sábado, 3 de novembro de 2012

Our Weakness - Capítulo 2 - Isso Significa.


Dei uma ultima rodada na frente do espelho. Estava tudo perfeito, eu vou arrasar. Sorri, mandando um beijo para meu reflexo no espelho.
– Nossa! – Exclamou atrás de mim, mordendo lábio, com uma cara de safado – Você bem que poderia se revolta mais vezes né? Espero que mais garotas usem esse vestido '' tomara-que-me-coma'' – Falou medindo com os olhos o tamanho do meu vestido.
– Tomara-que-caia – Corrigi. Olhando-lhe enfezada. Sai da casa de um tarado, e fui pra de outro. Carma.
– Que seja – Deu de ombros. Até então eu não tinha reparado, mais ele estava com uma bebida na mão.
– Já? – Arqueei a sobrancelha incrédula.
– Um aquecimento – Falou – Quer? – Perguntou logo após de ingerir um pouco.
– Não.
– Então vamos, minha musa – Depositou um beijo na minha testa.

Joe era o típico safado, cafajeste, sem vergonha, mulherengo que eu já conheci depois de Tom, e claro só meu amigo, e única que poderia dizer isso a ele. Somos amigos desde sempre. Ele não é o amigo que te alerta quando prevê que você irá fazer algo errado e te avisa. Geralmente ele faz junto.
Hoje estou indo fazer mais uma merda, tenho consciência disso, você acha que ele perguntou se eu não quero pensa mais um pouco e tentar resolver isso como uma pessoa civilizada? Obvio que não.
Eu tenho o lugar perfeito pra nós dançarmos até o pé incha, e bebe até entra em coma alcoólico. Essa foi sua resposta, quando contei a ele, que tinha brigado com o Tom, e queria que ele se fodesse bem longe de mim.
Eu e Tom tínhamos brigado mais uma vez, ele insistiu em colocar seguranças atrás de mim, alegando estar preocupado com minha segurança. Sei. Não aceitei, obvio então ele começou a dizer que eu estava me dando ao desfrute.
Estava tudo tão perfeito, eu estava feliz, e iria compartilha com ele, só que parecia que cada passo que eu dou em sua direção, ele simultaneamente dá um para trás. Sendo assim, eu precisava urgente volta as origens. Não que voltar para elas fosse bom, não, minhas origens são péssimas.
Sempre fui revoltada, fazia loucuras, dizia e fazia as coisas sem pensar. Estar em Los Angeles, não é e nunca foi meu sonho, só que como eu costumo fazer merdas ao quadrado, numa discussão com meus pais, eu vim pra cá, deixei eles lá em Nova York, doidos de preocupação. E hoje, a vontade de nunca ter saído de lá me assombra.
As coisas estavam boas na medida do possível. E em uma noite de bebedeiras, eu o conheci só que o destino foi traiçoeiro, o que era pra ser só uma ficada foi ficando assustadoramente serio. Chegando ao ponto do ciúme falar mais alto que o nosso amor. Um amor um tanto doentio.
Junto é ruim, separados é pior, pois a saudade me matava aos poucos por dentro, e eu torcia para que fosse assim nele também. Ia fazer 5 meses que estávamos namorando, porém, fazia um bom tempo desde de que nós conhecemos. O motivo da brigas, era que eu ainda estava na escola, era vergonhoso uma garota de 19 anos ainda não ter terminado a escola. Eu havia parado e continuado, continuado e parado, e agora pensava novamente em parar.
Fiquei triste, em saber que o presente que eu havia comprado há meses, ia demora mais tempo, para ser entregue ao dono.
– Sabe acho melhor você não ir – Pelo seu tom de voz, Joe estava incerto de suas palavras.
– Já estamos chegando – Apontei a movimentação a nossa frente.
– Acho melhor você não entra então – Se corrigiu.
– Posso saber o porquê da crise de consciência?! – Perguntei brava sabendo do que ele se referia.
Ele me olhou assustado.
– A-acho melhor eu fazer a curva...
– Não! – O cortei – Coloca essa merda pra andar, e para lá na frente.

