segunda-feira, 16 de julho de 2012

Provocação - Capítulo 23 - Corre!

Ok, eu disse que iria me vingar do Tom e vou. Só não sei como, mas no momento eu tenho preocupações maiores como... Comprar calcinhas! Depois que saí da piscina e subi para o meu quarto, vesti uma camiseta larga da banda Avenged Sevenfold, uma calça jeans e um tênis. Eu ainda estava com aqueles trapos que Tom comprou para mim e molhado ainda por cima, mas era o único que eu tinha no momento, então peguei minha bolsa com minhas coisas e desci para sala. Tom já estava lá com uma calça de moletom diferente.
– Vai aonde? – Tom perguntou sorrindo.
– Me encontrar com o meu namorado! – falei sorrindo de volta e ele fechou a cara.
– Você não tem namorado! – cruzou os braços e voltou a sorrir, caminhei até a porta.
– Ah não?! – perguntei olhando para ele e depois abri a porta.
– Ei, ei, ei! – se levantou. – Pode ficar parada aí! – bufei de raiva e revirei os olhos.
– Eu vou fazer compras Tom! – praticamente gritei e Georg que ainda estava sentado na sala, começou a rir e balançar a cabeça negativamente. – Ou você se esqueceu do que fez? Agora não enche, ok. – me virei novamente para sair de casa, mas senti uma mão segurando meu braço.
– Tá bom, calma. – Tom falou. – Eu levo você, nada mais justo. – piscou.
– Não precisa, peço para o Ian me levar... Aliás, eu tenho uns assuntos para terminar com ele já que no dia do jantar você ESTRAGOU TUDO! – o fuzilei com o olhar e ele também mantinha uma expressão nada agradável.
– Se você ousar... Ou melhor, pensar em pisar para fora dessa casa sem mim, você vai se arrepender! – me ameaçou e me puxou de volta para dentro fechando a porta e me empurrando em direção ao sofá. – Georg, não deixa ela sair! É sério. – apontou o dedo para Georg e ele levantou os braços em rendição.
– Você não manda em mim! – tentei me soltar, mas ele me sentou no sofá. – Me solta, eu vou sair sim!
– Segura Georg! – Georg grudou nos meus braços com um sorriso de desculpa. – Eu vou trocar de roupa e já desço. – falou olhando para mim e eu fiquei parada, incrédula com a possessão dele. Não demorou muito e Tom já estava descendo vestido em uma calça jeans escura, uma camisa preta e uma blusa xadrez azul por cima. – Vamos! – ele já sorria novamente por ver que eu ainda permanecia no sofá.
Bufei com raiva por ele estar se sentindo o gostosão... Não que ele não fos... Ai, esquece! Cruzei meus braços e me levantei com a cara fechada, caminhando até a porta. Tom me seguia apenas sorrindo com a minha birra, o que me deixava mais furiosa ainda! Ele abriu a porta para eu passar e saímos de casa, fomos até o carro dele e fiquei esperando ele destrancar.
– Não precisa fazer esse bico enorme! – disse divertido quando se aproximou de mim. Não respondi. – Fala sério! – balançou a cabeça negativamente e me prensou contra seu corpo e o carro.
– Vai logo Tom! Minhas roupas de baixo estão toda molhada e eu não vejo a hora de tirar essas porcarias que você comprou! – ele riu e aproximou o rosto do meu pescoço, dando leves beijos por toda a extensão, mas eu o empurrei.
– Você fica ainda mais bonita quando está brava. – sorriu e passou a mão em meus cabelos. – Mas ok, já que está tão ruim assim a lingerie que eu comprei com tanto carinho, vamos logo! – abriu a porta para mim e me deu espaço para conseguir entrar. Mal pisquei e ele já estava no banco do motorista, ligando o carro.
– Só pra você saber... – comecei a falar e ele me olhou pelo canto dos olhos rapidamente. – Quem vai pagar é você.
– Hã? Por que eu? – perguntou sem me olhar.
– Por que será né Tom?! – indaguei ironicamente e ele riu.
Não demorou muito para nós chegarmos a um shopping. Assim que Tom estacionou, saímos e caminhamos para dentro do local depressa antes que ele fosse reconhecido. Andamos um pouco e vi uma loja onde só vendia lingerie, puxei Tom pela blusa e entrei.
– Senta aqui enquanto eu vou dar uma olhada, tá? – falei tentando empurrar ele para os banquinhos da loja.
– Não, não! Eu vou escolher suas calcinhas, até porque, sou eu quem vai tirar mesmo! – disse passando a língua no piercing e vi uma mulher nos observando.
– Cala a boca! – bati dei um beliscão na barriga dele.
– Ai, Jhuna! – falou esfregando onde eu o machuquei. – Para de me machucar, dói. – fez cara de cachorro sem dona e eu bufei.
Caminhei até as araras da loja e comecei a olhar, pegando alguns conjuntos e colando em uma cesta que eu havia pegado. Tom também pegava algumas calcinhas insanas e enfiava na cesta e eu ia tirando todas as que ele escolhia, colando de volta no lugar. Já que ele ia pagar, aproveitei pra renovar mesmo meu guarda roupa de roupas intimas, pois iria jogar fora todas as outras que ele havia estragado.
– Você só tem uma bunda e dois peitos, pra quê tanta calcinha e sutiã assim? – falou enquanto eu olhava agora alguns espartilhos, pois sempre achei bonito, só não tinha coragem de comprar. – Tudo bem que você tem seios grandes e tals, mas sua bunda nem é tão grande assim...
– Sério, eu vou te matar! – olhei para ele. – Ninguém mandou você estragar as minhas roupas!
– Tá bom, eu sei que foi errado. Mas enfim, como eu sei que você me ama muito, eu quero que você leve esse aqui. – estendeu um conjunto.
– Vai Jhuna! – piscou os olhos rapidamente.
– Você.Me.Cansa. – arranquei a lingerie da mão dele, colando dentro da 2° cesta grande que já estava lotada e me dirigi ao caixa, com ele me seguindo.
– Qual vai ser a forma de pagamento senhora? – uma atendente cuja maquiagem estava tão extravagante que parecia mais um palhaço, sem contar que ela estava tentando flertando com Tom. Meu sangue subiu.
– É ele quem vai pagar. – falei ríspida apontando para Tom.
– Mulheres! – Tom indagou tirando a carteira do bolso. – Só dão prejuízo. – tirou um cartão e entregou para atendente.
– Aqui está a nota senhor. – a mulher esticou um pedaço de papel e fui eu quem pegou. Caramba! Acho que gastei um pouco demais. – E suas sacolas. – Acho que a mulher me entregou uma 6 sacolas. Não me lembro de ter comprado tanta lingerie assim, embora tivesse os espartilhos e outros acessórios.
– Toma! – empurrei as sacolas no peito de Tom. – Quero tomar um milk-shake! – disse alegre assim que ele segurou todas as sacolas.
– Você não acha que está muito folgada não?! – perguntou quando eu passei meu braço pelo dele, puxando-o para fora da loja.
– Não! – falei sorrindo. – Eu ainda nem me vinguei de você.
– Ah, que maravilha! – revirou os olhos.
Compramos o milk-shake e fomos caminhando para ir embora, mas de repente, algumas meninas começaram a apontar para Tom e caminhar rapidamente em nossa direção.
– Fodeu! – ele falou. – São fãs! – me olhou assustado.
– Corre! – foi a única coisa que consegui dizer, quando percebi, nós dois já estávamos correndo disparados pelo shopping.

Postado por: Grasiele

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