quinta-feira, 7 de julho de 2011

Angel In Disguise - Capítulo 11

"Sem álibi

Nós estamos desaparecendo mais rápido que a luz espirituosa

Assumiu a nossa chance, quebrado e queimado

Ninguém nunca aprendeu


E eu vou desaparecer independentemente

Mas volto pra te buscar ...

E eu vou desaparecer independentemente

Mas volto pra te buscar



Nós dois poderíamos ver

O claro do fim inevitável estava perto

Fizemos nossa escolha pelo fogo"



- Mas ele sem você... e quando você for embora? -  Sara cutucava os dedos evitando olhar para Bill.

- Quando eu for eu vou continuar cuidando de você lá de cima.

- Mas eu não quero... quero que você fique comigo pra sempre. -  Sara deixou uma lágrima cair.

- Por quê? – Bill perguntou ingênuo.

- Porque eu amo você.

Bill olhava Sara com ternura quando soltou um sorriso que a moça não conseguiu decifrar. Ele abaixou a cabeça e se levantou lentamente, sentando-se ao lado de Sara que se segurava para não começar a chorar.

- Como que é isso? -  Perguntou Bill pegando na mão de Sara.

- Isso o quê punk? -  Sara disfarçava olhando para a mão branca de Bill, fugindo de seu olhar, passando a ponta dos dedos na unha pintada de preto.

- Amor... – Bill levantou a sobrancelha de leve encostando as costas no sofá e ficando parcialmente deitado.

- É... não tem como explicar Bill. -  Sara agora o olhava, com dificuldade pois os olhos curiosos e brilhantes de Bill perfuravam seu coração de tal forma que ela não conseguiu controlar uma lágrima grossa e salgada que descia sobre sua face.

- O que foi? Porque você está chorando? Você está sentindo alguma coisa? -  Bill levantou as costas do sofá com olhar preocupado.

- Não é nada... é... Bill? – Sara tirou a mão das mãos pálidas de Bill e se arrumou no sofá. – Lembra quando você disse que estava sentindo uma coisa estranha aqui. -  Sara fez o mesmo gesto que Bill havia feito, com a mão pressionada sobre o lado esquerdo do peito. – Então, é isso que eu estou sentindo também... -  Sara abaixou a cabeça e deixou mais duas lágrimas caírem, deixando seus cabelos dourados cobrir seu rosto, impedindo que Bill visse.

Sara ficou alguns segundos de cabeça baixa chorando sem fazer barulho até que sentiu uma mão quente acariciar sua bochecha, puxando sua face delicadamente para cima.

Bill nada disse, apenas queria encontrar o olhar de Sara, e quando eles se encontraram Bill havia entendido o sentindo da palavra, era como se ele estivesse saindo do corpo do seu recipiente, a ponta de seus dedos formigavam e a palma de sua mão suava e ele não conseguia tirar seus olhos profundamente castanhos dos olhos verdes de Sara que não paravam de encharcar de lágrimas.

Bill fechou os olhos ao pousar a outra mão no rosto de Sara, fazendo uma concha com suas duas mãos e se aproximando até que sentiu a respiração quente de Sara e em seguida a maciez de seus lábios úmidos pelas lágrimas. O beijo foi tão lento e suave que parecia que eles estavam em câmera lenta. Suas línguas faziam uma dança lenta e calma, sem medo, sem desespero. Sara acariciou a face de Bill e sentia a respiração fugir e voltar lentamente, sentindo agora os dedos de Bill percorrer sua cintura e acariciar seus braços com uma delicadeza que ela sentia cócegas. Eles interromperam o beijo para pegar o fôlego que estava quase esgotado e trocaram olhares sedentos e ao mesmo tempo temerosos. Bill olhava Sara como se ela fosse o anjo e era impressionante o medo que Sara sentia com aquele olhar, era como se ele estivesse lendo sua alma naquele momento, ela não queria saber de mais nada a não ser amar completamente aquele ser, naquele momento, pois ela não conseguia imaginar vê-lo ir sem ao menos ter mostrado a ele o melhor dos sentimentos humanos, e o único que ela não havia experimentado... o amor.

Sara se levantou e pegou a mão de Bill o fazendo levantar. Os dois caminharam até o quarto de Sara e novamente colaram os lábios. Bill segurava delicadamente a cintura de Sara com as duas mãos e Sara enroscava as mãos nos cabelos de Bill por trás da nuca, desmanchando a parte traseira de seu enorme moicano e andando em direção a cama, tropeçaram em alguns objetos, cambalearam e Bill a segurou com força pela cintura antes que ela caísse ainda de lábios colados.

- Calma, não vou deixar você cair. -  Bill disse num sussurro ainda encostados nos lábios de Sara. A frase fez com que sara abrisse os olhos e tremesse na mesma hora. E quando ela os abriu, Bill a encarava com olhos felinos, porém calmos, como de um gato que está vendo sua bolinha de pêlo. Ela sorriu e beijou sua bochecha dizendo:

- Eu não me importo de cair se souber que você vai me levantar. -  Bill sorriu de lado e tirou uma mecha do cabelo loiro de Sara que não deixava Bill olhar nos olhos verdes da bela moça.