Ele não ousou retrucar, eu queria me divertir, dançar, esquecer os problemas, esquecer que eu o amava, nem que fosse por uma noite. Entramos na boate escolhida , por Joe, pela porta dos fundo, me fazendo agradecer mentalmente por Joe ser uma pessoa de influência.
Assim que entramos, o som me contagiou, e levantar as mãos pro alto foi inevitável. Joe jogou a chave do carro pra mim e simplesmente desapareceu no meio da multidão, me deixando sozinha. Pelo visto hoje ele não voltaria pra casa. Conviver com safado não é mole.
Eu me sinto realmente mal, por Joe, ter que sair de casa quando quer ter um momento intimo com uma vadia qualquer. Mais como eu não tenho pra onde ir, ele me agüentou com um sorriso no rosto. Olhei para todos os lados procurando um rosto conhecido, ou um corpo bem estruturado.
Mas no momento em que vi, desejei nunca ter retrucado Joe a minutos atrás.
Lá estava, a pessoa que fazia meu coração doer de saudade, sentado no balcão de um dos bares que tinham aqui, com algumas cinco garotas o rodeando. Ou melhor, se insinuando. E ele conversava e dava atenção a todas, com aquele sorriso, que ele prometerá só dar a mim.
E como se fossemos um imã, a minha presença o fez virar e olhar na minha direção. Nossos olhares se cruzaram, por breves segundos, mais ele não deu a mínima pra mim, voltou a sorrir mais, só que agora, levou suas mãos ao cabelo de uma delas, o enrolando com os dedos.
Por alguns instantes me senti morrer por dentro.
Sorri. A maioria das minhas dores era disfarçada assim. Sorrindo por fora, morrendo por dentro, eu me sentia assim, ao ser telespectador daquela cena. Fechei as mãos em punho, tentando conter o grito e as lagrimas, que já se fazia presente em meus olhos.
Eu necessitava fazer aquele movimento com as pernas, levar um pé depois o outro, até que eles me guiassem até Joe. Com muito esforço, e com o coração em pedaços, virei –me andando que nem uma louca até meu amigo, o procurando com dificuldades na boate cheia de gente.
De longe avistei sua silhueta, dançando com uma bebida na mão acompanhado com uma garota. Estava se divertindo eu iria atrapalhar. Sua presença já fez com que meu coração se acalmasse. Ele estava ali, tudo ia ficar bem.
– Joe! – O chamei gritando em plenos pulmões. Mesmo sendo impossível me ouvir com todo aquele barulho, Joe se virou na minha direção.
– O que foi amoré? – Disse ele quando me aproximei, ele estava todo sorridente. O seu sorriso desapareceu assim que ele reparou melhor como eu estava. – Algum problema?
– E-eu – Não precisei dizer nada, ele me envolveu com seu abraço caloroso, me afastando pra longe da muvuca de pessoas. Enterrei meu rosto no seu peito, me sentindo protegida.
– Fala o que aconteceu, eu faço qualquer coisa – Puxou delicadamente meu rosto, colocando suas mãos em volta dele, me olhando com desespero. Estava preocupado.
– Vamos dançar? – Disse de repente, ele me olhou confuso.
– Dançar – Franziu o cenho – Por quê? O que aconteceu? Foi o Tom?
– O Tom está aqui – Respondi.
– Ele vai achar que é provocação... – Me avisou. E quando nossos olhares se cruzaram, ele riu. – Pra que isso? Ele deve estar lá enchendo a cara, sofrendo, e você ainda quer piorar?
– Ah... mais ele está em um sofrimento que dá até dó!
E em seguida o puxei pelas mãos, eu ia mostra como ele estava sofrendo. Paramos e eu apontei para o sofredor.
– O sofrimento dele é tanto, que tem cinco vadias o ajudando! – Comentei.
Tom ria, e cochichava no ouvido delas, enquanto abraçava uma pela cintura.
– Desgraçado!
Joe não estava mais rindo, o sorriso deu lugar a um maxilar fechado, e um olhar frio, numa expressão de raiva.Joe não era uma pessoa briguenta, só que mexia comigo, ele se doía, e vice-versa.
– Isso é o fim da picada! – Falou entre dentes. Encarando a cena comovente. – Ok, vem comigo.
Ele me puxou e me levou até o centro da pista e sussurrou um ''me espera''. Eu esperei obvio. E enquanto ele ia fazer sei lá o que, eu pensava em um jeito de dar o troco no Kaulitz.
