virgindade?
Bill me olhou corando, levantando rapidamente da cama cambaleando e virando-se de costa para dar bronca no irmão mais velho.
–Dá para parar de ser tão...
Verdadeiro?
–Não, idiota mesmo! –Bill disse sério ainda de costas para a cama. – O que você quer
David está enlouquecendo aqui, o gerente do hotel esta com medo que as fãs invadam, eles não querem prejuízos, então, ele pediu gentilmente que mudássemos para outro hotel, bem maior, mais seguro e da mesma rede, David quer que o deixemos ainda hoje, se possível agora!
– Droga! – Bill praguejou, avise para David que já estou subindo!
Falta muito para terminar? – Tom perguntou sério. Tentando ajudar - Se quiser posso falar para ele que precisa de uns minutinhos para...
–Tom eu estou subindo agora! - Bill nem quis ouvir o término da frase, desligou o celular colocando-o no bolso traseiro de sua calça jeans,
–O que foi? – eu disse erguendo-me na cama, olhando-o pegar sua camiseta e sua jaqueta do chão do quarto e vestindo-as com pressa.
–O gerente do hotel esta com receio que fãs invadam a recepção, teremos que mudar para um maior e mais seguro. – houve uma pausa. - Vamos sair agora!
Ele disse olhando para o chão do quarto procurando suas roupas, quando as pegou colocou sua camiseta e sua jaqueta com pressa.
–Sinto muito, Kate – Bill disse tocando meu rosto com as duas mãos - Estou igualmente decepcionado, tanto quanto você! –ele disse me dando um leve beijo nos lábios. – Amanhã te ligo para vermos onde nos encontraremos!
Eu sentei na cama e apenas meneei a cabeça, calada. Ele me deu um rápido beijo, foi até a porta a abrindo, ele virou para mim com os olhos tristes e saiu.
Olhei para o quarto, vazio. Levantei-me, andei até a porta e fechei a porta, depois me encostei-me a ela, colocando minha testa contra a madeira maciça fechando meus olhos chutando-a num surto de mau gênio, o primeiro daqueles meses, nunca o fiz ou jamais faria ou permitiria alguém assistir um momento de falta de controle meu. Nem mesmo Bill.
A minha raiva, minhas frustrações, minhas lágrimas eu partilhava apenas com uma pessoa, eu mesma!
....
No outro dia, na parte da manhã, eu cheguei ao restaurante do hotel sentei-me para pedir o desjejum olhei em volta e percebi um leve burburinho, o garçom se aproximou eu fiz meu pedido e quando voltou trazendo- o, perguntei o motivo do frenesi entre os funcionários do hotel.
–Onde quase acontece uma catástrofe com a banda que estava hospedada no hotel?
–Eu soube! – Eu sorri não querendo muita conversa. – Ainda bem que eles deixaram o hotel.
–Pior mesmo foi o ônibus deles que saiu do hotel pela porta da frente, para despistar os fãs, e foi todo amassado, quase o viraram de ponta cabeça.
Eu não duvidei, tinham mais de 800 fãs na porta do hotel, e do jeito que estavam tinha certeza absoluta que se eles tivessem permanecido no hotel, ele seria invadido, as francesas eram, depois das alemãs, as fãs mais fanáticas, enlouquecidas e apaixonadamente sem limites pela banda.
–Você esta bem? – Eu perguntei preocupada ao atender – Ouvi alguns rumores sobre a saída conturbada que tiveram ontem.
– Amassou toda a lataria do ônibus, só isso.
– Mas vocês estão bem? – Perguntei mais uma vez
–Sim, estamos todos bem! - ele disse me tranqüilizando, ficando em silêncio em seguida – Kate preciso falar com você!

Postado por: Alessandra

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