Sara beijou Bill, o apertando com toda força contra seu corpo, como uma cobra aperta sua presa antes de comê-la e Bill a segurou tão forte pela cintura que a fez tirar os pés do chão. Ela quebrou o beijo novamente e sentou na beira da cama, olhando nos olhos de Bill e vendo o mesmo desconforto que vira a tarde, vira o medo e a curiosidade em descobrir as conseqüências daquele sentimento. Ela tirou a o casaco, em seguida a jaqueta enquanto Bill a observava como uma estátua de Afrodite, seu corpo curvilíneo  e quente fizeram Bill juntar as mãos e esfregá-las para tentar tirar o suor que nascia de suas palmas. Sara tirou a blusinha, mostrando a fartura e feminilidade de seus seios perfeitos e Bill engoliu seco se mexendo na cama, se sentindo desconfortável, mas não conseguia parar de olhar cada pedaço do colo, da pele descoberta de Sara que agora tirava a calça e a roupa íntima, se aproximando de Bill que deu um leve pulo na cama ao sentir o toque de Sara em seu rosto.

- Calma, não vou deixar você cair. -  Sara sussurrou em seu ouvido, sentindo um gemido involuntário sair dos lábios de Bill, e ela podia jurar que ele estava de olhos fechados. Ela voltou para olhá-lo e ele estava de olhos fechados e respirando ofegante. Sara pediu permissão com olhar e tirou o sobretudo de lá preta que ficou jogava em cima da cama, em seguida o beijando enquanto procurava a barra da camiseta vermelha de Bill que a segurando a  mão de Sara, a guiou até a parte desejada e ela quebrou o beijo contra a vontade de Bill que ainda com os olhos fechados sentia a camiseta ser liberta de seu corpo junto com o tato da mão quente de Sara acariciar seu abdômen.

Sara pediu que Bill deitasse mais para cima e ele obedeceu a olhando fixamente nos olhos enquanto ela lhe tirava o restante das vestes. Eles se beijaram e se acariciavam com delicadeza, como se ambos fossem quebráveis. Sara dizia para Bill seguir aquilo que ele estivesse sentindo e ele se inclinou sobre ela, gemendo novamente ao sentir seu corpo nu sentir a maciez do corpo de Sara.

O ato foi calmo e o tempo todo se olhavam e se beijavam, ora Bill acariciava e puxava uma das penas de Sara para seu quadril, voltando a beijá-la e se movimentando lentamente, soltando um gemido a cada movimento. Sara apertava as costas de Bill com a ponta dos dedos e sentia o suor gelado da testa do anjo cair sobre seu rosto e seu cabelo úmido cair sobre olhos, a impedindo de ver seus olhos e vendo somente os lábios de Bill se mordendo com o prazer que ele estava sentindo. Sara tirou os cabelos lisos e negros de Bill do rosto ao senti-lo tremer cada vez mais, agora com os braços apoiados próximo a cabeça de Sara e seus movimentos aumentando gradativamente, Sara chegou ao ápice do prazer e o olhava nos olhos e eles estavam brilhando e ele ainda mordia os lábios quando soltou um gemido contido, mas Sara via em seu rosto que ele estava gritando por dentro e seus braços tremiam e ele respirava fundo, como se estivesse perdendo o ar e seus olhos ainda brilhantes expressavam medo e alívio.

- Deita. -  Sara deitou a cabeça de Bill em seu colo e o sentia tremer como se ele estivesse morrendo de frio. A tremedeira era tanta que a cama fazia barulho. Sara acariciava os cabelos de Bill que a apertava com força num abraço trêmulo.

- Não... nã... não me solta... p-p-p-por favor. -  Bill suplicava com a voz calma.

- Eu não vou te soltar. – Sara beijou a cabeça de Bill e o abraçou mais forte até que ele começasse a se acalmar.

Sara acordou e ao olhar para o lado não viu Bill.

Ela se levantou e vestiu sua camiseta vermelha eu estava jogada no chão e sorriu ao sentir o cheiro dele na camiseta. Caminhou até o banheiro e nada viu, fez sua higiene matinal e correu para a cozinha, pois já sentia o cheiro de café e massa de panqueca.

Abriu um sorriso, mas ao chegar à cozinha não havia ninguém.

- Bill? -  Sara chamou tendo o silêncio como resposta e foi até a mesa encontrando o café pronto e um bilhete com uma carinha feliz. A carinha feliz fez Sara sentir um arrepio e assim que ela pegou o bilhete o telefone tocou, fazendo Sara levar um susto.

- Que susto porra! – Sara gritou fuzilando o telefone com o olhar.

Sara atendeu o telefone irritada e atendeu sem paciência.

- Alô?

- Oi Sara, aqui é a Jaqueline.

- Jaque-line? Que Jaqueline?

- A mãe da Vitória. -  a voz da moça era de tristeza e Sara sentiu novamente o arrepio.

- O... o... que foi? Aconteceu alguma coisa com ela? -  Sara sentou ao sentir uma vertigem e apertava o bilhete na mão, esperando uma notícia ruim.

- A Vitória está melhor... mas... Sara, estou ligando para falar do Bill... -  a voz se quebrou e disse a última palavra, o nome de Bill com uma dificuldade e fraqueza que fez Sara respirar fundo. -  O Bill... morreu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog