segunda-feira, 16 de julho de 2012

Provocação - Capítulo 25 - Eu amo você!

Quando coloquei meus pés para fora da festa, senti meu corpo ser movido por um impulso violento. Quando conseguir parar de piscar e me concentrar nas figuras em minha volta, vi um Tom Kaulitz completamente furioso, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa ou até mesmo eu, meu corpo novamente sofreu um baque.
– Ficou louco cara? – perguntou Erick.
– Tira a mão palhaço! – Tom ameaçou e fez sinal de que avançaria em Erick, mas eu entrei na frente, empurrando seu peito para trás.
– O que é isso Tom?! – perguntei o olhando incrédula.
– Você tem uma crise ridícula de ciuminhos e depois ACHA que pode sair com qualquer um que vê pela frente! – quase gritava.
– Eu só ia levar ela em casa! – Erick respondeu antes de eu absorver tudo que estava acontecendo.
– Cala boca que a conversa não é contigo! – Tom apontou para ele ameaçadoramente.
– Erick... – disse me virando para olhá-lo. – Me desculpa por tudo isso e agradeço por ter aceitado me levar, mas não é mais preciso. Tenho que resolver um assunto. – falei meio receosa.
– Tem certeza? – me perguntou. – Ainda posso te levar embora, não acho que seja boa ideia você ficar aqui com esse cara. – disse e Tom bufou visivelmente irritado.
– Sim, está tudo bem. – caminhei até ele e dei um abraço. – Obrigada! – me soltei dele.
– Anda logo Jhuna! Sou eu quem vai te levar pra casa. – Tom falou e tornou a puxar meu braço, mas dessa vez me arrastando para onde permanecia seu carro.
– Me solta! Eu sei andar sozinha. – falei tentando tirar a mão dele do meu braço, mas era impossível. Ele abriu a porta do carona e literalmente me jogou dentro, fechando com força em seguida.
– Que porra Jhuna! – falou alto quando entrou no carro e o ligou.
– O que é? Eu não fiz nada! – falei tentando me defender verbalmente e cruzei meus braços sobre o peito, fechando a cara.
Ele não disse mais nada. Nem se quer me olhar, ele não me olhava. Algo de muito estranho estava acontecendo, pois eu nunca havia visto aquela expressão no rosto de Tom antes. Ele dirigia como um louco, apenas vultos das figuras pelo lado de fora do carro corriam por nós e se perdiam em poucos instantes. Não consegui acreditar que ele havia ficado tão bravo assim só porque estraguei o vestido da vadia loira!
Quer dizer então que ele se importava mais com uma qualquer, do que comigo?! Tudo bem que eu sabia que Tom era o tipo de cara que jamais retribuiria o sentimento que cativo por ele, mas isso já era demais! Não era possível ele ser tão arrogante assim, não se importar com nada e nem ninguém. Eu fui burra em ter deixado ele me tocar, jamais deveríamos nem se quer ter trocado um simples beijo, ou melhor, eu jamais deveria ter criado um sentimento por ele além de ídolo.
Com tantos pensamentos, acabei por não perceber que estávamos parados. Era uma rua totalmente escura, não havia sinal de habitação por nenhum lado, apenas árvores imensas que tornavam o local de certo modo assustador. Não sei por que Tom tinha parado nesse lugar estranho, mas podia sentir o olhar dele pesar em meu rosto. O olhei.
– O que? – perguntei para quebrar o gelo, pois sua expressão continuava estranha. – Por que estamos aqui?
– Porque vamos conversar. – respondeu tentando parecer calmo.
– Ok... E qual a diferença entre conversar na sua casa e nessa rua assombrada? – perguntei e ele sorriu.
– Porque o que vou fazer agora já está complicado, tem que ser aqui. – falou se aproximando um pouco.
– O que você vai fazer Tom? – engoli em seco. – Me leva para casa! – tentei fazer minha voz sair segura e forte.
– Não! – falou alto e segurou meu rosto com suas duas mãos, puxando meu rosto para perto do dele. – Eu preciso falar isso e tem que ser agora.
– Então fala Tom! O que está acontecendo, eu não estou te ente...
– O que você sente por mim? – me interrompeu e eu fiquei estática com a pergunta.
– Co-como assim? Do que você está falando? – gaguejei e tinha certeza que meus olhos estavam arregalados.
– Eu quero saber o que você sente por mim. Porra Jhuna! – soltou-me e passou a mão no rosto encostando-se ao banco, com a cabeça apoiada para trás. – Você me ama, não é? – perguntou e eu não sabia o que falar. Ele olhou novamente para mim, esperando uma resposta, mas parecia que a mesma voz que eu havia usado a segundos atrás para falar com ele, não existia mais dentro de mim. – Responda! – dessa vez ele falou mais alto.
– E-eu... Você... Não... – não conseguia pensar, não conseguia agir, não sabia como agir. – Você me trouxe aqui para zombar de mim? É isso Tom Kaultz? Por favor né. Já que você impediu que meu amigo me levasse e pelo o que estou vendo, não o fará, eu irei sozinha mesmo! – abri a porta do carro o mais rápido que pude e saí, tentando andar em passos largos.
– Jhuna! – ouvi a voz dele próxima e cometi o erro de olhar para trás. Ele já me alcançara. – Jhuna, por favor! Deixe-me terminar. – ele segurou meu braço, impedindo que eu continuasse andando e me virou para ele. – Responda minha pergunta... Por favor! – sussurrou.
– Qual a diferença Tom? Não te importa nada! – já podia sentir as lágrimas vindo no meu rosto. – Me leva pra casa ou me deixe ir.
– Jhuna, me importa sim! Se não me importasse não te perguntaria nada disso. – eu sabia que iria chorar, então me desvencilhei dele e fui em direção ao carro, mas assim que ia abrir a porta, lá estava ele novamente, me prensando contra o carro com seu corpo de frente para o meu. – Eu... Eu preciso te falar uma coisa.
– O que? – perguntei praticamente em um sussurro e ele ergueu meu queixo com uma mão.
– Eu achava isso ridículo, achava que era apenas mais uma mentira criada pelas pessoas e pior ainda, achava que nunca aconteceria comigo... Mas aconteceu. Eu neguei, neguei até onde minhas forças me levavam, mas não consigo mais. Tentei me afastar, tentei me convencer de era apenas uma atração, mas não é Jhuna. – eu via algo diferente em seus olhos, mas estava confusa.
– Do que você está falando Tom? E-eu não estou entendo, quer dizer...
– Eu amo você!

Postado por: Grasiele

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