De repente a musica mudou, e um feixe de luz de sobrepôs em mim. Olhei para os lados confusa. E logo Joe chegou do meu lado com cinco amigos.
– Gente – O DJ atraiu a atenção para ele – Hoje a aniversariante presente quer dar um show a parte – Disse apontando pra mim. – E que a brincadeira comece! – Em seguida soltou a musica.
– Daqui pra frente é com você. – Joe disse e se afastou.
Em questão de segundos, os cinco meninos se aproximaram, fazendo uma rodinha em torno de mim. Foda-se, pensei. Eu não sabia os nomes deles, mas comecei a me movimenta no ritmo da música. O resto da boate assistia e dançava comigo ao mesmo tempo. Eu me vingava dele, e me sentia bem.
Sorri perversa, e me aproximei de um deles que não desgrudou os olhos das minhas pernas. Fiquei com o corpo colado no dele, ainda rebolando e sussurrei no seu ouvido:
– Você gosta das minhas pernas? – Ele assentiu. – Todas suas. – Sem delongas levei suas mãos até elas, o fazendo deslizar seus dedos sobre elas. Depois voltei as outros.
Fui até o outro, passando a língua nos lábios. Parei em sua frente e desci até o chão, não desviando o olhar dele nem por um segundo.
Meio desesperado, um deles me puxou para junto de si. Adoro homens com pegada. Ele segurou firme minha cintura com uma das mãos, e com a outra acariciava a lateral do meu quadril.
– Isso que ela nem bebeu hoje – Ouvi como por algum milagre sua voz entre as outras – Bêbada ela é uma sedução – Joe disse com malicia. Meu amigo.
Decidi ir mais longe, passei a língua sobre os lábios do ser a minha frente, que fechou os olhos com meu ato. Os assovios a minha volta eram altíssimos.
Nesse ponto, eu já tinha perdido totalmente a noção de tudo a minha volta. Eu já dançava com os cinco ao mesmo tempo, indo de um para outro. Novamente um deles me puxou para si, espalmando as mãos em meus quadris, Joe apareceu do nada atrás de mim, e afastou meu cabelo depositando um beijo no meu pescoço. Como ele era safado, se aproveitando da situação. Por uma fração de segundos, eu quis saber como ele estava, provavelmente a beira de um infarto. Ou não.
Fiquei mais alguns minutos naquela posição sanduiche, parei quando vi que Joe estava se aproveitando da situação. E também eu já estava cansada de ficar na saliência com desconhecidos.
Assim que a musica acabou me virei para olhar Tom, recebi muitas palmas, e vários '' Gostosa '' da ala masculina, aquilo me deixava muito feliz.
Sua raiva era bem perceptível, sua cara estava fechada e seus punhos também, os lábios franzidos e os olhos semicerrados. Encarava-me com ódio, mais não se moveu, parecia anestesiado com tudo que nem conseguia se mexer.
Não havia mais ninguém ao seu lado, comecei a ir a sua direção, com passos lentos e sensuais. Em nenhum momento ele desgrudou seus olhos de mim. Sorri sapeca. Parei em sua frente sentando no banco, dobrando as pernas, ele ainda me olhava do mesmo jeito, com aquelas orbitas castanhas, que no momento estavam ameaçadoras.
– Acabou? – Perguntou debochado.
– Na verdade não – Respondi risonha, o que não o agradou.
– Ah claro – Colocou a mão no queixo – Você ainda não deu pro Joe né?
– Dei sim – Falei cínica – Antes de vim.
Ele estalou os dedos, puxando a carteira, deixou uma nota em cima do balcão.
– Já? – Fingi tristeza, mais por dentro eu estava triste.
– Sim – Respondeu – Vamos.
Balancei a cabeça.
– Eu vou à hora que eu quiser, sou de maior e vacinada! – Grunhi. – Você não é meu pai! Não tenho que te obedecer!
– Sem problemas, em casa eu resolvo isso com você. – Falou frio.
Se eu não ia antes, agora é que eu não arredo o pé daqui.
Bruscamente ele me puxou do banco, me agarrando de lado, me obrigando a andar a seu lado.
– A chave – pediu. Lhe entreguei
Uma hora ou outra teríamos que conversar.
– Podemos ir pra casa do Joe? Bill está num encontro romântico lá em casa.
– Sim.

O caminho foi mais silencioso possível, e eu odiava isso, eu sabia algo que talvez pudesse mudar seu humor, assim como poderia piorar a situação. Então preferi me calar. A viagem foi mais rápida do que eu imaginava. Desci do carro cabisbaixa, sendo seguida por seu olhar. Abri a porta e segui pro quarto. Mais ele me impediu.
– Não, não – Disse – Você acha que eu não vi sua insinuação lá na boate? – Não falei nada, estava cansada de brigar. – E depois que eu quero segurança andando contigo, você reclama, exagero – Afinou a voz, mais logo se recompôs. – Você é uma vadia! – Cuspiu o xingamento na minha cara. – Isso que você é! Não vai fala nada?! Ah claro, você sabe que está errada! Olha eu...
– Cala boca! – Gritei. – Cala essa maldita boca! – Levantei o rosto e o encarei – O sujo falando do mal lavado – Debochei – Toma vergonha nessa sua cara barbada Kaulitz, você estava com cinco garotas com você, se eu não fosse à boate você provavelmente estaria com todas elas em um motel de beira de estrada!
– Mentira!
– Oh sim! E minha mãe é virgem! Se toca garoto!
Eu não tinha reparado mais meu rosto estava tomado pelas lagrimas traidoras, que insistiam em mostrar minha fraqueza. Ou ressaltar, pois minha fraqueza estava na minha frente. Eu quando percebi o chão estava muito próximo do meu rosto. Os soluços eram descontrolados.
– Hey, hey – Se colocou do meu lado – Sh já passou, não vamos mais brigar, acabou.
E nos deitamos ali, no chão sobre o tapete, nos abraçamos por longos minutos, e o choro se cessou. Ele passava carinhosamente as mãos pelos meus braços, tentando me esquentar, mal ele sabia que sua presença era o suficiente pra mim. Esquentava-me, me dava vida, me dava tudo.
– Me perdoa – Se pronunciou.
– Só se você me perdoar – Propus.
– Ok, mais eu não gosto de brigar com você, esses dias sem você, foi o fim pra mim, você é tão essencial pra mim como o oxigênio. – Disse ele.
– Você também, se você precisar de ar pra sobreviver eu paro de respirar. Faço tudo por você.
– Vem – Se levantou e me estendeu mão, a peguei e seguimos pro quarto aonde eu estava.
Nós deitamos na cama, que era bem mais confortável que o chão.
– Sabe eu queria te falar uma coisa já faz um tempo – Comentei.
– Pode falar amor – Incentivou.
– Uma imagem fala mais que mil palavras.
Me levantei da cama, e segui até o guarda-roupa, peguei a caixa e em seguida a foto. Voltei com um sorriso envergonhado no rosto.e lhe estendi os objetos.
– O que é? – Perguntou sorrindo confuso.
– Olha.
Nós sentamos na cama, ele pegou a foto e ficou olhando por longos minutos, olhava e olhava e sua demora já estava me agoniando. Balançou a cabeça e sorriu. Me olhou sobre a foto.
– Deixe eu adivinha – Pegou a caixinha – É um sapatinho?
Assenti envergonhada. Porem com um sorriso bobo na cara.
Meio tremulo ele abriu a caixa, pegou o sapatinho cor-de-cosa.
– Menina?
– S-sim.
Foi tão rápido que eu nem vi, suas mãos me contornavam, ele chorava feito criança.
– Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.
A noite foi longa, não fizemos nada, somente planos e mais planos, eu ficava cada vez mais fascinada com tudo, eu não queria dormir, eu queria conversar mais, fazer mais planos pra nossa pequena Kaulitz. Mais no final eu não resisti.
– Sabe se estivéssemos nós conhecendo agora – Começou – Eu faria tudo de novo, os erros, as transa, tudo, exatamente tudo.
– Isso significa?
– Siginifica que eu te amo, não importa se estivéssemos numa fossa, em outro pais, ou planeta, eu ainda te amaria – Falou. – Porque meu amor não tem nacionalidade, planeta, meu amor é puro, e único, ele é só seu...
– Te amo – Falamos juntos.
E sem demora, o sol apareceu, invadindo o quarto e iluminado o nosso amor.

Postado por: Grasiele | Fonte: x

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog