terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 8 - Um casal normal!


Olhei mais uma vez para o relógio, fechei os olhos com força como se isso fosse adiantar os ponteiros do relógio, o tempo parecia passar ainda mais desesperadamente devagar... As horas foram se arrastando...
Até muito longe eu ouvir o som do meu celular, andando devagar fui até minha bolsa e o peguei atendendo-o, a voz do outro lado era grossa. Era a voz de Tom.
– Acabou a cirurgia! – Era Tom – Bill já foi para o quarto e amanhã a tarde já estará em casa.
Eu fechei meus olhos, apertei meus lábios e suspirei aliviada.
–David disse que você pode ir para casa da minha mãe é lá que Bill ficará.
–Obrigada, Tom! – eu suspirei – Tom?
–Sim?
–O que o médico disse sobre a voz?
–Só depois de dez dias ele poderá ter um diagnóstico melhor. – Tom explicou, com um tom de voz baixo – Antes disso nada é certo!
–Mas, tudo correrá bem, não é? – eu perguntei a Tom tendo minha voz embargada
–É o que esperamos. - Tom respondeu triste - Nos vemos amanhã, se cuida!
Eu desliguei o aparelho, coloquei-o em cima da cômoda, fui até a cozinha preparar um chá e tomar um comprimido para tentar dormir, tinha que estar bem e inteira para dar todo apoio para Bill. Fui para o meu quarto, deitei-me, rolei mil vezes pela cama até pegar no sono profundo.
...
Acordei, com o sol forte em meu rosto, com dificuldade abri os olhos, e como um imã, meus olhos procuraram um relógio. Era uma hora da tarde, e me levantei devagar, segui para o banheiro, tomei uma ducha quente e rápida, me vesti sem pressa, arrumei meus cabelo numa longa trança e pegando minha bolsa, andei até a porta e segui para casa de Simone.
Liguei quando estava chegando, o portão foi aberto e entrei na garagem fechada e só sai do carro quando o portão automatico fechou completamente.
Simone me recebeu com um sorriso largo e quando entrei na sala, ela beijou minha bochecha abraçando-me dizendo:
–Bill já chegou, esta lá em cima, deitado em seu quarto!
Eu não disse nada, apenas sorri e quando ela soltou minha cintura subi as escadas e quando já estava no corredor ouvi a voz grossa e incofundivel de Tom vindo do quarto, a porta estava aberta. Ele ria e falava alto, encostei na soleira da porta e o olhei na cama, sem que percebessem minha presença, Bill prestava atenção no que o irmão falava e sorria para o gêmeo mais velho. Lógico que o assunto era sobre sexo e a sua última conquista.
Tom ainda fazendo gestos obcenos, arrancou outro sorriso mudo de Bill, e quando me viu parou de falar, Bill seguiu os olhos do irmão virando a cabeça e ao me ver abriu um leve sorriso. Dei alguns passos para dentro do quarto ainda sustentando os nossos olhares, ele sorriu um pouco mais, de repente virou e olhou para Tom que nos olhava.
Eu também olhei para Tom, e sorri, ele riu malicioso arrumando a jaqueta.
– Querem ficar sozinhos? – Perguntou cinicamente com ar debochado.
– Se você não se importar! – Eu disse séria me aproximando um pouco mais da cama onde Bill estava deitado. – Feche a porta quando sair, por favor!
– Bill não pode se esforçar – Tom disse olhando-me com preocupação - Gemer pode...mas se esforçar não!
–Tom, pedi para fechar a porta apenas por que esta muito frio no corredor e Bill não pode pegar um resfriado agora! – Eu disse séria.
–Hum...não tente me enganar – Ele apontou-me o dedo em tom zombador.
Eu revirei os olhos e jogando uma coberta em Bill sussurei para que apenas ele pudesse ouvir:
–Como conseguiria com esse seu cérebro super dotado do tamanho de uma ervilha.
–Que? – Tom perguntou olhando para mim.
–Estava falando com Bill! – Eu disse vendo Bill sorrir para o irmão.
–Cuidem-se, crianças! - Ele disse saindo do quarto - Vou descer pegar mais um chá e já venho.
–Pode demorar se quiser! – Eu disse, baixo.
–Falou comigo, Kate? – Tom voltou para a porta e perguntou.
–Não, com Bill! – eu disse tentando ficar séria.
Tom nos olhou e nos deixou a sós, olhei para Bill e sorrimos um para o outro:
–Ele não vai desistir tão fácil de você, não é mesmo? – Eu sorri perguntando.
O sorriso de Bill alargou-se balançando a cabeça em negativo, depois de alguns segundos ficou sério, mexendo-se para o lado da cama e levantando a coberta, dando um leve tapa no colchão, tirei meus sapatos e deitei ao seu lado na cama de casal. Viramos de frente, e ele segurou minha mão a beijando trazendo-a para junto de seu peito.
Desviei o olhar de nossas mãos e o olhei, levantei lentamente e o beijei nos lábios rapidamente, deitando-me novamente no travesseiro ao seu lado.
– Vai dar tudo certo! – Vi Bill baixar seus olhos – Nada o fará parar – Seus olhos se ergueram novamente para os meus – Sua voz tem que chegar a muitos lugares ainda.
Bill piscou cansado e sonolento, mas ainda tentava se manter acordado o maior tempo possível apenas observando nossas mãos entrelaçadas. Eu senti falta disso, desta proximidade, desta paz que ele me trás quando estamos juntos, saudades de sentir o seu coração batendo no mesmo ritmo ao meu, saudades de sentir sua respiração junto a minha até que caimos em um sono profundo.
Os dias foram passando, eu que levava o seu café da manhã, seu almoço, era eu que o ajudava em tudo o que necessitava, todos esses dias eu dormi ao seu lado, mesmo a situação sendo por um fato ruim, aquilo nos uniu e fortaleceu muito mais a nossa relação. Sem ter que me esconder durante esse tempo, não sai do seu lado nem um minuto, nem por um segundo.
Bill depois de dez dias, estava bem melhor, falava algumas palavras com certa dificuldade, naquela tarde eu iria até meu apartamento e só voltaria no outro dia. Precisava pegar algumas roupas e levar outras. Seria nossa primeira separação depois de todos aqueles dias vivendo como um casal normal.
Estavamos tomando café da manhã na cozinha quando Simone arrumava o enorme jardim na parte de tras da casa.
–Bill, olha que coisa linda deixaram aqui na porta, nunca vi um vaso tão lindo. – Simone entrou na cozinha com um lindo vaso em mãos.
Ela o colocou sobre a pia e ele se levantou para ver, pegou o pequeno cartão e sorrindo o abriu, quando começou a ler o sorriso morreu em seus labios, ele virou para sua mãe e perguntou:
–O-onde estava esse vaso?
–Na porta de casa. – Ela respondeu. – Com certeza foi um dos seguranças que deixou a pedido de uma fã;
Bill mandou chamar um dos seguranças e lhe perguntou se fora ele que tinha colocado o vaso na porta da casa da mãe, já que nenhuma fã tinha jamais entrado no quintal da casa da mãe, pois os seguranças nunca haviam deixado.
–Não, não foi eu! – O segurança respondeu. –Não vi esse vasoe nenhuma fã pela redondeza!
Ela esta chegando cada vez mais perto” - Bill pensou
Ele empalideceu e com o rosto fechado saiu da cozinha indo para o seu quarto. Eu o segui achando estranho sua atitude. As coisas pareciam mais estranhas a cada segundo, o encontrei em sua cama sentado olhando para o nada.
–Bill? – eu o chamei – Tudo bem?
–Sim! – ele apenas disse sem me olhar
–Aconteceu alguma coisa?
–Não... – ele me olhou e ainda com o olhar triste bateu na cama e apenas disse: - Deite aqui!
Eu me deitei ao lado dele e me abraçou pela cintura com carinho, juntando meu corpo ao dele, sua respiração estava acelerada, então entrelacei meus dedos nos deles e o apertei. Senti um beijo em meu pescoço e logo depois ele sussurarr em meu ouvido.
– Não quero que volte para casa hoje, ficará aqui comigo.
Ele apertou seus braços mais em volta do meu corpo e ficamos assim por algum tempo. Bill acariciando meus cabelos e meus dedos tocando seu peito, até que acabamos adormecendo.
...
Horas mais tarde ao passar a mão sobre os lençois, Kate o viu se levantar rapidamente assustado e apenas acalmar-se quando enfim a viu sentada em sua poltrona perto da janela.
– Pensei que tivesse ido embora. – Ele disse recostando-se novamente sobre os travesseiros.
– Eu estava sem sono, então resolvi ler um pouco. – Eu respondi pousando o livro sobre meu colo enquanto o olhava. – Espero que a luz não esteja incomodando.
– Não está. – Bill disse com um sorriso fino nos lábios. – Se importa em ler para mim?
– É claro que não. - Respondi calmamente.
E então voltei a segurar com firmeza o livro antes pousado em meu colo, e começei a traçar as linhas do mesmo com voz suave e quase infantil.
– Antes de nos termos encontrado, atravessava a vida sem sentido, sem razão. Sei que de alguma maneira, todos os passos que dei desde o momento em que comecei a andar eram passos dirigidos ao teu encontro. Estávamos destinados a encontrarmo-nos. Mas agora, sozinho na minha casa, comecei a perceber que o destino pode magoar uma pessoa tanto quanto a pode abençoar, e comecei a perguntar-me porque razão, de todas as pessoas do mundo inteiro que alguma vez poderia ter amado, tinha que me apaixonar por alguém que sempre é levada para longe”
Bill baixou os olhos quando terminei de ler, sentindo-se subitamente um pouco mais fraco.
Então era isso. Era isso que ela tinha para lhe dizer. Era isso que Kate sentia toda vez que ele partia e a deixava sozinha. – Bill pensou estudando-lhe o rosto.
Eu o encarei com meus olhos cheios de água, assim que deixei o livro cair em minhas pernas. E ri nervosamente por dentro enquanto enxugava as lágrimas no canto dos olhos.
– Você está bem? – Ele perguntou antes de se aproximar.
– Desculpa, eu sou uma boba, não devia estar chorando. – Eu respondi tentando recompor-me, limpando o resto das lágrimas.
Bill levantou-se caminhando até onde eu estava calmamente e abaixando-se tirou o livro de minhas mãos colocando-o na mesa ao lado. Senti meu rosto ruborizar exatamente como no dia em que nos conhecemos e senti piorar ainda mais quando ele segurou-me em seu colo e carrego-me até a cama.
Deitou-me e logo em seguida se inclinou, deitando ao meu lado com o corpo sustentado pelo cotovelo, com a outra mão
traçou com o dedo indicador meu rosto, até contornar meus lábios, fechei meus olhos e entre abri , ele gemeu ao sentir o quanto estava envolvida naquela atmosfera.
O enlacei pelo pescoço e o trouxe para perto de meu rosto, beijando-o, houve outro gemido.
Senti seu joelho entre minhas pernas, percebendo o que ele queria, o atendi. Ele se acomodou entre elas, e o efeito foi um abraço mais forte da sua coxa contra minhas as pernas, ainda nos beijando. Enfiei meus dedos dentro de seus cabelos negros, senti minha cintura sendo apertada e arfei fazendo-o separar nossos lábios, nossos olhares mantiveram-se e baixei meus olhos corando.
–Pare! – Eu disse ainda sem olha-lo.
– Com o que? –Bill murmurrou unindo nossas testas.
– De me olhar desse jeito! – Eu disse sem graça.
–Pensei que você gostasse.
–Muito... Mas, pare! – Eu exigi
–Sem chance! - Ele disse sorrindo e depois seus lábios se abriram novamente e acariciando minha língua, voltando a beijar-me.
Em um movimento rápido trocamos de posição, ajeitamos nosso corpos e o roçar entre eles fez Bill soltar mais um leve gemido. senti suas mãos acariciando minhas costas até chegar à minha nuca e ao meu cabelo, e foi a vez dele de entrelaçar seus dedos e me fazer soltar um gemido quase inau­dível produzido no interior de minha garganta. Mais uma vez senti Bill enterrar seus dedos em minha pele.
– Adoro te olhar... te tocar ...te beijar...
Não disse nada, não consegui. Tudo o que conseguia fazer era sentir.
Parecia tão bom... tão certo... Tão absurdo... Era mais do que podia suportar. Cada dia, cada momento que passávamos um ao lado do outro me fazia ter certeza que todo o sacrifício, por mais dolorido e maçante, ao ser colocado em uma balança, não era suficiente para deixar de estar perdidamente apaixonada.
Sim, apesar de nunca der dito a ele, eu o amava e mais do que eu queria ou poderia.
–Isso é tão bom... – Ele murmurou em meu ouvido quando introduziu seus dedos finos e gelados por baixo de meu suéter. – Macia... como o veludo...
Fechei os olhos e estava quase sendo transportada a outra dimensão. Quando percebi que não podíamos, não ali na casa de Simone, com Gordon, com Tom no quarto ao lado...
Sabíamos que adiar aquilo estava ficando cada vez mais insuportável, então unindo forças, me esquivei e suspirei com dificuldade colocando minhas mãos abertas sobre o peito dele:
–Bill... espera ...
Ele parou de me beijar, com a respiração descompassada abriu seus olhos cor de mel e olhou-me daquela forma novamente. Como se quisesse me sugar para dentro de seu corpo.
– Por que você sempre faz assim, quando estamos impossibilitados de seguir em frente?
– Assim como? – ele fez de desentendido.
–Tentando me seduzir enquanto tento cuidar de você! – Disse em um tom de brincadeira.
– Cuidar? – Bill sorriu e afastou uma mecha de cabelo que caia em meu rosto. - Você esta sendo altamente prejudicial à minha saúde. ­—As palavras saíram entre dentes cerrados, mostrando o grau elevado da sua falta de controle.
– Devo me desculpar? – Eu perguntei devolvendo no mesmo tom de brincadeira, passando meu polegar em seus lábios.
– Não... - Seus olhos correram pelo meu rosto, demorando em minha boca, logo em seguida um sorriso involuntário surgiu em seus lábios. – Você é o meu vício... Um mal necessário!
– O que posso fazer para...
–Não quero que faça nada! - Bill beijou minha tempora interropendo minha frase - A única coisa que permitirei que faça é ficar ao meu lado... Pra sempre.
Depois de alguns segundos, com os sentimentos e a respiração recomposta. Ele se virou e pegou o controle em cima do criado mudo, apontando o para a televisão, ligando-a. Ajeitou-se na cama, sentando-se acomodando-se nos vários travesseiros trazendo-me para o seu peito.
O programa noturno voltou do comercial, e quando inesperadamente seu nome foi dito pela apresentadora loira, chamando a materia a seguir, quando as fotos apareceram e a notícia foi dada, não nos movemos, apenas quando ela terminou, levantei-me e o olhei, incrédula...

Postado por: Alessandra

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